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A Máquina do Tempo

Satpa

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A máquina do tempo


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Acelerador CERN Fisica LHC Materia Nuclear Particulas

Qual a origem da matéria? Do que é feito o universo? Para muitos cientistas, tentar decifrar inúmeras questões como estas pode ter uma resposta inusitada: "viajar no tempo"!

Mas vamos explicar melhor. Na verdade, com um projecto de tamanho estratosférico, digno das pesquisas envolvidas, o CERN (Organização Européia de Pesquisa Nuclear, do francês Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire), construiu o LHC (Large Hadron Collider) ou o mais poderoso acelerador de partículas do mundo. Ou quem sabe, a máquina do tempo!

Claro, não como vemos em filmes de ficção. A ideia é tentar recriar o que aconteceu no universo, uma fração de segundo após o Big Bang.

Para tanto, chama-se este projecto de "A coisa mais complicada já construída pelo ser humano". Afinal, mesmo tendo iniciado em 1993 algo parecido e escavado mais de 14 quilómetros de túneis no Texas, os americanos desistiram de encarar tamanha tarefa sozinhos.

Mas afinal, o que é esta máquina do tempo? De forma simplista, trata-se de uma impressionante estrutura embaixo da fronteira franco-suíça, perto de Genebra, e que é hoje o maior e mais complexo instrumento científico do mundo.

São 27 quilómetros de túneis que visam colidir dois feixes de prótons a 99,9% da velocidade da luz. Esperam então os cientistas que se recrie situações que não existem desde o Big Bang, conseguindo assim um melhor entendimento do Universo.

As forças liberadas serão capazes não só de distorcer o espaço (assim como a gravidade distorce o espaço ao redor da terra), mas também o tempo! Por isso, a comparação com uma máquina do tempo.

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Acelerador CERN Fisica LHC Materia Nuclear Particulas

Como cita a pesquisa publicada por Irina Arefieva e Igor Volovich: "...na relatividade geral, uma curva no espaço tempo irá correr do passado para o futuro.

Mas, em alguns espaço-tempos as curvas podem se encontrar gerando uma curva mais fechada, o que é interpretado como uma máquina do tempo - o que sugere a possibilidade de viagens no tempo".

Dois prótons viajarão em direcções opostas e colidirão em quatro pontos ao longo do caminho - replicando as condições do Big Bang "do plasma cósmico", um misterioso estado, quase líquido, que ocorreu antes dos quarks esfriarem suficientemente para permitir que átomos se formassem.

O acelerador de partículas irá forçar os quarks a se separar e recriar o "plasma cósmico" original e reconstruir as condições do Big Bang. Será possível?!

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Acelerador CERN Fisica LHC Materia Nuclear Particulas

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Acelerador CERN Fisica LHC Materia Nuclear Particulas

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Acelerador CERN Fisica LHC Materia Nuclear Particulas

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Acelerador CERN Fisica LHC Materia Nuclear Particulas


No gigantesco túnel, estão localizados 4 detectores do tamanho de edifícios, alojados em grandes cavernas em pontos diferentes. São eles: Atlas, CMS (Compact Muon Solenoid), LHCb e Alice (A Large Ion Collider Experiment). Apenas um supercondutor solenóide, contém mais ferro do que a Torre Eiffel.

Determinação, empenho e dedicação é o que não falta, além, claro, de muito dinheiro. Veja alguns dados que dão a dimensão do projeto:

• 20 anos de trabalho ainda em andamento;
• Equipe formada por mais de 7.000 físicos de mais de 80 países;
• 27 km de circunferência, 175 metros abaixo do solo;
• Cada túnel é grande o suficiente para passar um trem através dele;
• As temperaturas geradas são mais de 1.000.000 de vezes mais quentes que o núcleo do sol;
• Magnetos supercondutores são resfriados a uma temperatura mais fria que a do espaço profundo.


A dimensão do LHC é fantástica, assim como deverá ser a maneira de lidar com seus resultados. Quando estiver funcionando, o CERN registrará um por cento de todas as informações geradas no planeta: 15 petabytes ou 15 milhões de gigabytes de dados por ano. Como processar tudo isso?!

Aqui começará uma nova etapa na Internet: a Grid! A HP foi a primeira empresa comercial a levar esta tecnologia ao LHC Computing Grid (LCG) do CERN - uma Grid (rede) de proporções épicas.

Os HP Labs e o programa HP University Relations Programme estão colborando com o CERN Openlab para o desenvolvimento de softwares e hardwares para a Grid.

Ela então não só partilhará informação, mas também terá capacidade de computação e armazenamento, significando que cientistas de qualquer lugar do mundo poderão ligar-se à Grid através de seus computadores pessoais e ter os cálculos feitos por máquinas em todo o planeta. Esta tarefa, embora árdua, tem o know-how do CERN que intitulam inventor da www.

Entre as inúmeras surpresas que os cientistas esperam testemunhar com o acelerador de partículas estão é claro, um big-bang de média dimensão ou um pequeno buraco negro.

Eles garantem porém, que mesmo isso ocorrendo, serão pequenos demais e terão pouca duração para gerar uma forte força gravitacional, ou em outras palavras: Genebra não vai ser sugada para outra dimensão.

