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Villaret reabre com homenagem a Solnado e «A Gorda - Fat Pig»

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Villaret reabre com homenagem a Solnado e «A Gorda - Fat Pig»

O lisboeta Teatro Villaret reabre na próxima terça-feira com uma homenagem ao actor Raul Solnado, seu fundador, e a estreia da peça «A Gorda - Fat Pig», do dramaturgo norte-americano Neil LaBute.

Figura histórica do teatro português, Raul Solnado foi o único actor nacional a criar um teatro, em 1965, por onde passariam grandes espectáculos de autores contemporâneos, cujos temas actuais atraíram o público e outras companhias que aí começaram, gradualmente, a instalar-se.

«A reabertura deste teatro surge como uma consequência lógica do papel do Villaret na sociedade e na cultura portuguesa», refere em comunicado Carlos Fragateiro, director do Teatro Nacional D. Maria II, ao qual pertence agora aquela sala.

Segundo o responsável, esta é a oportunidade para «uma justa homenagem a um dos grandes homens do teatro em Portugal, Raul Solnado, pela sua capacidade de arriscar, pela sua entrega à arte e pelo seu magnífico trabalho enquanto actor».

Move o Teatro D. Maria II - sublinha - «o mesmo objectivo que guiou Raul Solnado ao fundar o Villaret: apresentar um repertório das melhores peças de teatro contemporâneas».

Nesse sentido, na noite de reabertura do teatro, será apresentada «A Gorda - Fat Pig», uma peça assumidamente autobiográfica escrita por LaBute, com encenação de Amândio Pinheiro e interpretação de Ricardo Pereira, Carla Vasconcelos, Carlos António e Maria João Falcão.

A peça conta a história de Tomás, um rapaz magro e elegante que se apaixona por uma rapariga gorda, Helena. Até aí, tudo corre bem: os problemas começam quando ele a apresenta aos colegas de trabalho e se vêem ambos confrontados com os preconceitos da sociedade contemporânea, obcecada com a imagem, que rejeita todos quanto fujam aos padrões de beleza instituídos.

«Revejo-me muito em 'Fat Pig'. Independentemente do título da peça, a história lida com a fraqueza humana e com as dificuldades que muita gente encontra quando tenta defender algo, ou viver de acordo com um princípio, ou assumir uma coisa em que acredita», diz o autor, de 45 anos, citado no comunicado.

«E esse sou eu, encerrado na minha própria concha, bem intencionado mas surpreendentemente fraco quando é preciso enfrentar as coisas. O heroísmo é um número muito difícil, ao que parece», acrescenta.

Sobre as personagens da peça, Neil Labute diz gostar de todas «porque são desesperadamente humanas: querem ter convicções, mas, no fim, preferem ser amadas ou satisfazer as suas necessidades».

Uma produção do Teatro D. Maria II, «A Gorda - Fat Pig» estará em cena no renovado Teatro Villaret até 01 de Junho.
 
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