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EDP estuda alternativa à bolsa para as renováveis

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EDP estuda alternativa à bolsa para as renováveis

No dia da apresentação dos resultados de 2007, António Mexia anunciou que está a preparar um ‘plano b’ para as renováveis. No limite, podem não ir para a bolsa em Maio.

A equipa de António Mexia está a analisar o “plano B” para financiar os investimentos da EDP, caso a instabilidade no mercado de capitais não permita levar a empresa de renováveis para a bolsa este semestre como previsto.

“Estamos a preparar alternativas [ao IPO]. Faz parte da gestão saudável. Mas não afectará os projectos de investimento em 2008 [a nível de hídricas, eólicas]”, disse António Mexia, presidente do conselho de administração executivo da EDP. O CEO assegurou, em conferência de apresentação de resultados que as alternativas em análise visam garantir que “a partir de 2009 não há necessidade de crescer mais devagar”, caso não se concretize o objectivo de entrada em bolsa da EDP Renováveis que se mantém prioritário.

Apesar de não adiantar muitos detalhes, Nuno Alves, vogal da administração, disse que entre as hipóteses em cima da mesa a EDP contempla a venda de activos ou outros formas de emissão de dívida convertível.

A decisão de cotar, ou não, parte do capital da EDP Renováveis, terá que ser tomada até Maio, cumprindo os prazos definidos pelo regulador de mercado. Para já Mexia deixa a certeza de que nunca será abaixo do “valor que consideramos justo para os activos.”
O IPO abrange os activos na área das eólicas, em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Polónia e EUA e as avaliações conhecidas apontam para valores na ordem nos oito a dez mil milhões de euros. O plano de Mexia contempla investimentos na ordem dos 12 mil milhões de euros até 2010, sendo 50% adjudicados às energias renováveis.

De resto, o negócio da energia eólica, uma das vertentes das renováveis, foi a área de maior crescimento da EDP no ano que passou. Só a compra da norte-americana Horizon permitiu um crescimento da capacidade instalada de energia eólica em 167% para 1,490 megawatts brutos. O crescimento do negócio das eólicas contribuiu, também, para que EBITDA da energética portuguesa atingisse de 2,6 mil milhões de euros, sendo que 51% do valor total já é captado além fronteira. Durante a apresentação de resultados de 2007, o presidente executivo assegurou que, face aos números, estão em condições de “manter exactamente o tinham definido” em termos de metas.

As renováveis são um pilar fundamental da estratégia desta administração, mas os projectos não ficam por aqui. A administração assegura que este semestre será adjudicada a construção da barragem do Baixo Sabor, no segmento da energia hídrica, e que vai continuar a construção de novas hídricas e turbinas de ciclo combinado a gás natural (CCGT) na Península Ibérica. No Brasil a aposta também passa pelas renováveis. Ao mesmo tempo que mantém as metas de corte de custos e aumento de eficiência.

Alda Martins
Diario Económico
 
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