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Polémica em torno da privatização do Rivoli
Rui Rio acusado de “segregar tudo o que é arte”
A Plateia - Associação de Profissionais das Artes Cénicas - acusou hoje o presidente da câmara do Porto de "segregar tudo o que é arte", num manifesto que marcou o Dia Mundial do Teatro.
A Associação qualifica a política de Rui Rio como "displicente”, conduzindo a um “continuado esquecimento do Porto enquanto pólo de criação por parte da administração central". Para além das críticas ao “congelamento de financiamentos”, a Plateia lança achas à velha questão da privatização do Rivoli - "Num só acto prejudicou duplamente a população da cidade: privou-a da programação de dança e novo circo de excelência, privou-a de palco condigno para a produção própria", afirma o manifesto.
A Plateia considera que Rui Rio, ao ceder a exploração do Rivoli a uma entidade privada, eliminou o sustentáculo da produção artística portuense "por meios que configuram abuso de poder, falta de respeito pelos cidadãos e pelos preceitos da democracia, com enorme falta de urbanidade e visão estratégica".
Para associação ,a política de Rui Rio conduz também ao aumento das assimetrias regionais, pois “estanca-se o crescimento das estruturas de criação da cidade, mantendo-as num patamar de puberdade perpetuada".
Em Novembro do ano passado, a Plateia, associada à GDA (Cooperativa de Gestão dos Direitos dos Artistas Intérpretes ou Executantes) e ao CIJE (Centro de Investigação Jurídico-Económica da Faculdade de Direito do Porto), elaborou um estudo de direito comparado e uma proposta legislativa concreta, que entregueou no Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Mas, apesar de o Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto (TAFP) ter reconhecido a ilegalidade do acto administrativo que atribuía a gestão do Rivoli Teatro Municipal a Filipe La Féria, a decisão não teve o alcance prático desejado, uma vez que Câmara Municipal do Porto manteve o modelo de direito privado de funcionamento do Teatro Municipal.
Depois disso, a Plateia avançou com nova acção no passado mês de Fevereiro, a solicitar que o TAFP impeça a Câmara Municipal do Porto (CMP) de continuar a atribuir a gestão do Teatro Municipal através de contratos privados e fixe um prazo para abertura de concurso público para a gestão do Rivoli.
O PÚBLICO contactou a CMP, mas não recebeu até ao momento qualquer reacção de Rui Rio às críticas feitas pela Associação de Profissionais das Artes Cénicas.
Filipa Cardoso, Com Lusa
Rui Rio acusado de “segregar tudo o que é arte”
A Plateia - Associação de Profissionais das Artes Cénicas - acusou hoje o presidente da câmara do Porto de "segregar tudo o que é arte", num manifesto que marcou o Dia Mundial do Teatro.
A Associação qualifica a política de Rui Rio como "displicente”, conduzindo a um “continuado esquecimento do Porto enquanto pólo de criação por parte da administração central". Para além das críticas ao “congelamento de financiamentos”, a Plateia lança achas à velha questão da privatização do Rivoli - "Num só acto prejudicou duplamente a população da cidade: privou-a da programação de dança e novo circo de excelência, privou-a de palco condigno para a produção própria", afirma o manifesto.
A Plateia considera que Rui Rio, ao ceder a exploração do Rivoli a uma entidade privada, eliminou o sustentáculo da produção artística portuense "por meios que configuram abuso de poder, falta de respeito pelos cidadãos e pelos preceitos da democracia, com enorme falta de urbanidade e visão estratégica".
Para associação ,a política de Rui Rio conduz também ao aumento das assimetrias regionais, pois “estanca-se o crescimento das estruturas de criação da cidade, mantendo-as num patamar de puberdade perpetuada".
Em Novembro do ano passado, a Plateia, associada à GDA (Cooperativa de Gestão dos Direitos dos Artistas Intérpretes ou Executantes) e ao CIJE (Centro de Investigação Jurídico-Económica da Faculdade de Direito do Porto), elaborou um estudo de direito comparado e uma proposta legislativa concreta, que entregueou no Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Mas, apesar de o Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto (TAFP) ter reconhecido a ilegalidade do acto administrativo que atribuía a gestão do Rivoli Teatro Municipal a Filipe La Féria, a decisão não teve o alcance prático desejado, uma vez que Câmara Municipal do Porto manteve o modelo de direito privado de funcionamento do Teatro Municipal.
Depois disso, a Plateia avançou com nova acção no passado mês de Fevereiro, a solicitar que o TAFP impeça a Câmara Municipal do Porto (CMP) de continuar a atribuir a gestão do Teatro Municipal através de contratos privados e fixe um prazo para abertura de concurso público para a gestão do Rivoli.
O PÚBLICO contactou a CMP, mas não recebeu até ao momento qualquer reacção de Rui Rio às críticas feitas pela Associação de Profissionais das Artes Cénicas.
Filipa Cardoso, Com Lusa