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Reprodução de aves

brunocardoso

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O tópico que agora vou abrir ja existe mas esta muito separado e este esta mais completo

Ciclo Reprodutivo
No caso das aves não podemos falar em verdadeiros ciclos reprodutivos. Começando pelas aves silvestres a época reprodutiva é controlada por factores ambientais dos quais a luminosidade, duração do dia e temperatura parecem ser os mais importantes. Contudo também a disponibilidade de alimento, material e local para o ninho têm influência neste processo.

Dum modo geral em cativeiro a disponibilidade de ninho e alimento pouco influencia as aves, excepto aquelas que necessitam de alimento especial durante a criação como alguns granívoros e a maioria dos insectívoros, pelo que os factores que mais nos intressam são a intensidade e duração da luz e, em parte, a temperatura.

Num viveiro exterior tudo ocorre da maneira mais natural possível, os dias variam em duração e as condições ambientais também pelo que geralmente o ciclo é regular e são as próprias aves que decidem quando iniciar a reprodução. Não sucede o mesmo para aquelas espécies que criamos, por diversos motivos, em gaiolas quase sempre interiores. Neste caso temos de ter especial atenção de modo a que durante o ano existam as variações ambientais que sucedem no exterior. Manter as aves nas mesmas condições durante todo o ano é um GRANDE ERRO, e corremos o risco de "baralhar" irremediavelmente o seu ciclo de vida. A teoria diz que é possível manter uma ave em reprodução todo o ano, algumas fazem isso mesmo como os mandarins e bengalins, mas não devemos forçar as outras espécies sazonais a fazê-lo pois estamos a pôr em risco o seu bem estar e longevidade. Não é que não seja possível obter bons resultados usando condições controladas, o factor disto mesmo é que a maioria dos grandes criadoures usam salas com ambientes totalmente controlados.

Podemos assim resumir o ciclo anual de um espécie sazonal em 4 fases, partindo da época de repouso:

1ª Fase - Repouso

Nesta altura as aves já fizeram a muda e tratam de se preparar para o Inverno. Ocorre naturalmente de Outubro a fins de Janeiro, quando ainda há inicialmente facilidade em encontrar alimento nas plantas que florescem nesta época como as urtigas (um petisco para a maioria das aves). As aves jovens estão geralmente em bandos, por vezes mistos a que os adultos se vão juntando progressivamente. Quando chega o fim de Janeiro começam a formar-se grupos mais pequenos, em parte pelas dificuldaddes crescentes em obter alimento.

2ª Fase - Acasalamento

Em Fevereiro ou Março formam-se os primeiros casais dentro dos bandos, algumas aves fazem uma nova muda pré-nupcial sendo nesta altura que surgem as plumagens mais vistosas. O casal formado, resultado da crescente abundância de alimento e duração do dia vai começando a afastar-se do grupo na procura de locais para nidificação. Quando mantemos as aves em viveiros em pequenos grupos podemos ir observando o comportamento destas pois vamos detectar os casais à medida que estes se formam. Devemos sempre que possível manter os casais que as aves formaram por si (a não ser em casos de selecção), os resultados são quase sempre melhores. Conforme notamos que o macho canta perto de uma fêmea ou lhe dá comida (as anilhas de cor ajudam muito...) retiraremos esse casal para a gaiola de criação quando chegar o princípio de Março, ou até mesmo um pouco antes.

3ª Fase - Reprodução

Dependendo da espécies esta inicia-se mais cedo ou mais tarde, mas geralmente em fins de Março princípios de Abril existem já alguns casais mais adiantados a construir ninhos ou mesmo com ovos. O número de posturas varia mas este perido pode durar até fins de Agosto em alguns casos. Já vi pintassilgos com crias no princípio de Setembro. Três posturas é o normal, para algumas espécies apenas duas das quais a segunda é geralmente a melhor.

É uma altura em que o alimento (tanto vegetal como animal) abunda pelo que não é difícil suportar as crias e o degaste da reprodução. Com o chegar dos meses de verão vai secando a vegetação e com ela as sementes até aqui abundantes e os insectos. É escusado tentarmos prolongar este periodo artificialmente, quem o quiser fazer é preferível tentar adiantar em 15 dias ou um pouco mais o início da reprodução do que prolongá-lo, pois assim dará mais tempo às aves de recuperarem até à próxima época.

4ª Fase - Muda de Outono

Ocorre por volta de Setembro e é quanto a mim a fase mais desgastante e importante do ciclo e uma que muitas vezes descuidamos. Senão vejamos, nesta altura a ave passou por mais de 5 meses de desgaste reprodutivo, extremamente exigente, em condições de pouco (ou nenhum...) exercício físico, com uma alimentação demasiado rica e as suas reservas estão debilitadas. Mesmo assim tem de substituir todas as penas, formando novos tecidos. É muito importante que possa ter exercício, de preferência acabando a reprodução e passando as aves para um viveiro exterior ainda em Agosto de modo a recuperar alguma forma física antes da muda. Podem ter a certeza que uma ave que tenha uma má muda muito dificilmente terá bons resultados produtivos na época seguinte. Em relação às crias esta é a primeira vez que irão sofrer um grande desgaste por isso devemos ter em atenção os mesmo cuidados que para os reprodutores, dando um alimentação e suplementações adequadas e SEMPRE muito espaço para exercício.

As aves adultas passam geralmente esta fase (melhor ou pior) mas algumas crias podem mesmo morrer. Em liberdade dispõe de algum alimento com a vinda das primeiras chuvas outonais portanto em cativeiro devemos fazer o mesmo e melhorar a sua dieta nesta altura dando mais sementes oleaginosas (o que numa gaiola é desaconselhável) e até mesmo aumentar um pouco de papa de ovo, o que também faz com que não se desabituem dela. Verduras como o espinafre e agrião são óptimas nesta fase e todas as sementes que favoreçam a plumagem (linhaça, niger, papoila) também. Esta altura envolve sobretudo a criação de novos tecidos (penas) daí que a proteína seja muito importante na dieta, não deverá ser tão rica como na reprodução, mas as aves necessitam de uma fonte de proteína suplementar, pessoalmente acho esta a melhor altura para juntar às papas de ovo óleos (girassol ou soja) para cobrir as necessidades em ácidos gordos essenciais. A soja germinada também é um bom alimento para esta fase.

Uma ave em muda deve ser incomodada o mínimo possível pois é geralmente "rabugenta", (uma consequência da vida em grupo nesta altura?!) devemos ter poucas aves por gaiola ou, se possível, juntar alguns casais num viveiro para que formem um pequeno "bando de Inverno".

Um ave que passe por uma boa muda rapidamente se mostrará activa e confiante e logo notaremos isso.


Fisiologia Reprodutiva das aves


Sem querer parecer uma lição de anatomia julgo que todos deveremos ter alguns conhecimentos básicos sobre a anatomia e fisiologia das aves com que trabalhamos de modo a que as compreendamos melhor.

Como sabemos os sistemas reprodutores de machos e fêmeas são distintos e é particularmente importante conhecermos o da fêmea visto o macho raramente levantar problemas a este nível. O sistema reprodutivo do macho é semelhante na maioria dos animais, no caso das aves os testículos estão colocados na cavidade abdominal e ligados à cloaca que funciona como orgão copulatório e excretor em ambos os sexos. O funcionamento hormonal do ciclo baseia-se na quantidade de luz recebida pela glándula pineal através dos olhos. Na verdade o ciclo em si funciona ao contrário do que se pensa, não é o aumento da luz diária que inicia a reprodução mas sim a dimunuição da escuridão nocturna, isto porque o ciclo é iniciado pela baixa na concentração de uma hormona secretada pela epífise sobre comando da glândula pineal. Esta hormona é secretada de noite e quanto maior for este periodo mais quantidade é produzida, quando chegamos à altura da primavera existe menos tempo de escuridão e por isso o nível baixa.

