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Uma Viagem pelo Mundo em Português

Antonio A Alves

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Barbados

Ilha das Caraíbas descoberta e batizada, em 1536, pelo explorador português Pedro A. Campos. O nome terá derivado do ter então visto figueiras com longas raízes que lhe lembraram "barbas". É um estado independente desde 1966.


Barém

Nesta ilha situada no interior do Golfo Pérsico, construíram os portugueses em meados dos século XVI, uma importante fortaleza - o Forte do Bahrain (Qal’at al-Bahrain), actualmente classificado como Património Mundial. Outra fortaleza portuguesa: Al Muharraq (ilha).Os portugueses dominaram esta posição estratégica entre 1521 e 1602.
 

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Benim (antigo reino de Daomé )

Os portugueses fixaram-se nesta região no século XV, estando a mesma amplamente descrita pelos seus cronistas. Destes intensos contactos surgiu uma espantosa arte luso-africana ainda pouco estudada.
Em 1680, no fundo do golfo de Benin, construíram na cidade de Ajudá (actual Oidah), a Fortaleza de S. João de Ajudá. Tratava-se de um enorme entreposto para o comércio de escravos, marfim e ouro. Mantiveram até 1894 o monopólio do comércio local, quando foram expulsos pelos franceses ocuparam militarmente a região, com excepção da Fortaleza de Ajudá. Em Agosto de 1961 os portugueses foram forçados a abandonar a fortaleza, a qual se encontra hoje classificada pela UNESCO como património da Humanidade.
Entre os muitos portugueses que estiveram ligados a antigo Reino de Daomé, salienta-se a figura do baiano Francisco Félix de Souza (1754?-1849). Estabeleceu-se na Costa dos Escravos (Golfo de Benim) por volta de 1800, tendo casado com uma filha do rei. Em pouco tempo tornou-se num dos maiores comerciantes da costa ocidental de África e provavelmente o maior negreiro da sua época. Exerceu também as funções de guarda-livros de Ajudá. O rei de Daomé concedeu-lhe o título de Chachá I (Xá-Xá). Deixou uma vasta descendência nesta região, ainda hoje é venerado como o fundador de um orgulhoso clã familiar africano (mestiço).
 

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Biafra (Nigéria)

A Nigéria é um país dividido em termos étnicos e religiosos. No norte predominam os muçulmanos e no sul, junto à costa, os cristãos. Esta região costeira era conhecida pelos portugueses, desde o século XV, como a Costa dos Escravos (habitada pelos Yoruba) e Costa da Pimenta (habitada pelos Ibos).


João de Santarém e Pedro de Escobar, em 1470, terão sido os primeiros portugueses a chegarem ao Golfo do Biafra. Esta região cristianizada pelos portugueses, a partir da 2ª. metade do século XIX começou a ser dominada pelos ingleses.
Após a Independência da Nigéria (1960), reacenderam os hitóricos conflitos entre cristãos e muçulmanos. A descoberta de petróleo na costa acabou por contribuir para agudizar os problemas. Em 1966 deflagrou uma guerra civil. Os Ibos (cristãos) em Maio de 1967, chefiados pelo coronel Chukwemeka Ojukwo, revoltam-se contra os muçulmanos e proclamam a sua independência (República do Biafra). A guerra que se seguiu (6/7/1967 a 13/1/1970) foi desde logo marcada por uma enorme desproporção de meios.
Perante o massacre que se perspectiva dos cristãos, Portugal apoia revolta os biafrenses (ibos), fornecendo-lhes apoio logístico e armamento, mas também apoio humanitário às populações indefesas ameaçadas de um genocídio em larga escala.
Em São Tomé e Principe, com o apoio de um vasto conjunto de igrejas cristãs, entre Julho de 1968 e Janeiro de 1970, foi montada uma ponte área humanitária para fornecer alimentos aos biafreses e tentar evacuar a população. Alguns portugueses foram mortos nesta operação, um deles (Gil Pinto de Sousa) foi mesmo o único preso estrangeiro do conflito (2/11/1969).
As hipóteses de sobrevivência do Biafra eram mínimas dado que o poder na Nigéria, controlado pelos muçulmanos, era apoiada pelos EUA, Inglaterra e União Soviética.
Os biafrenses não tardam em ficar encurralados, ocorrendo aquilo que já se esperava, uma das maiores matanças de África. Cerca de 2 milhões de biafrenses foram mortos, um grande número deles à fome.
As imagens destas crianças biafrenses foram difundidas pela comunicação social, tendo na altura um enorme impacto na opinião pública mundial.
 

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Birmânia

A presença portuguesa foi particularmente forte nesta região nos século XVI e XVII, sobretudo em Pegu. Entre as grandes feitorias que os portugueses tiveram na região, destaca-se a de Serião (1599-1613). Muitas palavras birmanesas são de origem portuguesa: Lelain- Leitão; Tauliya-Toalha; Natatu-Natal; Balon-Bola, Balão, Waranta-Varanda, etc.

