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Os Maiores Centros Comerciais do Mundo

vilelasat

GF Prata
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Out 21, 2007
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Os Maiores Centros Comerciais do Mundo


Estão a surgir como cogumelos na Ásia, mas será que todos vão durar?

Ir às compras ao centro comercial, já não faz parte do passado?
Não na Ásia, onde as terras são baratas e a os custos com a mão-de-obra reduzidos.

Um boom na construção deu origem ao surgimento de centros comerciais na China, Malásia e Filipinas, com a Índia a aderir à moda muito em breve. Com base na superfície comercial útil, ou a quantidade de espaço que se destina a operações que geram receitas como lojas, diversões e restaurantes, o continente alberga nove dos dez maiores centros comerciais do mundo, seis dos quais foram construídos a partir de 2004.

Com efeito, isso representou um acréscimo de cerca de dois milhões e meio de metros quadrados de áreas comerciais em cidades como Pequim e Guangzhou na China, e Kuala Lumpur na Malásia.



Enquanto muitos centros comerciais tradicionais na América do Norte estão a ser estrangulados pela era das grandes superfícies comerciais, que inclui lojas como a Wal-Mart Stores, a Best Buy, e a Target em quase todos os condados, a economia de rápido crescimento da Ásia deu origem a uma nova onda de consumidores que procuram locais para fazerem compras e divertirem-se ao mesmo tempo.

Na sua maioria são também bastante luxuosos. Dois centros comerciais chineses que são os maiores do mundo – o South China Mall em Dongguan e o Golden Resources Mall em Pequim – contam com moinhos de vento e parques temáticos para as crianças, entre outras coisas. O Golden Resources Mall encontra-se rodeado por novíssimos apartamentos e edifícios de escritórios.

Apenas há quatro anos, a lista dos 10 mais teria incluído um par de destinos populares na Califórnia – o South Coast Plaza em Costa Mesa e o Del Amo Fashion Center em Los Angeles – juntamente com o King of Prussia Mall na Pensilvânia, e o afamado Mall of America em Bloomington, Minnesota.

"É quase impensável o boom que se registou nestas cidades do Oriente," refere Emil Pocock, professor na Eastern Connecticut State University, cujo Departamento de Estudos Americanos documentou o tamanho e serviços dos maiores centros comerciais do mundo.
Hoje em dia, muitos consumidores dessas regiões já possuem carros, um fenómeno que estimulou a procura de mais centros comerciais. Isso atraiu mais capital de grupos de gestão de centros comerciais oriundos do estrangeiro, principalmente da Indonésia e Japão.

"Estas pessoas precisam de um local para fazer compras, sendo que não será seguramente nas velhas zonas de compras que remontam aos dias do tradicional domínio socialista," afirma Pocock.

Mas toda esta construção na China tem um inconveniente, pelo menos a curto prazo.
Com muitos habitantes ainda acostumados a fazerem as suas compras nas pequenas lojas locais, a procura ainda não consegue estar ao nível da oferta nos novos e grandes centros comerciais, segundo informações fornecidas à Eastern Connecticut State por Steven Beesley, co-fundador do Institute of Shopping Centre Management (Instituto para a Gestão dos Centros Comerciais), em Hong Kong. Ele julga que os centros comerciais construídos fora do centro das grandes áreas metropolitanas podem ter problemas para subsistir.

Entretanto, nos EUA o tradicional centro comercial faz parte de um mercado saturado, graças às grandes superfícies comerciais fora dos centros comerciais e à consolidação da indústria do retalho, que tirou completamente de cena lojas baluartes antigamente tão populares como a Montgomery Ward.
De modo a conseguirem sobreviver, muitos centros comerciais tiveram de ser remodelados ou reduzir o número de empregados. Por exemplo, no Houston Mall no Texas, um traffic court (tribunal para julgar as infracções de trânsito) e serviços de cuidados de saúde ambulatórios substituíram grandes lojas como a Sears.

No Park Forest Mall de Illinois, perto de Chicago, a Sears e outras grandes lojas foram demolidas há cerca de 10 anos para darem lugar a uma via pública que inclui espaços verdes, unidades residenciais e um conjunto de lojas mais pequenas.

Na esperança de encontrarem um crescimento futuro, os promotores imobiliários estão a virar-se para centros de utilização mista, projectos que combinam o retalho, a restauração, o entretenimento e residências, muito ao género de alguns dos novos centros comerciais asiáticos, como o Beijing Mall e o Berjaya Times Square na Malásia.

"Nos anos 90, reparámos que o futuro do negócio passaria pela a aquisição de propriedades e respectivo melhoramento," refere John Bucksbaum, Director-executivo da General Growth Properties.

Em 1993, deu início uma onda de aquisições que aumentou o número de propriedades de centros comerciais na carteira da sua empresa para mais de 200, com uma capitalização de mercado de aproximadamente 37 mil milhões de dólares, de 22 centros e uma capitalização de mercado de 1,2 mil milhões de dólares.

Um projecto ambicioso que ilustra na perfeição a visão da GGP é uma enorme renovação do Natick Mall, um centro comercial com 40 anos na zona suburbana de Boston. A Macy's e Sears, baluartes de longa data, não vão desaparecer, mas uma substancial ampliação vai acrescentar dois complexos de condomínios sumptuosos e uma zona de compras de luxo com a Neiman Marcus e a Nordstrom à cabeça.

Noutros locais, lifestyle centers de utilização mista, uma criação das aldeias urbanas que misturam lojas e condomínios, estão a tornar-se cada vez mais populares. No Biltmore Fashion Park, em Phoenix, zonas para passear ao ar-livre, uma miríade de restaurantes e spas rodeiam nomes de lojas de topo como a Neiman Marcus e Gucci. No The Oaks, um centro comercial originário dos anos 70 em Thousand Oaks, Califórnia, perto de Los Angeles, trabalhos de renovação em 1993 ajudaram-no a enquadrar-se num subúrbio projectado que inclui zonas de crescimento como Simi Valley, Camarillo e Agoura Hills.

Se a tendência vem para ficar, diga adeus aos centros comerciais dominados pelas lojas, onde os clientes fatigados que querem desfrutar de uma refeição ou fazer uma pausa para se divertirem estão limitados à típica zona da restauração e ao salão de jogos de máquinas.

"Cria-se mais densidade na terra que já possui, o que muitas comunidades preferem em vez do crescimento urbano descontrolado," refere Bucksbaum


in: Tom Van Riper (Revista ForBes)
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