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Flores Comestiveis

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Flores Comestiveis

O brócolo, a couve-flor e a alcachofra são flores que nos habituámos a considerar comestíveis, ao invés de ornamentais. Mas agora a conversa é outra: depois da visão, do olfacto e até do tacto, é a vez do paladar usufruir das propriedades do gerânio, da violeta ou da capuchinha, entre outras flores.

A tendência está instalada. Após a nouvelle cuisine ousar introduzir algumas flores nas suas composições, que muitos julgavam ser meramente decorativas, agora basta consultar a ementa da Pizza na Brasa, por exemplo, para encontrar uma Pizza Fiori, cuja descrição transcrevemos: "Flores frescas (comestíveis, claro!), e queijo 100% mozzarella". Ou então prestar atenção à secção de legumes de alguns supermercados, para descobrir embalagens de rosas e violetas por entre os agriões já arranjados e o feijão verde cortado à medida.

Fundamentos teóricos

Antes que lhe passe pela cabeça fazer um piquenique com as flores do quintal da vizinha, leia este texto até ao fim. Isto porque, por questões de segurança, é extremamente importante saber distinguir o "trigo do joio".

Em primeiro lugar, as flores utilizadas na alimentação não são as que se compram em floristas ou garden centers, uma vez que estas são cultivadas com o recurso a produtos químicos muito prejudiciais à saúde. "A rose is a rose is a rose is a rose", escreveu Gertrude Stein, mas, neste caso, abre-se uma excepção. Uma rosa ornamental pode contemplar-se, cheirar-se e tocar-se. Ponto final. Uma rosa comestível é outra coisa completamente diferente. Adquire-se em produtores especializados, que respeitam os processos adequados ao cultivo de produtos alimentares. E pode comer-se.

Em segundo lugar, falar em "flores comestíveis" não deve servir de pressuposto para concluir que "todas as flores são comestíveis". Deixemos os silogismos de parte, que o assunto é sério e requer muita precisão. Existem flores que apresentam princípios tóxicos na sua composição e não devem ser usadas na alimentação de forma alguma. Algumas delas são as violetas africanas, os crisântemos e o lírio, entre muitas outras.

Alguns exemplos

As pétalas de rosa há muito que são usadas em infusões e conservas. Agora são ingredientes de eleição para sobremesas e conferem um sabor suave e muito agradável a pratos fritos, como a tempura de pétalas de rosas, uma entrada deliciosa e rica em vitaminas.

A capuchinha, ou flor de nastúrcio, muito decorativa, de gosto levemente picante e rica em vitamina C, combina na perfeição com saladas. Nativa do Peru, foi introduzida na Europa no final do século XVI e hoje é cultivada em todo o mundo.

Já na Idade Média, a calêndula, originária do centro e sul da Europa e da Ásia, era cultivada nas hortas, desidratada e utilizada como corante em caldos, queijos amarelos, manteiga e bolos. As suas pétalas são utilizadas frescas em saladas, em crepes ou no arroz, em substituição do açafrão.

Nativo da Europa e Ásia Ocidental, o amor-perfeito contagiou o mundo inteiro. Além de lhe serem atribuídas propriedades diuréticas, é muito requisitado para saladas e sobremesas.

A flor de borago, oriunda do norte de África, é secularmente conhecida por possuir efeitos benéficos sobre o corpo e a mente. Deve ser sempre utilizada fresca, uma vez que perde as suas propriedades depois de seca, e marca presença frequente em saladas ou em bolos e sobremesas.

A begónia, a tulipa, a alfazema e o gerânio são também contempladas nesta selecção, e as suas utilizações variam consoante a imaginação e a experiência dos cozinheiros, tendo sempre em conta as suas características – no fundo, tal como se utiliza qualquer outro ingrediente em culinária.

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Abraço
 
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