Bolívia


O território que hoje constitui a Bolívia foi alvo de contínuos conflitos entre a Espanha e Portugal. Os espanhóis tentarem limitar a expansão do Brasil aos limites definidos no célebre Tratado de Tordesilhas (1494), mas os portugueses rapidamente os ultrapassaram. No princípio do século XVIII estavam solidamente implantados no curso do Amazonas procurando aproximarem-se cada vez das minas de Potasi.



Lenda do "El Dorado" e a Rota do Rio da Prata

A descoberta das ricas minas de Potasi, está ligada à lenda do "El Dorado", que era contada pelos indigenas da América do Sul aos navegadores. Afirmavam que junto às nascentes dos grandes rios que desaguavam no Atlântico existiam grandes minas de ouro e prata.
Os portugueses, como os espanhóis, trataram logo de subirem os rios para chegarem às ditas minas. É nesse sentido, que irão explorar os curso de vários rios, como o Amazonas ou o Rio da Prata (nome português).
O Rio da Prata revelou-se o mais importante para este objectivo. Entre os portugueses que o exploraram destacam-se: Gonçalo Coelho que em 1502 o descobriu; Um piloto anónimo português, em 1513, explora o Rio da Prata; Em 1514,os portugueses Nuno Manuel, Cristóbal de Haro e o piloto Juan de Lisboa, chegaram ao grau 86, altura do Rio, a que deram o nome de Jordão, julgando tratar-se de um golfo. João Dias de Solis (Juan Díaz de Solís) e Aleixo Garcia que o exploram em 1515. Em 1521 Fernão de Magalhães volta a passar pelo Rio da Prata, sem o explorar, o seu objectivo era outro.
Aleixo Garcia, à frente de uma grande expedição, em 1525, chegou à região de Cochabamba, na actual Bolívia, onde veio morrer num combate com os indios. Aleixo Garcia é considerado o verdadeiro descobridor da Bolívia.
Os sobreviventes, conduzidos por um português, trouxeram bastante ouro e prata, confirmando assim a riqueza desta região do Império Inca. A rota do Rio da Prata foi a mais utilizada para escoar a prata de Potosi, atravessando os actuais territórios da Argentina, Paraguai e Bolívia.
A coroa portuguesa depois de 1525 fez dezenas de tentativas para se apoderar desta rota da prata, levando os espanhóis a criarem várias cidades no seu percurso.
 

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Brasil

Uma história comum com mais de cinco séculos

Entre 1808 e 1821, o Brasil viveu num curto espaço de tempo a maior transformação da sua história. Nunca os progressos alcançados foram tão rápidos e duradores. Quando D. João VI regressa a Portugal após 13 anos nos trópicos, deixa atrás de si um "império" com um Estado e instituições consolidadas não apenas no plano interno, mas também internacional. Trata-se de um feito extraordinário de um rei aprensentado como "indeciso".

djoaoVI.jpg


D. João VI, ainda principe regente, desembarcou em Salvador, na Bahia, a 22 de Janeiro de 1808, só chegando ao Rio de Janeiro a 8 de Março de 1808. A colónia que encontrou tinha as suas fronteiras praticamente definidas, possuindo uma forte unidade interna e sem grandes movimentos separatistas, característica comum às colónias espanholas.
Seguindo um plano previamente definido, mal chegou ao Brasil, tratou desde logo de criar um novo reino à imagem do Estado Português. Em menos de 7 anos, o Brasil ascendia já à categoria de "Reino Unido a Portugal e Algarves " (1815), na prática era o seu reconhecimento como um reino e o Rio de Janeiro como a capital do império português. Não existe em todo o mundo uma situação similar.
 

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Cabo Verde


Uma história comum com mais de cinco séculos

Cambodja

Afonso de Albuquerque, o terrível almirante português, chegou aqui em 1511. Outros portugueses muito mais pacíficos vieram depois e aqui se estabeleceram.

Canadá

A presença de portugueses nas costas do Canadá, data de finais do século XV. João Fernandes Lavrador, terá sido o primeiro numa expedição dirigida por Giovanni Caboto. Cabe todavia a Gaspar Corte Real, o mérito de em 1500, ter explorado as costas da Península do Labrador até à entrada de Hudson. No ano seguinte, Gaspar Corte Real desembarca na Terra Nova.

A presença de portugueses nas costas do Canadá, data de finais do século XV. João Fernandes Lavrador, terá sido o primeiro numa expedição dirigida por Giovanni Caboto. Cabe todavia a Gaspar Corte Real, o mérito de em 1500, ter explorado as costas da Península do Labrador até à entrada de Hudson. No ano seguinte, Gaspar Corte Real desembarca na Terra Nova.
 

