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Cientistas dos EUA querem instalar câmaras em insectos

Matapitosboss

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Set 24, 2006
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Cientistas americanos estão pesquisando a criação de insectos espiões biónicos, implantando mecanismos de controle e vigilância nestes insectos quando ainda estão na fase de larva.
A Agência de Projectos em Pesquisa Avançada do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (Darpa, na sigla em inglês), que já tinha pesquisas com implantes de micro - câmaras e mecanismos de controle de movimentos em ratos, aves e tubarões, concentrou seus últimos projectos em insectos.

Segundo artigo publicado na revista New Scientist, os insectos se misturam ao ambiente mais facilmente e são mais ágeis durante o voo.

O Projecto de Sistemas Mecânicos Micro electrónicos para Insectos Híbridos (HI-MEMS, na sigla em inglês) visa transformar em miniatura toda a tecnologia necessária para ser acoplada ao corpo de insectos voadores.

Durante seu desenvolvimento, a maioria dos insectos voadores (incluindo mariposas e besouros) passa por uma metamorfose, um estado de crisálida (ou pupa).

Neste estágio, enzimas dissolvem a maior parte do tecido que existia na fase de larva e o insecto é reconstruído.

O projecto HI-MEMS visa incorporar sistemas artificiais de controle nestes insectos, inserindo dispositivos durante o estágio de pupa.

Novos órgãos

A ideia deste projecto é que, enquanto os novos órgãos e tecidos dos insectos se desenvolvem, eles vão criar conexões fortes e estáveis entre os dispositivos e os tecidos musculares ou nervosos. Os dispositivos de controle então se transformariam em partes do corpo do insecto adulto.

Os pesquisadores do projecto HI-MEMS fabricaram sondas ultrafinas - algumas centenas de micrómetros de largura (1 micrómetro equivale à milionésima parte do metro) - de plástico flexível, com traços de metal para completar as conexões eléctricas.

Apesar de a pesquisa do Departamento de Defesa americano estar cercada de sigilo, alguns detalhes puderam ser vistos em um vídeo exibido numa conferência em Tucson, no estado do Arizona, em Janeiro.

As imagens foram gravadas no Instituto Boyce Thompson em Ithaca, Nova York. A equipa de cientistas implantou sondas de plástico flexíveis em uma crisálida de um tipo de mariposa antes que o insecto adulto emergisse.

Os músculos relativos ao voo desta mariposa adulta respondiam a estímulos vindos desta sonda, que controlavam a velocidade e direcção do voo.

Besouros

Outro grupo financiado pelo Projecto em Pesquisa Avançada do Departamento de Defesa dos Estados Unidos implantou eléctrodos no cérebro de um tipo de besouro, já adulto, perto de neurónios que controlam o voo destes insectos.

Quando a equipe da Universidade de Berkeley, Califórnia, enviou pulsos de voltagem negativa ao cérebro do insecto, os músculos das asas do besouro começaram a se mover e o insecto começou a voar.

Um pulso de voltagem positiva fechou as asas do insecto e o besouro parou de voar. A rápida mudança entre estes sinais eléctricos controlava o impulso e descolagem do besouro.

O objectivo do projecto Darpa é criar um insecto biónico que possa voar a pelo menos 100 metros de distância do controlador, pousar a cinco metros de um alvo e permanecer no local até receber o comando de retornar.


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