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Uma Viagem pelo Mundo em Português

Antonio A Alves

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Os primeiros europeus a chegarem à África do Sul foram os portugueses (séc.XV). Ao longo dos séculos os seus barcos faziam aqui escala a caminho da Oriente (India, Macau, Timor, etc), mas também de Moçambique. Atestando a sua presença diversas Regiões e localidades continuam a possuir nomes portugueses (Cabo, Natal, etc). Esta presença continua ainda a ser muito significativa.


Os primeiros europeus a chegarem à África do Sul foram os portugueses (séc.XV). Ao longo dos séculos os seus barcos faziam aqui escala a caminho da Oriente (India, Macau, Timor, etc), mas também de Moçambique. Atestando a sua presença diversas Regiões e localidades continuam a possuir nomes portugueses (Cabo, Natal, etc). Esta presença continua ainda a ser muito significativa.


Os primeiros europeus a chegarem à África do Sul foram os portugueses. Ao longo dos séculos os seus barcos faziam aqui escala a caminho da Oriente (India, Macau, Timor, etc), mas também de Moçambique. Atestando a sua presença diversas Regiões e localidades continuam a possuir nomes portugueses (Cabo, Natal, etc)
 

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Século XVII

Antes da fundação de uma colónia, no século XVII, pelos holandeses, não podemos falar de emigração. A África do Sul era considerado um território português.

João de Souza é considerado o primeiro emigrante português da nova colónia. Era de origem judaica e no dia 5 de Agosto de 1696 foi baptizado numa igreja reformada holandesa da cidade do Cabo.
 

Antonio A Alves

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Século XX

Entre os emigrantes portugueses mais famosos, conta-se o poeta Fernando Pessoa, que viveu e estudou em Durban, onde possui aliás uma estátua.


A grande vaga de emigrantes deu-se a partir dos anos 50 do século XX, na sua maioria oriundos das ilhas da Madeira.


Após a Independência de Angola e Moçambique (1975), ocorreu uma segunda vaga, quando milhares de portugueses que haviam abandonado estes países se fixaram na África do Sul. Muitos acabam por identificados com a política racista do seu governo branco.



Com o fim do regime do "apartheid", em 1990, todos os brancos, incluindo os portugueses, passam a acusados de terem colaborado com as práticas racistas anteriores. Não tardou em ocorrer um aumento dos atentados e assassinatos de brancos. Até 2000 foram assassinados 20 portugueses. Esta comunidade ficou então alarmada com a escalada da violência. No dia 15 de Novembro de 2000, realiza uma marcha em Joanesburgo, contra a violência, acusando o Governo Sul Africano de nada fazer. Na altura o ministra da segurança, Steve Tshwete (entretanto falecido) acusa a comunidade portuguesa de ter colaborado com o regime do "Apartheid", e estar envolvida em "crimes" no país. No ano seguinte foram mortos 31 portugueses. Nos primeiros 6 meses de 2002 foram mortos 15. Não estamos perante qualquer perseguição de cariz racista a uma dada comunidade, mas de um aumento brutal e da criminalidade neste país, onde as clivagens sociais continuam a ser enormes.

Quantos emigrantes portugueses residem na África do Sul ? Os números continuam a ser muito diversos. Chegaram a ser 600 mil, actualmente serão perto de 500 mil, embora os dados consulares registem apenas 135 mil (dados de Julho 2002)
 

Antonio A Alves

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Alemanha

As ligações entre Portugal e a Alemanha são muito profundas e remontam à Idade Média, muitos séculos antes da unificação deste país (século XIX). Entre as imperatrizes da Alemanha contam-se duas portuguesas: Dona Leonor (1434-1467), casada com o imperador Frederico III , e no século XVI, Isabel de Portugal casada com o imperador Carlos V. As ligações entre a realeza dos dois países prolongou-se até ao século XX

Casamentos reais


Entre as imperatrizes da Alemanha contam-se duas portuguesas: Dona Leonor (1434-1467), casada com o imperador Frederico III , e no século XVI, Isabel de Portugal casada com o imperador Carlos V. Estas ligações reais prolongaram-se para além do fim da monarquia em Portugal (1910).


No século XIX /XX, por exemplo, assinalam-se quatro casamentos

D. Augusto de Leuchtenberg, duque e príncipe de Leuchtenberg e de Santa Cruz, filho do vice-rei de Itália e de uma princesa filha de Maximiliano José I da Baviera, casou-se em primeiras núpcias com D. Maria II.

D. Fernando Augusto, filho do príncipe e duque de Saxe Coburgo-Gotha, casou-se em segundas núpcias com D. Maria II. Foi um ilustre mecenas e construtor do Palácio da Pena, em Sintra.

A Rainha D. Estefânia (Stephanie Josepha Friederike Wilhelmine Antonia von Hohenzollern-Sigmaringen), casada com D. Pedro V (1837-1861).

Augusta Vitória Hohenzollern-Sigmaringen, casada com D. Manuel II (1908 - 1910). Pertencia também à casa alemã de Hohenzollern-Sigmaringen,,situado numa região católica do sul da Alemanha

Princesas e princesas casaram também com principes e reis alemães, como foi o caso de duas filhas de D. Maria II e de de Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha Rei consorte de Portugal: D. Antónia de Bragança (1845-1913), casou com o príncipe Leopoldo de Hohenzollern-Sigmaringen (1835-1905) e D. Maria Ana de Bragança (1843-1884), casou com o rei Jorge I da Saxónia (Saxe), cujo casamento ocorreu em 1859 na cidade de Lisboa.
 

