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Artes: Publicidade com Vénus nua vai afinal poder ser afixada no Metro de Londres
16 de Fevereiro de 2008, 15:54
Londres, 16 Fev (Lusa) - Uma Vénus nua pintada no século XVI que aparece na publicidade a uma exposição vai afinal poder ser mostrada no metro de Londres, indicaram hoje responsáveis pelos transportes londrinos, voltando atrás na sua decisão polémica de interditar a imagem.
A Vénus loura com os cabelos entrançados ilustra o cartaz de uma exposição da Academia Real de Belas Artes de Londres dedicada ao artista alemão Lucas Cranach, o Velho (1472-1553).
A exposição é inaugurada em Março.
Os transportes londrinos tinham proibido a afixação da imagem invocando um regulamento que interdita toda a publicidade que "mostre homens, mulheres ou crianças de uma forma sexualizada, ou que mostre corpos parcial ou totalmente desnudados num contexto marcadamente sexual".
O quadro de Cranach representa uma Vénus sorridente, com apenas uma gargantilha sobre o corpo nu e tendo mas mãos uma gaze transparente que, mais do que que ocultar, realça os seus atributos.
"Devemos ter em conta todas as categorias de utentes e tentar não os chocar com as publicidades afixadas", explicou esta semana um porta-voz do Transport for London (TFL), a empresa que gere os transportes londrinos.
No entanto, a TFL inverteu hoje a sua decisão.
"Dado o enorme volume de publicidade que afixamos, não podemos ter razão em todos os casos. Após reflexão, e neste contexto, [concluímos que] a imagem da exposição Cranach não deveria ter sido interdita, pelo que aprovámos a sua afixação no Metro", indicou hoje um porta-voz da TFL.
A proibição inicial tinha provocado intensa polémica no meio cultural de Londres.
"Esta decisão é perfeitamente débil", tinha considerado o presidente da Comissão da Cultura e dos Media na Câmara dos Comuns, John Whittingdale.
Também a respeitável Real Academia se tinha insurgido contra a interdição.
"A decisão foi acolhida com incredulidade", explicou um porta-voz da Academia. "É ridículo que nos dias de hoje não se possa afixar um cartaz sobre um quadro com 500 anos".
Uma porta-voz da Royal Academy explicou que o quadro tinha sido escolhido para o cartaz publicitário por ser uma imagem "muito bela e sugestiva".
A exposição de Cranach o Velho, um dos grandes mestres alemães, a par de Durer e Holbein, e amigo do reformador Martinho Lutero, estará aberta ao público de 8 de Março a 8 de Junho.
NVI/RMM
Lusa/Fim
16 de Fevereiro de 2008, 15:54
Londres, 16 Fev (Lusa) - Uma Vénus nua pintada no século XVI que aparece na publicidade a uma exposição vai afinal poder ser mostrada no metro de Londres, indicaram hoje responsáveis pelos transportes londrinos, voltando atrás na sua decisão polémica de interditar a imagem.
A Vénus loura com os cabelos entrançados ilustra o cartaz de uma exposição da Academia Real de Belas Artes de Londres dedicada ao artista alemão Lucas Cranach, o Velho (1472-1553).
A exposição é inaugurada em Março.
Os transportes londrinos tinham proibido a afixação da imagem invocando um regulamento que interdita toda a publicidade que "mostre homens, mulheres ou crianças de uma forma sexualizada, ou que mostre corpos parcial ou totalmente desnudados num contexto marcadamente sexual".
O quadro de Cranach representa uma Vénus sorridente, com apenas uma gargantilha sobre o corpo nu e tendo mas mãos uma gaze transparente que, mais do que que ocultar, realça os seus atributos.
"Devemos ter em conta todas as categorias de utentes e tentar não os chocar com as publicidades afixadas", explicou esta semana um porta-voz do Transport for London (TFL), a empresa que gere os transportes londrinos.
No entanto, a TFL inverteu hoje a sua decisão.
"Dado o enorme volume de publicidade que afixamos, não podemos ter razão em todos os casos. Após reflexão, e neste contexto, [concluímos que] a imagem da exposição Cranach não deveria ter sido interdita, pelo que aprovámos a sua afixação no Metro", indicou hoje um porta-voz da TFL.
A proibição inicial tinha provocado intensa polémica no meio cultural de Londres.
"Esta decisão é perfeitamente débil", tinha considerado o presidente da Comissão da Cultura e dos Media na Câmara dos Comuns, John Whittingdale.
Também a respeitável Real Academia se tinha insurgido contra a interdição.
"A decisão foi acolhida com incredulidade", explicou um porta-voz da Academia. "É ridículo que nos dias de hoje não se possa afixar um cartaz sobre um quadro com 500 anos".
Uma porta-voz da Royal Academy explicou que o quadro tinha sido escolhido para o cartaz publicitário por ser uma imagem "muito bela e sugestiva".
A exposição de Cranach o Velho, um dos grandes mestres alemães, a par de Durer e Holbein, e amigo do reformador Martinho Lutero, estará aberta ao público de 8 de Março a 8 de Junho.
NVI/RMM
Lusa/Fim