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«Rock´n´roll», de Tom Stoppard, em Março no Teatro Aberto
A peça «Rock´n´roll», de Tom Stoppard, sobre a queda do comunismo na Checoslováquia e o fim das utopias, estreia-se em Março no Teatro Aberto, com Beatriz Batarda, Paulo Pires e Rui Mendes como protagonistas.
A acção vai de 1968 a 1990 e decorre em dois lugares, Cambridge (Grã-Bretanha) e Praga (Checoslováquia), ao som de músicas dos Rolling Stones, Velvet Underground, Beatles, Bob Dylan, Doors e Pink Floyd.
«A peça conta através do rock o fim ou a queda do comunismo. O rock para os jovens dos países socialistas significava liberdade», declarou à Lusa João Lourenço o encenador de «Rock'n'roll».
Um grupo de rock que surgiu em Praga em 1968, «The Plastic People of the Universe», acabará por tornar-se um símbolo da resistência ao comunismo.
O grupo foi criado pouco depois da entrada dos tanques soviéticos, em Agosto de 1968, para esmagar o movimento de abertura política que ficaria conhecido como Primavera de Praga.
Os músicos da banda não tinham actividade política, mas seriam alvo da repressão política que se viveu nos anos a seguir a esse esmagamento, o que estimulou os intelectuais do país a agir.
A Carta 77, um manifesto assinado por diversos intelectuais em protesto contra a repressão e exigindo maior respeito pelos direitos humanos, seria o grande abanão ao regime. O dramaturgo Vaclav Havel, futuro presidente do país, foi um dos signatários.
Estes acontecimentos que culminaram na Revolução de Veludo, depois da queda do Muro de Berlim, são recriados através dos personagens da peça de Tom Stoppard, um britânico que nasceu em 1937 na Checoslováquia, e das músicas que os acompanham.
«Tom Stoppard conhece o Havel e este conheceu os Plastic People. Antes mesmo dos músicos da banda serem presos deram um concerto na quinta dele, um concerto clandestino», contou João Lourenço.
Mas, o espectáculo não vai apresentar teses em palco, «o que veremos é o que essas teses fazem nas pessoas», acrescentou.
As três personagens centrais são um professor de Cambridge (marxista), um aluno de Praga que ali estuda e a mulher do primeiro.
Beatriz Batarda tem um duplo papel, para além de fazer de mulher do professor faz também de filha, explicou o encenador, frisando que é a primeira vez que trabalha com a actriz.
Também é a primeira vez que encena uma peça da autoria de Stoppard.
«É um espectáculo para pessoas que gostam de teatro, que querem ouvir um bom texto e pensar sobre determinados problemas», resumiu.
Sem adiantar pormenores sobre a cenografia (que assina com Henrique Cayatte), João Lourenço indicou apenas que vai ser utilizado um palco rotativo e que haverá algumas projecções, incluindo um vídeo do concerto que os Rolling Stones deram em Praga em 1990.
Mick Jagger, líder da banda, assistiu à estreia da peça, em Londres, em Junho de 2006.
A peça «Rock´n´roll», de Tom Stoppard, sobre a queda do comunismo na Checoslováquia e o fim das utopias, estreia-se em Março no Teatro Aberto, com Beatriz Batarda, Paulo Pires e Rui Mendes como protagonistas.
A acção vai de 1968 a 1990 e decorre em dois lugares, Cambridge (Grã-Bretanha) e Praga (Checoslováquia), ao som de músicas dos Rolling Stones, Velvet Underground, Beatles, Bob Dylan, Doors e Pink Floyd.
«A peça conta através do rock o fim ou a queda do comunismo. O rock para os jovens dos países socialistas significava liberdade», declarou à Lusa João Lourenço o encenador de «Rock'n'roll».
Um grupo de rock que surgiu em Praga em 1968, «The Plastic People of the Universe», acabará por tornar-se um símbolo da resistência ao comunismo.
O grupo foi criado pouco depois da entrada dos tanques soviéticos, em Agosto de 1968, para esmagar o movimento de abertura política que ficaria conhecido como Primavera de Praga.
Os músicos da banda não tinham actividade política, mas seriam alvo da repressão política que se viveu nos anos a seguir a esse esmagamento, o que estimulou os intelectuais do país a agir.
A Carta 77, um manifesto assinado por diversos intelectuais em protesto contra a repressão e exigindo maior respeito pelos direitos humanos, seria o grande abanão ao regime. O dramaturgo Vaclav Havel, futuro presidente do país, foi um dos signatários.
Estes acontecimentos que culminaram na Revolução de Veludo, depois da queda do Muro de Berlim, são recriados através dos personagens da peça de Tom Stoppard, um britânico que nasceu em 1937 na Checoslováquia, e das músicas que os acompanham.
«Tom Stoppard conhece o Havel e este conheceu os Plastic People. Antes mesmo dos músicos da banda serem presos deram um concerto na quinta dele, um concerto clandestino», contou João Lourenço.
Mas, o espectáculo não vai apresentar teses em palco, «o que veremos é o que essas teses fazem nas pessoas», acrescentou.
As três personagens centrais são um professor de Cambridge (marxista), um aluno de Praga que ali estuda e a mulher do primeiro.
Beatriz Batarda tem um duplo papel, para além de fazer de mulher do professor faz também de filha, explicou o encenador, frisando que é a primeira vez que trabalha com a actriz.
Também é a primeira vez que encena uma peça da autoria de Stoppard.
«É um espectáculo para pessoas que gostam de teatro, que querem ouvir um bom texto e pensar sobre determinados problemas», resumiu.
Sem adiantar pormenores sobre a cenografia (que assina com Henrique Cayatte), João Lourenço indicou apenas que vai ser utilizado um palco rotativo e que haverá algumas projecções, incluindo um vídeo do concerto que os Rolling Stones deram em Praga em 1990.
Mick Jagger, líder da banda, assistiu à estreia da peça, em Londres, em Junho de 2006.