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Maior central solar do mundo deverá começar a produzir electricidade no Alentejo

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Maior central solar do mundo deverá começar a produzir electricidade em Março no Alentejo

A maior central solar do mundo, em construção no concelho de Moura, deverá começar a funcionar em Março, num investimento de 237,6 milhões de euros para produzir energia "limpa" para a rede eléctrica nacional durante 25 anos.

A Central Solar Fotovoltaica de Amareleja, com uma capacidade instalada de 46,41 megawatts (MW) pico e 35 MW de potência de injecção na rede, está a ser construída num terreno de 250 hectares, perto daquela vila do concelho de Moura (Beja) e considerada a "terra mais quente de Portugal", devido aos recordes de temperatura máxima no Verão.

"Numa primeira fase, a central deverá começar a produzir e injectar energia na rede durante a primeira quinzena de Março, quando estiverem instalados os primeiros 2,5 MW", adiantou hoje à agência Lusa Francisco Aleixo, director-geral da Amper Central Solar, empresa criada para construir e gerir a central e propriedade da Acciona, líder do mercado espanhol de energias renováveis.

Segue-se a instalação dos restantes MW "até ao final deste ano", altura em que a central deverá começar a funcionar em pleno, para produzir cerca de 93 mil MW de energia por ano, o suficiente para abastecer 30 mil habitações, acrescentou o responsável.

A energia vai ser injectada na subestação de Amareleja, na primeira fase, e, posteriormente, na subestação de Alqueva, quando a central estiver a produzir em pleno, precisou Francisco Aleixo.

Com 2.520 seguidores solares azimutais, equipados com 104 painéis solares cada um, a central será a maior do mundo, em potência total instalada e capacidade de produção, mais do quádruplo do que o actual maior complexo do género, situado no concelho vizinho de Serpa, com 11 MW de potência instalada e que começou a produzir energia em pleno no final de Março de 2007.

Os seguidores solares azimutais são dispositivos mecânicos que orientam os painéis solares a seguir perpendiculares ao sol, desde a alvorada, a Este, até ao poente, a Oeste.

Os painéis solares, que convertem a energia da luz do sol em electricidade, foram adquiridos a um fabricante chinês, "o único que demonstrou capacidade para fornecer os painéis necessários para equipar toda central", explicou Francisco Aleixo.

Sem custos de fuel ou emissões, a central, por cada 90 mil MW de energia produzida, vai permitir poupar 152 mil toneladas de emissões de gases de efeito de estufa (CO2) em comparação com uma produção equivalente a partir de combustíveis fósseis.

O projecto da central prevê criar "cerca de 15" postos de trabalho permanentes, a maioria nos serviços de manutenção, previu o responsável.

Em declarações à Lusa, José Maria Pós-de-mina, presidente do município de Moura, que há seis anos idealizou a central e criou a Amper, adquirida em 2006 pela Acciona, congratulou-se hoje com a "concretização efectiva" do projecto "muito positivo para o desenvolvimento do concelho".

"A central vai posicionar o concelho de Moura numa posição muito importante a nível mundial no sector das energias renováveis" e "poderá atrair outros investimentos associados", frisou o autarca, destacando a fábrica de assemblagem de painéis solares, também propriedade da Acciona e em construção em Moura.

Por outro lado, lembrou, a Acciona, quando adquiriu a Amper, disponibilizou dois fundos para a autarquia.

Um deles, no valor de três milhões de euros, será "decisivo" para o processo de arranque do Tecnopólo de Moura, dedicado à investigação e criação de empresas do sector das energias renováveis, e o outro, de 500 mil euros, destina-se à construção de infra-estruturas sociais no concelho, precisou o autarca.

A Central Solar Fotovoltaica de Amareleja vai ser a quarta instalação do género no Baixo Alentejo, depois da Central Solar de Energia Fotovoltaica de Serpa, do Parque Solar de Almodôvar (2,15 MW) e da Central Solar de Ferreira do Alentejo (1,8 MW).

Para a construção da central, o Conselho de Ministros aprovou, no início de Janeiro, a exclusão, do Regime Florestal Parcial, de uma área de 114 hectares, situada na freguesia da Amareleja e pertencente ao perímetro florestal das Ferrarias.

Como compensação, o Governo irá submeter a Regime Florestal Parcial uma área no concelho de Moura no mínimo igual à ocupada pela central.
 
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