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Camarões

Os portugueses chegaram aos Camarões em meados do século XV, tendo-lhe dado este nome devido à abundância de camarões que encontraram num rio (Rio Camarões, Rio Wouri)

Ceilão (Sri Lanka)

Os portugueses fixaram-se no actual Sri Lanka em 1505 onde criaram importantes feitorias: Colombo (1518-1656), a cidade mais importante do reino de Cota e da Ilha de Ceilão; Galle (Galo), a fortaleza mais importante do extremo sul do Ceilão (1589) ; Jafanapatão (1560); Negumbo (1643); Batecalau (1628-1638); Triquinimale (1622).

Os portugueses fixaram-se no actual Sri Lanka em 1505 onde criaram importantes feitorias: Colombo (1518-1656), a cidade mais importante do reino de Cota e da Ilha de Ceilão; Galle (Galo), a fortaleza mais importante do extremo sul do Ceilão (1589) ; Jafanapatão (1560); Negumbo (1643); Batecalau (1628-1638); Triquinimale (1622).
No século XVII, fragilizados pelo domínio espanhol, os portugueses acabam por ser substituídos pelos holandeses (1658), que acabaram por ser dominados pelos ingleses (1796).
A presença portuguesa ainda hoje perdura em muitos vocábulos, mas também no nome de grande número de famílias (Silvas, Pereiras, Fernandos, Sousas, etc). No Ceilão desenvolveu-se inclusivé um crioulo.


 

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China

Os primeiros contactos dos portugueses com os chineses, iniciam-se logo do inicio do século XVI. Apesar de todas as proibições do governo Chinês, o comércio clandestino manteve-se muito activo entre os dois povos. Mercadores, missionários e simples aventureiros portugueses percorrem toda a China, relatando um mundo fantástico. Um dos relatos mais impressionantes foi o de Fernão Mendes Pinto (Peregrinação)

Jorge Álvares, em 1513, terá sido o primeiro português a pisar território chinês (Tong-men, perto de Cantão). A partir daqui foram muitos milhares os que o fizeram aos longo dos séculos.

Séc. XVI. Depois da primeira expedição à China, Simão de Andrade comanda uma outra 1519, construindo uma fortaleza em Tamão. Os portugueses manifestam a firme intenção de se estabelecerem na China. O Imperador Chinês, temendo as consequências que daqui pudessem resultar, proibe o comércio com os os portugueses.

Apesar das proibições o comércio não parou de crescer e com ele a pirataria. Os chineses mostram-se incapazes de fazerem frente a estes ataques. O auxílio que lhes é então prestado pelos portugueses acaba por alterar a posição do Imperador. Em 1557, as autoridades de Cantão estabelecem com os portugueses um acordo: em troca da defesa das suas costas pela marinha portuguesa, podiam estabelecer-se na China, onde fundam a cidade de Macau que rapidamente se tornou na principal porta entre o Ocidente e a China.


Ao longo do século um número incontável de mercadores, missionários ou simples aventureiros portugueses percorrem toda a China, relatando um mundo fantástico que maravilha os europeus do tempo. Um dos relatos mais impressionantes foi o de Fernão Mendes Pinto (Peregrinação).

Navegadores portugueses alcançaram a ilha de Taiwan em 1544, batizando-a de Ilha Formosa. Era um ilha habitada por piratas que resistiu durante muito tempo à colonização, inclusivé dos próprios chineses.
Século XVII. Os portugueses de Macau recusam aceitar o domínio de Portugal pela Espanha (1580-1640). A sua fidelidade a Portugal é saudada por D. João IV.
Explorada a costa, os portugueses começam a realizar expedições terrestres: A partir de Goa (India) vão até à China por vários caminhos. Os missionários católicos estabelecem-se cada vez mais pelo interior do continente.
Século XVIII. Início das relações diplomáticas entre os dois países. Os portugueses trazem para a Europa grandes quantidades de artigos chineses, que se tornam muito populares.
Século XIX. A China entra num período de decadência, o que é aproveitado pela marinha de guerra inglesa para lhes impôr a abertura dos seus portos, assim como a compra de Ópio. Os chineses são obrigados a ceder, e em 1841, tem que a aceitar também a instalação dos ingleses em Hong Kong, a 60 km de Macau. Estas acções inglesas alteraram profundamente a relação dos chineses com os europeus. Macau deixa de ser o principal entreposto entre a Europa e a China.
 

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Chile

A expedição de Fernão de Magalhães à volta do Mundo (1519-22), na qual participaram pelos menos trinta outros portugueses, cinco dos quais pilotos, selou para sempre a ligação histórica entre o Chile e Portugal. Foi o primeiro europeu a explorar o Chile, quando descobriu a passagem entre o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico. Uma província (Magallanes, que compreende a Patagónia) e um estreito deste país tem o seu nome. Em Portugal os chilenos tem assinalado os vários locais onde nasceu ou viveu este grande navegador português.