Isto é o sinal para que se inicia a secreção FSH e LH pelo hipotálamo que vão estimular o aparelho reprodutivo. Uma vez em funcionamento a postura do ovo e reflexo de choco (na fêmea) são desencadeados por picos hormonais de LH resultantes do próprio processo de produção do ovo. Épor isto que é mais difícil fazer as fêmeas chocar ovos como "amas" quando não estão a pôr, pois nos machos é a visualização do ovo no ninho que desencadeia o processo de choco.

Aves Territoriais

Uma ave territorial tende a defender o seu ninho marcando uma zona onde não admite intrusos. Nesta categoria incluem-se quase todos os fringilídeos e alguns exóticos como o cantor de cuba (dois machos podem matar-se),bengalim mosqueado (contra outras aves vermelhas), degolado (embora só proteja o ninho) e mais alguns.

Estas espécies devem ser mantidas com precaução em viveiros comunitários, de grande tamanho mas sempre com poucas aves semelhantes. Os fringilídeos preferem estar numa gaiola reservada com apenas um casal por gaiola. A territorialidade surge com o aproximar da época reprodutiva e é o indicador mais seguro da intenção de procriar. Para estas aves a agressividade para com os rivais pode mesmo ser uma técnica que podemos usar a nosso favor, pois faz parte do método natural de acasalamento. Desde que estejamos atentos ao que se vai passando e possamos interferir caso "passem das marcas" as pequenas lutas servem para determinar a hierarquia social de cada um e aumentam o desejo de reprodução pela competição por parceiro e local de nidificação (visto que o alimento não é limitante).


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Tipos de ninhos

Existem possivelmente tantos tipos de ninhos quanto espécies. Em cativeiro usamos essencialmente 3 tipos de ninhos, podendo estes variar em tamanho mas mantendo uma forma básica idêntica. Assim temos ninhos em taça, de verga ou corda, que são os mais usados para os fringilídeos. Adiante-se que de todas as aves nativas, só as carriças e o chapim rabilongo constróem ninhos fechados, a grande maioria usa ninhos deste tipo. São taças que podem variar em diâmetro e profundidade. Os canários gostam de ninhos largos e espaçosos enquanto os pintassilgos preferem taças mais apertadas e fundas. Embora quase todas estas aves possam construir um ninho livre aceitam facilmente estas estruturas como apoio. Devemos ter cuidado com estes ninhos pois embora a maioria das espécies os use sujam-se facilmente e, em determindas situaçãoes as crias e ovos podem mesmo cair. Também são desaconselhados para situações de viveiro pois as outras aves podem facilmente ver os ovos e perturbar o casal em criação.

Os ninhos de cesto, em diversas formas e tamanhos, são usados por espécies pequenas de estrildídeos. São reservados e escondem-se bem entre a vegetação o que os torna ideais para espécies tímidas como o peito de fogo ou o peito celeste. O acesso ao ninho é difícil e pode mesmo tornar-se frustante para o criador tentar ver as crias ou ovos dificultando em muito as tarefas de anilhagem e limpeza. Uma colher pode ajudar se necessário, mas temos sempre de ter muito cuidado a mexer nos ninhos destas espécies. Embora não encoraje muito o seu uso, colocando-os em sítios descobertos, tenho vários no viveiro dos estrildídeos só para fazer número e proporcionar às aves uma grande escolha. Os guardas-marinhos usam sempre estes ninhos.

Os ninhos de madeira podem ser de dois tipos, ou troncos escavados ou então, os mais comuns, caixas de madeira. A grande maioria das aves exóticas que criamos nidificam em cavidades nas árvores sendo os melhores exemplos disso os diamantes australianos e os periquitos-ondulados. Facilmente aceitam estas caixas numa gaiola com a vantagem de que, podendo ser colocadas por fora desta, a sua inspecção e manutenção é extremamente fácil. Eu gosto de ter as caixas por fora, embora diversos criadores apontem com alguma lógica que estando colocada dentro da gaiola a caixa ninho proporciona mais segurança e confiança às aves. Contudo para ver o interior é necessário perturbar as aves. Existe um modelo de gaiola do qual apenas vi fotografias em que o ninho é montado numa placa que pode deslizar para fora da gaiola. Parece ser muito eficiente e uma parte integrante de diversos modelos de gaiolas usados sobretudo no norte da Europa, formando baterias exrtemamente profissionais. Claro que com o tempo poderemos possivelmente atingir tais necessidades e investir nestes equipamentos, mas a avicultura é essencialmente, e para a maioria de nós, uma actividade amadora e não pretendo mais do que transmitir alguns conhecimentos básicos, pelo que é perfeitamente suficiente o esquema descrito acima. Existem caixas de plástico muito práticas que podem ser totalmente desmontadas e lavadas (um problema da madeira) e que uso nas gaiolas dos Diamantes-Gould e outros. São mais caras, mas devido ao tamanho e algumas características prefiro-as para as gaiolas em que tenho estas espécies.

Os troncos escavados são um exclente alternativa para espécies mais difíceis de convencer e podem mesmo fazer a diferença, em especial num viveiro. Têm o grande problema de serem geramente pesados e difíceis de manusear, não terem muitas vezes acesso para o interior e a limpeza ser muito complicada. Mesmo assim para quem tenha tempo e gosto por estas coisas podemos mesmo fazê-los a partir de madeira morta, bem lavada e seca no forno durante 30min. Basta cortar um rodela numa das pontas que servirá de tampa e escavar o interior com um berbequim e os acessórios necessários. Troncos de várias dimensões colocados num viveiro do modo o mais natural possível são um exclente ninho para espécies complicadas.

Encontraremos decerto outros tipos no mercado que podemos tentar por vezes até com bons resultados. Acreditem que as dimensões podem fazer mais diferença do que se pensa e as caixas que encontramos no mercado raramente são adequadas para uma ninhada de bom tamanho. Para as gaiolas dos mandarins e bengalins preferi desenhar e construir os ninhos de modo a que ocupassem a medida que eu queria. São opções que podemos fazer e que além do mais, tornam muito mais baratos estes acessórios.


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Anilhas

Todas as aves nascidas em cativeiro devem ser anilhadas com anilhas oficiais ou outras, o que serve como prova de que foram nascidas em cativeiro.

Estas anilhas podem ser adquiridas por intermédio de um clube ao qual todos os que desejem criar aves se deverão juntar. Os pedidos de anilhas são anuais e geralmente o primeiro é em Outubro. Além disso quase todos os clubes têm revistas de divulgação de opinião onde surgem artigos bastantes intressantes e são um exclente meio de trocar informações. É também através dos clubes que poderemos ter conhecimento e acesso a exposições onde se conhecem outros criadores e, em particular o iniciado, pode ter a oportunidade de adquirir boas aves para o seu efectivo.

As anilhas oficiais são personalizadas com o ano, número do criador, número da anilha e clube. As minhas por exemplo são marcadas com o ano a que se destinam (o qual tem uma determinada cor de anilha), o meu clube (AAP), o número da ave (em série) e o meu número de criador (707). Assim a leitura será AAP707, ave nº 000 do ano indicado.

Actualmente está-se a tratar de fazer com que um criador tenha um único número de anilha mesmo que esteja inscrito em mais do que um clube, o que facilita a sua identificação.