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Alemães em Portugal

Século XII

Os cruzados alemães tiveram um papel muito importante na conquista de Lisboa (1147). Desde então sempre existiram em Portugal importantes comunidades de alemães.

Século XV

Muitos alemães integram as várias expedições marítimas portuguesas. Os seus mercadores à semelhança dos italianos desfrutam de um estatuto especial. É também de destacar o numeroso grupo de tipógrafos e encadernadores alemães que aqui se fixou. O mais célebre de todos foi Valentim Fernandes, da Morávia, que obteve privilégios de impressão em Portugal a partir de 1495. Na 2ª metade do séc. XV trabalhou para a Câmara do Porto o encadernador de origem alemã João Tomé, a quem o Rei D. Manuel concedeu vários privilégios.

Século XVI

As relações entre Portugal e os reinos alemães são muito intensas, o que explica os casamentos reais.

Séculos XVII / XVIII

Em Portugal, depois da resturação da Independência (1640), paracontrabalançar a influência da Grã-Bretanha, houve uma política muito activa para reforçar os laços com a Austria e os vários "reinos" que constituiam a Alemanha antes da sua unificação (1871). A muitos alemães foram dados altos cargos em Portugal, nomeadamente no campo militar:


Conde de Schomberg. Entre 1660 e 1668, teve a seu cargo da reorganização do exército português, sendo a sua acção decisiva na derrota dos espanhóis na batalha do Ameixial e de Montes Claros;

o conde reinante de Schaumbourg-Lippe, por exemplo, foi marechal general do exército português de 1762 até à sua morte em 1777, tendo aqui exercido uma notável acção na reorganização do exército.

Os casamentos de reis portuguesas, nos séculos XVII e XVIII, com princesas da casa real da Austria inserem-se nesta política. Nenhum aspecto foi descurado, nomeadamente a assistência religiosa. Para os católicos a rainha D. Mariana da Austria, casa com D. João V, estabeleceu em 1737 na igreja de S. João Nepomuceno (Largo de Camões) para os alemães. No final do século foi erguida uma segunda igreja alemã, na Rua dos Fanqueiros (nos.113-117).Depois de 1834 este apoio religioso regrediu, tendo os alemães apenas uma capela (S. Bartolomeu) na igreja de S. Julião em Lisboa. Para os protestantes foi criado em 1761, a Igreja Evangélica Alemã de Lisboa, mas sem instalações próprias.
 

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Século XIX

A comunidade alemã em Portugal foi ao longo de todo o século muito significativa, tendo influentes figuras em multiplos domínios, como Emilio Biel (percursor da fotografia), a berlinense Carolina Wilhme Michaelis de Vasconcelos, etc.

O crescimento da comunidade alemã traduziu-se desde logo na criação de várias instituições: Em 1822, no bairro de Campo de Ourique, em Lisboa, foi inaugurado um cemitério alemão. Durante séculos os alemães foram sepultados nesta cidade, entre outros locais no Convento de S. Vicente de Fora e na Igreja de S. Julião (junto ao largo do Município). Em 1848 surge a Escola Alemã de Lisboa e em 1901 a Escola Alemã do Porto. Neste século muitas empresas alemãs instalaram-se em Portugal, como foi o caso da Siemens (1876).

Século XX

Durante a 1ª Guerra Mundial (1914-1918), os dois países estiveram em guerra na Europa e em África (Angola e Moçambique). Em Angola, as hostilidades ocorreram no sul entre 1914 e o 1916, envolvendo acções contra revoltas instigadas pela colónia alemã da Damaralândia (actual Namíbia). Em Moçambique desenvolveu-se através de conflitos na fronteira norte, junto ao Rovuma, entre 1914 e 1916. Na Europa, o conflito começou quando Portugal alegando a sua aliança com a Inglaterra tomou cerca de 60 navios alemães e austriacos que estavam nos seus portos (1916). O que se seguiu nos campos de batalha foi uma horrivel carnificina. Registe-se o facto de cerca de 7 mil portugueses terem sido feitos prisioneiros pelos alemães.

Depois da guerra a comunidade alemã voltou a ressurgir em Portugal. Sinal dos tempos, os protestantes alemães constroem uma igreja em Palhavã (Lisboa, 1934).

Na 2ª. Guerra Mundial (1939-1945), Portugal manteve-se neutral, tendo acolhido muitos milhares de refugiados alemães. Os Nazis desenvolveram aqui uma intensa actividade de espionagem e propaganda.


Durante as guerras coloniais (1961-1974) a Alemanha (Ocidental) tornou-se no principal suporte da ditadura sustentar as guerras em África. A Alemanha forneceu créditos e armas, assim como realizou importantes investimentos em Portugal. Em troca foram-lhe concedidas importantes facilidades, nomeadamente para a instalação de uma base militar em Beja (Alentejo, 1963).


Depois do 25/4/1974, a Alemanha (Ocidental) volta a apoiar a formação e consolidação dos principais partidos democráticos (PS e PSD), mas também de outras organizações em especial as que lutavam contra a influência da antiga União Soviética.

Paralelamente, entre 1974 e 1989, ex-República Democrática da Alemanha (1945-1989), pró-soviética, apoiava activamente o PCP, financiando as suas acções de propaganda.
 

Antonio A Alves

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Portugueses na Alemanha

Comunidade de Judeus Portugueses.

Uma das principais consequências da ocupação de Portugal pela Espanha (1580), foi o aumento da intolerância religiosa, assim como as perseguições aos cristãos-novos.