Comércio
Santiago do Chile, fundada em 1541, centralizou durante algum tempo as importações destinadas ao Alto Peru e ao Rio da Prata, e em especial para Tucumán. Os mercadores portugueses inverteram o circuito de distribuição. O grosso das mercadorias em vz de descerem, passaram a subir a rota do Rio da Prata, com mercadorias vindas de Buenos Aires ou do Brasil, sendo depois distribuídas por Santiago do Chile, Potasi e outras cidades.
Em 1577, o dominicano D. Francisco de Vitória, bispo de Tucamán foi o primeiro a estabelecer uma rota comercial regular entre San Miguel de Tucamán e Santiago do Chile, para onde enviava mercadorias vindas de Buenos Aires e do Brasil.
Este bispo português, antigo conselheiro da Inquisição Espanhola, em associação com membros Audiencia de Charcas, tornou-se o mais importante comerciante da região, sendo inclusive pioneiro na importação de escravos a partir de Buenos Aires.
Os mercadores portugueses, combinando comércio legal e ilegal, dominavam as rotas comerciais da América do Sul, geraram um ódio crescente dos comerciantes espanhóis.
 

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Chipre


As relações entre Chipre e Portugal, a julgar pela tradição, datam do século XV. O infante D. Henrique terá aqui obtido a cana-de-açucar e as videiras que foram plantadas na Ilha da Madeira.


Colombia

No século XVI muitos são os portugueses que se instalam no litoral norte da América do Sul, em Santa Marta, Novo Reino de Granada, etc. Fundaram muitas cidades e participaram expedições espanholas de conquista da região. A partir do Brasil exploram também os territórios da actual Venezuela, Colombia e as Guianas.
A Expedição de Rodrigo de Bastides que,em 1525, fundou a cidade de Santa Marta, para além de outros portugueses, contava com dois destacados oficiais superiores: Antonio Díaz Cardoso (capitão, natural de Santa Comba Dão) e Alonso Martín, acompanhado do seu filho Juan de San-Martin.

Esta cidade foi de inicio muito frequentada por piratas portugueses, que dominavam a região desde o inicio do século XVI.
Nas expedições que se seguiram, a sua presença foi sempre uma constante, sendo de destacar as de García Lerna (1528), Federman (1530), Pedro de Heredia (1533), Jerónimo de Ortal (1533), Jorge Espira (1534), Jorge de Robledo (1535), Antonio de Sedeño (1536), G. Jimenez de Quesada (1536), Jerónimo de Lébron (1541).
Gaspar de Rodas. Filho de Florêncio de Rodas, alcaide-mor de Loulé e de Guiomar Coelho, natural de Lamego. Andou na conquista do Perú (1540) e Reino de Quito. Ao serviço de Belalcázar , assumiu o governo de Popayán. Em 1569 subjugou a ferro e fogo a Antioquia (Colombia). Criou várias cidades: San-Juan de Rodas (1571), Zaragoza de las Palmas (1581), etc.
É praticamente infindável as referências a portugueses que participaram na conquista e povoamento desta região do império espanhol.
 

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Comores

As ilhas Comores foram descobertas pelos portugueses em 1503. A população estava totalmente islamizada, sendo a penetração do cristianismo muito dificil. Os portugueses acabaram por ser substituídos pelos franceses que pouco mais conseguiram neste processo.


Congo


Os portugueses chegaram à Bacia do Congo, em 1482, estabelecendo relações diplomáticas o Reino do Congo (Maricongo).

O tratado que então estabeleceram permitiu ao portugueses fixarem-se na região, regulava o lucrativo comércio de escravos, e permitia a difusão do cristianismo. No final do século XVI, este reino não conseguiu resistir às invasões muçulmanas vindas do norte. Portugal aposta então no reforço do poder do reino de Ndongo, cujo rei se chamava Ngolo, nome que origina Angola.

Incapaz de dominar a pressões internas e as invasões do norte, o Reino do Congo acabou por se desmembrar no século XVII. Das intensas relações culturais entre Portugal e o Reino do Congo, ainda hoje subsistem muitas tradições quer em Portugal, quer no Brasil.

Na segunda metade do século XIX, os territórios do antigo Reino do Congo foram retalhados por várias potências europeias, como a França (R.P.Congo), Bélgica (R.D.Congo), Inglaterra (Gabão) e Portugal (Cabinda, Angola).
Desde então, muitos ditadores africanos da região, tem-se procurado afirmar herdeiros do Reino do Congo, aventurando-se em projectos políticos para o reconstituir. O resultado destas acções tem sido uma sucessão interminável de matanças.
 

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República Democrática do Congo (ex-Zaire, Congo-Kinshasa).

Antiga colónia Belga, doada como propriedade pessoal ao rei Leopoldo da Bélgica (Conferência de Berlim 1884-85), tornou-se independente em 1960, tendo desempenhado um papel muito importante na luta de libertação de Angola.