As medidas das anilhas variam de acordo com a espécie a que se destinam indo de 2,00mm a 14,00mm. Para além de servirem como prova de que ave foi criada em cativeiro por aquele criador também são muito úteis para identificarmos a ave no nosso efectivo, permitindo manter registos mais precisos. Geralmente só aves anilhadas são admitidas a exposições. Cada espécie tem uma medida de anilha e deve ser anilhada com esta mesma medida, o que apenas é possível antes da calcificação dos ossos da pata (5-9 dias após a eclosão), deste modo quando a pata se desenvolve a anilha fica presa e não pode ser retirada.

No quadro seguinte estão indicadas as medidas para as diversas espécies. (Adaptado do boletim da AAP para o pedido de 2001)

Medidas
Espécies a que se destinam

2,00mm Exóticos de pequeno porte: Face-laranja, Face carmesim, Peito celeste, Amarantes, Bichenov, Cauda vinagre.

Indígenas: Bico de lacre.

2,50mm Diamantes: Mandarim, Gould, Kitlitz, Phaeton, Babete, Modesto, Melba, Papagaio, Estrela.

Exóticos: Bico de chumbo, Bengalim do Japão, Dominó.

Indígenas: Pintarroxo, Lugre, Chamariz.

2,67mm Exóticos: Cardinlaito da Venezuela, Degolado, Capuchinho de cabeça branca, Capuchinho Tricolor.
Canários: Horso Japonês, Raça Espanhola.

Indígenas: Pardal do campo, Pintassilgo, Canário silvestre.

2,80mm Exóticos: Verdelhões, tangarás.
Canários: Todos os de canto e de cor, Fiorino, Scotch Fancy, Lizard, Gibber Italicus, Gloster, Frisados do Norte e do Sul, Poupa Alemão, Giboso Espanhol, Bossu Belga.

Indígenas: Dom-fafe, Tentilhão.

3,02mm Exóticos: Tecelões, Rouxinol do Japão, Mesia, Bulbul.
Canários: Border, Norwich, Yorkshire, Bernês, Crested, Crestbread, Lancashire.

Indígenas: Pardal doméstico, Verdelhão

3,23mm Exóticos: Tangará vermelho do Brasil, Pardal de Java.
Canários: Frisado parisiense, Milanais, Padovano.

Indígenas: Bico grossudo.

3,48mm Exóticos: Cardeais, Bico grossudo de cabeça preta
Indígenas: Cruza-bicos

Psitacídeos: Agapornis cana, Bourkes, Turquosines, Elegante, Splendid, Loricolos.

Pombos e Galináceos: Codorniz da China, Rola Diamante, Rola Máscara de Ferro.

4,01mm Exóticos: Melro violeta
Indígenas: Tordos

Psitacídeos: Aymara, Liliane, Fischer, Nigrigenis, Personata, Pularia, Periquito ondulado (de exposição).

Pombos e Galináceos: Rola tranquila.

4,52mm Exóticos: Melro metálico
Indígenas: Melro preto

Psitacídeos: Roseicollis, Taranta, Kakarikis, Stanley, Roselas, Catarinas.

Pombos e Galináceos: Codorniz indígena, Rola da China.

5,26mm Psitacídeos: Caturra, Cabeça de ameixa, Omnicolor, Palliceps, Princesa de Gales, Stanley.
Pombos e Galináceos: Codorniz Japonesa, Perdiz da califórnia, Rolas.

6,17mm Exóticos: Gaio Azul, Pegas.
Indígenas: Gaio dos Carvalhos.

Psitacídeos: Loriquitos, Conura Sol, Conura Jadaia, Pennante, Ring-neck, Barrande.

7,21mm Psitacídeos: Arara Severa, Loris.
7,70mm Psitacídeos: Moustache, Catatuas.
10,00mm Psitacídeos: Amazonas, Araras, Catatua pequena de poupa amarela, Papagaio cinzento.
12,00mm Psitacídeos: Arara macao, Arara Militar, Catatua de poupa amarela
14,00mm Psitacídeos: Arara Azul, Arara Vermelha, Arara hiacinto, Grande arara militar.

Exite também a possibilidade de adquirir anilhas não oficiais mas estas servirão apenas como identificação da ave pois não têm qualquer referência além do número e do ano. As anilhas abertas podem ser colocadas em aves adultas e são muito úteis para marcar as aves por algum motivo, por exemplo para marcarmos um macho e uma fêmea com cores diferentes
 
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GF Ouro
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Alguns cuidados durante a criação

Um artigo dum criador ,bom tratamento

Nesta época de cuidados redobrados que é a criação, é necessário um esforço maior por parte do criador, em observar e descobrir nos seus canários o jeito de alimentar da melhor forma os casais eleitos para este fim. Assim depois do ensaio da 1ª postura devem os casais estarem "afinados", para que as 2 próximas ninhadas tenham o êxito esperado.


Podemos observar na natureza que, em meados de Fevereiro, normalmente, as sementes que, os fringilídios, aparentados com os canários, tem à disposição estão a germinar, as larvas despertam do seu sono e há maior tempo de luminosidade. Isto despoleta toda a função reprodutiva das nossas aves mesmo espécies que não sejam indígenas. Os factores luz, alimentação, humidade são pois decisivos para o arranque.


Começo a preparar os casais em finais de Janeiro aumentando gradualmente a variedade alimentar assim como controlando, dentro das possibilidades, a humidade tentando não baixar dos 50% nem passar dos 65% de humidade relativa. Quanto à luminosidade, como o meu canaril é virado a nascente, não tenho necessidade de luz artificial e pessoalmente acho que o espectro solar é suficientemente complexo e determinante para bons resultados. Não esqueçamos que a maior parte das aves distingue cores invisíveis para nós humanos. Lembro que, quando muitas vezes durante o nascer do sol e também ao poente, vemos os pássaros debicando as penas na zona do uropígio, sinal que estimulam as glândulas responsáveis pela absorção do cálcio no organismo. É frequente as fêmeas tomarem esta atitude desde a ovulação até pouco tempo antes de porem o 1º ovo.


Em meados de Fevereiro e durante Março, a alimentação na natureza por exemplo dos serzinos e lugres, é quase exclusivamente feita de vagens semi-maduras de brassicas nigras, amarelas e brancas, algumas crucíferas e insectos. Penso que, ao observar estas aves na obtenção de comida existente nesta época em abundância, ao criar os meus canários e tentando obter os melhores resultados, não poderei esquecer todas estas condicionantes. Estabeleço então regras que se vão enriquecendo com o passar dos anos e que têm resultado.


As sementes brancas como a alpista, milho-alvo branco, milho-alvo amarelo, milho-alvo vermelho, milho painço e a aveia descascada. As proporções são de, 5 de alpista para 1 de cada outra semente branca, Esta mistura é a base da alimentação dos meus canários. A papa de cria húmida com um suplemento proteico segundo a posologia da marca, probiótico também na dosagem recomendada pela marca, um antibiótico próprio para as crias (Tabernil cria), alho em pó, 50g para 3 kg de papa e para os canários melânicos um preparado de algas o (Algavit da Orlux). E finalmente a base na alimentação dos filhotes, as sementes germinadas. Fonte, além do mais, de alfatocoferol (Vitamina E) e de proteína vegetal.


Quando junto o casal proporciono todos estes alimentos de uma forma relativamente racionada para evitar que eles engordem. Acho que há necessidade de uma dieta variada que estimule a reprodução. Quando do 1º ovo e durante toda a incubação apenas dou alpista. Dois dias antes do nascimento aí junto a aveia, papa de cria e sementes germinadas tudo em comedouros individuais.


