• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Quem é Fernando Madureira ( o macaco)

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
6,512
Gostos Recebidos
366

O “aluno exemplar” das 36 páginas polémicas ou como o “super-dragão” doutor se fez mestre







O “aluno exemplar” das 36 páginas polémicas ou como o “super-dragão” doutor se fez mestre




Fernando Madureira, alcunha “Macaco”, líder da principal claque do FC Porto, concluiu o mestrado com 17 valores. Onde começa e acaba a história deste “aluno exemplar” e o que escreveu ele para aqui chegar? E leia excertos da tese



Ver o pai a inscrever-se na Universidade Lusófona, já em plena terceira idade, no âmbito de um programa de candidatura ao ensino superior para maiores de 23 anos, foi o clique. “Se ele pode, eu também posso”, pensou Fernando Madureira, de alcunha “Macaco”, líder dos Super-Dragões, a principal claque do FC Porto.


Pensou, logo agiu.





O dia da apresentação


Impulsionado pela família”, falou “com algumas pessoas” e entrou, “um bocadinho a medo”, no Instituto Universitário da Maia (ISMAI), estabelecimento de ensino privado situado naquele concelho da área metropolitana do Porto. Madureira licenciou-se em Gestão do Desporto com 16 valores e, em novembro do ano passado, atingiu o grau de mestre, com um projeto de mestrado intitulado “Bancada Total: uma inovação ao serviço do clube”, obtendo a classificação final de 17 valores.




Em tese, o chefe do maior grupo organizado de adeptos portistas argumenta que a chamada bancada Super-Bock do Estádio do Dragão seja entregue, na totalidade, à sua claque, de molde a potenciar assim a procura de bilhetes e “um melhor aproveitamento e dinamização do espaço”, com capacidade para 6600 lugares. Pelo tema, ele sentiu-se, obviamente, “como um peixe na água”. Na prática, admitiu, era “falar da bancada, falar basicamente do que eu sei e do contributo e do projeto”. E onde se inspirou Fernando Madureira? Nos alemães. “São os que têm mais pessoas nos estádios”, explicou ele numa longa entrevista ao jornal Ideal, do curso de Ciências da Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, em janeiro. “Fogo, carago, como é que estes gajos eram uns parolos do carago, não tinham ninguém e agora têm tanta gente?”, questionou-se, na altura, procurando, desde logo, estudar os casos das assistências dos jogos do Bayern de Munique e do Borussia de Dortmund. Concluiu: “o grande impulso que eles tinham dado”, afiançou ao jornal universitário, passou por criar “dois tipos de preços e dois tipos de adeptos”. E tirar as cadeiras da bancada, o que ainda não é permitido em Portugal, mas Madureira acredita que vai ser.


O “aluno exemplar”



Prova de acesso feita, o percurso letivo foi “espetacular”, no dizer do próprio.



Fernando Madureira fez tudo “por avaliação contínua”, sem ir a exame, e “com grandes notas”. Dedicação pura. “Quando entro nas coisas é sempre para ganhar”, garante ele. O rosto mediático da maior claque portista sabia, porém, que a via da formação universitária era demasiado estreita para quem acarreta a fama de ser, como ele próprio glosa, “chefe dos bandidos” e liderar um grupo que, segundo diz, não é propriamente composto por escuteiros, “nem é uma excursão a Fátima”.



Todos os olhares, de colegas a professores, estavam, pois, em cima dele, como o próprio reconhece. “Tive sempre um comportamento exemplar, sempre na fila da frente, o primeiro a chegar, o último a sair, respeito pelos professores, atento às aulas, participativo”, garantiu na referida entrevista. “Nunca faltei a uma aula, tirando quando era para ir ver o Porto”. No dia em que entrou doutor no ISMAI e saiu mestre, a postura valeu-lhe mesmo um reconhecimento público do júri. “Disseram que eu era o aluno que qualquer professor queria ter”, orgulha-se.