Entre 1580 e 1600 centenas de cristãos-novos ( jud[FONT=arial, verdana, helvetica, geneva]eus)[FONT=arial, verdana, helvetica, geneva] [/FONT][/FONT][FONT=arial, verdana, helvetica, geneva]fugiram para[/FONT] [FONT=arial, verdana, helvetica, geneva]o[/FONT]Norte da Alemanha, levando[FONT=arial, verdana, helvetica, geneva]consigo a [/FONT]língua e a cultura portuguesas.


Em Hamburgo, onde se concentravam a maioria do portugueses, dominam o comércio do açúcar, das especiarias e da prata, cooperam na fundação do Banco de Hamburgo e são corretores na Bolsa. É enorme o seu contributo [FONT=arial, verdana, helvetica, geneva] para o seu desenvolvimento e internacionalização. Em fins do século XVIII começam a sofrer as primeiras perseguições. [/FONT]A sinagoga portuguesa, fundada no seculo XVII, foi incendiada a 5 de Maio de 1842, mas voltou a ser reconstruída. Em 1933, as mais prósperas familias portuguesas da cidade (Jessurun, Del-monte e Cassuto) são obrigadas fugiram, voltando algumas delas para Portugal, fixando-se em Lisboa e no Porto.

[FONT=arial, verdana, helvetica, geneva]Em Altona, junto a a Hamburgo, no século XVII, 13 portugueses fundam outra comunidade. [/FONT]Em 1611 [FONT=arial, verdana, helvetica, geneva]criam em [/FONT]Königstraße um cemitério[FONT=arial, verdana, helvetica, geneva] próprio[/FONT].[FONT=arial, verdana, helvetica, geneva] A sua sinagoga inaugurada em 1711 será destruída em 1940.

[/FONT]Apesar do genocídio, em Hamburgo e Altona, ainda hoje subsistem vestígios de 3 cemitérios de judeus portugueses : Königstraße (Altona,1611-1869), Bornkampsweg[FONT=arial, verdana, helvetica, geneva] (1869- ) [/FONT][FONT=arial, verdana, helvetica, geneva] e [/FONT] Ilandkoppel, uma antiga sinagoga, nomes nas ruas de portugueses, uma enorme massa de documentos nos arquivos, etc

Século XX

Durante séculos, o fluxo de emigrante fez-se sobretudo da Alemanha para Portugal, e só muito pontualmente em sentido contrário. A emigração portuguesa para a Alemanha só se iniciou em meados dos anos 60, tendo durado cerca de uma década. Deste período ainda existem neste país cerca 132.314 portugueses (Dados de 2002 do Instituto Federal de Estatística Alemão).
[FONT=arial, verdana, helvetica, geneva]
[/FONT]
 

Antonio A Alves

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América Latina

Em Portugal, tem-se ignorado de forma sistemática a contribuição decisiva de inúmeros portugueses que participaram na conquista e construção do Império Espanhol, e depois no processo de independência das suas colónias.
A história de países como o Peru, Uruguai, Paraguai, Argentina, Equador, Bolívia, Colombia, México, Cuba entre outros, são inexplicáveis se não tivermos em conta a decisiva contribuição dos portugueses para a sua formação.

Descobridores, conquistadores e governadores
Todas as descobertas e conquistas espanholas, desde 1492, contaram, sem excepção conhecida, com a colaboração de portugueses.


A expansão marítima dos portugueses foi desde o inicio fruto de uma obra colectiva. Os reis desde muito cedo perceberam que a única alternativa que lhes restava era expandirem o reino para além mar. Na Península Ibérica estavam limitados pelos reinos de Castela e Aragão.
O reino de Portugal a partir do século XIV sonda a possibilidade de se expandir para as Canárias, mas é a partir da conquista de Ceuta, em 1415, que se assumiu o projecto de o fazer através da descoberta de novos mares e terras. Os
descobrimentos foram desde então assumidos como um projecto político da corte portuguesa.
Os reinos de Castela e Aragão permaneceram centrados na conquista do reino de Granada e em territórios já conhecidos, em torno do Mediterrâneo.
Colombo viveu, aprendeu, constituiu família em Portugal. Aqui concebeu, com qualquer português do seu tempo, a ideia de descobrir novas terras.
A novidade da sua acção foi ter, em 1485, ido oferecer à rainha - Isabel, a Católica -, a possibilidade de também chegar a mares e terras desconhecidas - as Indias (Antilhas, a América). Não foi todavia um caso único. Muitos outros portugueses também o fizeram. Na verdade, milhares de portugueses tiveram um papel decisivo na construção do Império Espanhol, um facto sistematicamente ignorado.

LemaColombo.png

Diego Colon quando o seu pai faleceu, em 1506, mandou escrever junto ao brasão de Colombo, o seguinte lema: "A Castilla y a Leon Nuevo Mundo dio Colon" (39) . Esta terá sido a vontade expressa de Colombo de a mostrar que foi ele que deu a Castela e Leão as Indias, sem ele nada tinham descoberto. Muitos outros portugueses foram para Castela/Espanha oferecer os seus serviços prometendo-lhe darem-lhes novas terras a troco de privilégios, que a Corte em Portugal lhes recusava.

 

Antonio A Alves

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Colombo foi para Castela em fins de 1484 ou princípios de 1485, na sequência de uma conspiração contra D. João II, protagonizada pelo Duque de Viseu-Beja, senhor das ilhas do Atlântico e mestre da Ordem de Cristo. Três anos depois, a 18 de Outubro de 1487, num documento oficial da Corte espanhola é identificado como "português":

Alguns historiadores tem levantado a hipótese de Pedro Diaz de Toledo se ter enganado, não sabendo reconhecer a lingua portuguesa. Trata-se de um afirmação de todo improvável se tivermos em conta a sua formação e experiência em latim, estudos clássicos, italianos e mesmos os contactos com portugueses e a cultura portuguesa da época.