Com as sementes germinadas tenho o cuidado de lavá-las abundantemente com água escorrendo-as muito bem. Posteriormente deito-as num recipiente de plástico e junto água cerca de ½ litro para 250g de sementes à qual foi adicionada 1 ml de hipoclorito por cada litro de água. Ponho o recipiente com as sementes dentro de um saco de plástico fecho e ponho ao ar livre à sombra. No outro dia as sementes estão inchadas prontas para serem utilizadas. Quando sobram sementes guardo-as imediatamente no frigorífico, as sementes podem ficar no frigorífico, depois de muito bem escorridas cerca de duas semanas, sem haver alteração de temperatura. Esta deve rondar os 0 graus podendo oscilar um pouco sem haver problema. Se ainda sobrarem deito fora, pois os riscos de doenças provocadas pelo germinado, como fungos, bolores, salmonelas, candidaes, etc., etc. são fatais para os filhotes. Embora trabalhe durante todo o ano com as sementes germinadas sei que, pelo menos todos os dias, tenho que as renovar para além dos seus recipientes que serão substituídos por outros, ficando imersos em água com lixívia, não correndo riscos.


Quando os filhotes são separados dos pais tenho o cuidado de lhes fornecer a mesma alimentação com que os pais os alimentaram até então. Nesta fase utilizo três pequenas tigelas de barro vidrado. Uma com grit, outra com alpista e aveia descascada misturadas e outro com a papa de cria, sementes germinadas, um pouco de aveia e também de alpista. À parte e em comedouros (chamados de vitamineiros pelo seu reduzido tamanho) forneço sementes germinadas.


Aquando da separação, a alimentação tem que ser substituída, muito lentamente, pela alimentação que dará lugar à alimentação própria para a muda. A alimentação da muda será a consequência da alimentação na criação e penso que tem significado logo após o "desmame" da alimentação da criação.
Espero que seja útil ,e assim se aprende heheh
 
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GF Ouro
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Bom artigo !

Dando seguimento ao fantástico post do Bruno ,um grande artigo que fala de tudo ,muito bom mesmo
Aqui fica outro bem importante na alimentação \manutenção dos canários e não só ,parece-me correcto ,palavras pra quê .

Alimentação\sementes

Os canários pertencem à família dos tentilhões (carduelidae), que se alimentam principalmente de substâncias de origem vegetal. Descascam as sementes e depositam-nas no papo. A subida dos alimentos do papo faz parte do comportamento da família. É assim que o macho alimenta a sua fêmea no período de acasalamento, e ambos os pais, a sua ninhada.

Durante a criação dos passarinhos também são ingeridos alimentos animais. O crescimento rápido da ninhada exige proteínas de alta qualidade (substâncias proteicas).

As aves que vivem em liberdade passam muitas horas por dia à procura das suas fontes de alimento. Os tentilhões fazem isto aos pares ou sozinhos, vagueando pelos campos. A ornitologia cunhou o termo «ave de arribação» para estas aves. Nas gaiolas ou viveiros, estes longos caminhos tornaram-se supérfluos. A domesticação pelo homem poupa-lhes este trabalho. Assim, gastam menos energia e o seu metabolismo é menor. O tratador responsável tem de ter este facto em consideração.

Mesmo hoje em dia, a maior parte dos canários que ocupa uma gaiola individual sozinho morre de obesidade! Uma alimentação variada e bem equilibrada, em quantidades razoáveis, é indispensável para os canários. Uma mistura para canários consiste numa vasta gama de sementes.



PLANTAS PARA ALIMENTAÇÃO DO CANÁRIO (como escolhê-las)

Não podemos oferecer em gaiolas e viveiros o mesmo tipo de alimentos que as aves ingerem na Natureza. Mesmo os granívoros, entre os quais se encontram os canários, são gastrónomos sensíveis que exigem muita variedade e riqueza de plantas alimentícias maduras. Mesmo assim, quando domesticados, podemos fornecer-lhes uma alimentação completa, suficiente a muito boa.

Pode-se ir ao encontro de uma alimentação natural e, assim, em conformidade com a espécie, colher plantas alimentícias. Sobretudo no período do acasalamento, no período de incubação e na própria criação, encontramos na Natureza uma série de plantas apropriadas para a alimentação de aves, que servem perfeitamente para espécies de tentilhões, para canários e para híbridos. Entre estas podem contar-se plantas em diferentes estados de maturação que devem ser oferecidas às aves. O tratador aprenderá rapidamente com as aves, e através delas, quais as suas sementes preferidas e qual o grau de maturação mais indicado.

A alimentação influencia consideravelmente a saúde, a procriação e o crescimento de todos os animais, sendo esta verdade igualmente aplicada aos canários.

Uma boa Alimentação é a que reúne todos os elementos indispensáveis a um equilíbrio de vida e aumenta a resistência orgânica das aves, conduzindo ao seu bom estado de saúde ou permitindo o seu restabelecimento rápido em caso de doença.

A base da alimentação dos canários é uma mistura de sementes, que se completa com verdura e fruta, papa de ovo, vitaminas e minerais.

A mistura de sementes pode ser obtida em estabelecimentos comerciais da especialidade, dependendo a sua eficácia da proporcionalidade dos grãos e da idoneidade do comerciante.

Há criadores que adquirem as diversas sementes em separado, fazendo posteriormente a mistura na percentagem que entendem ser a mais correcta. Existem ainda os canaricultores que dão as sementes aos seus canários em separado, isto é, cada variedade é colocada em recipiente individual.

Este critério é baseado no desperdício de alimento que por vezes se verifica quando as aves deitam para fora dos comedouros grandes quantidades de sementes, ao procurarem as que são mais do seu agrado.

As sementes devem ser colocadas num só recipiente, diariamente, numa mistura proporcional que se tenha decidido adoptar. Uma vez por semana como guloseima em pequena quantidade e em separado, dar uma mistura de sementes gordas, a que os ingleses chamam "prato forte".

Indicam-se as sementes consideradas fundamentais para uma boa alimentação de canários, variando a sua proporção consoante as raças e os critérios do canaricultor:




Sementes
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Alpista
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A alpista é base da alimentação de todos os granívoros médios, canários, pintassilgos etc.. É uma semente muito alimentícia. O seu invólucro deve apresentar-se brilhante, cor de palha. Sementes muito escuras ou esverdeadas são de recusar. Outra verificação: colocar um punhado de alpista numa caixa fechada e deixá-la ficar uma noite; depois cheirar e deitar fora as sementes se houver o mínimo cheiro a mofo.

Origem: EUA / Canadá / Argentina / Austrália / Hungria / Marrocos

Nabo A melhor qualidade é a castanha; a negra não é tão boa. Outra semente que serve de base a diversas misturas. Verificação: trincar o conteúdo de uma colher de café: as sementes de boa qualidade não devem picar na língua. Proceder também ao teste das sementes esmagadas como para o cânhamo.

Origem: USA / Canadá / Hungria / Escandinávia / Polónia

Colza
Colza_1.jpg



Semente oleosa a escolher bem negra.

Origem: Países Baixos / França / Hungria / Polónia

Semilha
Niger_Seed.jpg


Grão rico em extracto etéreo (óleos) e proteínas. Devido ao seu excelente paladar, este grão é muito apreciado por diferentes tipos de pássaros. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos e periquitos grandes.

Origem: Nepal / Índia / Birma / Etiópia / Hungria

Aveia
sementes_aveia_s.jpg


Descascada, em pequenas quantidade, na maior parte das misturas para granívoros; rala, muito nutritiva, pode ser servida de vez em quando. Dar no Inverno, durante a criação e quando da muda.

Origem: Bélgica / Inglaterra / França



Linhaça
linhaca.jpg




Grão da planta do linho. É rico em proteínas e extracto etéreo (óleos), principalmente do grupo Ómega 3, essencial para uma excelente plumagem. Possui propriedades terapêuticas, melhorando o trânsito do bolo alimentar no tubo digestivo e contribuindo para uma melhor digestão. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos e periquitos grandes.

