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Montelavar (Sintra)

mjtc

GF Platina
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Perto de Pêro Pinheiro, situa-se Montelavar, pertencente ao concelho de Sintra.:espi28:

Montelavar é uma freguesia portuguesa do concelho de Sintra, com 11,44 km² de área, 170 metros de altitude média e 5645 habitantes (2001). Densidade: 493,4 hab/km². Foi elevada a vila em 12 de Junho de 2009. Montelavar e os seus arredores localizam-se a norte e a leste da serra de Sintra, nos limites do concelho de Sintra.

Desde tempos remotos que esta localidade é habitada. Já na Pré-História, mais propriamente no Neolítico verifica-se a fixação de povoados provisórios em seu redor. O motivo desta fixação pode ter sido devido a aspectos de ordem geográfica (os solos, o clima, a água, etc.), ou ainda ligados à magnetização e aos astros. Dentro das primeiras actividades, pode concluir-se pela observação de materiais arqueológicos, que estes primeiros habitantes de Montelavar tinham como base de sobrevivência a caça e a criação de animais. A agricultura nesta altura não nos aparece como actividade principal, talvez devido à fraca produção dos solos, que ainda hoje se verifica. No século I a.C. verifica-se a ocupação de toda a região pelos romanos. È a partir desta altura que Montelavar é integrada nos agri (campos) do Município Olisiponense, cuja sede, Olisipo, corresponde à actual Lisboa. Olisipo e seus agri constituíam pois, um município de direito romano, invejável estatuto único na Lusitânia, além de relativamente raro no resto da península, o qual parece ter sido atribuído ainda por César, talvez no ano de 49 A.C. Dentro do espólio arqueológico regional, permite supor que Montelavar tenha sofrido forte romanização pelo menos desde meados do século I A. C., tratando-se de um significativo grupo de inscrições funerárias que fornecem os nomes, relações familiares e outros dados. Eis alguns nomes encontrados em cipos funerários (feitos por canteiros romanos): Júlia Severa, Gaio Júlio, Marcos Fábio, Júlia Severa Audaloa. Segundo a tradição popular, o primitivo local do "habitat" em estudo erguia-se no Outeiro, colina sobranceira ao povoado. Porém, são já da época romana os vestígios arqueológicos seguros e abundantes que conhecemos em Montelavar, vestígios que surgem fora do Outeiro, em concreto na proximidade da Rua do Espírito Santo e em toda a sua extensão, desde o interior da povoação aos descampados conhecidos por limites de Abremum. De realçar também, terem sido os romanos a implementar a exploração dos jazigos da região. Mais tarde e já no período da ocupação Árabe, Montelavar observa uma decadência da exploração dos seus mármores retornando à actividade agrícola. Os costumes e as tradições dos habitantes de Montelavar praticamente não são alterados limitando-se o ocupante a governar politicamente. De salientar que a ocupação da região foi pacífica. Nos séculos que se seguiram, durante a Idade Média, o povoado presencia a construção de uma Albergaria com fins religiosos. Nos fins do século XV, no reinado de D. Manuel I, a povoação é elevada a freguesia. Após esta data ressurge muito lentamente a exploração do mármore, até que no século XVIII, nomeadamente com a construção do convento de Mafra e a recuperação da cidade de Lisboa após o terramoto, a extracção do mármore torna-se a principal actividade. Verifica-se também um forte aumento populacional com a chegada de canteiros de outras regiões do país. Nos fins do século XVIII estariam a trabalhar nesta região mais de 50.000 canteiros. No século XIX aparecem as chamadas serrações que não eram mais do que um aproveitamento das azenhas de moer trigo, localizadas à beira dos ribeiros. O papel principal destas serrações era facilitar o corte da pedra, por meio de lâminas de ferro. Embora o corte da pedra fosse facilitado e mais rápido, havia um problema, só trabalhavam durante o Inverno porque no Verão, período seco, eram obrigadas a parar. Mais tarde, este problema foi solucionado com a adopção das serrações a energia pobre resultante da queima de carvão. Uma actividade não principal mas também importante desta área era a moagem de trigo que podia ser feita ou através de azenhas movidas a água ou por meio dos moinhos de vento bastante vulgares nesta freguesia, e bem integrados na região saloia, com características bastantes específicas nomeadamente na sua construção. Os moinhos e azenhas entraram em declínio durante a primeira metade do século XX devido sobretudo ao aparecimento da energia eléctrica. O mesmo aconteceu com as serrações, que são substituídas por fábricas localizadas não à beira-rio, mas perto do local da exploração das jazidas. Dentro da arquitectura salientamos as casas com traços tipicamente saloios. A maior parte das casas de primeiro andar foram construídas nos finais do século XIX, mostrando assim as condições financeiras dos seus habitantes, no auge da época próspera da transformação do mármore.
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Junta de Freguesia de Montelavar.
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Montelavar
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Brasão de Montelavar
 
