• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

EUA vão abater satélite-espião

Grunge

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Ago 29, 2007
Mensagens
5,124
Gostos Recebidos
0
EUA vão abater satélite-espião

O Pentágono passou três semanas a modificar um míssil para destruir um satélite em risco de colidir com a Terra.

As forças norte-americanas pretendem abater um dos seus satélites que se encontra em rota de colisão com a Terra.

O satélite-espião de 10 toneladas foi lançado em Dezembro de 2006 mas não se colocou em órbita correctamente e desde então tem vindo a aproximar-se da Terra.

A maior parte dos satélites são destruídos intencionalmente quando atingem o fim da sua vida útil, mas este nunca esteve sob controlo desde que entrou em órbita, pelo que existe o risco de cair numa área habitada.

O Pentágono passou três semanas a alterar um míssil para destruir o satélite, de forma a assegurar que o objecto - carregado de combustível tóxico para os humanos - não atinja um centro populacional.

De acordo com a agência, esta missão que tem uma «oportunidade razoavelmente alta de sucesso».

Há quem defenda que as forças militares dos EUA querem destruir o satélite para evitar que este caia em solo inimigo.

Outros apontam ainda que o objectivo é demonstrar à China - que recentemente enviou um míssil ao espaço para abater um satélite em órbita - que os EUA também têm capacidades militares orbitais.
 

Satpa

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Set 24, 2006
Mensagens
9,473
Gostos Recebidos
1
Marinha americana desfaz satélite espião em órbita

Marinha americana desfaz satélite espião em órbita

406079.jpg


A Marinha dos Estados Unidos efectuou ontem com aparente êxito uma operação de destruição de um satélite espião americano em risco de se despenhar na Terra. Serão necessários um ou dois dias para saber se o depósito de combustível foi totalmente destruído, mas a utilização de um míssil anti-satélite e a produção de novos detritos em órbita causaram uma imediata onda de críticas.

O satélite espião US-193 foi destruído por um míssil lançado a partir do cruzador Lake Erie, que se encontrava no Pacífico. As imagens mostraram a aproximação do engenho e o intenso brilho da explosão. O objectivo era destruir por completo o depósito de combustível, que continha hidrazina, substância muito tóxica, mas só amanhã haverá certeza absoluta do perigo ter passado.

A perigosidade do satélite era o ponto essencial da narrativa oficial. O US-193 foi lançado em 2006, mas nunca chegou a ficar operacional. Entretanto, começou a perder altitude e corria o risco de se despenhar. O combustível era o maior problema, pois poderia atingir zonas habitadas.

A maior contestação sobre esta acção veio da China, com o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros a pedir mais informações sobre o ensaio. Numa linguagem menos diplomática, o jornal oficial acusou os Estados Unidos de "hipocrisia". No ano passado, Pequim destruiu um satélite meteorológico em órbita e, na altura, os EUA reagiram com acusações duras, afirmando que a China estava a desenvolver um sistema de mísseis anti-satélite.

Outra questão levantada pelos chineses foi a produção de lixo espacial. Constituído por pequenas partículas, este conjunto de detritos é extremamente perigoso para qualquer projecto no espaço. Dos muitos milhares de objectos em órbita, são monitorizados mais de 17 mil, que resultam de restos de foguetões, satélites e outros objectos.

A Rússia juntou-se ontem às críticas chinesas, acusando a Marinha americana de ter realizado uma acção desnecessária, na realidade um teste anti-satélite. Organizações científicas fizeram comentários semelhantes. Segundo estas opiniões, o satélite espião que foi destruído não constituía uma ameaça real e os EUA aproveitaram para realizar um teste tecnicamente difícil, que acelera o processo de militarização do espaço.

O vice-chefe do Pentágono, general James Cartwright, explicou ontem em conferência de imprensa os pormenores da missão e recusou a acusação de que a destruição do satélite foi, na realidade, um teste sobre as capacidades anti-satélites dos EUA. Embora tenha reconhecido que a dificuldade técnica "era elevada", o general afirmou que "a intenção foi a de defender vidas humanas". Segundo o militar, foi usado um míssil defensivo, ligeiramente modificado, para destruir o satélite que viajava a mais de 25 mil quilómetros por hora, usando a energia do movimento.

Rússia, Estados Unidos e China são os três países que dispõem de tecnologia capaz de destruir um satélite em órbita, mas talvez outros países possam fazer o mesmo, incluindo o Japão. Ontem, Tóquio reagiu ao teste americano de forma bem diferente do que fizera em Janeiro de 2007, quando ocorreu o ensaio chinês. "Parece que não há praticamente problema", disse o porta-voz do Governo, ao sublinhar que já não havia risco de queda dos detritos espaciais.

O tiro de ontem mostra que os EUA estão, no mínimo, perto de desenvolver um sistema de destruição de satélites, elemento crucial de qualquer ambição de militarizar o espaço, algo que as potências continuam a dizer não desejarem.|

LUÍS NAVES
DN Online
 
Topo