Das três vias possíveis – tese, dissertação ou projeto – o líder dos Super-Dragões escolheu a última, por, segundo as suas próprias palavras, preferir “coisas mais práticas”.



O orientador do mestrado foi Henrique Pinhão Martins, do Conselho Pedagógico do ISMAI e docente do Departamento de Ciências da Educação Física e Desporto. “O dr Fernando Madureira, no que a mim me diz respeito, foi um aluno exemplar”, explicou à VISÃO, por escrito, ressalvando o facto não conhecer o seu orientando até lhe ter dado aulas no 2º ano da licenciatura em Gestão do Desporto. Instado a divulgar a ata do júri que concedeu o grau de mestre ao líder dos “Super-Dragões” e a comentar várias passagens do projeto de mestrado, Henrique Martins declinou. “Não seria de todo ético e deontológico responder a qualquer outra das questões que me coloca, em virtude de envolver várias outras pessoas e critérios de avaliação que fazem parte do contexto académico”, justificou. Gastão Sousa, coordenador do curso de Gestão do Desporto, não respondeu ao contacto da VISÃO.



As 36 páginas “insultuosas”




O projeto de mestrado de Fernando Madureira tem 36 páginas e está disponível no repositório do ISMAI. No documento, disponível para consulta online, não passam despercebidas a familiaridade do autor com o tema e a quantidade de erros de português.



Raúl Martins, do Centro de Investigação do Desporto e da Atividade Física da Universidade de Coimbra, notou, porém, outras fragilidades. Sem colocar em causa o tema proposto, que lhe parece “adequado”, este docente nota, porém, que “a dissertação aparenta ter sido escrita de forma descuidada, tendo em consideração a qualidade do texto que apresenta”, relatou à VISÃO. Além disso, realça, “não aparece nenhuma secção específica para a metodologia do trabalho, onde conste de forma explícita a questão em investigação, o desenho do estudo, as variáveis, os instrumentos, os participantes, etc.”. Quanto à revisão de literatura, verifica-se “um conjunto de afirmações genéricas, conceptualmente heterogéneas e frequentemente sem referenciação autoral. Mantém-se a utilização de linguagem com baixo grau de formalidade e escrita descuidada”. Segundo Raúl Martins, “o estudo aparenta ter um propósito preditor”, ou seja, “pretende compreender o conjunto de variáveis que permitam «delinear uma estratégia capaz de agregar mais adeptos para o estádio»”. Contudo, faz notar aquele professor da Universidade de Coimbra, “parte de um conjunto de convicções pessoais do autor, não demonstradas, para concluir sobre o que não foi, de facto, demonstrado”. Por outras palavras: as medidas apresentadas por Fernando Madureira no seu tema de mestrado, da substituição de cadeiras à nova forma de distribuição de bilhetes, passando pela reorganização dos adeptos ou a animação da bancada “poderão até ser, de facto, muito úteis, porque resultarão de uma experiência do autor, mas não foram testadas nem controladas. Logo, as conclusões parecem-me excessivas”, assinala. Concluindo: “Dado que a qualidade geral da dissertação não parece alinhada com a classificação final de 17 valores (Muito Bom), admito que o autor possa ter tido uma apresentação e discussão oral perante o júri com uma qualidade que tenha transcendido o que o documento transmite”.



Algo que o contacto da VISÃO com os docentes do ISMAI não permitiu esclarecer.



Quando leu o documento, Maria Alzira Seixo, professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, ia tendo um susto. Ou pior. “A tese de Fernando Madureira é um insulto à Língua Portuguesa e ao desporto nacional. Manuel Sérgio [catedrático da Faculdade de Motricidade Humana] pode ter um ataque cardíaco se a ler!”, ironiza, sem se deter, citando um dos académicos mais prestigiados nesta área. “É escrita num Português iletrado, analfabeto e ridículo. Inacreditável que uma instituição do ensino superior aceite tal coisa”, reforça Maria Alzira Seixo, sem deixar de “louvar” o estudo universitário do Desporto. “O que aqui falha é o ensino da Língua, e a formação de base da tese. Como chega a um grau de investigação superior quem não teve um ensino do Português decente, ou falhou no seu aproveitamento? Como se aceita no plano universitário um estudo sem gramática?”, questiona, sem ter ganho para o susto. “Como professora, fico aterrada com esta prova da falência do nosso ensino, em todos os seus graus. Porque esta tese tem aspetos de redação vergonhosos. E desonra os Super-Dragões!”