No final dos anos 50, desenvolveu-se no ex-Zaire o projecto político de reconstruir o antigo Congo, expulsando os brancos e anexando o norte de Angola e Cabinda (antigo protectorado português, e que actualmente faz parte de Angola). A questão provocou desde logo em Portugal uma crescente precupação. O ex-Zaire mergulhou rapidamente numa guerra civil, cujos conflitos se perlongaram até aos nossos dias.
Em relação a Portugal, o problema agravou-se quando se iniciou, em 1961, a guerra de libertação dos angolanos do domínio colonial português. O ex-Zaire apoiou os vários movimentos de libertação (FNLA, MPLA e UNITA), dando-lhes armamento e permitindo a instalação de bases para atacarem as forças portuguesas em Angola. A FNLA rapidamente se tornou num braço armado do próprio Zaire, em especial dos projectos políticos de seu ditador Mobutu (1965 - 1997).
A resposta portuguesa não se fez esperar, passando a apoiar os movimentos de destabilização interna deste país, em especial o movimento de separação do Katanga que era financiado pelos belgas. Este movimento era chefiado por Moise Tshombé. Após a subida ao poder de Mobutu (1965), as relações tornaram-se menos conflituosas, em especial porque este ditador passou a apoiar na região, as posições dos EUA contra a crescente influência da antiga União Soviética. Sinal desta viragem foi o facto de, em 1970, Mobutu ter autorizado a presença diplomática portuguesa no seu país.
Em 1971, resssurge no Zaire um forte movimento xenófabo que procura acabar com os vestígios dos antigos colonialistas. Os brancos voltaram a ser de novo alvo de perseguições e os seus bens confiscados (os portugueses foram em Novembro de 1973).
 

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República Popular do Congo (Congo-Brazzaville )

Antiga colónia francesa, tornou-se independente em 1960, tendo desempenhado um papel muito importante na luta de libertação de Angola, nomeadamente no apoio que prestou ao MPLA. Entre 1963 e 1990 esteve sob o domínio da antiga União Soviética, as tropas cubanas só abandonaram o país no ano seguinte.

Costa do Marfim

As relações com Portugal datam do século XV.

Coreia

As relações entre Portugal e a Coreia datam do século XVI. Os portugueses foram os primeiros europeus a visitarem e fixarem-se neste país que desde os anos 50 do século XX se encontra dividido.
Em 1961 foram estabelecidas relações diplomáticas entre Portugal e a Coreia do Sul, o que possibilitou o incremento das relações económicas e culturais. Estas relações, em plena "Guerra Fria" marcam a afirmação da Coreia do Sul no seio das forças do mundo Ocidental.
Depois do 25 de Abril de 1974, a Coreia do Norte abriu uma embaixada em Portugal (22/4/1975). Para além do PCP, o então presidente da república Costa Gomes, que havia assistido no oriente à guerra na Coreia, foi um dos principais mentores desta aproximação ao regime comunista de Kim-Il-Sung. Este presidente português, particularmente envolvido em movimentos pacifistas, procurou mediar uma aproximação entre as duas Coreias.
A partir de 1974 a Coreia do Sul reforçou os seus investimentos em Portugal, onde existe uma pequena comunidade de coreanos.


 

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Cuba

Vários portugueses acompanharam Cristóvão Colombo na sua 1ª. viagem a Cuba em 1492. O nome que lhe foi dada corresponde ao de uma antiga vila portuguesa. A organização autónoma de Cuba como colónia foi decidida, em 1511, pelo filho de Colombo - Diego Colon, natural de Lisboa. Entre os séculos XVI e XX Cuba recebeu largos milhares de escravos das antigas colónias portuguesas