Os restantes membros da corte que participaram neste acto oficial, sabiam também distinguir um português de outro estrageiro.
O Doutor de Talavera - Rodrigo Maldonado de Talavera (?-1517) -, era chanceler da Ordem de Santiago, reitor da Universidade de Salamanca. Entre outras missões relacionadas com Portugal, interveio nas conversações dos reis católicos com Afonso V, sobre as questões relacionadas com a guerra de sucessão ao trono de Castela. Maldonado participou também nas conversações e assinatura dos Tratados de Alcáçovas (1479) e de Tordesilhas (1494). Poderia não perceber nada de navegações ou cosmografia, mas era dificil encontrar na Corte de Castela, uma pessoa que melhor pudesse identificar um português (Colombo).

Isabel, a católica, cuja mãe era portuguesa, sabia português e Alonso de Quintanillaestava intimamente ligado a portugueses. Estamos perante um grupo de pessoas que sabia facilmente distinguir um português de um italiano, um nobre em fuga de um charlatão. Conheciam e eram parte activa nas grandes questões políticas dos reinos peninsulares. A solução encontrada poderá ter sido a de mantê-lo no anonimato, tendo este adoptado um nome falso.
Porque não mencionou o nome deste Português (Colombo) ? O que procurava ocultar? A explicação levanta duas hipóteses interessantes

Português, sinónimo de Cristão-Novo

Pedro Diaz de Toledo era um converso ou cristão-novo ( 2 ), vivia numa altura em que os mesmos eram perseguidos em Castela. O seu tio - Fernán Diaz de Toledo (também converso) foi um dos principais defensores dos judeus e dos conversos.

Em 1449 foi o autor da célebre "Instrucción del Relator", no qual denuncia as perseguições que eram vítimas, apela a que se ponha fim à questão da limpeza de sangue e à proibição dos conversos exercerem ofícios públicos, por último solicita a intervenção do rei (Enrique IV). Estamos perante alguém que procurava apoiar os cristãos-novos.

Como é sabido, em Espanha, a partir do século XV, todos os portugueses são sumariamente identificados como judeus ou de origem judaica. O que irá justificar até ao século XVIII uma brutal perseguição aos portugueses em Espanha e nas Indias espanholas.

Ao escrever Português em vez de Colombo, era o mesmo que dizer que se tratava de um português cristão-novo (converso), ocultando de certa forma a sua identidade.. Esta é uma das explicações possíveis, mas não a única.


 

Antonio A Alves

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Português fugitivo

Hernando Colon afirma claramente que Colombo fugiu de Portugal, mas nunca explicitou os motivos. A célebre carta de D. João II, em Março de 1488, deixa transparecer que havia um qualquer problema com o mesmo. Para além disto, sabemos que vivia rodeado de exilados portugueses e em casa de portugueses.

Para a Corte Castelhana era, no mínimo, mais um dos conspiradores que haviam atentado contra D. João II de Portugal, e que tinham prometido servir os interesses de Castela. O seu nome numa folha de registos de pagamentos deste reino era a prova da sua traição ao rei de Portugal. Estava aparentemente inserido na categoria dos proscritos, com a vida em perigo. A forma encontrada por alguns deles, como foi o caso de Lopo de Albuquerque, foi mudarem de nome no estrangeiro.

O Português (Colombo) referido no documento de Outubro de 1487, poderá ter sido um dos que foi aconselhado a mudarem de nome.

Depois deste encontro passou a ser mencionado como "estrangeiro", mas nunca como italiano ou genovês.
Durante oito anos o espanhóis chamaram-lhe de Colomo. Só em 1492 lhe chamaram Colon, e já depois da sua morte em 1506 lhe colocaram um acento no nome (Colón). Foi também conhecido em Espanha pelo nome de Pedro e pelo apelido de Guiarra ou Guerra.Muitos nomes para uma mesma pessoa.
 

Antonio A Alves

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Andorra

A história deste país, encravado entre a Espanha e a França nos Pirinéus, está de algum modo ligada a Portugal.

Condado de Urgel. Andorra entre 1278 e 1789 foi governada pelo bispo de Urgel (Aragão/Espanha), sob a concordância dos monarcas franceses. O bispo de Urgel recebeu este poder dos condes de Urgel. Estes condes continuaram a ser determinantes nas grandes decisões sobre Andorra.

Não deixa de ser curioso que o infante de Portugal D. Pedro (1187-1258), filho de D. Sancho I, tenha sido Conde consorte de Urgel (1229-1231) e depois Conde titular de Urgel (1231-1236) pelo casamento com Aurembiaix Armengel.

Este infante em 1230, ajudou o bispo de Tarragona a conquistar a ilha de Ibiza aos Mouros. Através de uma manobra palaciana, cedeu o Condado à casa real de Barcelona, recebendo em troca o seu domínio feudal do reino de Maiorca, com as ilhas de Ibiza e Formentera, e ainda os castelos de Pollença, Alaró (ambos nas Baleares) e Almudaina (em Alicante), assumindo o título de Senhor das Baleares (1236 - 1255). Foi desta forma que Andorra passou para o controlo dos catalães.



