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Repovoamentos PiscÍcolas

helldanger1

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Por repovoamento piscícola entende-se a introdução no meio natural, curso de água ou
albufeira, de peixes, ou mesmo ovos, provenientes de piscicultura.
Os objectivos de um repovoamento podem ser vários, podendo, no entanto, subdividirse
em quatro categorias principais:
• Mitigação de impactes causados, por exemplo, por obras hidráulicas, em que
houve perturbação dos habitats e, consequentemente, das populações
piscícolas;
• Recuperação de populações piscícolas após a eliminação ou atenuação
de factores que as afectavam, como alterações da qualidade da água ou dos
habitats, ou a existência de barreiras físicas que impediam a circulação dos
migradores;
• Aumento das populações piscícolas em locais em que devido à procura
elevada por parte dos pescadores, o repovoamento constitua a única forma
de reforçar os efectivos piscícolas e garantir a manutenção do nível de oferta;
• Introdução de peixes em novas massas de água, por exemplo novas
albufeiras, ou introdução de novas espécies com o objectivo de modificar a
dinâmica populacional e diversificar a oferta.
Um repovoamento não pode ser considerado como um acto isolado, devendo ser
sempre acompanhado de algumas acções associadas.
• A primeira destas acções, que precede o repovoamento propriamente dito,
consiste na identificação das razões que levaram à proposta desse mesmo
repovoamento e à definição precisa dos seus objectivos.
• Após a definição dos objectivos é executado um plano de repovoamento,
baseado no qual é efectuada a produção de peixes destinados aquele fim. Esta
produção assume particular importância, pois deverá ser condicionada pelos
objectivos do repovoamento, quer no que se refere às espécies a produzir, seu
número e dimensão, quer ainda ao tipo de meio a que se destinam. Neste último
caso, particular importância deverá ser dada, por exemplo, a peixes que se
destinam a cursos de água de corrente forte, que deverão ser "treinados" para
essas condições ainda nos tanques das pisciculturas, sob pena do sucesso do
repovoamento ser drasticamente reduzido.
• Após o lançamento dos peixes no meio deverá ser feita uma monitorização da
evolução das populações, que possibilitará detectar eventuais erros, os quais
deverão ser registados e interpretados, de modo a evitá-los numa próxima
operação.
Em Portugal a Direcção-Geral das Florestas e as Direcções Regionais de
Agricultura efectuam periodicamente repovoamentos nas massas de água, sempre
que são identificadas situações que o justifique, em particular quando se detectam
reduções de efectivos devido a procura elevada por parte dos pescadores ou antes da
realização de provas desportivas importantes, de modo a aumentar a capacidade de
oferta dos pesqueiros. De realçar que estas acções de repovoamento só são realizadas
se o meio tiver boa qualidade, uma capacidade de suporte suficiente e exista um déficit
da população natural.

Fonte:DGF
 
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