Dia 06 de Abril o CERN abriu as portas e receberá visitantes pela última vez antes de entrar em operação.


Obvious
 

Nine Tails

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Minha nossa senhora....È por estas e por outras que quero seguir Astronomia...
 

Satpa

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Vem aí outro «Big Bang»

Vem aí outro «Big Bang»


Mas desta vez é simulado. Máquina trabalha a uma temperatura de - 269º C, só dois graus acima do zero absoluto

Se os físicos querem provar as suas teorias, têm agora a oportunidade de o fazer em grande estilo. Começou este sábado a fase de testes da experiência científica mais ambiciosa da história. O maior acelerador de partículas de sempre (LHC), capaz de simular o Big Bang, vai ser testado nas instalações do CERN, na Suíça, refere o site ABC.

«Estamos no sprint final de uma grande maratona», comenta Lyn Eyans, director do projecto. Passaram 14 anos desde que se aprovou o desenho final e oito desde que se começaram a escavar os 27 quilómetros de circunferência que vão albergar a potente máquina, em Genebra, na Suíça.

O ambicioso projecto foi sujeito até a alguns estudos de segurança que tinham como objectivo provar aos mais cépticos de que as simulações não colocariam em causa a segurança do planeta.

O LHC gerará a colisão das partículas a 5 teraelectrovoltes durante este ano, uma energia sete vezes mais intensa do que a alcançada por qualquer acelerador na Terra. As primeiras partículas vão circular na potente máquina pela primeira vez a 10 de Setembro com uma potência reduzida por motivos de segurança.

Mas antes de chegar a essa fase os físicos do CERN têm que completar a fase de arrefecimento do acelerador, que trabalha a uma temperatura de - 269º C, só dois graus acima do zero absoluto.

Um dos principais objectivos do acelerador é comprovar a existência do famoso Bosão de Higgs, uma partícula elementar até agora considerada teórica, cuja a prova da sua existência validaria o modelo standard da física que explica se as partículas subatómicas têm massa ou não.


IOL
 

Grunge

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Cientistas do CERN usam vídeo e cantam 'rap' para explicar super-acelerador de partíc

Cientistas do CERN usam vídeo e cantam 'rap' para explicar super-acelerador de partículas

Com um vídeo publicado na Internet, os cientistas do Laboratório Europeu de Física de Partículas CERN recorreram à música rap para explicar como funciona a máquina que irá simular o Big Bang.

Tarefa hercúlea de explicar como funciona um dos segredos mais bem guardado do CERN . Mas os cientistas do CERN tiveram a ideia de aproximar a alta tecnologia à cultura popular, com um teledisco de uma música rap, no qual explicam como funciona o LHC, tido como o maior e mais poderoso acelerador de partículas do mundo.

Com batidas e rimas tão características do género musical popularizado nos Estados Unidos, os cientistas tentam explicar o funcionamento acelerador de partículas, que a partir do dia 10 de Setembro vai tentar reproduzir as condições em que se deu a grande explosão cósmica - Big Bang.

O divertido teledisco pode ser visto no YouTube ou a partir desta página, que inclui a letra, o download do MP3 e ainda o link para o teledisco.




cern
 

xicca

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Maior acelerador de partículas do mundo, o LHC, começa a operar nesta quarta


Projeto de pesquisa básica europeu custou mais de 3 bilhões de euros.
Experimentos têm potencial para revolucionar as atuais teorias físicas.



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Foto: Cern Técnica checa conexões no interior do túnel subterrâneo do LHC (Foto: Cern)


Nesta quarta-feira (10), o maior acelerador de partículas do mundo entrará em operação. A um custo estimado em mais de 3 bilhões de euros, o LHC sondará as entranhas da matéria em busca das respostas que faltam para compreender vários dos mistérios do universo. E a idéia é fazer isso sem destruir o mundo no processo, a despeito de rumores em contrário.

Grosso modo, o LHC é uma espécie de "rodoanel" para prótons, as partículas que caracterizam os elementos existentes no universo. Um túnel circular de 27 km, localizado sob a fronteira entre a Suíça e a França, ele usará poderosíssimos ímãs, construídos com tecnologia de supercondutores, para acelerar feixes de partículas até 99,99% da velocidade da luz. Produzindo um feixe de prótons em cada direção, a idéia é colidi-los quando estiverem em máxima velocidade. O impacto é capaz de simular condições próximas às que existiram logo após o Big Bang, gerando um sem-número de partículas elementares.


A sigla LHC significa Grande Colisor de Hádrons, em inglês. Os hádrons são o nome genérico das partículas que são compostas por quarks, os componentes básicos dos prótons e nêutrons.

Uma forma simples de imaginá-lo é como uma imensa máquina de esmigalhar prótons, colidindo-os uns com os outros. Os caquinhos que emergirem das colisões são as partículas que os cientistas pretendem estudar. E uma, em especial, está na cartinha que todos os físicos do laboratório enviaram a Papai Noel neste ano: o bóson de Higgs.