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mjtc

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Igreja de Nossa Senhora da Purificação

A Igreja de Nossa Senhora da Purificação, localizada na Freguesia de Montelavar, é uma característica edificação religiosa do termo de Lisboa e um dos muitos exemplos que demonstra o dinamismo da imensa região rural em torno da capital pelas primeiras décadas do século XVI. Reconstruída no final do século XVII, e inícios do seguinte, aproveitando um outro momento de grande desenvolvimento do reino, a torre sineira mantém-se na sua originalidade até aos nossos dias.
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Sociedade Filarmónica Boa União Montelavarense

Nos finais do século XIX, mais concretamente em 6 de Outubro de 1890, um grupo de Montelavarenses juntou-se fundando a colectividade que tem por nome "Sociedade Filarmónica Boa União Montelavarense". À data da sua fundação nasceu também a sua Banda Filarmónica, que conta já com 119 anos de existência. Muitos foram os acontecimentos que marcaram a história desta banda centenária, que sempre primou pela divulgação musical, tanto em território nacional como além fronteiras.
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mjtc

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Associação de Bombeiros de Montelavar.

Em 1977 Montelavar beneficiou, através de testamento do Sr. Rui José Franco, Montelavarense, que viveu longos anos em Lisboa mas nunca esqueceu a sua origem, de uma importância de 100 mil escudos (500 Euros actuais) para um melhoramento da sua terra natal, Montelavar, e outros 100 mil escudos para distribuir aos pobres. O Presidente da Autarquia na altura, senhor Vasco Dias, solicitou à família do Sr. Rui José Franco a aplicação daquele montante na compra de uma ambulância para servir toda a população, pretensão que foi aceite. Em sede da Assembleia de Freguesia foi dado a conhecer, quer à Comissão de Moradores, quer à população em geral do propósito do executivo, relativamente à compra de uma ambulância e instalação de um quartel em Montelavar através de acordo com os Bombeiros Voluntários de S. Pedro de Sintra, os quais tutelavam essa área geográfica na altura. O Presidente da Autarquia ficou mandatado para desenvolver os contactos necessários o que fez através do então 2º Comandante de S. Pedro de Sintra, Sr. Fernando Melo. As negociações mostram-se cordiais, assertivas e profícuas culminando com a instalação, em Montelavar, de um quartel daquela Associação. Este serviço de proximidade provocou um inquestionável impacto na população local e um aumento da qualidade de vida da mesma. Com o decorrer dos tempos, o crescimento industrial e demográfico de toda a zona Norte do Concelho, urgiu a necessidade da autonomização face a S. Pedro de Sintra: criar uma Associação de Bombeiros de Montelavar. A iniciativa para uma nova fase de um projecto de extrema importância para toda a população foi de José Firmino dos Santos, António Vicente Rodrigues e Vivaldo Costa – bombeiros e Vasco Dias. Com o impulso destes constitui-se uma Comissão Instaladora tendo como Presidente, Vasco Dias, Secretário, Joaquim Almeida Urmal e Tesoureiro, Armando Jorge Silvestre. Estávamos em 1983. Em todo este processo realça-se o empenho, para além da Comissão Instaladora e da população Montelavarense, da Direcção dos Bombeiros de S. Pedro de Sintra e do Sr. Fernando Melo que viria a ser 1º comandante dos Bombeiros de Montelavar. Passados 25 anos esta instituição conta com um quartel moderno, uma frota que serve as necessidades crescentes, e um serviço de qualidade.
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Quartel dos Bombeiros de Montelavar
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Vista Aérea do Quartel dos Bombeiros de Montelavar.
 