Portugueses em Cuba. Entre os muitos portugueses que viveram em Cuba quatro são figuras incontornáveis pelo modo como marca dois grandes da história deste país, independente desde 1891:
a ) Eça de Queiroz, escritor. No final do século XIX foi Cônsul de Portugal em Havana, sendo um assiduo frequentador do Café Columnata Egipciana.
b) Faria de Vasconcelos, pedagogo. Realizou neste país um extraordinário trabalho entre 1915 e 1917 na promoção de novos métodos de ensino da "Educação Nova", tendo fundado várias escolas.
c) Adelino Mendes, revolucionário. Filho de camponeses da Lousã, em 1936, participa na conhecida "Revolta dos Marinheiros, no rio Tejo, contra Salazar.Apesar de perseguido consegue ingressar na marinha mercante, em 1941, tendo desta forma fugido para as Caraíbas, onde se exila em Cuba. Começa a colaborar com o Partido Socialista Popular (PSP, comunista) na luta que, em 1959, levou ao derrube do ditador Fulgêncio Baptista pelos rebeldes comandados por Fidel, Che Guevara e Camilo Cienfuegos. Morreu em 1975, sendo condecorado a título póstumo por Fidel de Castro.(Público,3/9/2007).
d) Annie Silva Pais, filha única de Silva Pais, o chefe da Polícia Política em Portugal ( PIDE). Em Outubro de 1965 abandona a família e abraça a causa da revolução, militando ao lado de Che Guevara, Fidel de Castro e José Abrantes, ministro do Interior que acabará morto numa prisão cubana. O caso Annie abala a ditadura em Portugal que procura manter tudo em segredo.
Durante o período da Guerra Colonial (1961-1974), Cuba deu apoio e formação a muitos revolucionários portugueses e guerrilheiros das antigas colónias.
Cuba / PCP / União Soviética. A partir de 1961, Cuba passa a actuar em África sob o comando da antiga União Soviética, contando com o apoio do Partido Comunista Português (PCP). Cuba não se limitou a enviar armamento para os movimentos de libertação (MPLA, PAIGC, Frelimo, etc), mas também enviou militares. Em 1969, Portugal captura na Guiné-Bissau o capitão cubano Pedro Rodriguez Peralta (libertado em 1974).
As relações entre Portugal e Cuba entre 1975 e 1991 foram particularmente tensas.Pouco antes da Independência de Angola (Nov.1975), Cuba seguindo as instruções da antiga União Soviética, envia para este país milhares de soldados para apoiarem um dos seus movimentos políticos (MPLA). Uma invasão que era justificada e apoiada em Portugal pelo PCP. Os protestos são contínuos. A 22 de Abril de 1976, foi colocada uma bomba na Embaixada de Cuba em Lisboa, destruindo as instalações e matando dois diplomatas cubanos: Adriana Corcho e Efrén Monteagudo. O conflito angola rapidamente se internacionalizou. Os cubanos só em 1991 abandonam Angola, deixando atrás de si um país devastado e cerca de um milhão de mortos.
Entre 1974 e 1975 o PCP apostou na implantação em Portugal de um regime semelhante ao que existe em Cuba. Uma ideia acalentada pelos sectores mais radicais das forças armadas portuguesas, que em 1975 criaram as condições para o êxito da invasão cubana de Angola (Rosa Coutinho, Vasco Gonçalves, Vasco Lourenço, Vitor Alves, Otelo Saraiva de Carvalho, etc).
Entre 1974 e 1977 muitos foram os militares portugueses que se encontraram em Cuba com Fidel de Castro, para afinarem as estratégias a seguir em Angola e em Portugal. Otelo Saraiva de Carvalho (chefe do COPCON), entre 21 e 30 de Julho de 1975, teve honras oficiais, sendo um dos oradores das comemorações oficiais do 26 de Julho, data que assinala o assalto ao Quartel Moncada e o início da revolta contra a ditadura de Fulgêncio Baptista. Rosa Coutinho (último governador português de Angola), em meados de Agosto de 1975, encontra-se em Havana com Fidel. Os detalhes da invasão cubana foram então estabelecidos. Em 1977 foi a vez do General Costa Gomes (ex- Presidente da República) se encontrar com o ditador cubano. povo português já tinha recusado por completo o modelo cubano. Assinale-se o facto de em Maio de 2001, Cuba ter condecorado Vasco Gonçalves (antigo primeiro-ministro) com a Ordem "Playa Girón", pelo apoio que lhe deu em 1974/1975.
 

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Curaçau

Como no Suriname, estabeleceu-se aqui no século XVII uma importante comunidade de portugueses judeus. Ver Antilhas Holandesas.

Dinamarca

As relações entre os dois países remontam à Idade Média. A filha de D. Sancho I, Dona Berengária de Portugal (1194-1221) casou-se com o rei da Dinamarca Valdemar II. A influência da rainha portuguesa terá sido significativa, pois foi graças à sua acção que a Dinamarca conquistou as últimas terras pagãs do báltico, a actual Estónia (1210).


Século XV. A Dinamarca é então um vasto reino que controlava os mares do norte.
Portugal está mais do que nunca empenhado na exploração do Oceano Ártico, nomedaamente devido à pesca do bacalhau e à tentativa de descobrir aí uma passagem para a China.
Neste sentido, em 1461, o rei de Portugal D. Afonso V estabeleceu um Pacto com Cristiano I da Dinamarca para a exploração dos mares do norte. Entre as várias expedições quue foaram feitas destacam-se as seguintes: Em 1473, o Infante D. Fernando, mandou João Corte Real e Álvaro Homem descobrir a «Terra Nova dos Bacalhaus. Em 1495, João Lavrador e Pêro de Barcelos chegaram à Groenlândia e à Península do Lavrador. Entre 1500 e 1506, os irmãos Miguel e Gaspar Corte Real, seguindo a Rota do seu pai, procurando uma passagem para os mares da China, chegam à Terra dos Bacalhaus e desaparecem pouco depois nos mares gelados do norte. No início do século XX, o arqueólogo canadiano Delabarre, junto ao rio Tautum, descobriu a célebre pedra de Dighton, cujas marcas parecem confirmar a presença de Miguel Corte Real, ou de naufragos da sua expedição.
Século XVI. Os portugueses percorrem todos o mar do norte e contactos regulares com o reino da Dinamarca.