O nome assusta, e o apelido mais ainda -- ele é chamado popularmente como "a partícula de Deus". Mas, por que, afinal, o bóson de Higgs é tão especial?

Existe uma teoria muito querida pelos físicos de partículas, chamada de modelo padrão. Ela é basicamente uma lista de todas as peças -- ou seja, todas as partículas -- usadas na confecção de um universo como o nosso. Ela explica como os prótons e os nêutrons são feitos de quarks, e como os elétrons fazem parte de um grupo de partículas chamado de léptons, em que também se incluem os neutrinos, partículas minúsculas de carga neutra. O modelo padrão também explica como funcionam as partículas portadoras de força (como o glúon, responsável por manter estáveis os núcleos atômicos, ou o fóton, que compõe a radiação eletromagnética, popularmente conhecida como luz).

Mas para todo esse imenso "lego" científico funcionar corretamente, os físicos prevêem a existência de uma partícula que explicaria como todas as outras adquirem sua massa. É onde entra o bóson de Higgs. Infelizmente, até agora os cientistas não encontraram nenhum sinal concreto de sua existência. Por maior que fossem os aceleradores de partículas, o Higgs continuava ocultando sua existência. Agora, com a nova jóia da ciência européia, ele não terá mais onde se esconder.

Com uma potência nunca antes vista num acelerador, o LHC quase com certeza encontrará o bóson de Higgs. Ou coisa que o valha.

"Ninguém duvida que a idéia que está por trás do bóson de Higgs esteja correta", afirma Adriano Natale, físico da Unesp (Universidade Estadual Paulista). "Se o bóson de Higgs, exatamente como foi proposto, não for encontrado, aparecerão outros sinais -- partículas -- que indicarão o novo caminho a ser seguido. Podemos não achar o bóson de Higgs, mas, seja qual for a física que está por trás, algo vai aparecer, e este algo pode até levar a uma nova revolução na física."

Aliás, a física bem que anda precisando de uma "nova revolução".



G1
 

zebar

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o fim do mundo é quarta feira.

Berna - O LHC (Large Hadron Collider - Grande Colisor de Hadrões), vai entrar em acção no CERN (Organização Europeia para Investigação Nuclear), na Suíça, na próxima quarta-feira.

A um custo estimado em mais de 3 bilhões de euros, o LHC sondará as entranhas da matéria em busca das respostas que faltam para compreender vários dos mistérios do universo. O LHC vai permitir recriar as condições do «Big Bang».

Um túnel circular de 27 km, localizado sob a fronteira entre a Suíça e a França, ele usará poderosíssimos ímãs, construídos com tecnologia de supercondutores, para acelerar feixes de partículas até 99,99 por cento da velocidade da luz. Produzindo um feixe de prótons em cada direção, a idéia é colidi-los quando estiverem em máxima velocidade. O impacto é capaz de simular condições próximas às que existiram logo após o Big Bang, gerando um sem-número de partículas elementares.

Um grupo de cientistas levantou objecções ao funcionamento do aparelho, apelando ao Tribunal dos Direitos Humanos de Estrasburgo a paralisação do projecto, alegando que o LHC poderia desencadear um buraco negro com consequências apocalípticas, sugerindo que a Terra correria o risco de ser engolida.

Os cientistas envolvidos nesta experiência, a maior de sempre, já foram alvos de ameaças de morte, devido ao alegado possível risco de causarem o fim do mundo.

Robert Aymar, director geral do CERN, já emitiu um comunicado no seguimento destas alegações para tranquilizar todos os que temem pelo «fim do mundo», dizendo que «O LHC é seguro e qualquer sugestão que seja perigoso é pura ficção».
:shy_4_02: eu vivo em genebra:naodigas:
 

xicca

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A máquina de regressar ao Big Bang


Primeira tentativa de funcionamento do maior acelerador do mundo correu bem


A primeira tentativa de fazer circular um feixe de milhões de protões no acelerador LHC, o mais potente do mundo, começou às 08h30 de Lisboa (07h30 GMT), no Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN).

Minutos depois efectuou-se uma segunda tentativa de injectar protões, informaram responsáveis do CERN.

O objectivo hoje é conseguir que as partículas dêem uma volta completa ao enorme túnel de 27 quilómetros que constitui o Grande Acelerador de Hadrões (LHC na sigla inglesa), antes de realizar experiências com colisões de protões, para tentar identificar novas partículas elementares.

A evolução dos acontecimentos hoje é, no entanto, desconhecida, reconheceu numa conferência de imprensa Lyn Evans, director do projecto do LHC.

"Não sabemos de quanto tempo vamos precisar" para conseguir que circulem os protões de forma estável, disse.

O primeiro lançamento de partículas até ao acelerador fez-se no sentido das agulhas do relógio, explicou Evans.

"Vamos confirmando que cada um dos elementos da máquina funciona, um por um", acrescentou.

De qualquer forma, hoje não se farão lançamentos em sentidos opostos, pelo que não se produzirão colisões de partículas.

Depois desta primeira tentativa saber-se-á se o maior acelerador de partículas do mundo funciona, mas os primeiros choques de protões apenas se produzirão daqui a alguns meses, altura em que se iniciará a obtenção de dados.

