• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

(Comparativo)Nissan Qashqai 2.0dCi 4x2 Tekna / Renault Scénic II 1.9 dCi 130cv Conque

j.s@ntos

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Set 29, 2006
Mensagens
3,492
Gostos Recebidos
1


A moda dos SUV é cada vez maior e já são muitas as marcas que disponibilizam derivações mais radicais dos seus modelos. Neste caso, a Renault foi ainda um pouco mais longe e resolveu “radicalizar” o seu monovolume Scénic, através de um visual mais original com pára-choques redesenhados e avantajados face à versão normal, mas também com uma suspensão reforçada e mais alta em cerca de 20mm.

Do outro lado do ringue, o Nissan Qashqai apresenta um visual de SUV, mas sem tracção integral, o que lhe confere capacidades semelhantes às de um familiar, mas com uma suspensão bem mais elevada. A principal diferença é que, nestes dois modelos, não estão presentes os pequenos motores turbodiesel a que já nos habituamos, mas sim duas opções que se aproximam dos dois litros de cilindrada e com potências que variam entre os 130 cavalos do Renault Scénic e os 150 cavalos na do Nissan Qashqai.


Carroçaria
Os equipamentos de segurança existentes são mais que muitos e não faltam os controlos de estabilidade e de tracção, bem como os mais variados airbags e sistema de protecção para os mais pequenos, que costumam viajar nos lugares traseiros.

Os painéis da carroçaria encontram-se alinhados e os cuidados com a pintura são iguais nos dois casos, mas os prazos das garantias são mais favoráveis ao SUV da Nissan que oferece três anos de garantia geral ou 100 mil quilómetros, um valor bem mais apetecível dos que os dois anos da Renault, ainda que estes não tenham qualquer limite de quilometragem.
As diferenças na volumetria da bagageira resumem-se a quatro litros, com vantagem para o Nissan, mas o Renault responde com um acesso mais baixo e também com mais opções, uma que vez que é possível aceder à mala abrindo apenas o óculo traseiro, disponível como opção.





Habitáculo
Em espaço, é o monovolume francês que se destaca, ainda que por uma distância curta. Nas medições dos lugares traseiros, os resultados do comprimento, largura e altura são um pouco mais amplos do que no Nissan, ainda que a diferença real se resuma apenas a dois ou três centímetros, os quais parecem muito mais devido ao habitáculo mais luminoso. Além disso, o Renault ainda consegue arrebatar o item da versatilidade, comprovando a vasta experiência que a marca francesa já tem na concepção de monovolumes. Os espaços de arrumação são mais que muitos, a maioria destes são fechados e a modularidade dos assentos traseiros permite um número elevado de configurações, uma vez que estes são individuais e oferecem uma regulação longitudinal, igualmente, individual.

Em termos de equipamento, estas duas versões contam com um recheio invejável, sendo que o Nissan Qashqai Tekna já inclui quase tudo no seu equipamento de série e o Renault ainda tem de recorrer a alguns extras para ficar mais ou menos equiparado ao rival. Tudo isto, curiosamente, sem que o preço final destas duas unidades acabe por ficar muito distanciado um do outro. No meio dos opcionais acrescentados no Scénic Conquest, o destaque vai para a Áudio Connection Box, que é instalada no porta-luvas e permite a ligação rápida de um leitor de MP3.

Os materiais utilizados são muito razoáveis nos dois casos, mas a montagem destes pareceu-nos um pouco mais cuidada a bordo do Nissan, uma vez que no Renault ouvimos alguns ruídos parasitas. A posição de condução é um pouco alta nos dois e até algo vertical no caso do Scénic mas, ao fim de pouco tempo, é possível obter um bom compromisso entre ergonomia e conforto.
[/SIZE]


DinâmicaA facilidade de condução começa logo na redução dos gestos que temos de efectuar diariamente uma vez que, nestes dois modelos, a chave, ou o cartão que a substitui, poderá sempre ficar no bolso ou dentro da mala, fazendo mesmo com que nos esqueçamos da sua existência. No Renault, esta facilidade vai ainda mais longe, uma vez que apenas temos de premir um botão para iniciar o motor e nem sequer está presente a preocupação de activar ou desactivar o travão de mão, pois este é automático e faz tudo sozinho.

Nas manobras mais complicadas, a altura elevada da traseira nestes dois modelos poderá causar algum desconforto mas, em ambos os casos, estão presentes os sensores de estacionamento traseiros no equipamento de série, o que acaba por compensar esta dificuldade.

Em termos de conforto, estas duas opções contam com um excelente trabalho de suspensão, que consegue filtrar grande parte das irregularidades do piso e não deixa que o adornar da carroçaria seja excessivamente elevado. Ainda assim, nos trajectos mais sinuosos, ficámos a preferir o modelo nipónico que, apesar de ser um SUV, consegue oferecer uma postura muito correcta em curva e uma direcção suficientemente precisa para que o condutor obtenha um bom prazer de condução.

No Renault, a eficácia da suspensão também é boa mas, para além do perfil elevado dos pneus e da direcção com pouco retorno, a altura mais elevada desta versão ainda veio acentuar ligeiramente esta tendência. Mesmo assim, o Scénic Conquest não desilude quando enfrentamos um trajecto mais sinuoso, ainda que continuemos a preferir o desempenho do Qashqai. Longe do asfalto, os percursos mais complicados continuam a não ser uma alternativa, uma vez que a passagem de potência continua a ser feita apenas às rodas da frente. Apesar disso, os trajectos de terra batida revelaram-se bastante divertidos de fazer, com um bom controlo das reacções em ambos os modelos, mas também com o Nissan em vantagem, graças à sua direcção mais precisa e à maior altura ao solo, que permite maior à-vontade em caminhos sem asfalto.




Nas prestações, a motorização do Qashqai também conseguiu obter um registo muito mais apetecível nas nossas medições, pois a diferença de 20 cavalos é mais favorável ao modelo nipónico e a faixa de regimes verdadeiramente utilizável é muito mais abrangente do que acontece no monovolume francês. Em cidade, por exemplo, a motorização 2.0 dCi de 150 cavalos que equipa o Qashquai permite circular facilmente com o ponteiro do conta-rotações abaixo das 2000 rpm, opção que, no Scénic nos trará uma espécie de anestesia ao 1.9 dCi de 130 cavalos que apenas se mostrou disponível para responder com o regime acima dessa fasquia. No outro extremo do conta rotações, ainda que muito menos utilizados, o Qashqai também se revelou uma boa surpresa, já que, num modo de condução mais desportivo, o 2.0 dCi consegue respirar até bem perto das 5000rpm, sem o tradicional “enrolar” das motorizações turbodiesel.
Economia
O consumo de combustível é mais favorável ao Nissan, mas apenas em cidade pois a sua média nem sequer chega aos oito litros. No Renault, a grande vantagem vai para as deslocações em auto-estrada, pois o monovolume francês precisa de menos de seis litros de gasóleo para cada 100 quilómetros percorridos em auto-estrada. Já nas emissões poluentes, o modelo nipónico é o que mais gasta e os 178g/km anunciados pelo fabricante já se encontram muito perto da fasquia que o poderia colocar no escalão seguinte de imposto e ainda mais dispendioso.
Com os preços a rondar os 35 mil euros, estes modelos não se podem considerar uma fortuna, mais ainda quando o seu equipamento de série é bem recheado e têm motorizações que se aproximam dos dois litros de cilindrada.



Autocom.com
 
Topo