• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

"Podemos prever um tsunami?"

nita_vsc

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Nov 6, 2006
Mensagens
2,237
Gostos Recebidos
0
Ana Viana-Baptista
Ainda não é possível prever um tsunami. A resposta ao título da conferência seria desmotivante não estivesse o auditório cheio de alunos do ensino do secundário, curiosos e especialistas em geofísica. Na segunda sessão do ciclo "Na Fonteira da Ciência", que teve lugar hoje ao final da tarde na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Ana Viana-Baptista, coordenadora do grupo de trabalho português para o Sistema de Alerta Precoce de Sismos e Tsunamis no Atlântico Norte e Mediterrâneo e do Departamento de Engenharia Civil do ISEL, falou dos avanços científicos que podem ajudar a minorar o potencial destrutivo das ondas gigantes.



A primeira bóia oceânica para o alerta de tsunamis ao largo de Portugal, instalada no dia 25 de Agosto de 2007, serviu de mote à conferência. Porque é que os tsunamis são tão diferentes das outras ondas, como se formam ou como funcionam os sistemas de alerta foram algumas das explicações dadas ao público.

"Este ciclo de conferências tem por objectivo discutir assuntos que nos interessam e que estão na fronteira da ciência. Mais conhecimento sobre eles pode ajudar-nos a solucioná-los melhor", disse João Caraça, director do serviço de Ciência da Fundação Calouste Gulbenkian na apresentação da conferencista.

"É uma divulgação é muito importante porque há uma grande falta de vocações para ciência. Os cursos científicos são complicados e os alunos fogem desta temática", disse Ana Viana-Baptista ao Ciência Hoje. "Neste caso, além de eles próprios poderem educar a população se souberem o que podem fazer em caso de tsunami, como reagir, também é importante para que percebam que a ciência tem um papel fundamental na sociedade", acrescentou.

Sistema nacional de alerta

E o que aconteceria se neste momento se formasse um tsunami ao largo de Portugal? "Em caso de tsunami, o sistema da bóia oceânica seria activado, detectaria a onda e transmitiria a informação para um instituto em Roma que depois reencaminharia para Portugal. Tudo em tempo real", explicou a especialista. "Depois reportar-se-ia a informação ao Instituto de Meteorologia que a reencaminha para a protecção civil. Nunca podem ser estas instituições a falar com as populações, gerir estas situações é muito complicado".

"Há uma grande vontade da política da parte da direcção do Instituto de Meteorologia em constituir-se como esse centro nacional de alerta. Temos de concentrar esforços e todas a informação das estações maregráficas e da estação oceânica experimental", acrescentou. "Precisamos de técnicos especializados que possam interpretar a informação que chega e transmitir uma mensagem válida".

"Compreender a física dos fenómenos ajuda a evitar alarmismos e a salvar vidas", concluiu Ana Viana-Baptista.


by:ciencia hoje​
 
Topo