Experiência científica do século

O LCH, um projecto faraónico que juntou milhares de cientistas do mundo durante 20 anos, procura simular os primeiros milésimos de segundo do Universo, há cerca de 13,7 mil milhões de anos atrás, e é considerado a experiência científica do século.

Desde 1996, o CERN construiu a 100 metros debaixo da terra, perto de Genebra, na Suiça, um anel de 27 quilómetros de circunferência, refrigerada durante dois anos para atingir 271,3º Celsius.

À volta deste anel estão instalados quatro grandes detectores, no interior dos quais vão produzir-se colisões de protões numa velocidade próxima da da luz.

Em plena força, 600 milhões de colisões por segundo irão gerar uma floração de partículas tal como aconteceu no início do mundo, algumas das quais nunca puderam ser observadas.

No entanto, só daqui a alguns meses, quando se comprovar a evolução do funcionamento, é que haverá colisões de partículas e estarão criadas as condições para o estudo de novos fenómenos, através da recriação das condições que se produziram instantes depois do Big Bang.

O objectivo final desta grande experiência é poder dar resposta a muitas perguntas sobre a origem do Universo, entender por que a matéria é muito mais abundante no Universo do que a anti-matéria, e chegar a descobertas que "mudarão profundamente a nossa visão do Universo", segundo o director do CERN, Robert Aymar.

Uma das aspirações dos cientistas é encontrar o hipotético bosão de Higgs, uma partícula que nunca foi detectada com os aceleradores existentes, muito menos potentes que o LHC.




Público
10.09.08
 

Satpa

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LHC - a máquina do fim do mundo

LHC - a máquina do fim do mundo

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Parece que é desta vez que entrará em funcionamento o maior acelerador de partículas do mundo, o LHC - Large Hadron Collider ou em português, grande colisãor de hadrões. Orçado em 4 bilhões de euros, é a maior máquina do planeta, com um perímetro de 27Km de extensão e com um total de 9300 magnetos supercondutores no seu interior. Dentro de aproximadamente 48h, segundo muitos, a máquina do juízo final será finalmente ligada.

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Não é somente o maior acelerador de partículas mas também um dos maiores sistemas criogénicos, em que a temperatura dos magnetos supercondutores será de aproximadamente 271 graus negativos, utilizando cerca de 10.080 toneladas de nitrogénio líquido e 60 toneladas de hélio líquido. No entanto, o LHC é também uma máquina de extremo calor, pois aquando da ocorrência da colisão de dois protões, será gerada uma quantidade de calor de cerca de 100.000 vezes a temperatura do núcleo do sol.

O LHC contará ainda com o maior sistema de detecção jamais construído. Terá que ser capaz de detectar e gravar cerca de 600 milhões de colisões de protões por segundo e medir o deslocamento de partículas e o tempo com uma precisão assombrosa. Para ter uma noção da resolução métrica e temporal, poderíamos dividir o metro em largos milhões e o segundo em largos bilhões, para igualar a capacidade do LHC.

Adicionalmente, um sistema desta magnitude terá que contar com a maior capacidade computacional jamais reunida. A quantidade de informação produzida por cada uma das grandes experiências efectuadas no LHC ocupará cerca de 100.000 DVDs de dupla camada por ano (ver datacenter abaixo).

Entre muitas outras coisas, um dos principais objectivos do LHC é tentar explicar a origem da massa das partículas elementares. Para isso irá contar com aproximadamente 2 mil físicos de 35 países e dois laboratórios autónomos, o JINR (Joint Institute for Nuclear Research) e o CERN (Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire).

Alguns cientistas acreditam que este equipamento pode provocar uma catástrofe de dimensões cósmicas, como um buraco negro que acabaria por destruir a Terra. Inclusive está actualmente a decorrer um processo no tribunal do Hawaii que tenta impedir a experiência, até que hajam mais provas de que não existem riscos. Outros ainda acusam o CERN de não ter realizado os estudos suficientes de impacto ambiental. Outra teoria ainda é a de que poderia ocorrer a formação de strange quarks; possibilitando uma reacção em cadeia e geração de "matéria estranha", que pode possuir a característica de converter a matéria ordinária em matéria estranha, gerando nova reacção em cadeia na qual todo o planeta seria transformado.

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Apesar das alegações "catastróficas", físicos teóricos de notável gabarito internacional como Stephen Hawking e Lisa Randall, além de vários outros físicos e engenheiros, afirmam que tais teorias são meramente absurdas e que as experiências foram meticulosamente estudadas e revistas, estando sob controle.

Entretanto, se um buraco negro fosse produzido dentro do LHC, ele teria um tamanho milhões de vezes menor que um grão de areia, e não viveria mais de 1x10^−27 segundos pois, por ser um buraco negro, emitiria radiação e evaporaria. Mas, supondo que mesmo assim ele continuasse estável, continuaria sendo inofensivo.

Esse buraco negro teria sido criado à velocidade da luz (300 mil km/segundo) e em menos de 1 segundo ele atravessaria as paredes do LHC e se afastaria em direcção ao espaço. A única maneira de permanecer na terra seria se a sua velocidade fosse diminuída para 15 km por segundo. Supondo que isto ocorresse, ele iria para o centro do planeta, devido à gravidade, mas continuaria a não ser ameaçador.

