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Pioneirismo no etanol não assegura liderança brasileira

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Set 22, 2006
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O Brasil apresentou ao mundo o etanol à base de cana-de-açúcar, detém o pioneirismo no setor e tem sido protagonista nas discussões mundiais sobre os biocombustíveis.
Soberania ameaçada
Mas essas condições não garantem ao país uma soberania absoluta na área; é preciso repensar políticas públicas e privadas no que diz respeito à produção científica e tecnológica, para que o Brasil seja efetivamente um beneficiário dos olhares que os "combustíveis verdes" têm recebido em nível mundial.
O professor João Furtado, da Escola Politécnica da USP, apresentou uma curva comparativa da quantidade de etanol produzido no Brasil e nos EUA. Se até a primeira metade da década de 1990 o Brasil superava os norte-americanos com folga, atualmente a dianteira brasileira já não é mais tão sólida; e, se as tendências estatísticas se mantiverem, a produção dos EUA superará a do Brasil dentro de alguns anos.
Custo de produção do etanol
Furtado citou também os custos para a produção do etanol em diversos países. O Brasil ainda é onde o etanol se produz de maneira mais barata - resultado da ampla tecnologia que o país tem sobre o assunto - mas outras nações já avançam, como os próprios EUA e também a Austrália, e essa vantagem competitiva brasileira torna-se também ameaçada.
Como um dos pontos positivos da produção brasileira de etanol, Furtado destacou a consolidação de uma cultura sobre o tema. "Percebe-se a persistência desse fenômeno", afirmou o docente da Poli.
Custo social dos biocombustíveis
Na seqüência, José Oswaldo Siqueira, diretor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ressaltou a ação interministerial que o governo federal vem adotando para o assunto e apontou que há também a preocupação com os focos sociais que a "corrida dos biocombustíveis" pode gerar.
Fosfato pode acabar antes do petróleo
O diretor enfatizou um ponto que, de certo modo, vai de encontro ao senso comum no que se refere aos biocombustíveis. "A bioenergia não é tão renovável assim", declarou Siqueira.
Para exemplificar a situação, ele citou que o aumento na produção agrícola exige quantidades cada vez maiores de fosfato - recurso indispensável para o plantio que, a exemplo do mais falado petróleo, não é renovável. "Há o sincero risco que as reservas de fosfato acabem antes que as de petróleo", completou.
 
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