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Biografia revela paixão anti-racista de Arthur Miller

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Biografia revela paixão anti-racista de Arthur Miller

Uma biografia de Arthur Miller a publicar em breve pela Weidenfels & Nicolson documenta a precocidade da paixão anti-racista do grande dramaturgo nort-americano, patente num romance que não chegou a concluir e em vários contos inéditos.

Antes do seu falecimento em 2005, o autor de «A morte de um caixeiro-viajante» entregou centenas de papéis pessoais ao cuidado do romancista e académico Christopher Bigsby, informa hoje o diário «The Times».

Em alguns desses documentos, escritos à mão ou à máquina, Miller ataca as injustiças do racismo norte-americano, antecipando-se mesmo ao movimento dos direitos civis.

Segundo o autor da biografia, fundador do Centro Arthur Miller de Estudos Norte-americanos na Universidade de East Anglia (Inglaterra), embora Miller seja considrerado um autor realista, nos seus primeiros escritos surpreende o carácter experimental e a técnica do «fluxo de consciência» utilizada.

O romance inacabado sobre o racismo tem 180 páginas, mas Bigsby considera-o muito ilustrativo a esse respeito.

«Não me tinha dado conta de quanto ele estava preocupado com o racismo naquela época. Conhecíamos o seu interesse pelo anti-semitismo, mas não pelas relações entre brancos e negros», disse Bigsby a «The Times».

A publicar este ano, «Arhur Miller: a biografía definitiva», de Christopher Bigbsby, analisa algumas obras não publicadas de Miller, nomeadamente dois romances e contos escritos entre 1938 e princípios dos anos 40.

Um dos contos, de 1940, intitulado «Shleifer, Albert, 49» - alusão a uma notícia necrológica num jornal -, trata de um caixeiro-viajante que se mata, tal como Willy Loman, a figura central da peça de teatro com que Miller ganharia o Prémio Pulitzer.
 
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