Para representar perigo, seria preciso que ele adquirisse massa, mas com o tamanho de um protão ele passaria pela terra sem tocar em nada (não parece, mas o mundo ultramicroscópico é quase todo formado por vazio), podendo encontrar um protão para somar à sua massa a cada 30 minutos a 200 horas. Para chegar a ter 1 miligrama, seria preciso mais tempo do que a idade actual do universo.

Informações adicionais e relatórios sobre a segurança do LHC tem obviamente sido produzidos e poderão ser consultados no CERN.

Qual é a sua opinião? Será esta a máquina do juízo final ou um dos mais fantásticos e dispendiosos projectos científicos?

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LHC CERN Acelerador particulas fisica fim mundo armageddon
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Publicado por bjr em Obvious
 

Mr.T @

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Higgs e Hawking em guerra verbal


Os dois famosos cientistas mundiais voltam a gerar polémica à conta da experiência que continua a decorrer em Genebra.

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"Tenho fortes dúvidas sobre os seus cálculos", diz Peter Higgs do seu rival Stephen Hawking

Dois dos mais famosos cientistas mundiais da actualidade, Peter Higgs e Stephen Hawking, estão envolvidos numa polémica a propósito da grande experiência destinada a reproduzir as condições físicas imediatamente a seguir ao "Big Bang", o evento criou o Universo.

O Grande Colisionador de Hadrões (LHC, em inglês), que começou a funcionar na quarta-feira em Genebra, pode responder ao sonho de Higgs de ver confirmada a sua teoria sobre a existência da partícula com o seu nome, o bosão de Higgs. A sua existência é prognosticada pelo modelo-padrão da Física de Partículas actual, ainda que não tenha sido possível até agora demonstrá-lo experimentalmente.

Se for provada definitivamente a teoria de Higgs e se a partícula sub-atómica com o seu nome for encontrada, este físico de 79 anos será encaminhado definitivamente para o prémio Nobel da Física, distinção a que aspira também o seu rival Stephen Hawking, que em certa ocasião apostou 100 dólares em como o bosão de Higgs não existe.

Em declarações à imprensa em Edimburgo, Higgs confessou na quarta-feira que não tinha lido o último trabalho de Hawking, no qual este cientista de Oxford tenta provar que nunca se encontrará o suposto bosão de Higgs.

Higgs afirmou que não acredita que o trabalho de Hawking seja um bom trabalho e criticou o seu colega por juntar teorias sobre a gravidade de uma forma que qualquer físico especializado em partículas desaprovaria imediatamente, como considerou. "Do ponto de vista da Física das Partículas e do ponto de vista da Física Quântica, temos de pôr algo mais na teoria do que a gravidade, e não creio que Stephen Hawking o tenha feito. Tenho fortes dúvidas sobre os seus cálculos", afirmou.

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Stephen Hawking, que tal como Higgs também aspira ao Prémio Nobel da Física, em certa ocasião apostou 100 dólares em como o bosão de Higgs não existeStephen Hawking, que tal como Higgs também aspira ao Prémio Nobel da Física, em certa ocasião apostou 100 dólares em como o bosão de Higgs não existe

Segundo a versão do diário "The Times" da conferência de imprensa na capital escocesa, os outros membros do painel trataram de cortar as declarações de Higgs e deram a entender que este cientista tinha retirado do contexto as opiniões de Hawking, segundo as quais o LHC pode provar a existência de outras partículas, mas não a do bosão de Higgs.

Em resposta a outras questões, Higgs desvalorizou os temores expressos por alguns no sentido de que as experiências do LHC vão dar lugar a micro-buracos negros que poderiam acabar com o mundo. "São parvoíces. Creio que algumas das pessoas (dois advogados americanos do Havai) que tentaram impedir com requerimentos judiciais as experiências de Genebra deveriam ser mais sensatas. Sabemos que os buracos negros podem ser algo colossal na galáxia, mas neste caso tratam-se de buracos negros minúsculos, que se podem evaporar rapidamente", explicou.

Higgs concebeu a sua teoria sobre como as partículas sub-atómicas ganham massa há 44 anos, altura em que redigiu um pequeno trabalho matemático para explicar a sua teoria, onde descrevia o bosão que recebeu o seu nome.


Expresso

18:25 | Quinta-feira, 11 de Set de 2008
 

Satpa

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Gigante LHC pára durante dois meses

Gigante LHC pára durante dois meses

É preciso reparar um elemento do grande acelerador de partículas, depois de um incidente ocorrido ontem com uma importante fuga de hélio no túnel, revelaram os cientistas do CERN. Está suspensa a experiência científica do século. (Veja link para infografia animada no fim do texto)

O LCH procura simular os primeiros milésimos de segundo do Universo, há cerca de 13,7 mil milhões de anos atrás

O acelerador gigante de partículas LHC do Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN) vai estar parado durante dois meses, anunciou hoje um porta-voz do CERN.

