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Oumuamua: O Primeiro Objecto Interestelar a visitar o Sistema Solar!

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GF Platina
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Desde que nosso Sistema Solar foi visitado por um objecto que veio de muito longe, os cientistas passaram a estudar sua origem e seus aspectos. Origem, destino e até sua cor estão entre factores que já sabemos sobre o Oumuamua. A grande novidade é que até à sua visita, todos os cometas e asteróides observados pela Terra eram originários daqui do nosso Sistema Solar. Já esse determinado objecto veio de fora, de outro Sistema Estelar, de acordo com a descoberta do Astronomical Union's Minor Planet Center, que fica no Havai.
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Ou seja, o Oumuamua é interestelar. Na prática, isso significa que sua movimentação e actividade não têm uma ligação gravitacional com o nosso Sol. Por isso foi baptizado de 1I/2017 U1 ou 1I/’Oumuamua. Sem um consenso se era um asteróide ou cometa, designou-se a letra "I" em seu nome para se referir à característica de ser interestelar. A categoria foi criada especialmente para este corpo celeste oriundo de outro sistema solar.

Curiosidade: No idioma havaiano, "oumuamua" tem um significado próximo a "o primeiro a alcançar".

Quem divulgou a novidade foi o próprio centro de pesquisas responsável pela descoberta: https://www.minorplanetcenter.net/mpec/K17/K17V17.html

Velocidade:

O objecto entrou no Sistema Solar a uma velocidade de 315.000 km/h e agora voa na direcção oposta ao Sol, a 138.000 km/h. A sua alta velocidade permitiu que a grande rocha escapasse de ser puxada pelo Sol, e consequentemente desintegrada. Ao ser descoberto pelo telescópio Pan-Starrs, observou-se que o objecto já estava saindo do nosso sistema planetário.

Origem e destino:


Suspeitava-se que seu ponto de partida seja a estrela Vega, da constelação de Lira. No entanto, após refazerem as contas, os cientistas acreditam que o corpo celeste não tenha uma estrela originária definida e está vagueando sem direcção há centenas de milhões de anos.

Coloração e forma:

O asteróide tem um formato nunca visto antes pelos astrónomos. A sua forma se assemelha a de um charuto: tem 400 metros de comprimento, dez vezes mais que sua largura. Tal composição confere ao Oumuamua coloração avermelhada e brilho mais intenso que a média dos asteróides solares. Afirma-se que é composto de rocha e metais, e não contém água ou gelo.
Oumuamua-in-space-1.png

Um estudo publicado pela Universidade Cornell conclui que, além de ser avermelhado, a sua órbita fez um movimento de hipérbole, e por isso ele nunca mais vai voltar para o nosso sistema solar.
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Objectos interestelares se tornarão mais comuns.

Uma das grandes contribuições dos estudos sobre o objecto é a tendência a encontrar cada vez mais objectos interestelares. Não porque eles vão passar a se interessar mais pelo nosso sistema solar, mas sim porque nossos telescópios se tornarão mais eficientes na detecção. Essa visita deixou cientistas optimistas com a hipótese de que a presença de asteróides ou cometas de fora do sistema solar não seja algo tão raro assim, eramos nós que não conseguíamos detectá-los antes. Estima-se que, em 2022, consigamos avistar ao menos um cometa ou asteróide interestelar por ano, devido a um supertelescópio chamado Large Synoptic Survey Telescope, ou simplesmente LSST, que começará a operar. Os índices foram divulgados também pela Universidade de Cornell.

https://arxiv.org/abs/1711.01344
 
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