Século XV. O D. Pedro(1429-1466), 5º.Condestável de Portugal, mestre da Ordem de Avis , era filho do Infante D. Pedro, Conde de Coimbra e de D. Isabel de Urgel, filha de Jaime II conde de Urgel e de D. Isabel de Aragão.
D. Pedro foi em 1464 aclamado rei de Aragão com o nome de Pedro V.
Ainda no século XV, registe-se o facto do rei português D. João II ser filho de D. Afonso V e de D. Isabel Condessa de Urgel
 

Antonio A Alves

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Século XX. Em 1934, un russo chamado Boris de Skossyreff, afirmou-se rei de Andorra e durante alguns dias governou este país até ser preso.Após algumas acções mediáticas em Espanha, acabou por ser expulso para Portugal, tendo vivido durante alguns anos entre Lisboa, Tanger e Gibraltar.


Independência. Andorra é desde Março de 1993 um estado formalmente independente, sendo o catalão a lingua oficial. O poder, como no século XIII continua a recair sobre o bispo de Seo d’Urgell e o presidente da França. Cerca de 70% da população são estrangeiros, sendo extremamente dificil adquirir a nacionalidade andorrana.


Comunidade portuguesa. Número estimado de emigrantes portugueses: 11 mil, em 2007 (15% da população). Esta comunidade, a segunda do Estado de Andorra, começou a desenvolver-se depois de 1974 com a vinda de muitos portugueses de África.


Actualmente a maioria são originários dos Norte de Portugal e concentram-se nos principais centros urbanos, exercendo actividades no sector terciário (hotelaria, supermercados, cafés, etc) e construção civil. Existem várias associações portuguesas, mas também cafés, restaurantes, etc . Apenas em 2007, os portugueses conseguiram maiores facilidades para puderem abrir os seus negócios, antes tinham que esperar mais de 20 anos.



Milhares turistas portugueses todos os anos praticam aqui desportos na neve
 

Antonio A Alves

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Angola

Angola

Uma história comum com mais de cinco séculos

Antilhas

O nome é português e significa antes da Ilha. É o nome que os portugueses do século XV deram às Caraibas (Cuba, Bahamas, Porto Rico, Haiti, etc). Cristovão Colombo foi um dos primeiros a afirmar que os portugueses conheciam a existência destas terras a Ocidente desde meados do século XV, muito antes da descobertas "oficial" da América em 1492.


Antilhas Holandesas

Conjunto de ilhas holandesas da Caraíbas (Antilhas), entre as quais se destacam as ilhas de Curação (nome português), Aruba, São Martinho, Bonaire, Santo Estáquio e Saba. A presença portuguesa remonta ao século XV. A comunidade portuguesa nestas ilhas era muito numerosa.

Com a primeira expedição da Companhia das Indias Ocidentais, em 1634, chegou à Ilha de Curação o português Samuel Cohen (ou Coheño), interprete de profissão. Quatro anos antes participara na conquista holandesa de Pernanbuco.

A comunidade não tardou a crescer. Fundaram uma sinagoga. No Curação até 1869 todas as cerimónias judaicas eram inteiramente dirigidas em português. O cemitério de Beth Hahaim está repleto de inscrições em português.

A lingua falada pelos indigenas é um crioulo, denominado papiamento, com uma forte influência portuguesa
 

Antonio A Alves

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Arábia Saudita

Os portugueses chegam à região, o coração do islamismo, no início do século XVI. A muito custo mantiveram durante algumas décadas as seguintes fortelezas: Ilha de Tarut (Al Qatif, 1551 ? ); Catifa (Al Qatif, 1521-1551).

Argélia

As cidades do norte de África, como Argel (Argélia), Tunes (Tunísia),Tripoli (Líbia), Ceuta, Tanger ou Salé (Marrocos) foram até meados do século XIX centros de pirataria e abrigo de corsários. Estes não se limitavam a actuar no Mediterrêneo, mas entravam no Atlântico e atacavam as costas de Portugal, em especial o Algarve e o Alentejo, mas também os Açores e a Madeira.


