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Standard do Arlequim Português (Desenho)

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Aqui fica o desenho do standard do Arlequim Português



O Canário Arlequim Português
Em reunião efectuada em 5 de Julho de 2003, estando presentes responsáveis do Clube do Canário Arlequim Português e da Comissão Técnica de Canários de Porte do Colégio Português de Juízes de Ornitofilia, foi decidido modificar o Standard do Canário Arlequim Português de forma a torná-lo mais objectivo, mantendo as características básicas da raça de acordo com o estabelecido inicialmente pelos seus promotores e criadores, mas adaptando-o à evolução entretanto verificada.
Foi definido que a pontuação e a descrição de algumas das rubricas deveria ser alterada, de forma a caracterizar melhor a sua importância relativa, destacar claramente o porte/postura, evidenciar melhor as grandes diferenças face às numerosas raças existentes e eliminar eventuais subjectividades, tendo por base critérios técnicos e não esquecendo que se trata de uma raça de porte de poupa.
O Clube do Canário Arlequim Português pretende ver homologada esta raça a nível da COM/OMJ e as alterações ao Standard agora efectuadas poderão concorrer positivamente para esse objectivo.
Com este modesto artigo pretendemos apresentar uma visão da raça, na perspectiva dum Juiz, o que poderá contribuir para uma mais fácil apreciação dos exemplares a nível nacional e internacional.
As alterações das rubricas e pontuações deram origem ao seguinte Standard: Standard Arlequim Português - CPJO 2003
arlequim_fig_1.gif


Corpo (forma)
Peito
Asas 20
Corpo alongado, esguio e harmonioso.
Peito ligeira e uniformemente arredondado.
Dorso recto, na mesma linha da cauda.
Asas longas, bem aderentes ao corpo e sem se cruzarem, nem descaírem, terminando unidas sobre a raiz da cauda.
Poupa
Cabeça
Pescoço 15
Poupa (no Arlequim Poupa) – Em forma de tricórnio (2 ângulos atrás e 1 virtual à frente) irradiando de um ponto central no cimo da calota, e descaindo aderente e simetricamente, sem cobrir olhos e bico.
Cabeça (no Arlequim Par) – Cabeça estreita, alongada. Vista de cima em forma de U, estreitando o crânio no sentido do bico.
Bico – Forte e proporcionado.
Olhos – Vivos e bem visíveis
Pescoço – Bem delineado e harmonioso, destacando claramente a cabeça do corpo.
Cor 15Multicolor variegada com a presença de factor vermelho mosaico. Distribuições melânica e lipocrómica proporcionadas e nítidas de modo a conferir homogeneidade e equilíbrio entre as diferentes cores.
Coloração artificial obrigatória.
Tamanho 1015 cms com proporções perfeitas.
Plumagem 10Lisa, compacta, sedosa, brilhante e bem aderente ao corpo.
Posição
Movimento 10
Posição erguida (55°) e altiva. Corpo bem elevado e cabeça levantada.
Ave alegre com movimento ágil.
Patas 10Fortes, longas e ligeiramente flectidas, preferencialmente variegadas. Coxas bem visíveis.
Cauda 5Longa, estreita e ligeiramente bifurcada na extremidade, preferencialmente variegada.
Condição Geral 5 Saúde e higiene perfeitas. Vivacidade e boa adaptação à gaiola de exposição.