Para Fernando Madureira, a maior falha era mesmo não ter seguido os estudos. Tudo por causa da tropa, “da claque” e pelo facto de os pais não terem condições financeiras que lhes permitissem mandar o filho “para uma universidade privada”.



Na entrevista dada ao jornal Ideal, da Universidade do Porto, o homem que veste a alcunha “Macaco” desde os tempos difíceis de adolescência, na Ribeira, considera que as claques de futebol constituem uma espécie de “micro sociedade”: nem melhores, nem piores, com defeitos e virtudes. Assim mesmo.


“Existem toxicodependentes, existem médicos, existem pessoas boas, pessoas más, existem pessoas que cometeram crimes” e “homossexuais”. Resumindo, “tudo o que há na sociedade” existe nos Super-Dragões, defende o também jogador do Canelas. E agora, ainda que por linhas tortas, também há um doutor feito mestre, com 17 valores.



visão
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
6,512
Gostos Recebidos
366

Droga e milhares de euros. As apreensões na operação que deteve Madureira


A PSP apreendeu hoje droga, uma arma de fogo, milhares de euros, três automóveis e mais de 100 bilhetes durante a operação no Grande Porto que culminou com 12 detenções, incluindo a do líder dos Super Dragões, Fernando Madureira.


Droga e milhares de euros. As apreensões na operação que deteve Madureira



Em comunicado, o Comando Metropolitano do Porto da PSP explica que a investigação, iniciada na sequência dos incidentes ocorridos na Assembleia Geral do FC Porto que decorreu em 13 de novembro, levou hoje à operação 'Pretoriano', que visou "devolver às instituições e aos cidadãos a sua liberdade de decisão e segurança".



No âmbito desta investigação, a PSP deu cumprimento a 12 mandados de detenção e a 11 buscas domiciliárias no Grande Porto, emitidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto.



Durante a operação policial, foram apreendidos equipamentos eletrónicos e documentos de interesse para a investigação em causa, vários tipos de estupefaciente, nomeadamente cocaína e haxixe, três automóveis, vários milhares de euros, uma arma de fogo, artefactos pirotécnicos e mais de uma centena de ingressos para eventos desportivos, refere a PSP.



Entre os detidos estão também outros elementos da claque dos Super Dragões, a mulher de Fernando Madureira, Sandra Madureira, e Vítor Catão, adepto do FC Porto e antigo presidente do São Pedro da Cova, disse anteriormente fonte policial à agência Lusa.



Segundo a mesma fonte, foi também detido um funcionário do FC Porto: o oficial de ligação aos adeptos.



Os detidos, 11 homens e a mulher de Fernando Madureira, vão ser presentes na quinta-feira a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, para aplicação de medidas de coação.



A Procuradoria-Geral Distrital do Porto (PGDP) já tinha adiantado anteriormente que a PSP efetuou 12 detenções, no âmbito de um processo que investiga os incidentes ocorridos durante uma Assembleia Geral do FC Porto.



"No âmbito de inquérito em que se investigam os incidentes na Assembleia Geral do Futebol Clube do Porto de 13.11.2023, que corre termos no DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] da Procuradoria da República do Porto, e no qual o Ministério Público vem sendo coadjuvado pela Polícia de Segurança Pública, foram executadas diligências de investigação, entre o mais, buscas domiciliárias e não domiciliárias. Foram também operadas 12 detenções fora de flagrante delito", refere uma nota publicada na página da PGDP.