"Houve um incidente durante um teste. Um elemento da máquina tem de ser reparado", declarou o porta-voz James Gillies.

Segundo um comunicado do CERN hoje divulgado, o problema deriva de uma importante fuga de hélio ocorrida no túnel na sexta-feira.

As primeiras investigações indicam que esta fuga pode ter sido provocada por um problema de conexão eléctrica.

Este incidente, precisou o CERN, não terá qualquer consequência na segurança do pessoal.

O Grande Acelerador de Hadrões (LHC na sigla inglesa), o maior instrumento de física do mundo, foi parado pela primeira vez alguns dias depois de ter entrado em funcionamento a 10 de Setembro devido a um problema eléctrico que afectou o sistema de refrigeração do circuito.

O LHC entrou em funcionamento na última sexta-feira antes de voltar a ser hoje parado.

O LHC, um projecto faraónico que juntou milhares de cientistas do mundo durante 20 anos, procura simular os primeiros milésimos de segundo do Universo, há cerca de 13,7 mil milhões de anos atrás, e é considerado a experiência científica do século.

Desde 1996, o CERN construiu a 100 metros debaixo da terra, perto de Genebra, na Suíça, um anel de 27 quilómetros de circunferência, refrigerada durante dois anos para atingir 271,3º Celsius.

À volta deste anel estão instalados quatro grandes detectores, no interior dos quais vão produzir-se colisões de protões numa velocidade próxima da da luz.

Em plena força, 600 milhões de colisões por segundo irão gerar uma floração de partículas tal como aconteceu no início do mundo, algumas das quais nunca puderam ser observadas.

No entanto, só daqui a alguns meses, quando se comprovar a evolução do funcionamento, é que haverá colisões de partículas e estarão criadas as condições para o estudo de novos fenómenos, através da recriação das condições que se produziram instantes depois do Big Bang.

O objectivo final desta grande experiência é poder dar resposta a muitas perguntas sobre a origem do Universo, entender por que a matéria é muito mais abundante no Universo do que a anti-matéria, e chegar a descobertas que "mudarão profundamente a nossa visão do Universo", segundo o director do CERN, Robert Aymar.

Uma das aspirações dos cientistas é encontrar o hipotético bosão de Higgs, uma partícula que nunca foi detectada com os aceleradores existentes, muito menos potentes que o LHC.


infografia animada:right:

Expresso​
 

Grunge

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Acelerador de partículas LHC teve de parar devido a falha no transformador

Acelerador de partículas LHC teve de parar devido a falha no transformador

Os físicos do CERN (Centro Europeu de Investigação Nuclear) foram forçados a desactivar o maior acelerador de partículas do mundo na semana passada, após o transformador de 30 toneladas que arrefece parte do LHC ter sofrido uma avaria.

Os investigadores já conseguiram substituir o transformador defeituoso esta semana, tendo recomeçado a arrefecer o túnel de 27 quilómetros de circunferência que se encontra sob a fronteira franco-suíça.

O túnel encontra-se actualmente próximo do zero absoluto (0 Kelvin, -273,15 °C, -459,67 °F). Quanto mais próxima do zero absoluto for a temperatura, mais produtivas serão as experiências realizadas no acelerador de partículas.

O problema ocorreu na quinta-feira passada, um dia depois de terem circulado no túnel do LHC os primeiros feixes compostos por milhões de protões.

A falha do transformador elevou as temperaturas operacionais, que são inferiores a 2 Kelvin (-271.15ºC), para 4,5 Kelvin, um valor que, apesar de ser extraordinariamente frio para a Terra, é demasiado quente para que a máquina possa funcionar.

Os cientistas esperam realizar as primeiras colisões de protões dentro de semanas. As colisões irão produzir partículas exóticas que serão registadas pelos detectores do LHC, permitindo um melhor entendimento acerca da matéria e dos mistérios do Universo, como o "bosão de Higgs".



ciberia
 

Amoom

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..ainda bem, que famoso acelerador de partículas, ainda não fez estragos... mais um ano... a ganancia do ser humano! não tem limites!

Cumps

Amoom
 

Past

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quem vê a noticia na televisão fica muito longe de saber o que efectivamente este acelerador de partículas poderá ou não fazer. Belo poste, magnifico.
um abraço past
 

Satpa

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Acelerador de partículas só volta a funcionar em 2009

Acelerador de partículas só volta a funcionar em 2009

A fuga de hélio ocorrida a 19 de Setembro no acelerador de partículas mais potente do mundo, o LHC, deveu-se a uma ligação eléctrica defeituosa entre dois magnetes do mecanismo, confirmou uma primeira investigação, citada pela agência Lusa.

Segundo o director do CERN (Laboratório Europeu de Física de Partículas), Robert Aymar, a falha eléctrica provocou deteriorações mecânicas e a fuga de hélio das massas frias do magnete, o que forçou a paragem da estrutura.

Para este responsável, o incidente «imprevisto» será reparado «de modo a que não volte a repetir-se e para que os objectivos de investigação do Grande Acelerador de Hadrões (LHC) possam prosseguir em 2009».

Acrescentou que «foram adoptados os procedimentos adequados de segurança e ninguém esteve em perigo».