Para melhor compreensão do actual standard analisemos o mesmo rubrica a rubrica:
CORPO-20
arlequim_fig_2.jpg
O Corpo do Arlequim Português deve apresentar características distintivas que permitam a necessária e suficiente individualização deste canário, face às restantes raças de porte, distinguindo-o mais do canário de cor. Esta rubrica é da maior importância e por isso detém a maior pontuação (20 pontos), devendo ser uma prioridade dos criadores.
O Corpo deve ser esguio e alongado mas não excessivamente estilizado de forma a manter algumas formas arredondadas que lhe conferem harmonia.
As características de plumagem deste canário (com presença de factor mosaico) dificultam, como é sabido, a obtenção de um corpo esguio. Com efeito, o corpo das aves com a categoria mosaico (como as nevadas) tende a ter linhas mais arredondadas, devido ao comprimento da plumagem, dificultando o trabalho de selecção. É necessário encontrar um compromisso entre estes factores, o que requer um trabalho árduo de selecção, escolhendo os exemplares de plumagem mais aderente.
O Peito deve ser uniformemente arredondado, no sentido em que se esbate no corpo harmoniosamente e sem marcação, alto e robusto mas não excessivamente grande ou largo.
O Dorso não deve ser arredondado (nem côncavo nem convexo), formando uma linha com a cauda, quase sem ângulos.
As Asas devem ser proporcionadamente longas, bem aderentes ao corpo e sem se cruzarem ou descaírem.
arlequim_fig_3.jpg
arlequim_fig_4.jpg
POUPA/CABEÇA-15 O Standard actual refere uma poupa em forma de tricórnio, diferente de todas as outras raças de porte que, como sabemos, apresentam poupas ovais, elípticas ou circulares. No entanto, importa ressalvar que, geneticamente, esta poupa resulta da mesma mutação que originou as poupas ovais.
Todas as raças actuais (salvo a mutação poupa em ferradura do Lancashire ainda não completamente recuperada) derivam da mutação original poupa ovalada, com as suas variantes oval, elíptica ou circular dependendo da raça e do tamanho e forma da cabeça.
arlequim_fig_5.jpg
A poupa deve irradiar simetricamente de um ponto central, embora não tão pequeno como na raça Gloster, com penas medianamente curtas.
A cabeça do A. Par, como referido, deve ser estreita e alongada e deve ser tomado especial cuidado com a plumagem, conciliando a já referida categoria de mosaico com a necessidade de penas curtas na cabeça, o que permitirá manter as poupas dentro do standard pretendido.
O Bico deve ser forte e proporcionado o que corresponde ao actualmente seleccionado e diferencia de outras raças com bico curto e cónico.
Os Olhos deverão ser centrais, vivos e bem visíveis.
O Pescoço deve ser marcado destacando claramente a cabeça e dando um aspecto mais altivo e vivo. O posicionamento da cabeça permitirá aumentar o tamanho visual da ave mas poderá também reduzir o aspecto esguio que se pretende. O comprimento e posição do pescoço deverão ser correctamente balanceados de forma a obter o resultado pretendido face ao standard. As zonas de junção cabeça-pescoço e pescoço-dorso-peito devem ser bem delineadas e harmoniosas sem quaisquer ângulos.
COR-15
A Cor, inicialmente considerada como a rubrica mais característica da raça Arlequim Português, tem no presente standard uma menor importância relativa. De facto, e dado que é uma raça de porte, a rubrica Cor não poderá ter o destaque que inicialmente lhe foi atribuído. Por esse motivo entendeu-se baixar a sua pontuação para 15 pontos (com importância idêntica à raça Border), o que na nossa opinião é muito correcto e prudente.
No entanto a Cor deverá continuar a merecer alguma atenção porque é de facto uma característica muito distintiva e que atribui à ave muito da sua beleza e particularidade. A imagem do Arlequim depende bastante da correcta e homogénea distribuição de lipocromo e melanina.
arlequim_fig_6.jpg
A raça Arlequim Português, tal como originalmente idealizada, deveria ter como característica principal a coexistência e alternância de 6 cores – vermelho/laranja, branco, cinza, castanho, negro e bronze. Estas cores e a sua mistura são o resultado da variegação aleatória, devida às eumelanina negra e castanha e feomelanina, sobre o lipocromo de base. Para obter a necessária alternância entre vermelho e branco foi necessário introduzir aves com categoria Mosaico. Esta variedade de cores confere à ave, sem dúvida, uma grande beleza para além da rusticidade e alegria resultante da grande mistura genética.
A imprevisibilidade dos resultados, no que concerne à pigmentação melânica, é devida ao carácter multifactorial da variegação que tornam difícil ou impossível a
fixação genética. O estudo e experimentação genética poderão, no entanto, vir a modificar os conceitos actuais. A aparente existência de zonas de eleição para a deposição melânica (ombros, sobrancelhas, etc.) leva-nos a considerar possível que existam regras genéticas para estes factores.
O Arlequim Português é actualmente a única raça que poderá contribuir para o estudo destas regras ou para confirmar a sua ausência.
Como vimos, a ave deve ser multicolor (não são definidas as cores mas deve ter o máximo possível de cores no fenótipo) variegada (manchas de eumelanina e/ou feomelanina) com a presença de factor mosaico (vermelho nas zonas de eleição e branco giz nas restantes).
arlequim_fig_7.jpg
A plumagem variegada, com manchas melânicas, deve ser distribuída uniformemente ao longo do corpo da ave, incluindo asas e cauda. As patas variegadas complementam o aspecto global da raça Arlequim Português.
Não podemos esquecer que o carácter aleatório da distribuição melânica não permite obter um desenho definido (pelo que não é uma raça de desenho), mas é desejável uma uniformidade resultante da distribuição proporcionada. São especialmente valorizadas as aves com marcação simétrica. Relativamente às equipas as aves deverão apresentar manchas melânicas do mesmo tipo (cor) e com distribuições equivalentes.