Século XVII / XVIII. O rei dinamarquês Christian IV ofereceu, em 1619, aos comerciantes portugueses não só liberdade de praticarem a sua religião, mas também de exercerem a suas actividades comerciais. O seu objectivo era constituir em Glückstadt, um centro comercial e marítimo capaz de competir com Hamburgo e Amesterdão.
A partir de 1620, vindos destas cidades começaram a fixar-se em Glückstadt muitos comerciantes portugueses. Não tardaram em construir uma sinagoga e um cemitério, que ainda hoje testemunha a presença e origem desta comunidade, que se manteve muito activa até meados do século XIX..
 

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Dominicana


A Republica Dominicana, partilha com o Haiti o território da antiga Ilha Hispaniola. A presença portuguesa fez-se sentir desde o momento em que foi descoberta (1492). Diego Colón, nascido em Lisboa, filho de Filipa Moniz Perestrelo e de Cristovão Colombo, quando aqui se estabeleceu como vice-rei das Indias, em 1509, levou consigo um numeroso grupo de portugueses.


A comunidade nunca parou de aumentar, tendo um papel de destaque no comércio internacional, tráfico de escravos e nas mais variadas actividades económicas. No século XVII foi reforçada com a vinda de muitos portugueses, cristãos novos, da Ilha de Curação. No Tribunal da Inquisição de Cartagena foram presos vários portugueses desta ilha.



Quando se fala da Inquisição espanhola na América, raramente se refere que a maioria das suas vítimas eram portugueses. A maioria era acusada de judaísmo, mas muitos outros de heresia, blasfémia, sodomia, bruxaria, etc.O objectivo dos inquisidores era sempre o mesmo: combater a presença portuguesa na Espanha e seus domínios, apoderando-se dos seus bens. Milhares de famílias foram destroçadas e espoliadas.A inquisição Castelhana foi criada em 1478, sendo logo seguida da inquisição aragonesa. Não tardou a surgir em toda a Espanha uma vasta rede de tribunais da inquisição, que se estendeu no século XVI às suas colónias.
Depois da Espanha ocupar Portugal, em 1580, largos milhares de portugueses vislumbraram neste país grandes oportunidades de negócio. A troco de uma enormes somas de dinheiro, obtiveram autorização para se estabelecerem em Espanha. Ao mesmo tempo continuaram a infiltrarem-se aos milhares nas suas colónias, onde possuíam enormes comunidades, apesar de estarem proibidos de aí se fixarem.
 

Antonio A Alves

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EUA

Foi um português, o primeiro navegador a explorar toda a costa leste dos EUA. A presença portuguesa data do século XVI, constituindo-se no século XVII as primeiras comunidades.


A presença portuguesa nos EUA é anterior ao século XVI. A prova deste facto é o chamado Mapa de Cantino (1502), a cópia de um mapa português obtida em Lisboa por um espião italiano. Neste Mapa, copiado entre Dezembro de 1501 e Outubro de 2002, está representada toda a costa da Flórida (ou Florida, em português), com topónimos portugueses. O Mapa revela ainda que os portugueses já tinham cartografado a Terra Nova (Canadá), onde iam pescar bacalhau.
Os portugueses chegaram à Florida entre 1493 e 1498, o espanhol Juan Ponce de León só "descobriu" a Flórida 18 anos depois, contando sempre com a ajuda de portugueses.
Não é de estranhar que na primeira expedição que penetrou no interior da América do Norte, a partir da Florida - a expedição de Fernando de Souto, de 1537 a 1543, contasse com pelo menos 23 portugueses, 8 dos quais eram fidalgos. Para iludir as autoridades espanholas dera outra identidade: 9 portugueses foram registados na Casa da Contratação de Sevilha como sendo vizinhos em Badajoz (Espanha). Um outro português afirma que era de Guadalcanal (Sevilha).
Um deles, o "fidalgo de Elvas" elaborou em português uma preciosa relação da expedição, a primeira a ser publicada. Entre os portugueses destacou-se o capitão André Gonçalves, descobridor da província de Apalache, tendo morrido em Aminoya, nas margens do Mississipi (1550).
João Rodrigues Cabrilho (Juan Rodriguez Cabrillo), que participara na conquista da Tenochtitlan (capital Azteca),foi também o primeiro europeu a explorar entre 1542 e 1443 a costa Oeste dos actuais EUA.
O início da exploração interior dos EUA foi feito também por centenas de portugueses, cujo identificação só muito recentemente se começou a fazer. Dois exemplos:
- André do Campo (Andres del Campo). Integrou com vários outros portugueses a expedição de Francisco Vasquez de Coronado, em Fevereiro de 1540, que a partir de Compostela penetrou pelo interior dos EUA . Após o fim da mesma prosseguiu durante 9 anos a exploração deste região do mundo (Quivira, Kansas).
- André Gonçalves, em 1542, com um grupo de portugueses percorreu a região ocidental dos EUA.
A cartografia espanhola dos actuais EUA foi também realizada por portugueses
Estevão Gomes. Piloto e cartógrafo. Em 1518 aparece nos registo da casa da contratação de Sevilha. Foi nomeado por Carlos V, para encontrar uma passagem marítima para a Índia no Atlântico Norte. Em 1524-25 navegou desde a costa mexicana até à Terra Nova (Canadá), seguiu para a Nova Escócia. Explorou e cartografou costa Leste dos actuais EUA. Em 1535 participou na expedição de Pedro de Mendonza no rio da Prata.