Segundo a PGDP, "está em causa a prática dos crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação agravada, ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objeto ou de produtos líquidos e atentado à liberdade de informação".




nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
6,512
Gostos Recebidos
366

Madureira e outros 11 detidos em buscas no Porto. Eis os crimes em causa


Mulher do líder dos 'Super Dragões' também foi detida, assim como Vítor Catão, adepto do FC Porto e antigo presidente do São Pedro da Cova. Porsche e BMW de Fernando Madureira foram apreendidos.



Madureira e outros 11 detidos em buscas no Porto. Eis os crimes em causa





Mais de uma dezena de buscas domiciliárias a vários elementos dos 'Super Dragões' foram hoje levadas a cabo na zona do Grande Porto, culminando na detenção de 12 pessoas, entre as quais Fernando Madureira, líder da claque do FC Porto, a mulher deste e Vítor Catão, adepto do FC Porto e antigo presidente do São Pedro da Cova.


Em comunicado, o Ministério Público (MP) revela quais os crimes em causa. "Está em causa a prática dos crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação agravada, ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objeto ou de produtos líquidos e atentado à liberdade de informação", lê-se na nota.




O MP confirmou as 12 detenções, "fora de flagrante delito", no âmbito da abertura de um "inquérito" em que se investigam "os incidentes na assembleia geral do Futebol Clube do Porto", de 13 de novembro de 2023, "que corre termos no DIAP da Procuradoria da República do Porto [Porto, 4.ª secção]" e revelou que "apresentará os detidos para primeiro interrogatório judicial, promovendo a aplicação de medidas de coação".



Também a Polícia de Segurança Pública (PSP) confirmou, em comunicado, que, no âmbito da Operação Pretoriano, realizou "12 detenções no âmbito do combate aos crimes de ofensas à integridade física qualificadas, coação agravada, ameaça agravada, instigação pública à prática de crime e atentado à liberdade de informação" e deu cumprimento a 11 mandados de busca domiciliária.




"O dispositivo da Polícia de Segurança Pública do Comando Metropolitano do Porto (COMETPOR), através da Divisão de Investigação Criminal, com o apoio da Unidade Especial de Polícia e demais valências policiais, no dia de hoje, desencadeou uma operação policial que visou a identificação e detenção dos autores dos ilícitos em foco, bem como apreensão de meios de prova", indicou a autoridade.




Na operação, que culminou na detenção de 11 homens e uma mulher, foi possível apreender "equipamentos eletrónicos e demais documentos de interesse para a investigação em causa, estupefacientes vários, nomeadamente cocaína e haxixe, três veículos automóveis e vários milhares de euros, uma arma de fogo, artefactos pirotécnicos e mais de uma centena de ingressos para eventos desportivos".




Na nota, a autoridade sublinhou que, após o início da investigação ao ocorrido na AG do FC Porto, "determinou uma ação conjugada no sentido de devolver às instituições e aos cidadãos a sua liberdade de decisão e, promover ainda, que o sentimento de impunidade e insegurança seriam restaurados no âmbito desta realidade desportiva e não só".




Ainda de acordo com a PSP, os detidos serão presentes amanhã, quinta-feira, junto das autoridades judiciais competentes para primeiro interrogatório judicial de arguido detido.




Segundo a Lusa, entre os detidos estará também um funcionário do FC Porto, o oficial de ligação aos adeptos. Além das detenções, a PSP terá apreendido também carros, entre os quais um Porsche e um BMW do líder dos Super Dragões.




naom_56cc494174660.jpg

Líder dos 'Super Dragões' detido. Porsche e BMW de Madureira apreendidos



O líder da claque do FC Porto 'Super Dragões', Fernando Madureira, foi detido pela PSP. Outras 11 pessoas foram detidas, incluindo a mulher do portista.



O que está em causa é a Assembleia Geral (AG) do FC Porto que decorreu em 13 de novembro e as eventuais ameaças feitas ao candidato à presidência do clube André Villas-Boas.



No dia seguinte à realização da AG (14 de novembro), o MP anunciou a abertura de um inquérito aos incidentes ocorridos na sessão magna do clube.