Centenas de navios foram saqueados ou destruídos, dezenas de milhares de portugueses foram mortos ou escravizados. O seu regaste requereu a criação de uma vasta organização.
No século XVI deu-se um enorme aumento da pirataria muçulmana devido a dois factores: a expulsão de centenas de milhares de Espanha para o Norte de África e à expansão do Império Otomano para esta região. O que exigiu o reforço das medidas contra estes piratas.
Ao longo dos séculos Portugal organizou ou participou em muitas acções punitivas contra as cidades do Magreb..
No inicio do século XVII, os piratas argelinos sem a oposição da marinha portuguesa, destruída pelo domínio espanhol, aventuram-se pelo Atlântico em navios de grande porte, atacando, por exemplo, as ilhas dos Açores: em 1616 atacaram a Ilha de Santa Maria, fazendo grande número de cativos. No ano seguinte atacaram a Ilha do Porto Santo, e em 1675 de novo atacam os Açores. Portugal organizou armadas para patrulhar a costa e proteger as naus, que passavam pelos Açores.
As incursões dos piratas argelinos eram continuas na costa portuguesa, fazendo milhares de cativos que eram transportados para Argel onde eram vendidos. Em 1678, os pescadores de Azurara, queixavam-se de não puderem pagar as contribuições porque os "mouros" lhes haviam roubado recentemente navios e sequestrado pessoas. No final do século em Argel existiam muitos portugueses cativos.
No século XVIII, a pirataria argelina não dava descanso aos portugueses, o número de cativos em Argel continuava enorme. Durante o reinado de D. João V (1706-1750), foram efectuados quatro grandes resgates (1720, 1726, 1731 e 1739, todos realizados por frades da Ordem da Trindade.
D. José I voltou a organizar-se uma esquadra para vigiar o Estreito de Gibraltar que se manteve activa até 1807. Em 1784, uma força conjunta de Portugal e da Espanha atacou o porto de Argel, cujos corsários estavam a provocar graves prejuízos aos dois países. Em 1787, os portugueses enviam uma embaixada a Argel para negociar o fim dos ataques dos piratas, mas os resultados foram nulos.
Em Maio de 1799 uma esquadra portuguesa toma o porto de Tripoli e em Outubro ataca o porto de Tunes.
Um dos últimos grandes ataques destes piratas a navios portugueses, ocorreu em Maio de 1802, quando tomam a fragata "Cisne" que andavam a patrulhar o mediterrâneo. O navio e o que restava da tripulação foram enviados para Argel, onde foram reduzidos à condição de escravos. Em 1812, mediante o pagamento de avultadas verbas foi possível resgatar alguns sobreviventes.
Entre 1807 e 1820, devido ao facto da armada portuguesa estar no Brasil, os piratas do Magreb provocam grandes prejuízos ao comércio de Portugal. Apenas a 6/6/1810 foi assinado o primeiro tratado de tréguas e resgate entre Portugal e Argel, confirmado em 1813, com a assinatura do Tratado de Paz. Este Tratado permitiu recuperar os cativos que estavam em Argel. Uma cláusula secreta do mesmo, obrigava Portugal a um avultado pagamento anual, para não ser atacado por piratas argelinos.
Durante a ocupação da Cisplatina (1816-1822), os espanhóis deram cartas de corso a piratas argelinos para estes atacarem navios portugueses.
A pirataria de Argel só deixou de ser uma ameaça à navegação no Mediterrâneo e no Atlântico, quando em 1830 a França conquistou esta cidade.
 

Antonio A Alves

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Século XX

A relação dos portugueses com a Argélia muda no século XX, quando entre 1926 e 1974 se constituiu como um pólo de resistência contra a ditadura em Portugal. Muitos portugueses aqui procuraram asilo.
Nas vésperas da Ditadura (1926-1974), Manuel Teixeira Gomes renunciou ao cargo de Presidente da República e parte para Bougie (hoje Bejaia) na Argélia, onde viverá exilado, no Hotel l' Étoile até falecer em 1941.
A partir de finais dos anos 50 do século XX, a Argélia recebeu e apoiou muitos opositores à ditadura, como o General Humberto Delgado. Em 1962 foi aqui instalado um posto de rádio - Rádio Portugal Livre. Os movimentos de libertação das ex-colónias portuguesas em África, também tiveram na Argélia uma importante base de apoio, por aqui passaram Agostinho Neto, Amílcar Cabral, Samora Machel, Aristides Pereira, Mário Pinto de Andrade, Pedro Pires, Aquino de Bragança, etc. Em Argel foi assinado, em 1974, o acordo de Independência das colónias africanas portuguesas.

Desde meados dos anos 90 que a Argélia se tornou no principal fornecedor de gás natural a Portugal (40% do total das importações em 2006). Em 2005, os dois países assinaram um Tratado de Boa Vizinhança, de Amizade e de Cooperação. Em 2007 realizou-se a I cimeira luso-argelina, no ano seguinte a IIª., ambas em Argel. Em 2010, a IIIª. em Oeiras.
 

Antonio A Alves

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Argentina

Na 1ª. metade do século XVI, os portugueses, denominaram de Rio da Prata o rio que ali desaguava vindo da Serra da Prata (Colómbia). O nome acabou por se adoptado pelos espanhóis. No século XVI e 1ª. metade do século XVII a maioria da população de Buenos Aires era portuguesa


Descobridores, Conquistadores e Cartógrafos


A Argentina foi descoberta por portugueses, que também a exploraram e cartografaram.
- Gonçalo Coelho, em 1501 e 1503, foi o primeiro europeu a descobrir o Uruguai e a Argentina. Foi enviado duas vezes por D.Manuel I para a América do Sul a fim de explorar região, tendo chegado até ao extremo sul do continente. Alguns historiadores mais imaginativos, atribuem o comando da segunda expedição a Américo Vespúcio, um puro delírio.


- João de Lisboa, em 1511/2, a mando de D. Manuel I numa nova expedição percorre toda a costa da argentina, explorando o rio da Prata.


- João Dias de Solis (Juan Díaz de Solís , c.1470-1516), português ao serviço do rei de Espanha, em 1515, comanda uma expedição ao Rio da Prata, numa reacção espanhola a anteriores expedições de Portugal. Este navegador tem sido falsamenteidentificado falsamente como espanhol. Trata-se de um piloto muito experiente. Trabalhou até 1505 como cartógrafo ao serviço da Casa da India, em Portugal. Depois de ter assassinado a mulher, fugiu para Espanha (1507), tendo participado com Vicente Yáñez Pinzón e Américo Vespucio na Junta de Burgos (1508). No ano seguinte, participa numa viagem à América Central para procurar um estreito de ligação ao Oceano Pacífico (1509).
O embaixador português, em 1510, informa D. Manuel I que Solis vivia em Espanha com o seu irmão João Henriques, outro experiente navegador. O relato deste embaixador é muito claro quanto à sua nacionalidade portuguesa.
Em 1512 sucede a Vespúcio como Piloto-Maior na Casa da Contratação. Em 1515 comanda a expedição espanhola ao extremo sul do continente, numa reacção à expedição anterior que os portugueses haviam feito sob o comando de João de Lisboa (1511/2). Explorou o estuário até à Ilha Martín García e o Rio Solís, onde morreu. Os sobreviventes desta expedição foram depois resgatados por uma expedição portuguesa quando andava a explorar o mesmo rio...