Origem: Bélgica / Hungria / Canadá

Cânhamo
canhamo2.JPG


Grão muito quente e nutritivo. Não deve ser mais que uma guloseima ocasional, a dar principalmente às aves que passam o Inverno em locais não aquecidos. Todos os granívoros o apreciam muito. Por vezes, as próprias papas para insectívoros contêm cânhamo esmagado. Insistimos em que convém distribuir estes grãos com parcimónia! Escolher de preferência grãos pequenos (cânhamo indígena); o cânhamo grosso só deve ser dado às aves de maior porte, pombos, etc. Verificação: esmagar um punhado de grãos, depois metê-lo durante uma noite numa caixa fechada. Cheirar: Cheiro a noz = muito bom; cheira a ranço = inutilizável para a alimentação (deitar fora).

Origem: Bélgica / Inglaterra / França

Importância das Sementes

O Canário, como qualquer ser vivo, ingere alimentos para fazer funcionar seu organismo, isto é: para manter a temperatura do corpo, fazer o metabolismo funcionar, repor tecidos, trocar penas, se movimentar, se reproduzir, etc.

São pássaros granívoros e, portanto, as sementes representam a parte mais importante de sua dieta, que deve ser complementada por uma ração, antigamente chamada de papa. Juntos, sementes e ração, devem prover e adequar os alimentos fornecidos às diferentes necessidades de nossos pássaros.

Alimentação/Fases da Vida
Como todo ser vivo, as necessidades de alimentos variam em função das fases da vida, da temperatura ambiente, do clima em que os canários vivem. Se estão em muda - a troca de penas é um processo extremamente penoso e crítico para os pássaros, exigindo elementos nutritivos especiais - suas necessidades são diferentes, por exemplo, da pós-muda, quando estão aguardando a nova estação de cria, se exercitando nas voadeiras, cantando, brigando entre si.

Durante a reprodução, a cria dos filhotes exige muito das fêmeas, que se estressam e ficam mais vulneráveis às doenças oportunistas.

De modo simples, podemos dividir em três, as fases em que os canários têm necessidades de alimentação distintas: Reprodução, Período de Muda e Repouso.

Proteínas/Hidrato de Carbono/Lipídeos

Proteínas são compostos nitrogenados, absolutamente necessários aos processos metabólicos de crescimento, reposição de tecidos, formação de matéria viva, massa muscular, esqueleto, muda de penas, etc. Suas necessidades em períodos de reprodução são críticas para o sucesso da criação.

Hidratos de Carbono são os provedores de energia para o organismo, sendo necessários para prover calor, fazer funcionar o organismo, enfim, é o combustível da máquina chamada canário.

Lipídeos são as gorduras. São compostos com alta carga de energia (2,25 vezes mais que os Hidratos de Carbono). É em forma de gordura que as aves e os outros animais armazenam energia no corpo para atender às situações de carência alimentar.

Composição Média das Sementes

Cada semente tem uma composição diferente de Proteínas, Hidratos de Carbono e Lipídeos. A alpista é a semente mais importante na mistura. A sua composição de Proteínas, Hidratos de Carbono e Lipídeos é a que mais se aproxima das necessidades normais dos canários. A qualidade de sua Proteína, medida pela mistura de aminoácidos e digestibilidade, é alta. O alpista é essencial aos canários, e deve entrar na mistura de sementes com, pelo menos, 60% do total.

A semilha, uma semente muito apreciada pelo nossos pássaros, tem elevado teor de Proteínas e Gorduras. É usada normalmente como provedor de Proteínas na mistura. Como tem altíssimo teor de Lipídeos, sua participação deve ser limitada à 20 % do total.

A colza é outra semente que, como a níger, apresenta bom teor de Proteínas e teor de gorduras bastante elevado ( 45% ). Maurice Pomarède, estudioso francês de canários, alerta para a alta toxidês desta semente, recomendando restrições ao seu uso. Outro cuidado é com relação à aquisição desta semente no mercado. Frequentemente, vende-se semente de mostarda como se fosse colza, com prejuízos evidentes para a mistura.

A aveia é um excelente provedor de energia, muito rico em amido, e especialmente rico em lisina e cistina, dois dos principais aminoácidos essenciais. Deve ser utilizada na mistura como o principal provedor de Hidratos de Carbono. O risco desta semente é a alta manifestação de fungos e outras formas de vida indesejáveis, que podem causar sérios danos à saúde dos pássaros.

A linhaça não tem muito paladar para os canários. Tem alto teor de Proteínas e Lipídeos. Administrada durante o período de muda, tem efeito benéfico sobre a formação das penas.



Mistura das Sementes

A recomendação para nossos canários é que no período de reprodução, os teores de Proteína sejam mais elevados devido às necessidades dos filhotes, e os teores de Hidratos de Carbono e Lipídeos sejam menores, pois assim os canários serão levados à ingerir mais alimentos para atender à suas necessidades calóricas.

No caso oposto, no período de repouso, quando as Proteínas são menos necessárias, as Energias deverão ter seus teores elevados.

No período de muda, as gorduras são mais desejadas, pelo efeito positivo sobre a formação das penas, e deposição de lipocromo. Os grãos escuros (colza, níger, linhaça, cânhamo), usados sempre com parcimónia devido aos altos teores de gorduras em suas composições, ajudam nesta fase.

Como Alimentar os Filhotes


A alimentação dos filhotes se baseia, quase toda, na papa (duas colheres de sopa para cada ovo cozido (de 15 a 20 minutos) e amassado com o garfo, ou então, uma papa de pão com leite e água em iguais proporções, ou ainda ambas, em dias alternados. É importante que se observe qual das duas opções os pais parecem preferirem na alimentação dos pequenos.

Caso o criador opte pela papa de pão com leite e água, esta não deve permanecer o dia todo, pois azeda com facilidade em climas quentes. No máximo deve permanecer até seis horas antes de ser trocada.

Verduras somente podem ser administradas aos pais após o terceiro dia de vida dos filhotes pois podem causar diarreia.

Após os filhotes saírem do ninho, a alimentação deverá ser a mesma indicada acima. Entre 25 e 30 dias os filhotes começarão a comer sozinhos, beliscando as folhas de agrião, sementes, etc.

Depois de separar os filhotes dos pais continue a dar a papa por mais algumas semanas até que comecem a quebrar e a descascar as sementes.

O criador pode ajudar a fêmea a tratar dos filhotes com pouco desenvolvimento. Será necessário o criador providenciar um palito de fósforo, ou um bastão afinado na ponta com 2mm mais ou menos para enfia-lo bico a dentro. Observar bem se não ficaram farpas ou pontas agudas.

Nos casos em que as fêmeas não alimentam os filhotes, devemos alimenta-los de 3 a 4 vezes por dia com papa de pão com leite e água ou papa com ovo levemente humedecida para facilitar a absorção pelo filhote. Retire o ninho com cuidado para não assustar a fêmea; com o movimentos feito no ninho os filhotes abrem o bico facilmente. Nos primeiros dias você poderá encontrar alguma dificuldade em alimentar o filhote, porque eles não param de mexer a cabeça, mas com a pratica e o tempo, irá adquirir mais jeito e os filhotes começarão a se firmar melhor, facilitando o processo. Lembre-se que esta deve ser a última alternativa para salvar um filhote não alimentado pelos pais.

