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Brasil em destaque na ARCO2008 e noutros espaços madrilenos

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Brasil em destaque na ARCO2008 e noutros espaços madrilenos

A arte e os criadores brasileiros têm estes dias espaço de grande destaque em Madrid, quer como convidados da ARCO 2008 quer em inúmeras mostras e eventos em vários pontos da capital espanhola.

No total são mais de uma centena de artistas brasileiros, das várias vertentes da arte contemporânea, que estarão representados na ARCO e fora dela, trazendo ao público espanhol o que segundo um dos comissários da participação brasileira é o «mais vanguardista» do que se faz actualmente no Brasil.

Em declarações à Lusa, Moacir dos Anjos explicou que se trata de apresentar «todas as linguagens da arte» numa colecção versátil e variada que permita documentar quer gerações diferentes de artistas brasileiros quer novos movimentos.

Para fortalecer a presença na mostra, a equipa de comissários, formada também por Sérgio Duarte - escolhida pelo Ministério da Cultura - apostou em artistas nascidos entre as décadas de 70 e 90.

Nas suas obras - espalhadas pelas 31 galerias brasileiras que estão nos pavilhões 12 e 14 da Feira de Madrid - espelham «uma estética da arte brasileira», pouco conhecida em Espanha e que, mercê do estatuto de país convidado dão ao Brasil um lugar sem precedentes no espaço cultural do país.

Misturando «vozes locais e linguagens internacionais da arte», os artistas brasileiros têm também a oportunidade de fazer chegar as suas obras a colecções importantes dos muitos visitantes, privados e institucionais que passaram pela ARCO.

«Vender a obra, num espaço comercial como este, permite que não tenham que depender apenas do Estado nem de favores públicos», afirmou Sérgio Duarte.

Entre os artistas mais conceituados expostos na feira contam-se o prestigiado fotógrafo Vik Muniz, o artista electrónico Eduardo Kac, além de Rosângela Rennó e Leonora de Barros, duas das primeiras vídeo-artistas do país.

Entre as «jovens promessas», destaque para o fotógrafo Cao Guimarães, a vídeo-artista Mariana Manhães, o desenhador Fabiano Gonper e o pintor Rodrigo Andrade.

«Para as galerias que já participaram em anteriores edições da ARCO, isto representa a confirmação da sua integração no circuito comercial internacional», explicou Moacir dos Anjos.

Fontes da ARCO admitem que várias das principais colecções espanholas manifestaram já «bastante interesse» em torno à participação brasileira, esperando-se «algumas compras».

Um sinal da consolidação do mercado de arte contemporânea que, segundo a Artprice, uma empresa analista francesa do sector, notou um crescimento de 233 por cento das cotações do sector da arte contemporânea, entre 2001 e 2007.

O aumento foi significativamente maior do que o crescimento do mercado da arte no seu conjunto, que se ficou no mesmo período pelos 152 por cento.

Daí que para os comissários brasileiros a oportunidade de ser país convidado em Madrid tenha permitido «trazer mais artistas» e ao mesmo tempo promover dezenas de actividades paralelas, e alguns dos pontos culturais mais importantes de Madrid.

É o caso da Casa da América, do Museu Rainha Sofia, da Casa Encendida ou da Filmoteca Nacional.

Entre as várias actividades contam-se a exposição «Um olhar do coleccionista», do fotógrafo e coleccionista brasileiro Joaquim Paiva, que reúne 77 fotos de 35 autores contemporâneos do seu pais usando «atmosferas ousadas e técnicas mais atrevidas».

Trata-se de uma das melhores colecções de fotografia do Brasil, composta por mais de duas mil imagens, das quais cem estão depositadas, por empréstimo, no Museu de Arte Moderno do Rio de Janeiro.

Incluem obras de Claudio Edinger, Sebastião Salgado e Miguel Rio Branco, entre muitos outros.

De fotografia trata também a instalação nos arcos dos Novos Ministérios em Madrid, onde será retratada a dimensão da cidade de São Paulo e as contradições desta metrópole.

Lúcia Koch e Marcelo Cidade, por seu lado, criaram instalações na Casa Encendida onde usam luz para «jogar» com a relação entre o espaço público e o espaço privado.



Fonte:Lusa
 
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