"Tendo em conta os acontecimentos sucedidos na AG do FC Porto, que teve início em 13 de novembro, amplamente divulgados na comunicação social e suscetíveis de integrarem infrações criminais de natureza pública, foi determinada a instauração de inquérito, que corre termos no DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] da Procuradoria da República do Porto", dava conta a Procuradoria-Geral Distrital do Porto, em comunicado.



O presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) dos dragões, José Lourenço Pinto, suspendeu os trabalhos na sequência de uma AG agitada e com confrontação entre sócios, que incidia na deliberação dos novos estatutos dos vice-campeões nacionais de futebol, mas, face à forte afluência, mudou de local à última hora.




nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
6,512
Gostos Recebidos
366

Super Dragões. Como uma AG do FC Porto levou à detenção de 12 pessoas


Doze pessoas detidas, incluindo o líder dos Super Dragões e dois funcionários do FC Porto, milhares de euros e drogas apreendidos, e acusações de "intimidação". Fique a par do que aconteceu no dia que agitou o Porto.




Super Dragões. Como uma AG do FC Porto levou à detenção de 12 pessoas



Uma investigação que teve início em novembro de 2023, na sequência de uma Assembleia-Geral (AG) extraordinária do Futebol Clube Porto polémica, levou à detenção de Fernando Madureira, líder da claque 'Super Dragões', e de outras 11 pessoas. Dos crimes às apreensões, fique a par do que está em causa.



A 13 de novembro, uma AG extraordinária do FC Porto, que incidia na deliberação dos novos estatutos dos vice-campeões nacionais de futebol, teve de ser transferida à última hora de um auditório do Estádio do Dragão para o pavilhão Dragão Arena, no Porto, devido à influência de sócios. Já no novo local, várias pessoas tiveram de abandonar a reunião na sequência de incidentes e agressões nas bancadas.



No dia seguinte, o Ministério Público (MP) anunciou que abriu um inquérito aos incidentes, que foram "amplamente divulgados na comunicação social e suscetíveis de integrar infrações criminais de natureza pública".



Na sequência do inquérito, a Polícia de Segurança Pública (PSP) deu cumprimento, na manhã de quarta-feira, a 12 mandados de detenção e a 11 buscas domiciliárias no Grande Porto, emitidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto.




Afinal, quem são os detidos?



Além de Fernando Madureira, foi também detida a sua mulher, Sandra Madureira. Entre os detidos estão ainda Vítor Catão, adepto do FC Porto e antigo presidente do São Pedro da Cova, e dois funcionários do clube: o oficial de ligação aos adeptos, Fernando Saul, e Tiago Aguiar, que trabalha na formação.



O advogado de Fernando Madureira, Gonçalo Cerejeira Namora, alegou à rádio Observador que a detenção do seu cliente é um "circo mediático", que assenta em "objetivos políticos" e que serve para "tentar prejudicar" a recandidatutra de Jorge Nuno Pinto da Costa à presidência do FC Porto.



Que crimes estão em causa?


Segundo a Procuradoria-Geral Distrital do Porto (PGDP), "está em causa a prática dos crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação agravada, ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objeto ou de produtos líquidos e atentado à liberdade de informação".



naom_65ba51f86d1bc.jpg

Madureira e outros 11 detidos em buscas no Porto. Eis os crimes em causa


Mulher do líder dos 'Super Dragões' também foi detida, assim como Vítor Catão, adepto do FC Porto e antigo presidente do São Pedro da Cova. Porsche e BMW de Fernando Madureira foram apreendidos.



O Ministério Público considera que, segundo documentos a que a Lusa teve acesso, que a claque liderada por Fernando Madureira pretendeu "criar um clima de intimidação e medo" na AG para que fossem aprovadas as alterações estatutárias em votação.



Adelino Caldeira, administrador da SAD do FC Porto - que não está entre os 12 detidos - através do oficial de ligação aos adeptos, Fernando Madureira e a mulher "definiram o que deveria ser colocado em prática para que lograssem a aprovação da alteração dos estatutos em benefício de todos os envolvidos e sem perda de regalias, designadamente vendo garantido os seus ganhos tirados da bilhética para os jogos de futebol".



