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Hospitais reduzem camas por falta de enfermeiros para cuidar dos doentes

Feraida

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ARQUIVO/GLOBALIMAGENS


Bastonária diz que profissionais estão esgotados.

Secretário de Estado afirma que é preciso fazer melhor distribuição.


Há hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) a reduzir as camas disponíveis em alguns serviços devido à falta de enfermeiros.A bastonária Ana Rita Cavaco deu dois exemplos: duas camas fechadas no serviço de neurocríticos de São José (Centro Hospitalar de Lisboa Central) e nove na ortopedia de Santo António (Centro Hospitalar do Porto).

A responsável afirmou que no Hospital de Santo António nenhum enfermeiro está autorizado a gozar férias em Julho devido à falta de profissionais. A unidade diz que a marcação de férias não sofreu alterações. São José adianta que está em curso uma reorganização dos serviços.

"No serviço de neurocríticos do Hospital de São José temos hoje 30 turnos a descoberto.

Não há enfermeiros para os assegurar e, por isso, impôs-se o encerramento de duas camas.

Estes enfermeiros trabalharam mil horas a mais além do horário normal. No Hospital de Santo António encerraram nove camas no serviço de ortopedia.

Tem 42 turnos a descoberto e aqueles que estão hoje a trabalhar já realizaram a mais 3800 horas", denunciou a bastonária dos enfermeiros, adiantando que a unidade do Porto "garantiu que não pode dar um único dia de férias em Julho com o número que têm de enfermeiros e em que não estão garantidas as substituições por baixas prolongadas".

A bastonária afirmou que há um défice de 20 mil a 25 mil enfermeiros no sistema de saúde e que há mais hospitais, casos da Guarda, Guimarães e Faro, onde se equaciona o fecho de camas. Reforçou as suas queixas frisando que os enfermeiros "estão completamente esgotados" e que todos os dias há profissionais a apresentar baixas de longa duração.

"No Hospital de Santo António, nos primeiros quatro meses do ano o absentismo subiu de 8% para quase 12%. Isto está a colocar a sustentabilidade dos hospitais em risco e não há autorização para substituição destes enfermeiros. O ministério fez um despacho que daria resposta a estas situações em 72 horas, mas não está a acontecer. O Santo António aguarda há duas semanas e Guimarães há quase um mês", frisou, referindo-se a um despacho publicado há cerca de um mês que retirou autonomia aos hospitais para fazerem as substituições.

O secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, reconheceu a falta de enfermeiros e que estes têm feito "um esforço enorme" para manter os serviços a funcionar sem riscos. Contudo, disse não ter "tanta certeza que a falta de enfermeiros seja extrema". Afirmou que é preciso fazer a melhor distribuição de enfermeiros em alguns serviços. Quanto ao pedido de autorização para substituições, disse que o objectivo é que não haja, "como no passado, desequilíbrios a nível regional na distribuição de recursos humanos".

Questionado sobre as denuncias da bastonária, o Centro Hospitalar do Porto garantiu que o planeamento de férias "não sofreu qualquer alteração, pelo que se mantêm os mesmos critérios dos anos anteriores, havendo férias no mês de Julho".

Sobre o fecho de camas, explicam que se deveu a uma "situação atípica de dez baixas médicas de enfermeiros, motivadas por gravidez (7) e doença (3)" e que avançaram "com um procedimento para contratação de enfermeiros que permitam a sua substituição, que se prevê estar concluído nos próximos dias".

O Centro Hospitalar de Lisboa Central disse estar "a diligenciar no sentido de manter a qualidade e segurança dos cuidados prestados" e que "está em curso uma reorganização dos serviços" para resolver a falta de profissionais.

Mais contratações, diz ministério


O DN questionou a Administração Central do Sistema de Saúde sobre quantos pedidos de autorização para substituição de enfermeiros receberam e o tempo médio de resposta.

O organismo tutelado pelo ministério apenas disse estar "a envidar todos os esforços para que o prazo previsto no despacho seja cumprido". Disse que desde "26 de Novembro de 2015 foram admitidos 1314 enfermeiros nos hospitais do sector empresarial do Estado".

O Centro Hospitalar do Porto "tinha em Abril mais 103 enfermeiros que em Dezembro de 2014" e o Lisboa Central "mais 112 que em Dezembro de 2014".

Fonte


Obs: Mandaram-nos emigrar e agora não há.

As famosas 35 horas ainda vão complicar mais o problema da falta de pessoal.

É o estado a que chegou a Saúde (ou a sua ausência) em Portugal.
 
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