A quantidade a ser dada varia conforme a fome do filhote, perceba que no início eles comem e o alimento passa directo sem ficar no papo. Após uns dias, você notará que a comida já irá parar no papo mostrando se está bem alimentado ou não. O papo parece até que está inchado mas não há necessidade de se preocupar, pois é um facto normal. As vezes irá notar que o papo fica com um pouco de ar dentro (bolhas de ar), isto também não é problema e resolverá sozinho, conforme o alimento vai sendo ingerido.

Quando for alimentar o filhote pela última vez ao dia, esta alimentação necessita ser mais reforçada, pois o filhote irá passar um longo período nocturno com aquela última alimentação.

Sempre após fornecer alimentos aos filhotes verifique se suas narinas e bicos estão limpos para evitar que a comida resseque, tampando as narinas ou atraia insectos.




Quadro de Vitaminas

Vitamina A Essencial para o crescimento das aves, actuando sobre a audição, o equilíbrio e visão da ave. Encontra-se nas verduras, na casca de maçã, cenoura, gema de ovo e no óleo de fígado de bacalhau.

Vitamina B Actua no sistema nervoso, previne doenças do fígado, rins e coração. Encontra-se na levedura de cerveja, trigo, cascas das sementes, verduras, gema de ovo, tomate.

Vitamina B1 Actua no desenvolvimento muscular, sistema nervoso, postura e desenvolvimento do embrião. Encontra-se na maçã e gema de ovo.

Vitamina B2 Actua nos ovos, dando maior fertilidade, crescimento dos filhotes e sistema nervoso. Sua ausência pode causar raquitismo e o peso baixo. Encontra-se no alpiste, gema de ovo, leite, óleo de fígado de bacalhau.

Vitamina B3 Fortifica e mantém a textura da pela. Encontra-se na gema de ovo e nas sementes.

Vitamina B6 Actua sobre o fígado, sistema nervoso, crescimento e a pele. Encontra-se nos cereais e gema de ovo.

Vitamina B12 Necessária ao crescimento e nascimento dos filhotes. Encontra-se nos complexos vitamínicos como: farinha de peixe, complexo B.

Vitamina C Previne das enfermidades infecciosas no aparelho respiratório. Encontra-se nas frutas frescas e alimentos verdes.

Vitamina D Actua na boa formação óssea e combate o raquitismo. Encontra-se na natureza através dos raios solares, no óleo de fígado de bacalhau, gema de ovo e verduras.

Vitamina E Actua na reprodução, ajudando na boa fecundação dos ovos. Encontra-se no óleo de germe de trigo, gema de ovo e verduras.

Cálcio Um forte componente para a formação e reforço do esqueleto, e do aparelho reprodutor das fêmeas. Encontra-se no osso moído, farinha de ostra e nos ossos de peixe.

Cobalto e Cobre São minerais que actuam como catalisadores no organismo das aves, devendo serem empregados junto com as vitaminas.

Cloreto de sódio Possibilita aos glóbulos vermelhos sua função de portadores de oxigénio e permiti a dupla decomposição mediante a qual o organismo separa os sais de potássio.


Aqui fica mais artigo que vi e achei correcto .
Bem elaborado ,vale a pena ler .
 

Michelle Granato

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O tópico que agora vou abrir ja existe mas esta muito separado e este esta mais completo

Ciclo Reprodutivo
No caso das aves não podemos falar em verdadeiros ciclos reprodutivos. Começando pelas aves silvestres a época reprodutiva é controlada por factores ambientais dos quais a luminosidade, duração do dia e temperatura parecem ser os mais importantes. Contudo também a disponibilidade de alimento, material e local para o ninho têm influência neste processo.

Dum modo geral em cativeiro a disponibilidade de ninho e alimento pouco influencia as aves, excepto aquelas que necessitam de alimento especial durante a criação como alguns granívoros e a maioria dos insectívoros, pelo que os factores que mais nos intressam são a intensidade e duração da luz e, em parte, a temperatura.

Num viveiro exterior tudo ocorre da maneira mais natural possível, os dias variam em duração e as condições ambientais também pelo que geralmente o ciclo é regular e são as próprias aves que decidem quando iniciar a reprodução. Não sucede o mesmo para aquelas espécies que criamos, por diversos motivos, em gaiolas quase sempre interiores. Neste caso temos de ter especial atenção de modo a que durante o ano existam as variações ambientais que sucedem no exterior. Manter as aves nas mesmas condições durante todo o ano é um GRANDE ERRO, e corremos o risco de "baralhar" irremediavelmente o seu ciclo de vida. A teoria diz que é possível manter uma ave em reprodução todo o ano, algumas fazem isso mesmo como os mandarins e bengalins, mas não devemos forçar as outras espécies sazonais a fazê-lo pois estamos a pôr em risco o seu bem estar e longevidade. Não é que não seja possível obter bons resultados usando condições controladas, o factor disto mesmo é que a maioria dos grandes criadoures usam salas com ambientes totalmente controlados.

Podemos assim resumir o ciclo anual de um espécie sazonal em 4 fases, partindo da época de repouso:

1ª Fase - Repouso

Nesta altura as aves já fizeram a muda e tratam de se preparar para o Inverno. Ocorre naturalmente de Outubro a fins de Janeiro, quando ainda há inicialmente facilidade em encontrar alimento nas plantas que florescem nesta época como as urtigas (um petisco para a maioria das aves). As aves jovens estão geralmente em bandos, por vezes mistos a que os adultos se vão juntando progressivamente. Quando chega o fim de Janeiro começam a formar-se grupos mais pequenos, em parte pelas dificuldaddes crescentes em obter alimento.

2ª Fase - Acasalamento

Em Fevereiro ou Março formam-se os primeiros casais dentro dos bandos, algumas aves fazem uma nova muda pré-nupcial sendo nesta altura que surgem as plumagens mais vistosas. O casal formado, resultado da crescente abundância de alimento e duração do dia vai começando a afastar-se do grupo na procura de locais para nidificação. Quando mantemos as aves em viveiros em pequenos grupos podemos ir observando o comportamento destas pois vamos detectar os casais à medida que estes se formam. Devemos sempre que possível manter os casais que as aves formaram por si (a não ser em casos de selecção), os resultados são quase sempre melhores. Conforme notamos que o macho canta perto de uma fêmea ou lhe dá comida (as anilhas de cor ajudam muito...) retiraremos esse casal para a gaiola de criação quando chegar o princípio de Março, ou até mesmo um pouco antes.

3ª Fase - Reprodução

Dependendo da espécies esta inicia-se mais cedo ou mais tarde, mas geralmente em fins de Março princípios de Abril existem já alguns casais mais adiantados a construir ninhos ou mesmo com ovos. O número de posturas varia mas este perido pode durar até fins de Agosto em alguns casos. Já vi pintassilgos com crias no princípio de Setembro. Três posturas é o normal, para algumas espécies apenas duas das quais a segunda é geralmente a melhor.

É uma altura em que o alimento (tanto vegetal como animal) abunda pelo que não é difícil suportar as crias e o degaste da reprodução. Com o chegar dos meses de verão vai secando a vegetação e com ela as sementes até aqui abundantes e os insectos. É escusado tentarmos prolongar este periodo artificialmente, quem o quiser fazer é preferível tentar adiantar em 15 dias ou um pouco mais o início da reprodução do que prolongá-lo, pois assim dará mais tempo às aves de recuperarem até à próxima época.