A investigação sublinha que, "movidos pelo propósito e alcançarem a aprovação dos novos estatutos, de manterem inalterada a sua esfera de influência e de silenciarem as vozes dissonantes de descontentamento apoiadas na figura e André Villas-Boas", os suspeitos, em conjunto com outros elementos, "levaram a que, ilegitimamente, um número elevado de não-sócios do FC Porto entrasse no espaço reservado" da AG.



O administrador do FC Porto SAD Adelino Caldeira já veio repudiar as acusações de que é alvo, dizendo ser "falso que tenha instruído seja quem for a fazer fosse o que fosse na dita AG".



"Nunca tive com as pessoas detidas quaisquer conversas sobre a mesma - seja antes ou depois, de maneira direta ou indireta - ou sequer de outros assuntos relacionados com a vida institucional do FC Porto, apenas por maldosa especulação e efabulação se terá envolvido o meu nome nos reprováveis acontecimentos da AG", sustentou.




O que foi apreendido durante as buscas?



Na operação, segundo a PSP, foi possível apreender "equipamentos eletrónicos e demais documentos de interesse para a investigação em causa, estupefacientes vários, nomeadamente cocaína e haxixe, três veículos automóveis e vários milhares de euros, uma arma de fogo, artefactos pirotécnicos e mais de uma centena de ingressos para eventos desportivos".



naom_65ba2a2114750.jpg

Droga e milhares de euros. As apreensões na operação que deteve Madureira



A PSP apreendeu hoje droga, uma arma de fogo, milhares de euros, três automóveis e mais de 100 bilhetes durante a operação no Grande Porto que culminou com 12 detenções, incluindo a do líder dos Super Dragões, Fernando Madureira.



Os detidos serão presentes esta quinta-feira junto das autoridades judiciais competentes para primeiro interrogatório judicial de arguido detido.





nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
6,512
Gostos Recebidos
366

Operação Pretoriano. Fernando Madureira fica em prisão preventiva




Medida de coação foi conhecida uma semana depois da detenção do líder dos Super Dragões, no âmbito da Operação Pretoriano.



Operação Pretoriano. Fernando Madureira fica em prisão preventiva






O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto determinou, esta quarta-feira, que Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, vai aguardar julgamento em prisão preventiva, no âmbito da Operação Pretoriano, avançou a CNN Portugal.




Num comunicado citado pela agência Lusa, o Tribunal confirmou esta informação e detalhou que o juiz de instrução Pedro Miguel Vieira aplicou a medida cautelar mais gravosa a Madureira, bem como a Hugo Carneiro, conhecido por 'Polaco', enquanto Vítor Catão, adepto do FC Porto e antigo presidente do São Pedro da Cova, ficará sujeito à obrigação de permanência na habitação com vigilância eletrónica.



As medidas de coação determinadas a esses três suspeitos corresponderam à promoção feita pelo Ministério Público (MP), que não pediu privação da liberdade para os restantes nove arguidos, dos quais três tinham sido libertados no sábado e os outros seis na terça-feira, incluindo Sandra Madureira, mulher do líder dos Super Dragões.



Em 31 de janeiro, a PSP deteve 12 pessoas - incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões -, no âmbito da Operação Pretoriano, que investiga os incidentes verificados numa Assembleia Geral (AG) extraordinária do clube.



De acordo com documentos judiciais, aos quais a agência Lusa teve acesso, o Ministério Público sustenta que a claque Super Dragões pretendeu "criar um clima de intimidação e medo" na AG do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, na qual houve incidentes, para que fosse aprovada a revisão estatutária, "do interesse da atual direção" 'azul e branca'.