- D. João III, rei de Portugal, desde o inicio do seu reinado, em 1521, que se bateu pela conquista do Rio da Prata, tendo enviado para a região várias expedições. Durante vários anos argumentou que a região estava dentro dos limites definidos no Tratado de Tordesilhas, apoiado em mapas produzidos por cartógrafos portugueses a deformaram os mapas da América do Sul para justificarem esta pretensão. Depois de 1534 começou a impor-se a ideia de expandir o território brasileiro para sul, de forma a aproximar-se do Rio da Prata.


- Fernão de Magalhães
- Aleixo Garcia. Participou em 1515 na expedição de Solis, voltou à Argentina em 1525, para dirigir uma expedição de exploração do Rio da Prata, tendo atingido a actual Bolívia. Estabeleceu desta forma a célebre Rota da Prata, que ligava Buenos Aires a Potosi. João Parias
- Francisco Pacheco, em 1525-1526, comGonçalo da Costa exploraram o Rio da Prata, tendo regressado a Portugal em 1527.
- A expedição do genovês Sebastian Cabot, em 1527, ao Rio da Prata, ao serviço dos reis de Espanha, contou pelo menos 8 portugueses, entre os quais se destacam: Jorge Gomes (piloto), Rodrigo Alvarez (piloto) e Francisco César, mais tarde conquistador da Antioquia (Colombia), tenente general de Pedro Heredia.


- Pero Lobo Pinheiro, em 1531, comandou uma expedição terrestre com mais de 80 homens tendo sido mortos região da foz do rio Iguaçú com o rio Paraná.
- Martim Afonso de Sousa, em 1531, comandou uma grande expedição portuguesa de observação ao Rio da Prata, tendo atingido a Ilha Martim Garcia (Santa Ana, em português). Entrou pelo Rio Uruguay até ao forte espanhol de San Salvador. Regressou ao cabo de Santa Maria (La Paloma, Uruguay), regressando depois a Portugal. A suas observações confirmaram que a região não pertencia de facto a Portugal, mas a Espanha. Uma informação que foi mantida em segredo.


- Simão de Alcaçova (Simon de Alcazaba) y Sotomayor. Um traidor português que ao serviço de D. Manuel I explorou as Ilhas Molucas. Carlos V procurou que fosse comandante das Armada que iria verificar os limites de Tordesilhas. Devido à influência de D. João III é afastado do comando da expedição. Carlos V autorizou-o a explorar a Patagónia (Argentina) (1534/5). Nesta expedição levava consigo vários portugueses, como Nuno Alvares. Chegado á patagónia fez-se jurar governador e capitão general, tendo acabado assassinado.


- A expedição de Pedro de mendonza, primeiro governador espanhol do Rio da Prata, em 1535, contou com pelo menos 38 portugueses, entre os quais 4 eram pilotos: Estevão Gomes, João de Leão, Jacome de Paiva e .
A listagem é infindável e abrange todas as expedições espanholas neste continente, o que mostram o envolvimento dos portugueses na construção do Império espanhol, e nas suas atrozes matanças de indios.
A cartografia da região ficou a dever-se ao trabalho dos portugueses, entre eles destaca-se: Diogo Ribeiro (Diego Ribero) . Em 1525 fez a primeira carta da circum-navegação do mundo, incluindo o contorno do extremo sul do continente americano e o estreito de Magalhães (cujos navios tinham regressado em 1521). Diogo Ribeiro era cosmógrafo, cartógrafo e fabricante de engenhos náuticos, para além de um profundo conhecedor da construção naval fora contratado em 1523 para a Casa de Contratación de Sevilha. Foi o criador da cartografia moderna espanhola.
 

Antonio A Alves

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Austrália

Os portugueses terão sido os primeiros a chegar à Austrália. A afirmação é cada vez mais consensual. Os argumentos avançados são os seguintes: Na primeira metade do século XVI os navegadores portugueses percorriam não apenas os mares da Austrália, mas estavam firmemente estabelecidos na região, em ilhas como Timor, Solor, etc. Vários achados arquelógicos e tradições orais aborigenes locais apontam para a sua presença ao longo de todo o século XVI. Por último, observando os mapas portugueses do século XVI, aparecem terras com uma configuração semelhante à actual Austrália.

A razão porque aí não se terão fixado é simples. A Austrália era demasiado longe de Portugal (mais de um ano de viagem marítima), não tinha população com quem se pudesse fazer comércio ou utilizar como mão-de-obra, mas sobretudo de acordo com o Tratado de Tordesilhas (1494) era um território que seria da Espanha e não de Portugal.
O assunto continua apaixonar muitos investigadores desta antiga colónia penal inglesa.
O nome de Austrália foi dado no século XVI pelo célebre navegador português Pedro Fernandes Queirós então ao serviço da Espanha.

australiamapa01.jpg


O mapa português da Austrália, conhecido por "Terra de Java"pertencente à Biblioteca de Huntington, San Marino, Califórnia, EUA. Este mapa descreve com precisão e em português vários locais ao longo da costa Este australiana. A exacta disposição deste mapa só recentemente foi realizada por Peter Trickett.