arlequim_fig_8.jpg
Como standard (modelo de perfeição) a ave deverá ser proporcionadamente variegada (deverá ter 50% do corpo coberta com plumagem melânica e 50% com melanina ausente) e deverá ter parte do corpo com lipocromo vermelho visível as (zonas de eleição alargadas podem ocupar até 50% do corpo) apresentando fora destas zonas plumagem branco giz.
Da conjugação simultânea destas zonas melânicas (melanina castanha e/ou negra) e lipocrómicas (lipocromo vermelho nas zonas de eleição e branco fora destas) resultam todas as diferentes cores ou tonalidades, pelo que a correcta distribuição é fundamental para as aves de exposição. É aliás uma das raças em que se define claramente a diferença entre ave de exposição e ave de criação.
A categoria mosaico caracteriza-se (ao contrário das categorias intenso e nevado) por uma deposição lipocrómica limitada às zonas de eleição e com fenótipo dimórfico (a fêmea apresenta marcação diferente do macho).
No caso do Arlequim, um canário de porte, o facto de ter presença de factor mosaico não caracterizará a extensão e marcação do lipocromo, como no standard de cor, mas tão-somente relativamente ao carácter dimórfico e à alternância nítida entre o vermelho (intenso) e o branco (giz).
Poderão ser expostas aves com zonas de eleição mais expandidas (em especial nas fêmeas) como forma de dar mais impacto visual ao Arlequim, sendo o excesso de lipocromo penalizado apenas se comprometer a proporção e o equilíbrio. A penalização será pela ausência de proporção e nitidez e nunca pela avaliação em função dos padrões dos canários de cor.
Mesmo as aves com zonas de eleição alargadas terão presente a necessária separação entre zonas de eleição e zonas sem lipocromo, na proporção, nitidez, cor e localização correctas. Este facto é muito importante para não serem apresentadas aves com lipocromo diluído pelo corpo que, embora importantes para a criação, mostram fenótipo próximo da categoria nevado sendo por isso penalizadas.
TAMANHO-10
Relativamente à rubrica Tamanho entendeu-se aumentar o comprimento (a medida entre o topo da cabeça e a extremidade da cauda) para 15 cms. e eliminar a subjectividade do anterior Standard que referia o mínimo de 14 cms.. A distinção relativamente ao canário de cor é agora mais acentuada.
É de notar que, anatomicamente, a maioria das raças não difere muito, e grande parte do comprimento é devido ao grau de extensão do pescoço e ao tamanho da cauda.
É necessário não esquecer que o Tamanho engloba, para além do comprimento, a proporção e equilíbrio global entre as várias partes do corpo. A introdução de outras raças, tendo em vista o aumento do comprimento da ave, como o Llarguet Espanhol ou o Bernês-16 cms. deve ser vista com precaução devido às restantes características indesejáveis que podem ser importadas para o Arlequim.
PLUMAGEM-10
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A Plumagem é de grande importância porque pode trazer efeitos positivos (ou negativos) às outras rubricas de Forma, Tamanho e Poupa.
De facto, a plumagem deve ser de muito boa qualidade para ajudar a definir bem a forma da ave e permitir uma poupa/cabeça correctas.
Teoricamente o Arlequim, que se pretende esguio e comprido, seria mais fácil com uma plumagem intensiva o que lhe garantiria a necessária plumagem aderente e compacta. O facto de se pretender um canário de categoria mosaico vem complicar a selecção, pelo que será necessário uma atenção constante com a qualidade e estrutura de plumagem dos reprodutores de forma a atingir os objectivos pretendidos.
A plumagem deve ser bem sedosa e aderente. O excesso ou desordem de plumagem deve ser bastante penalizado.
POSIÇÃO/MOVIMENTO-10
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A rubrica Posição e Movimento é importante porque realça as características do Corpo e do Tamanho para além de salientar a vivacidade e alegria do Arlequim Português. Pretende-se uma posição erguida e altiva, formando a linha dorso-cauda um ângulo de 55° com o poleiro.
A posição adoptada pela ave está, em grande medida, relacionada com a morfologia da raça e com a posição de equilíbrio mais confortável. Na raça Arlequim Português pensamos que o ângulo preconizado é adequado tendo também em conta a grande alegria e vivacidade desta ave.
O vigor e posição adoptada ao saltar entre poleiros é também importante na avaliação.
PATAS-10
As patas devem ser fortes e segurar com firmeza o poleiro. São longas e ligeiramente flectidas, contribuindo para a posição adoptada no poleiro, deixando ver as coxas que deverão estar bem emplumadas. Devem ser o mais variegadas possível.
CAUDA-5
A Cauda deve ser longa e estreita, contribuindo para o comprimento da ave e para o equilíbrio global do corpo. Deverá ser o mais variegada possível. A cauda não deverá ultrapassar um terço do comprimento total da ave para garantir as proporções do corpo. As penas longas da cauda terminam com ligeira bifurcação.
CONDIÇÃO-5
A Condição Geral da ave corresponde ao necessário a qualquer raça de exposição: limpeza, saúde e vivacidade, habituação à gaiola e boa apresentação.
A gaiola de exposição adequada – tipo Border com 2 poleiros - é correspondente ao utilizado nas raças de canários de porte Border, Fife Fancy, Hoso, Scotch Fancy, e Raça Espanhola e favorece a avaliação das características desta ave.
Ao Clube do Canário Arlequim Português desejamos os maiores sucessos nesta nova etapa.
A homologação ao nível internacional não é uma tarefa fácil e só com muita perseverança será possível atingir os objectivos.
PAULO FERREIRA
Presidente da Comissão Técnica de Porte do CPJ


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