Virgin faz primeiro voo com biocombustível

Virgin faz primeiro voo com biocombustível​

A Virgin Atlantic tornou-se ontem na primeira companhia aérea a efectuar um voo comercial, entre Londres e Amesterdão, recorrendo ao uso do biocombustível. Um Boeing 747, sem passageiros, alimentado com 20% de um combustível, cuja composição não foi especificada, descolou de Londres às 12 horas de ontem para aterrar, com sucesso, hora e meia depois, na capital holandesa.

Uma das desvantagens que este tipo de combustível poderia ter era de congelar a grandes altitudes.

O presidente da Virgin, o multimilionário Richard Branson, emitiu um comunicado sobre o assunto considerando esta viagem "um marco histórico para os biocombustíveis e também para a indústria da aeronáutica". Para Branson, o voo experimental demonstrou "ser possível substituir os combustíveis tradicionais e fazer voar um avião com a ajuda do biocombustível. Este voo pioneiro permitirá àqueles que, como nós, desejam realmente reduzir as emissões de CO2 , continuarem apostados no desenvolvimento deste tipo de alternativas".

Apesar das críticas dos ambientalistas que alegam que os biocombustíveis são prejudiciais para o meio ambiente, Branson assegura que o voo de ontem foi "um ponto de inflexão" que permitirá que os voos comerciais passem a ser mais amigos do ambiente. "Esta é a chave para eduzir as nossas emissões de carbono", sublinhou.

Os biocombustíveis, que normalmente são produzidos a partir de substancias como óleos vegetais e açúcar, são vistos, pelos seus defensores, como uma modo de cortar nas emissões de gases poluentes e de reduzir a dependência dos combustíveis de origem fóssil.

Na semana passada o governo britânico encomendou um estudo sobre o impacto ambiental e económico do combustível biológico, já que cada vez há mais cientistas que afirmam que este pode prejudicar o meio ambiente, a produção de alimentos e inclusive aumentar as emissões de carbono.

Jornal de Notícias