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Mundial 2018 - Portugal empata com o Irão (1-1)

benfas69

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Há poucas coisas mais portuguesas do que o chamado desenrascanço, o atingir o que se procura em condições extremas, no limite. Parece já fazer parte também da identidade da seleção, que mesmo quando parece que vai afastar a necessidade disso mesmo de vez, vê-a surgir de novo de rompante. Quaresma marcou (mais) um golo para a história, mas um golo espanhol a quase dois mil quilómetros de distância de Saransk e um golo iraniano de grande penalidade complicaram tudo nos últimos minutos. Foi sofrido, como no Europeu, mas Portugal apurou-se em segundo e marcou encontro com o Uruguai na próxima fase.

Três novidades no onze luso, entre elas Ricardo Quaresma, o mago cujo feitiço viria a derrubar uma muralha. Já lá vamos, porque ainda há quase 45 minutos para recordar antes disso, um longo período em que Portugal foi do mais ao menos e se manteve em tons cinzentos até à explosão de cor.

A dinâmica com o apito inicial obedeceu à lógica, com Portugal a ter espaço para construir numa fase inicial e a deparar-se com poucos espaços em zona de definição. Quando se encontraram brechas, as oportunidades foram claras: Ronaldo atirou para defesa difícil de Beiranvand e João Mário, depois de confusão na defesa iraniana, atirou por cima. Cedo surgiam as ameaças, cedo surgiam desperdícios e cedo os nervos apertavam.

De Kaliningrado já chegavam boas notícias para os milhões de portugueses que não estavam em campo em Saransk (pelo menos em corpo, porque em alma estávamos todos): Marrocos marcava, saltava para a frente contra a Espanha e deixava Portugal ainda mais perto dos oitavos. Mas foi nesta altura que o jogo português quebrou, que o Irão passou a encontrar os seus espaços, e não tardou até que o rival ibérico empatasse o outro jogo do grupo.

Receava-se uma eventual surpresa. Um livre batido para a grande área portuguesa fazia a bola ir parar às mãos de Patrício depois de um cabeceamento perigoso e ainda mais se receava, mas um pedaço de magia surgiu a tempo de atarantar os iranianos naquela fase fulcral do pré-intervalo: Quaresma toca para Adrien, Adrien toca de calcanhar para Quaresma, parte exterior do pé direito na bola... e o resto é mais um ponto alto da carreira de um poço de talento.
Falhar é (sobre-)humano
Não seria fácil pedir uma melhor forma de sentenciar a questão logo nos primeiros minutos: Cristiano Ronaldo travado por um adversário na grande área iraniana, penálti assinalado depois de consulta ao VAR. Lá caminhava o capitão para a mão cheia de golos neste Mundial, mas a surpresa surgiu com a defesa de Beiranvand. Até CR7 falha, e quem lhe pode proibir isso?

O Irão crescia e acreditava, motivado por esse momento que o guardião nunca esquecerá, o momento em que travou um penálti de Cristiano Ronaldo. O Irão crescia e acreditava, lançava bolas rápidas e tentava trocar as voltas aos portugueses, para quem as oportunidades escasseavam nesta fase.

Entrávamos nos últimos dez minutos e chegavam dois motivos de alívio - havia novo golo de Marrocos e Ronaldo não via um vermelho que se chegou a temer -, mas os descontos trariam o drama que até chegar poucos previam. Em simultâneo, era validado um golo à Espanha em Kaliningrado e assinalado um penálti ao Irão, convertido por Ansarifard. Escapava o primeiro lugar e ainda havia algum tempo para o tudo-por-tudo iraniano que poderia eliminar Portugal... mas sobrevivemos. À rasquinha, como é hábito, mas sobrevivemos. Segue-se o Uruguai nos oitavos-de-final.

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