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Governante usa subsídio para pagar crédito de casa onde não mora

Feraida

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Governante usa subsídio para pagar crédito de casa onde não mora

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Carlos Martins recebe 360 euros líquidos extra-ordenado por ter declarado residir em Tavira.

Porém, ao DN admitiu que mora em Cascais e que o dinheiro do subsídio corresponde ao valor do crédito da casa do Algarve

O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, admitiu, ontem ao DN, residir habitualmente em Cascais e não em Tavira, apesar de receber um subsídio de alojamento. O governante afirmou não pretender prescindir desta verba, que lhe foi concedido pelo primeiro-ministro, António Costa, até porque o valor líquido do mesmo, 360 euros, "corresponde ao valor aproximado" dos encargos que tem com o apartamento no Algarve, comprado semanas antes de ter tomado posse a 26 de novembro.

De acordo com a lei, os governantes têm direito a um subsídio de alojamento extra-ordenado, caso tenham residência permanente a mais de 150 quilómetros de Lisboa. Carlos Martins foi, segundo adiantou o semanário Expresso este fim de semana, um dos contemplados com subsídio de alojamento, num despacho de 1 de março de 2015 assinado pelo primeiro-ministro, António Costa.
Porém, o governante está, de facto, a residir na freguesia de Murches, em Cascais, e não em Tavira, morada que indicou para efeitos de atribuição do subsídio. Segundo dados recolhidos pelo semanário, trata-se de uma vivenda com 300 metros quadrados, no condomínio Vila Poente, em Murches, no concelho de Cascais.

O problema começa no início de novembro de 2015, quando Carlos Martins comprou um apartamento em Tavira, já que tinha sido nomeado presidente da empresa Águas do Algarve, em julho daquele ano. Só que, a 27 de novembro, tomou posse como secretário de Estado do Ambiente. "Ao assumir funções no Governo, a 27 de novembro de 2015, teve de regressar a Lisboa e passou a utilizar a habitação em Murches, onde a sua esposa ainda residia", disse o secretário de Estado ao DN, através do gabinete de imprensa do Ministério do Ambiente.

Residência para "banco ver"

Ou seja, de acordo com a lei, Carlos Martins não teria direito ao tal subsídio de alojamento, uma vez que, como admitiu ao DN, não reside a mais de 150 quilómetros de Lisboa. Porém, o secretário de Estado tem outra interpretação. É que, quando comprou o apartamento em Tavira, o contrato de compra e venda e o mútuo com hipoteca "celebrado com a Caixa Geral de Depósitos", explicou, refere que se trata da compra para habitação própria e permanente.

"A não observação dessa situação poderia fazer incorrer em incumprimento contratual e no direito da referida instituição bancária de exigir o imediato pagamento do valor do empréstimo", lê-se na mesma resposta de Carlos Martins enviada pelo ministério do Ambiente. Ou seja, Carlos Martins usa o argumento formal do contrato com a CGD para justificar o subsídio, ainda que a sua residência, de facto, seja a 20 quilómetros de Lisboa.

Mais: apesar de admitir que reside na freguesia de Murches, Carlos Martins acrescenta que, por força do contrato com a Caixa Geral de Depósitos, mantém encargos com o imóvel de Tavira, sendo que o que acaba por pagar a prestação do crédito é o valor líquido do subsídio de alojamento, os tais 360 euros. Vejamos: "O secretário de Estado mantém os compromissos e encargos da sua residência própria permanente, em Sta. Luzia [Tavira]. Tendo em conta que o valor líquido do subsídio de alojamento, cerca de 360 euros, corresponde a um valor aproximado a esses encargos, não tenciona o Secretário de Estado do Ambiente prescindir do mesmo".

O DN ainda questionou Carlos Martins se, à semelhança de outros governantes no passado que se viram envolvidos em polémicas sobre o subsídio de alojamento (ver caixa), pretenderia abdicar do mesmo e restituir os valores já recebidos. "Tendo em conta a legalidade da sua situação, não conta o secretário de Estado prescindir ou devolver os valores recebidos".

No despacho de 1 de março, autoriza-se ainda a aplicação do mesmo subsídio a quatro secretários de Estado: Fernando Araújo, secretário de Estado Adjunto e da Saúde; José Mendes, secretário de Estado Adjunto e do Ambiente; Carlos Manuel Martins, secretário de Estado do Ambiente e Célia Ramos, secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza; e ao ministro do Ambiente João Matos Fernandes.


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Feraida

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Secretário de Estado abdica de subsídio mas queixa-se de injustiça

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Carlos Martins durante a cerimónia de Tomada de Posse, em Novembro de 2015
Foto: Jorge Amaral / Global Imagens

O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, vai abdicar do subsídio de alojamento que recebia por ter uma casa em Tavira, apesar de residir actualmente em Cascais.

"Com a absoluta consciência da legalidade da atribuição do subsidio de alojamento, porque este injusto caso se alastra e com o objectivo de preservar a minha imagem, o bem-estar dos meus, e a normalidade do funcionamento do Ministério do Ambiente, irei, a partir de hoje prescindir do subsídio de alojamento", refere o secretário de Estado num esclarecimento enviado pelo ministério do Ambiente.

O caso foi tornado público pelo semanário "Expresso", que revelou, no fim de semana, que o governante tinha adquirido em Novembro de 2015, no mesmo mês em que tomou posse, uma casa em Tavira, no Algarve, sendo esta a morada que consta da declaração de rendimentos que forneceu ao Tribunal Constitucional.

Carlos Martins conseguia garantir desta forma os requisitos necessários para receber subsídio de alojamento, num montante à volta de 360 euros líquidos.