4ª Fase - Muda de Outono

Ocorre por volta de Setembro e é quanto a mim a fase mais desgastante e importante do ciclo e uma que muitas vezes descuidamos. Senão vejamos, nesta altura a ave passou por mais de 5 meses de desgaste reprodutivo, extremamente exigente, em condições de pouco (ou nenhum...) exercício físico, com uma alimentação demasiado rica e as suas reservas estão debilitadas. Mesmo assim tem de substituir todas as penas, formando novos tecidos. É muito importante que possa ter exercício, de preferência acabando a reprodução e passando as aves para um viveiro exterior ainda em Agosto de modo a recuperar alguma forma física antes da muda. Podem ter a certeza que uma ave que tenha uma má muda muito dificilmente terá bons resultados produtivos na época seguinte. Em relação às crias esta é a primeira vez que irão sofrer um grande desgaste por isso devemos ter em atenção os mesmo cuidados que para os reprodutores, dando um alimentação e suplementações adequadas e SEMPRE muito espaço para exercício.

As aves adultas passam geralmente esta fase (melhor ou pior) mas algumas crias podem mesmo morrer. Em liberdade dispõe de algum alimento com a vinda das primeiras chuvas outonais portanto em cativeiro devemos fazer o mesmo e melhorar a sua dieta nesta altura dando mais sementes oleaginosas (o que numa gaiola é desaconselhável) e até mesmo aumentar um pouco de papa de ovo, o que também faz com que não se desabituem dela. Verduras como o espinafre e agrião são óptimas nesta fase e todas as sementes que favoreçam a plumagem (linhaça, niger, papoila) também. Esta altura envolve sobretudo a criação de novos tecidos (penas) daí que a proteína seja muito importante na dieta, não deverá ser tão rica como na reprodução, mas as aves necessitam de uma fonte de proteína suplementar, pessoalmente acho esta a melhor altura para juntar às papas de ovo óleos (girassol ou soja) para cobrir as necessidades em ácidos gordos essenciais. A soja germinada também é um bom alimento para esta fase.

Uma ave em muda deve ser incomodada o mínimo possível pois é geralmente "rabugenta", (uma consequência da vida em grupo nesta altura?!) devemos ter poucas aves por gaiola ou, se possível, juntar alguns casais num viveiro para que formem um pequeno "bando de Inverno".

Um ave que passe por uma boa muda rapidamente se mostrará activa e confiante e logo notaremos isso.


Fisiologia Reprodutiva das aves


Sem querer parecer uma lição de anatomia julgo que todos deveremos ter alguns conhecimentos básicos sobre a anatomia e fisiologia das aves com que trabalhamos de modo a que as compreendamos melhor.

Como sabemos os sistemas reprodutores de machos e fêmeas são distintos e é particularmente importante conhecermos o da fêmea visto o macho raramente levantar problemas a este nível. O sistema reprodutivo do macho é semelhante na maioria dos animais, no caso das aves os testículos estão colocados na cavidade abdominal e ligados à cloaca que funciona como orgão copulatório e excretor em ambos os sexos. O funcionamento hormonal do ciclo baseia-se na quantidade de luz recebida pela glándula pineal através dos olhos. Na verdade o ciclo em si funciona ao contrário do que se pensa, não é o aumento da luz diária que inicia a reprodução mas sim a dimunuição da escuridão nocturna, isto porque o ciclo é iniciado pela baixa na concentração de uma hormona secretada pela epífise sobre comando da glândula pineal. Esta hormona é secretada de noite e quanto maior for este periodo mais quantidade é produzida, quando chegamos à altura da primavera existe menos tempo de escuridão e por isso o nível baixa.

Isto é o sinal para que se inicia a secreção FSH e LH pelo hipotálamo que vão estimular o aparelho reprodutivo. Uma vez em funcionamento a postura do ovo e reflexo de choco (na fêmea) são desencadeados por picos hormonais de LH resultantes do próprio processo de produção do ovo. Épor isto que é mais difícil fazer as fêmeas chocar ovos como "amas" quando não estão a pôr, pois nos machos é a visualização do ovo no ninho que desencadeia o processo de choco.

Aves Territoriais

Uma ave territorial tende a defender o seu ninho marcando uma zona onde não admite intrusos. Nesta categoria incluem-se quase todos os fringilídeos e alguns exóticos como o cantor de cuba (dois machos podem matar-se),bengalim mosqueado (contra outras aves vermelhas), degolado (embora só proteja o ninho) e mais alguns.

Estas espécies devem ser mantidas com precaução em viveiros comunitários, de grande tamanho mas sempre com poucas aves semelhantes. Os fringilídeos preferem estar numa gaiola reservada com apenas um casal por gaiola. A territorialidade surge com o aproximar da época reprodutiva e é o indicador mais seguro da intenção de procriar. Para estas aves a agressividade para com os rivais pode mesmo ser uma técnica que podemos usar a nosso favor, pois faz parte do método natural de acasalamento. Desde que estejamos atentos ao que se vai passando e possamos interferir caso "passem das marcas" as pequenas lutas servem para determinar a hierarquia social de cada um e aumentam o desejo de reprodução pela competição por parceiro e local de nidificação (visto que o alimento não é limitante).


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Tipos de ninhos

Existem possivelmente tantos tipos de ninhos quanto espécies. Em cativeiro usamos essencialmente 3 tipos de ninhos, podendo estes variar em tamanho mas mantendo uma forma básica idêntica. Assim temos ninhos em taça, de verga ou corda, que são os mais usados para os fringilídeos. Adiante-se que de todas as aves nativas, só as carriças e o chapim rabilongo constróem ninhos fechados, a grande maioria usa ninhos deste tipo. São taças que podem variar em diâmetro e profundidade. Os canários gostam de ninhos largos e espaçosos enquanto os pintassilgos preferem taças mais apertadas e fundas. Embora quase todas estas aves possam construir um ninho livre aceitam facilmente estas estruturas como apoio. Devemos ter cuidado com estes ninhos pois embora a maioria das espécies os use sujam-se facilmente e, em determindas situaçãoes as crias e ovos podem mesmo cair. Também são desaconselhados para situações de viveiro pois as outras aves podem facilmente ver os ovos e perturbar o casal em criação.

Os ninhos de cesto, em diversas formas e tamanhos, são usados por espécies pequenas de estrildídeos. São reservados e escondem-se bem entre a vegetação o que os torna ideais para espécies tímidas como o peito de fogo ou o peito celeste. O acesso ao ninho é difícil e pode mesmo tornar-se frustante para o criador tentar ver as crias ou ovos dificultando em muito as tarefas de anilhagem e limpeza. Uma colher pode ajudar se necessário, mas temos sempre de ter muito cuidado a mexer nos ninhos destas espécies. Embora não encoraje muito o seu uso, colocando-os em sítios descobertos, tenho vários no viveiro dos estrildídeos só para fazer número e proporcionar às aves uma grande escolha. Os guardas-marinhos usam sempre estes ninhos.

Os ninhos de madeira podem ser de dois tipos, ou troncos escavados ou então, os mais comuns, caixas de madeira. A grande maioria das aves exóticas que criamos nidificam em cavidades nas árvores sendo os melhores exemplos disso os diamantes australianos e os periquitos-ondulados. Facilmente aceitam estas caixas numa gaiola com a vantagem de que, podendo ser colocadas por fora desta, a sua inspecção e manutenção é extremamente fácil. Eu gosto de ter as caixas por fora, embora diversos criadores apontem com alguma lógica que estando colocada dentro da gaiola a caixa ninho proporciona mais segurança e confiança às aves. Contudo para ver o interior é necessário perturbar as aves. Existe um modelo de gaiola do qual apenas vi fotografias em que o ninho é montado numa placa que pode deslizar para fora da gaiola. Parece ser muito eficiente e uma parte integrante de diversos modelos de gaiolas usados sobretudo no norte da Europa, formando baterias exrtemamente profissionais. Claro que com o tempo poderemos possivelmente atingir tais necessidades e investir nestes equipamentos, mas a avicultura é essencialmente, e para a maioria de nós, uma actividade amadora e não pretendo mais do que transmitir alguns conhecimentos básicos, pelo que é perfeitamente suficiente o esquema descrito acima. Existem caixas de plástico muito práticas que podem ser totalmente desmontadas e lavadas (um problema da madeira) e que uso nas gaiolas dos Diamantes-Gould e outros. São mais caras, mas devido ao tamanho e algumas características prefiro-as para as gaiolas em que tenho estas espécies.