A Procuradoria-Geral Distrital do Porto divulgou que estão em causa "crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação".



nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
6,512
Gostos Recebidos
366

Pretoriano: Quem ficou em preventiva, domiciliária e quem foi libertado


As medidas de coação determinadas aos três suspeitos corresponderam à promoção feita pelo Ministério Público (MP), que não pediu privação da liberdade para os restantes nove arguidos, dos quais três tinham sido libertados no sábado e os outros seis na terça-feira.


Pretoriano: Quem ficou em preventiva, domiciliária e quem foi libertado



O líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, e Hugo Carneiro, conhecido por 'Polaco', aguardarão julgamento no âmbito da Operação Pretoriano em prisão preventiva, segundo determinou o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, na quarta-feira. Por seu turno, Vítor Catão, adepto do FC Porto e antigo presidente do São Pedro da Cova, ficará sujeito à obrigação de permanência na habitação com vigilância eletrónica, a partir do momento em que existam condições para deixar de estar em prisão preventiva.



As medidas de coação determinadas aos três suspeitos corresponderam à promoção feita pelo Ministério Público (MP), no dia anterior, que não pediu privação da liberdade para os restantes nove arguidos, dos quais três tinham sido libertados no sábado e os outros seis na terça-feira.



"Não sei se vamos recorrer. Essa é uma decisão tomada pelo arguido, sendo obviamente aconselhado pela defesa. Vou ter de falar com ele. Não existe decisão unilateral de uma defesa em recorrer ou não", referiu aos jornalistas Susana Mourão, advogada de Catão.



Recorde-se que Fernando Madureira foi ouvido na segunda-feira durante cerca de quatro horas e meia, depois de Fernando Saul, oficial de ligação aos adeptos do FC Porto, ter sido novamente interrogado durante a manhã.



No sábado, as diligências terminaram com as saídas em liberdade de Tiago Aguiar, outro dos dois funcionários do FC Porto envolvidos no processo, António Moreira de Sá e Carlos Nunes, mais conhecido por 'Jamaica', levando o número de detidos a baixar para nove.



O juiz decidiu que essas nove pessoas, incluindo Sandra Madureira, mulher de Fernando Madureira e vice-líder dos Super Dragões, ficam sujeitos à proibição de contactos entre si, à proibição de contactos com a direção e elementos da claque 'azul e branca', à proibição de acesso a recintos desportivos ou à apresentação às autoridades.



Um desses suspeitos é Fernando Saul, oficial de ligação aos adeptos do FC Porto, cuja advogada Cristiana Carvalho mostrou satisfação pelas medidas impostas ao seu cliente.



"A medida manteve-se exatamente aquela que foi promovida pelo Ministério Público: não pode contactar com os outros intervenientes do processo, sendo certo que vai manter as suas funções. Não se trata de uma medida ligeira, mas daquilo que é justo", reconheceu.



Já Jorge Filipe Correia, advogado de António Moreira de Sá, disse ter havido indiciações diferentes entre Ministério Público e o juiz e admitiu recorrer para o Tribunal da Relação.



"As medidas são justas, mas discordo claramente da indiciação pelos outros crimes, pois houve apenas uma altercação com uma única pessoa.



A promoção do Ministério Público iria no sentido de o António Moreira de Sá ser apenas indiciado pela ofensa à integridade física, mas agora o juiz entendeu indiciá-lo em coautoria pelos outros crimes", comentou.



Saliente-se ainda que, a 31 de janeiro, a PSP deteve 12 pessoas - incluindo dois funcionários dos 'dragões' e o líder dos Super Dragões -, no âmbito da Operação Pretoriano, que investiga os incidentes verificados numa Assembleia Geral (AG) extraordinária do clube.



De acordo com documentos judiciais, aos quais a agência Lusa teve acesso, o Ministério Público sustenta que a claque Super Dragões pretendeu "criar um clima de intimidação e medo" na AG do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, na qual houve incidentes, para que fosse aprovada a revisão estatutária, "do interesse da atual direção" 'azul e branca'.



A Procuradoria-Geral Distrital do Porto divulgou que estão em causa "crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação".




nm
 
Topo