• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Hospitais públicos estão cada vez mais dependentes de tarefeiros

Feraida

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Fev 10, 2012
Mensagens
4,161
Gostos Recebidos
2
Hospitais públicos estão cada vez mais dependentes de tarefeiros

ng7313356.JPG
Fernando Fontes / Global Imagens

Nos primeiros cinco meses deste ano serviços já gastaram mais cinco milhões de euros que no período homólogo. Profissionais afirmam que solução é mais cara e de menor qualidade

Os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) estão cada vez mais dependentes dos tarefeiros. Só nos primeiros cinco meses deste ano, as unidades já gastaram 39 milhões e 744 mil euros, mais cinco milhões do que no mesmo período do ano passado. O peso dos custos com as prestações de serviço têm vindo a aumentar depois de uma quebra em 2014. Entre Janeiro e Maio deste ano representam 3,5% do total dos custos com pessoal (3,2% no período homólogo). Sem capacidade de contratar ou com dificuldade em atrair clínicos, para alguns hospitais esta é a alternativa para garantir cuidados sobretudo nos períodos mais complicados do verão e fim de ano.

A maioria dos hospitais está a aumentar a despesa com prestações de serviço. Embora a rubrica englobe todas as prestações, são as horas médicas contratadas a empresas que "são a componente principal", como a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) confirmou ao DN. Se a tendência dos primeiros cinco meses do ano se mantiver, 2016 irá terminar com custos superiores aos registados no ano passado: 92 milhões 877 mil euros (em 2014 foram 89 milhões).

De acordo com os dados da monitorização mensal da ACSS, há unidades a gastar perto de meio milhão de euros por mês. São exemplos o Centro Hospitalar Médio Tejo que em Março gastou 498 mil euros, de Leiria que pagou 424 mil euros ou do Centro Hospitalar do Algarve com 476 mil euros gastos no mesmo mês. Em Dezembro do ano passado esta unidade gastou 1,5 milhões de euros com prestações de serviço. Mesmo o hospital Amadora-Sintra, que conseguiu baixar os valores em relação ao ano passado, pagou em Março 609 mil euros.

50 euros por hora

Todos os dias circulam por email convites de empresas de prestação de serviço que pretendem contratar médicos para as urgências. "O governo PS, apoiado pelo PCP e pelo BE, não reverteu o pagamento das horas extra como prometeu antes das eleições. O Ministério da Saúde prefere pagar 50 euros/hora a uma empresa de prestação do que 9 euros/hora (valor da hora extra) a um médico mais diferenciado do quadro. Um prestador de serviço ganha em dois dias 1400 euros, o mesmo que um médico do quadro leva ao final de um mês", aponta Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos.

Há empresas a oferecer 50 euros horas a ginecologistas para fazer urgências no Algarve ou 6780 euros por mês por 240 horas em Leiria. "Isto é um sério ataque ao SNS porque por um lado as parcerias público-privadas pagam as horas extra de forma correta e por outro ao alimentar as empresas fazem com que as pessoas deixem o SNS, pois podem ganhar 10 vezes mais", frisa.

O ministro Adalberto Campos Fernandes já disse que vai rever no orçamento de 2017 o valor das horas extra e que as prestações de serviço devem ser casos pontuais. No início da semana publicou em Diário da República 736 vagas para especialidades e hospitais com mais falta de médicos: Algarve e medicina interna estão no topo da lista.

Contas no vermelho


Sobre o aumento dos custos com tarefeiros, Alexandre Lourenço, presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, diz que "deve apostar-se em equipas dedicadas nas urgências e noutros casos, os hospitais do interior têm uma dificuldade enorme em contratar médicos e são obrigados a recorrer a prestações de serviço". Defende a criação de uma estratégia e mais autonomia para as administrações poderem fazer uma gestão mais eficaz. Quanto às contas dos hospitais, "demonstra a tendência de deterioração. Um dos efeitos é na divida a fornecedores. É preciso um plano de recuperação e investimento nos hospitais. Só assim se pode aumentar a eficiência. Temos muitos aparelhos obsoletos criar custos manutenção."


Fonte
 

Feraida

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Fev 10, 2012
Mensagens
4,161
Gostos Recebidos
2
Depois querem ter cuidados de saúde com qualidade, como?????

É ver o que se passa nas ditas "urgências"....

Cumps

Feraida
 

mlcalves

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Mai 20, 2010
Mensagens
2,278
Gostos Recebidos
0
Ta bonito tá.... Daqui a pouco tamos mais fundo do que estavamos no governo anterior.
 
Topo