Mapa Português Trocado. Em 2007 Peter Trickett publica "Beyond Capricorn", onde revela mais um dado sobre a descoberta da Austrália. Ao estudar uma colecção mapas dos século XVI, o célebre Atlas de Vallard feitos a partir de 15 mapas roubados em Portugal, descobriu que um deles representa a costa Este da Austrália. Os ladrões (franceses) desconhecendo a configuração precisa da Austrália trocaram a ordem dos mapas lançando desta forma a confusão nos historiadores
O descobridor da Austrália foi Cristovão de Mendonça que vindo de Malaca (actual Malásia) chegou à Baia da Neve (actual Botany Bay) com uma frota de quatro navios em 1522, quase 250 anos antes do capitão inglês James Cook (o achamento oficial deu-se entre 1768 e 1771).
Terão os portugueses informado os ingleses da existência da Austrália no século XVIII ? Recorde-se que a Inglaterra era aliada de Portugal, tendo desde o século XVII lhes sido dadas várias possessões ultramarinas portuguesas como a cidade de Bombaim na India.
 

Antonio A Alves

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Bahamas (Baamas)

A análise do Mapa de Cantino (1502), permitiu confirmar que os portugueses em finais do século XV tinham uma base na Ilha do Espírito Santo (a actual Ilha de Andros), a oeste do mar de Sargaços. A partir desta Ilha terão explorado e cartografado a Florida, nos actuais EUA, cerca do 12 anos antes do seu alegado descobridor (Juan Ponce de León). Os relatos de Colombo mostram claramente que os indigenas locais já tinham contactado antes de 1492 com europeus (portugueses). Recorde-se que as Antilhas, nas quais se incluem as Bahamas figuram nos mapas portugueses desde o século XV.


Os ingleses iniciaram a sua fixação no arquipélago no século XVII, a partir das Ilhas Bermudas.


Em 1821os colonos destruiram no delta do rio Braden, perto de Bradenton (Florida (EUA), uma comunidade de escravos denominada "Angola", muitos dos quais conseguiram fugir para as Bahamas onde se fixaram.
 

Antonio A Alves

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Bangladesh


Os portugueses foram os primeiros europeus a estabelecerem-se neste país (século XVI), onde ainda subsistem vários testemunhos.


Bélgica

A Bélgica ainda não existia já os portugueses estavam estabelecidos neste território, onde criaram duas importantes feitorias, primeiro em Bruges (século XV) e depois em Antuérpia (século XVI). Estes contactos revestiram-se de uma enorme importância cultural e comercial não apenas para Portugal e a Flandres, mas também para os povos desta região da Europa


Embora a Bélgica só tenha surgido em 1830, a verdade é que muitos séculos antes já os portugueses estavam estabelecidos neste território, onde criaram duas importantes feitorias, primeiro em Bruges (século XV) e depois em Antuérpia (século XVI). Estes contactos revestiram-se de uma enorme importância cultural e comercial não apenas para Portugal e a Flandres, mas também para os povos desta região da Europa.
As primeiras noticias de flamengos em Portugal datam de 1147, quando um grupo deles, chefiado por Cristiano de Gistel, ajudou o 1ª. rei de Portugal, D. Afonso Henriques, a conquistar a cidade de Lisboa (1147). A filha do rei, Dona Teresa, casou com Filipe da Alsácia, conde de Flandres. Em virtude deste casamento muitos portugueses instalaram-se em Bruges. No reinado de D. Sancho I muitos flamengos, por sua vez, estabeleceram-se em Portugal.
Portugueses e flamengos começam então a desenvolver intensos contactos comerciais. Para a Flandres levam mel, sal, vinho e outros produtos. De Bruges, de Gand, de Ipres, de Tournai trazem-se tecidos, armas, objectos de luxo.
 

Antonio A Alves

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Bermudas

Embora o conjunto desta ilhas tenham sido descobertas por um espanhol (Juan Bermúdez), a sua colonização esteve a cargo de um português - Fernando Camelo - que, em 1527, foi encarregado de aí fundar uma colónia. Os ingleses chegaram em 1602, e não tardaram a ocupar a ilha. Os portugueses continuam, mas em pequeno número. Em 1849 chegam um importante grupo de madeirenses, logo seguidos de caboverdianos e de açorianos. Actualmente de uma população total de 42.000 habitantes, cerca de 10.000 são Portugueses, sendo 90% destes de origem açoriana



Portugal têm sido desde o século XV um país de emigrantes, facto que acabou por condicionar toda a sua história. Nos século XV e XVI a emigração dirigiu-se sobretudo para as costas do norte de África (Marrocos), ilhas atlânticas (Açores, Madeira, São Tomé, Cabo Verde, Canárias) e depois da descoberta do caminho marítimo para a Indía (1498) espalha-se pelo Oriente, mantendo-se muito activa até finais do século XVIII.
Em meados do século XVI aumenta a emigração para o Brasil, o qual acaba por se tornar no século XVII no principal destino dos portugueses, o que se manterá sem grandes oscilações até finais dos anos 50 do século XX.
Em finais do século XIX os portugueses começam a procurar activamente novos destinos alternativos ao Brasil, quer na Europa, quer no outro lado do Atlântico. Ao longo do século XX, fora da Europa, espalham-se pelos EUA, Argentina, Venezuela, Canadá, Austrália, etc. O fluxo emigratório para África aumenta, em especial para Angola, Moçambique e outras regiões da África Austral como a África do Sul, Zimbabwe ou o Congo.
A grande debandada do país, ocorre todavia a partir de finais dos anos 50, e dirige-se agora para a Europa: França, Alemanha, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Suíça, etc. O impacto deste surto emigratório será tão forte que abala toda a sociedade portuguesa. Em menos de dez anos, imigram para a França, por exemplo, mais de um milhão portugueses.
 
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