Esta investigação preliminar, a que se seguirão outras, foi realizada depois do reaquecimento dos magnetes até à temperatura ambiente, de acordo com um comunicado do CERN.

Para Ana Henriques, especialista portuguesa em física de altas energias, a demora na resolução do problema deve-se ao tempo necessário ao reaquecimento do sector afectado do LHC, para que as reparações possam ser efectuadas, e ao seu posterior arrefecimento.

«Depois de resolvido o problema, serão necessárias cinco semanas para voltar a arrefecer o segmento do anel até dois graus Kelvin (-271C), que é a sua temperatura de funcionamento», disse à Lusa a investigadora, que trabalha no CERN.

Acontece que todo o CERN terá de ser encerrado em Novembro e até à Primavera de 2009, devido ao elevado custo da electricidade, pelo que o LHC só então poderá voltar a ser activado.

O LCH, que começou a funcionar a 10 de Setembro mas foi parado quatro dias depois devido à avaria, tem por objectivo simular os primeiros milésimos de segundo do Universo, há cerca de 13,7 mil milhões de anos atrás, o que é considerada a experiência científica do século.

Trata-se de um túnel de 27 quilómetros em forma de anel construído a uma profundidade de 100 metros, perto de Genebra, na Suíça, no interior do qual se produzirão colisões de protões numa velocidade próxima da da luz.


Diário Digital / Lusa
 

Satpa

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Cern inaugura hoje oficialmente maior acelerador de partículas do mundo

Cern inaugura hoje oficialmente maior acelerador de partículas do mundo
21/10/2008 - 09:07:53

A Organização Européia para a Pesquisa Nuclear (Cern) faz hoje a inauguração oficial do maior acelerador de partículas do mundo - que está sem funcionar devido a um defeito -, um evento que não contará com a participação de altas personalidades que eram aguardadas.

Na inauguração, que acontecerá esta tarde, estarão presentes aproximadamente 1,5 mil convidados, segundo a Cern, liderada pelos representantes dos países-membros do projeto e dos outros que participaram dele.

Porém, ao contrário dos planos que haviam sido feitos quando se esperava que o Grande Colisor de Hádrons (LHC) estivesse funcionando nesta data, os chefes de Estado que haviam confirmado presença, entre eles o presidente francês e de turno da União Européia (UE), Nicolas Sarkozy, não participarão.

A França, em cujo território acontecerá a cerimônia de inauguração, será representada por seu primeiro ministro, François Fillon, e outros Estados-membros europeus serão representados por seus ministros de Ciência ou vice-ministros.

O presidente suíço, Pascal Couchepin, em cujo território também fica o extenso túnel subterrâneo de 27 quilômetros no qual se encontra o acelerador, também fará um discurso na cerimônia.

A cerimônia contará com um buffet de "gastronomia molecular" servido pelo cozinheiro italiano Ettore Bocchia, depois que o chefe de cozinha catalão Ferran Adriá negou que participaria do jantar. Segundo informações dadas pela Cern, Adriá será o encarregado pelo café que será servido depois do jantar.

O defeito que mantém o acelerador sem funcionar foi descoberto dez dias depois do lançamento do projeto, em 10 de setembro, quando os cientistas conseguiram fazer com que o primeiro feixe de prótons circulasse e desse uma volta completa no túnel, situado sob a fronteira entre Suíça e França.

Após dez dias de operação, um problema em um dos oito setores que formam o acelerador obrigou a experiência a ser interrompida pelo menos até abril de 2009.

O problema consistiu em uma grande fuga de hélio no setor 3-4 do túnel, e, segundo a Cern, após fazer as investigações necessárias "foi confirmado que se deveu a uma ligação elétrica defeituosa entre dois ímãs do acelerador".

"Este incidente foi um acontecimento imprevisto, mas agora tenho certeza de que poderemos realizar as operações necessárias e fazer tudo para que não volte a acontecer nada parecido e possamos prosseguir nossos objetivos de investigação", afirmou há poucos dias o diretor-geral da Cern, Robert Aymar.

A cerimônia de inauguração também incluirá um concerto audiovisual, com músicas do compositor americano Philip Glass interpretadas pela Orquestra da Suíça Romanda.


Agência EFE
 

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LHC, a máquina do Big Bang, começará a funcionar em Julho de 2009

LHC, a máquina do Big Bang, começará a funcionar em Julho de 2009

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LHC, a máquina do Big Bang, começará a funcionar em Julho de 2009

O Grande Colisor de Hádrons, LHC na sigla em inglês, começará a funcionar em Julho de 2009. Aquela que está sendo considerada a maior experiência científica da história foi interrompida em Setembro deste ano depois de um defeito em um dos magnetos supercondutores.

Um curto-circuito em um dos magnetos localizados ao longo do anel de 27 km do LHC, fez com que o gigantesco acelerador de partículas tivesse que ser desligado apenas 10 dias depois do início dos seus testes. O tempo foi o suficiente apenas para que os físicos fizessem com que os prótons girassem ao longo do anel, mas nenhuma colisão entre eles chegou a ser feita.