 

Antonio A Alves

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Etiópia (Abissínia)

Mítica "Terra do Prestes João" foi desde o século XV objecto de várias expedições portuguesas, quer por mar, quer por terra (Pêro da Covilhã e Afonso Paiva). No inicio do século XVI já a Etiópia tinha fortes ligações com Portugal. Em 1543, graças à ajuda dos portugueses, a Etiópia não foi conquista e destruída pela Somália.

etiopia01.jpg

Castelo torreado de Gondar (séc.XVII), construído pelos portugueses


Ao longo do século XVI os portugueses tentaram, sem êxito, trazer esta Igreja para a alçada do Vaticano, afastando-a da sua ligação a Alexandria (Egipto).
Na Etiópia subsistem ainda hoje muitos monumentos atribuídos aos portugueses: Castelo de Gondar, pontes (Alata e Avala-Andahé, ambas no Nilo Azul). A sua influência transparece em muitos usos e costumes. ..
 

Antonio A Alves

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Emiratos Arábes Unidos

A chegada dos portugueses ao Golfo Pérsico, no século XVI, alterou as relações de poder locais. Nos actuais Emiratos estabeleceram-se na cidade de Julfar (forteleza, 1515 -1622) e em outros portos como Corfaçao (Khor Fakkan, Forte, -1666), Libedia (Badiyah ?, Forte, -1623), Quelba (Kalba, forte), Doba (Diba al Hisn, forte, )e Mada (Mahdah, forte). Trata-se de um impressionante sistema militar-comercial que foi sendo destruído ao longo de todo o século XVII, devido a sucessivas investidas de persas, turcos, ingleses e holandeses, para além de tribos locais.

Egipto

Em 1509 os portugueses travaram contra os turcos e os egípcios (mamelucos ) uma maiores batalhas de todos os tempos. A batalha de Diu (Índia), ganha pelos portugueses,marcou o fim da ameaça islâmica que pesava sobre a Europa. Desde o princípio do século XV que os turcos e os egípcios se mostravam invencíveis, expandindo-se por toda a África, Ásia, mas também pela Europa oriental. Nesta batalha D. Francisco de Almeida, comandando uma pequena armada portuguesa destroçou por completo uma poderosa armada turco-egípcia. O Império Otomano saiu humilhado, nunca se tendo refeito desta pesada derrota. A dinastia dos mamelucos no Egípto acabou destroçada (1517). A partir desta batalha os Portugueses, durante quase um século, dominaram por completo o oceano Índico, abrindo as portas para a chegada de outros europeus (holandeses, ingleses, franceses). Na Europa esta vitória mostrou que os turcos podiam ser derrotados. O próprio Império Mongol que se expandia pela Índia evitou hostilizar os portugueses.
 

Antonio A Alves

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Espanha

Um antigo ditado português afirma que de "Espanha nem bom vento, nem bom casamento", traduzindo a ideia portuguesa que o país só existe quando se projecta para fora da Península Ibérica e se abre ao Mundo

Desde 1143 (Independência de Portugal), as relações entre os vários reinos ibéricos foram sempre marcadas por aproximações e conflitos. Com excepção de Portugal, todos os reinos ibéricos acabaram dominados pelo Reino de Castela em 1492, que lhes impôs a sua língua e a cultura, tratam-se de reinos historicamente falhados.
Tem sido muitos os conflitos e as batalhas que o portugueses tiveram que travar para combater as tentações hegemónicas de Castela e depois da Espanha na Península Ibérica.



Casamentos Reais
Estes conflitos permanentes foram atenuados por uma política de casamentos reais entre os séculos XII e o princípio do século XIX. Ao todo 11 infantas de Portugal foram rainhas de Castela/ Espanha. A última das quais - D.Maria Isabel, 1797-1827) - foi a fundadora do Museu do Prado.
No século XX, assinala-se o facto de logo após a IIª. Guerra Mundial (1939-1945), terem fixado residência em Portugal (Estoril), os Duques de Barcelona, tendo aqui vivido largos anos o actual rei de Espanha.



Guerras entre Portugal e Espanha
Se as guerras com os muçulmanos no território de Portugal, terminaram em meados dos século XIII, as guerras com os castelhanos/espanhóis nunca acabaram estendendo-se da Europa às Américas.


A última grande aliança entre os dois países, ocorreu durante a segunda guerra mundial (1939-1945), e resultou em consequências funestas para ambos os povos: o chamado "Pacto Ibérico" (1939) serviu para perpetuar duas ditaduras que só foram derrubadas muitos anos depois, em 1974 (Portugal) e 1975 (Espanha).
 
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