Os troncos escavados são um exclente alternativa para espécies mais difíceis de convencer e podem mesmo fazer a diferença, em especial num viveiro. Têm o grande problema de serem geramente pesados e difíceis de manusear, não terem muitas vezes acesso para o interior e a limpeza ser muito complicada. Mesmo assim para quem tenha tempo e gosto por estas coisas podemos mesmo fazê-los a partir de madeira morta, bem lavada e seca no forno durante 30min. Basta cortar um rodela numa das pontas que servirá de tampa e escavar o interior com um berbequim e os acessórios necessários. Troncos de várias dimensões colocados num viveiro do modo o mais natural possível são um exclente ninho para espécies complicadas.

Encontraremos decerto outros tipos no mercado que podemos tentar por vezes até com bons resultados. Acreditem que as dimensões podem fazer mais diferença do que se pensa e as caixas que encontramos no mercado raramente são adequadas para uma ninhada de bom tamanho. Para as gaiolas dos mandarins e bengalins preferi desenhar e construir os ninhos de modo a que ocupassem a medida que eu queria. São opções que podemos fazer e que além do mais, tornam muito mais baratos estes acessórios.


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Anilhas

Todas as aves nascidas em cativeiro devem ser anilhadas com anilhas oficiais ou outras, o que serve como prova de que foram nascidas em cativeiro.

Estas anilhas podem ser adquiridas por intermédio de um clube ao qual todos os que desejem criar aves se deverão juntar. Os pedidos de anilhas são anuais e geralmente o primeiro é em Outubro. Além disso quase todos os clubes têm revistas de divulgação de opinião onde surgem artigos bastantes intressantes e são um exclente meio de trocar informações. É também através dos clubes que poderemos ter conhecimento e acesso a exposições onde se conhecem outros criadores e, em particular o iniciado, pode ter a oportunidade de adquirir boas aves para o seu efectivo.

As anilhas oficiais são personalizadas com o ano, número do criador, número da anilha e clube. As minhas por exemplo são marcadas com o ano a que se destinam (o qual tem uma determinada cor de anilha), o meu clube (AAP), o número da ave (em série) e o meu número de criador (707). Assim a leitura será AAP707, ave nº 000 do ano indicado.

Actualmente está-se a tratar de fazer com que um criador tenha um único número de anilha mesmo que esteja inscrito em mais do que um clube, o que facilita a sua identificação.

As medidas das anilhas variam de acordo com a espécie a que se destinam indo de 2,00mm a 14,00mm. Para além de servirem como prova de que ave foi criada em cativeiro por aquele criador também são muito úteis para identificarmos a ave no nosso efectivo, permitindo manter registos mais precisos. Geralmente só aves anilhadas são admitidas a exposições. Cada espécie tem uma medida de anilha e deve ser anilhada com esta mesma medida, o que apenas é possível antes da calcificação dos ossos da pata (5-9 dias após a eclosão), deste modo quando a pata se desenvolve a anilha fica presa e não pode ser retirada.

No quadro seguinte estão indicadas as medidas para as diversas espécies. (Adaptado do boletim da AAP para o pedido de 2001)

Medidas
Espécies a que se destinam

2,00mm Exóticos de pequeno porte: Face-laranja, Face carmesim, Peito celeste, Amarantes, Bichenov, Cauda vinagre.

Indígenas: Bico de lacre.

2,50mm Diamantes: Mandarim, Gould, Kitlitz, Phaeton, Babete, Modesto, Melba, Papagaio, Estrela.

Exóticos: Bico de chumbo, Bengalim do Japão, Dominó.

Indígenas: Pintarroxo, Lugre, Chamariz.

2,67mm Exóticos: Cardinlaito da Venezuela, Degolado, Capuchinho de cabeça branca, Capuchinho Tricolor.
Canários: Horso Japonês, Raça Espanhola.

Indígenas: Pardal do campo, Pintassilgo, Canário silvestre.

2,80mm Exóticos: Verdelhões, tangarás.
Canários: Todos os de canto e de cor, Fiorino, Scotch Fancy, Lizard, Gibber Italicus, Gloster, Frisados do Norte e do Sul, Poupa Alemão, Giboso Espanhol, Bossu Belga.

Indígenas: Dom-fafe, Tentilhão.

3,02mm Exóticos: Tecelões, Rouxinol do Japão, Mesia, Bulbul.
Canários: Border, Norwich, Yorkshire, Bernês, Crested, Crestbread, Lancashire.

Indígenas: Pardal doméstico, Verdelhão

3,23mm Exóticos: Tangará vermelho do Brasil, Pardal de Java.
Canários: Frisado parisiense, Milanais, Padovano.

Indígenas: Bico grossudo.

3,48mm Exóticos: Cardeais, Bico grossudo de cabeça preta
Indígenas: Cruza-bicos

Psitacídeos: Agapornis cana, Bourkes, Turquosines, Elegante, Splendid, Loricolos.

Pombos e Galináceos: Codorniz da China, Rola Diamante, Rola Máscara de Ferro.

4,01mm Exóticos: Melro violeta
Indígenas: Tordos

Psitacídeos: Aymara, Liliane, Fischer, Nigrigenis, Personata, Pularia, Periquito ondulado (de exposição).

Pombos e Galináceos: Rola tranquila.

4,52mm Exóticos: Melro metálico
Indígenas: Melro preto

Psitacídeos: Roseicollis, Taranta, Kakarikis, Stanley, Roselas, Catarinas.

Pombos e Galináceos: Codorniz indígena, Rola da China.

5,26mm Psitacídeos: Caturra, Cabeça de ameixa, Omnicolor, Palliceps, Princesa de Gales, Stanley.
Pombos e Galináceos: Codorniz Japonesa, Perdiz da califórnia, Rolas.

6,17mm Exóticos: Gaio Azul, Pegas.
Indígenas: Gaio dos Carvalhos.

Psitacídeos: Loriquitos, Conura Sol, Conura Jadaia, Pennante, Ring-neck, Barrande.

7,21mm Psitacídeos: Arara Severa, Loris.
7,70mm Psitacídeos: Moustache, Catatuas.
10,00mm Psitacídeos: Amazonas, Araras, Catatua pequena de poupa amarela, Papagaio cinzento.
12,00mm Psitacídeos: Arara macao, Arara Militar, Catatua de poupa amarela
14,00mm Psitacídeos: Arara Azul, Arara Vermelha, Arara hiacinto, Grande arara militar.

Exite também a possibilidade de adquirir anilhas não oficiais mas estas servirão apenas como identificação da ave pois não têm qualquer referência além do número e do ano. As anilhas abertas podem ser colocadas em aves adultas e são muito úteis para marcar as aves por algum motivo, por exemplo para marcarmos um macho e uma fêmea com cores diferentes

Bruno Cardoso,
Gostaria de saber se vc tem uma referencia segura para esta afirmacao: Podem ter a certeza que uma ave que tenha uma má muda muito dificilmente terá bons resultados produtivos na época seguinte.

Estou acabando de escrever um trabalho sobre crescimento de penas de Corujas orelhudas e gostaria muito de poder colocar isso no trabalho, mas preciso da ref.

Obrigada!
 
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