Máquina do Big Bang

O LHC também é conhecido como a Máquina do Big Bang porque os cientistas esperam recriar as condições existentes no momento da explosão inicial que teria criado nosso universo.

A ansiedade pelos resultados desses experimentos é cada vez maior, principalmente depois que uma equipe de cientistas comprovou recentemente que a matéria surge apenas das flutuações do vácuo (veja Confirmado: a matéria é resultado de flutuações do vácuo quântico).

Conserto do LHC

O reparo das peças danificadas poderá custar até US$29 milhões. Segundo os diretores do CERN, que coordena o LHC, os custos serão cobertos com os recursos da própria instituição, não sendo necessário solicitar mais recursos aos países participantes do projeto.

Segundo o novo cronograma, que deverá ser oficializado no próximo dia 12 de Dezembro, o LHC deverá estar pronto para as primeiras colisões de prótons no fim de Julho de 2009.

Incertezas nas colisões

Contudo, há ainda uma chance de que os engenheiros decidam fazer uma atualização nos equipamentos ao longo de todo o anel de 27 km, e não apenas nos magnetos que sofreram o curto-circuito, o que inviabilizaria o início dos experimentos no próximo ano.

Por enquanto, apenas três dos oito setores do anel foram aquecidos para que o conserto seja feito. Os magnetos supercondutores ficam resfriados a temperaturas próximas ao zero absoluto, sendo necessário fazê-los atingir a temperatura ambiente para que qualquer manutenção possa ser feita.

"As pessoas que querem ser realmente cuidadosas dizem que nós deveríamos fazer todos os upgrades e há outros que dizem que, com todas as medições que nós temos agora, nós nos sentimos totalmente confiantes que não estaremos correndo nenhum risco no próximo ano," afirmou o físico Jörg Wenninger em um comentário no site do CERN.


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CERN

Redação do Site Inovação Tecnológica
 

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Maior acelerador de partículas DO MUNDO!!

Ciência

Maior acelerador de partículas do mundo recomeça a funcionar em finais de Setembro

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O acelerador de partículas é considerado a maior experiência científica do século.

O maior acelerador de partículas do mundo recomeça a funcionar em finais de Setembro, com as primeiras colisões de protões previstas para Outubro, na sequência de uma paragem por avaria ocorrida há quase seis meses.

Ana Henriques, especialista em física de altas energias e responsável por um dos calorímetros do Grande Colisionador de Hadrões (LHC), disse hoje à Lusa que a estrutura ficará a funcionar sem interrupções até ao Outono de 2010, tendo apenas uma breve paragem técnica durante as férias de Natal.

O LHC começou a funcionar há cerca de seis meses, a 10 de Setembro, mas uma avaria ocorrida nove dias depois, provocada por uma ligação eléctrica defeituosa, forçou a paragem total da estrutura.

A falha provocou deteriorações mecânicas e uma fuga de hélio das massas frias do magnete, o que implicou uma prolongada reparação, tornada mais demorada pelo tempo necessário ao reaquecimento do sector afectado do LHC, já que funciona a temperaturas de até dois graus Kelvin (-2711 C), e ao posterior arrefecimento, além de que toda a estrutura foi encerrada em Novembro, devido ao elevado custo da electricidade durante o Inverno, como explicou Ana Henriques.

O LHC é constituído por um túnel subterrâneo de 27 quilómetros em forma de anel, construído a 100 metros de profundidade, perto de Genebra, na Suíça, para criar condições à colisão de protões a uma velocidade próxima da luz.

O objectivo é simular os primeiros milésimos de segundo do Universo, há cerca de 13,7 mil milhões de anos, no que é considerada a maior experiência científica do século.

O novo calendário de funcionamento "permitirá recolher dados experimentais suficientes para efectuar as primeiras análises de nova física e a divulgação dos primeiros resultados em 2010", indica um comunicado do CERN, que admite a possibilidade de se produzirem também colisões de iões de chumbo em 2010.

Este planeamento representa um atraso de seis semanas em relação ao anterior, que previa o arrefecimento do LHC já no princípio de Julho.

Esse atraso fica a dever-se a vários factores, nomeadamente à instalação de um novo sistema de protecção reforçado e de novas válvulas para reduzir os danos secundários em caso de novos incidentes, à aplicação de medidas de segurança e a alterações de calendário causadas pela transferência e armazenamento de hélio.

No projecto participam investigadores portugueses, nomeadamente em duas experiências, ATLAS e CMS, sendo Ana Henriques responsável pelo calorímetro hadrónico de ATLAS (TILECAL), um dos sub-detectores do detector ATLAS.

Em várias fases da construção do LHC participaram várias empresas portuguesas, como o Instituto de Soldadura e Qualidade, o grupo Efacec, a A. Silva Matos Metalomecânica e a ACL - Indústria de Componentes.

A construção da estrutura prolongou-se por mais de doze anos, ao custo de 3,76 milhões de euros, e mobilizou milhares de físicos do mundo inteiro.

Portugal é membro do CERN (Laboratório Europeu de Física de Partículas) desde Abril de 1985.


in O Público
 

orban89

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CERN quer novo acelerador de partículas até 2040


 
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