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ninakkida

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fui baptizada nessa igreja... na terra dos macakitos!

nao tiras.te fotos ao grandioso campo de futebol dos macakitos! lol
 

mjtc

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Clube Futebol Montelavarenses

Clube Futebol Montelavarenses
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Fundação: 5 de Maio de 1920.
Campo de Jogos do Vimal Montelavar
Lotação: 3000.
História

Em 1916, fez-se em Montelavar o primeiro jogo de futebol, feito pelos soldados, antes de partirem para a Primeira Guerra Mundial. Com este conflito deixou de haver festas na zona, fazendo com que Manuel Francisco Matias e seu primo António João Matias, ambos fogueteiros, fossem trabalhar para as obras de Lisboa. António João Matias tinha um filho ainda rapaz de nome João António Matias, conhecido por João Cochicho, este tomava conta das bolas do clube "O Operário do pote de água". A guerra acabou em Novembro de 1918, no princípio de 1919 os fogueteiros voltaram novamente à sua aldeia. João António Matias na altura com 13 anos de idade, trouxe uma bola consigo, a partir daí era ver a juventude a dar pontapés na bola.

No ano seguinte, no dia 5 de Maio de 1920, foi fundado o Clube de FuteboL Os Montelavarenses. Nos primeiros anos de vida, os jogos que se realizavam, eram todos particulares, jogava-se para ver que vencia o troféu. Foi assim durante 26 anos.
Depois da Segunda Guerra Mundial, no ano de 1946, realizou-se o 1º Torneio Popular de Futebol do Concelho de Sintra, organizado pelo Sport União Sintrense, com a colaboração da Câmara Municipal. Havia duas séries, em Montelavar, as aldeias representadas eram as seguintes:
Por ordem de classificação:
- Montelavar;
- Lourel;
- Maceira;
- Fação-Lameiras;
- Pêro Pinheiro.
Montelavar foi à final com o vencedor da outra série que viria a ser o Unidos do Carrascal. No dia 2 de Junho no campo do Sintrense, disputou-se a final, o vencedor foi Os Montelavarenses, vencendo por 4-1. Com esta vitória o povo de Montelavar delirou, foi o dia de maior loucura na aldeia dos macacos.
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Escola EB 2,3 Dr. Rui Grácio

A Escola EB 2,3 Dr. Rui Grácio, encontra-se situada na freguesia de Montelavar, junto a Pêro Pinheiro, no concelho de Sintra. A actividade da escola foi iniciada em 1985, tendo inicialmente sido um ensino preparatório, mais tarde, passou a 3º ciclo (7ºano, 8º ano, 9º ano). Isso fez com que fosse encerrada a Telescola no Alto do Pina, em Pêro Pinheiro, pois não faria sentido ter dois estabelecimentos do 2º ciclo próximos um do outro. Como a escolaridade obrigatória passara do 6º ano para o 9º ano, a escola passou a ser conhecida por Escola EB 2,3 Dr. Rui Grácio. Este nome teve origem na figura do Dr. Rui Grácio, professor e investigador que dedicou toda a sua vida à causa do ensino. O Dr. Rui Grácio tornou-se o patrono desta escola.
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Escola EB 2º e 3º Ciclo Dr. Rui Grácio de Montelavar.

A Escola EB 2,3 Dr. Rui Grácio, possui:
- 4 blocos vocacionados para aulas;
- Um bloco central que tem os serviços administrativos, vários sectores de apoio pedagógico, o polivalente, o bar, o refeitório e a papelaria.
É neste bloco que se encontra situada a maior parte do Centro de Recursos.
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Vista Aérea da Escola EB 2,3 Dr. Rui Grácio - Montelavar

Um outro bloco encontra-se dedicado às actividades de Escultura e Cantaria, onde se podem observar alguns dos trabalhos em pedra já realizados. Por fim, existe também um bloco constituído pelos balneários que se situa junto da área dos campos de jogos.
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Aulas de Judo - uma das disciplinas da escola
 
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mjtc

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Escola Básica do 1.º Ciclo de Montelavar

Em Montelavar também tem a Escola Básica do 1º Ciclo, na Rua Maestro Alferes A. Sousa.
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Escola Primária de Montelavar.​
 
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