O secretário de Estado declarou mais tarde, ao "Diário de Notícias", que não pretendia prescindir desta verba que lhe tinha sido concedida pelo primeiro-ministro, António Costa.

De acordo com a lei, os governantes têm direito a um subsídio de alojamento caso tenham residência permanente a mais de 150 quilómetros de Lisboa.

Segundo o DN, Carlos Martins declarou residir habitualmente em Cascais, e não em Tavira, e admitiu que o valor do subsídio correspondia aproximadamente aos encargos que tinha com o apartamento no Algarve, comprado semanas antes de ter tomado posse, a 26 de Novembro.

Segundo o esclarecimento do ministério do Ambiente, Carlos Martins passou a residir permanentemente no Algarve em Julho de 2015, altura em que foi nomeado presidente executivo das Águas do Algarve, e iniciou "um processo negocial" para comprar casa própria na região em Setembro.

Passou a ter morada fiscal e residência permanente em Santa Luzia (concelho de Tavira) a 9 de Novembro, após a realização da escritura, actualizando os dados do Cartão de Cidadão e Carta de Condução, ainda nesse mês.

A 26 de Novembro tomou posse como secretário de Estado do Ambiente, passando a utilizar uma casa em Murches (Cascais), e recebendo ao mesmo tempo o subsídio de alojamento a que o ministério do Ambiente considera que tem "inequivocamente direito uma vez que a sua residência permanente é em Tavira".

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Feraida

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Injustiça???? É preciso não ter decência nenhuma....

Diga isso aos Portugueses que recebem o salário mínimo....para não falar dos desempregados a quem isso dava um jeitão...

Cumps

Feraida
 

mlcalves

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Lol ele devia era devolver td o que recebeu.

Enviado do meu LG-H320 através de Tapatalk
 

florindo

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Secretário de Estado resistiu a abdicar do subsídio

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Falta de solidariedade do PS e avisos do BE obrigaram secretário de Estado do Ambiente, que vive em Lisboa, a prescindir do subsídio de alojamento.

Secretário de Estado resistiu a abdicar do subsídio

O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, não queria abdicar do subsídio de alojamento. A falta de solidariedade do PS e a pressão dos partidos, inclusive do Bloco de Esquerda, obrigaram, porém, Carlos Martins a renunciar ao subsídio mensal de cerca de 750 euros e a devolver todo o dinheiro que já tinha recebido - mais de 2.500 euros.
O governante recebia o subsídio de alojamento por ter uma casa no Algarve, mas reside habitualmente em Cascais. O problema é que este subsídio é destinado aos governantes que têm residência permanente a mais de 150 quilómetros de Lisboa.
Carlos Martins comprou uma casa em Tavira, em novembro de 2015, semanas antes de integrar o Governo. A intenção, segundo disse, era passar a residir no Algarve, depois de ter sido nomeado, no verão desse ano, presidente executivo da Águas do Algarve. A situação alterou-se quando assumiu a Secretaria de Estado do Ambiente e voltou a residir em Cascais, numa casa de que é proprietário desde 2001.

Em nome da imagem e da ‘normalidade’

A notícia foi dada pelo Expresso no sábado e, na terça-feira, o governante admitiu ao Diário de Notícias que residia habitualmente em Lisboa, mas que não iria “prescindir ou devolver os valores recebidos”. Demorou 24 horas a mudar de posição: em comunicado, Carlos Martins anunciou que prescindia do subsídio para preservar a sua imagem e “a normalidade do funcionamento do Ministério do Ambiente”. A dúvida era se iria devolver o dinheiro que já tinha recebido. A resposta só surgiu dois dias depois, em novo comunicado, em que o secretário de Estado revelou que “decidiu, igualmente, proceder à devolução das verbas recebidas”. Nos dois comunicados, o Ministério do Ambiente garantia que Martins tem direito ao subsídio, porque desde 9 de novembro de 2015 que a sua “morada fiscal e a residência permanente” passou a ser em Santa Luzia, no município de Tavira.

Sem apoio do PS

A situação do governante criou mal-estar no PS, que não disse uma palavra em sua defesa. Os socialistas ficaram incomodados com a forma como o caso foi gerido pelo Ministério do Ambiente. Um ex-governante socialista classifica a forma como o governante lidou com este caso como “uma tontice”.
O líder parlamentar da bancada do PS, Carlos César, admitiu na sexta-feira, numa entrevista ao i, que “a situação era inadequada e indevida”. O Bloco de Esquerda também não gostou que o secretário de Estado resistisse a abdicar do subsídio e deixou claro que Carlos Martins tinha de resolver a situação “quanto antes”.
O PSD preparava-se para pedir mais explicações ao Governo quando surgiu a notícia de que Carlos Martins tinha abdicado do subsídio. O deputado Duarte Marques foi dos mais duros com o secretário de Estado: nas redes sociais, pediu a demissão de Carlos Martins se este insistisse em não prescindir da verba. A situação foi descrita pelo deputado do PSD como “uma pequena burla para ganhar mais uns tostões”.
Ao SOL, Duarte Marques considerou - mesmo depois de o governante ter abdicado do subsídio - que Carlos Martins, “a partir de agora, é um secretário de Estado enfraquecido e que gera desconfiança”: “Não está em causa a competência técnica, mas sai enfraquecido e está com as suas capacidades políticas reduzidas a partir deste momento”.

Fonte: Jornal Sol
 

Amoom

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Oryon21

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estou a gostar, mas ainda existem mais comedores a ganhar o subsidio que estão caladinhos...
 
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