• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Arqueólogos descobrem mina de ocre intacta na América do Sul

Grunge

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Ago 29, 2007
Mensagens
5,124
Gostos Recebidos
0
Arqueólogos descobrem mina de ocre intacta na América do Sul

Uma equipa de arqueólogos da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, descobriu uma mina de exploração de ocre, aberta há 2000 anos pela civilização pré-incaica de Nasca. A Mina Primavera, situada numa encosta do Vale Ingenio nas montanhas Andinas no Peru, é a primeira prova intacta de que os povos do Sul da América já faziam a exploração do ferro antes da conquista pelo Mundo Antigo, disse Kevin J. Vaughn, responsável pelo projecto.

"A extracção do ferro no mundo antigo, sobretudo em África, tem 40 mil anos. E sabemos que os povos antigos no México, América Central e Norte da América também faziam a exploração de vários tipos de minérios. Mas não há muitas provas", explicou Vaughn no comunicado da Universidade de Purdue.


"Descobrimos a única mina de hematite, um tipo de ferro também conhecido por ocre, registada no Sul da América como anterior à Conquista espanhola. Esta descoberta demonstra como os minérios de ferro eram importantes para as antigas civilizações andinas".

As escavações da mina Primavera começaram há quatro anos, no âmbito de um projecto apoiado pela Fundação Nacional de Ciência americana. O objectivo da equipa era compreender a desigualdade e a política económicas nas culturas antigas.

Os investigadores estimam que ao longo de 1400 anos de utilização tenham sido extraídas da mina Primavera 3710 toneladas de ocre. Segundo Vaughn, a civilização de Nasca utilizaria o mineral avermelhado como tintura para cerâmica e têxteis, pinturas corporais e desenhos nas paredes.

Artefactos vários

Durante as escavações a equipa encontrou vários artefactos utilizados pela civilização de Nasca. A idade dos vestígios foi determinada através de radiocarbono, um processo de datação que se baseia na decomposição natural do carbono nos elementos.

"Os arqueólogos têm uma boa sequência de cerâmica desta região. Consigo olhar para a maioria das peças e determinar a idade no espaço de um século só com base nas mudanças estilísticas das peças", disse Vaughn.

"Apesar das antigas populações andinas fundirem os minérios para a extracção de alguns metais, como o cobre, nunca o fizeram como no Mundo Antigo", explicou o responsável. " No Mundo antigo os metais eram utilizados em várias ferramentas, por exemplo armas, enquanto nas Américas constituíam bens valiosos para uma elite rica".

De acordo com o arqueólogo, a descoberta interessa a cientistas, engenheiros de materiais e mineralogistas. "Este estudo da exploração mineral é um grande exemplo de como a arqueologia faz a ponte entre as ciências sociais e as ciências físicas", disse.

-----------

Abraço
 
Topo