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Energia das ondas arranca em Maio

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Energia das ondas arranca em Maio e deve ter novos parceiros

O primeiro projecto para a produção comercial de electricidade a partir de energia das ondas deverá arrancar em Maio, na praia da Aguçadoura, a norte da Póvoa do Varzim. Trata-se de um parque da Enersis, com uma potência instalada de 2,25 MW, que já estava para iniciar a produção há alguns meses, mas que por razões técnicas e climáticas não foi possível de concretizar nessa altura. Agora, a empresa está aguardar apenas por uma melhoria das condições de tempo para o fazer, garantiu ao DN fonte ligada ao projecto.

Este é apenas o primeiro passo de uma ambiciosa estratégia que a Enersis tem para desenvolver a produção de energia em Portugal a partir daquela fonte renovável. Tal como a empresa já tinha anunciado, é seu objectivo, no prazo de dez anos, vir a ter uma potência instalada no País, de cerca de 500 MW, o que justificaria a criação de um cluster industrial para o sector que, ao mesmo tempo, seria um dos primeiros a nível mundial.

No total, a empresa poderia investir cerca de 1,460 milhões de euros, dos quais 1,4 mil milhões em parques e 60 milhões na a unidade de fabrico de equipamentos . Um projecto que já foi apresentado à então API, hoje AICEP - Agência Portuguesa para o Investimento e Comércio Externo de Portugal e à Direcção-Geral de Energia e Geologia e para o qual a empresa sempre disse que gostaria de contar com outros parceiros.

Dois desses parceiros poderão ser a EDP e a Efacec, empresas com as quais a Enersis já está a desenvolver contactos nesse sentido, apurou o DN junto de fontes empresariais. Contudo, Rui Barros, administrador da Enersis em Portugal, limitou-se a dizer que não comentava o assunto.

Fonte não oficial da Efacec adiantou que a empresa está interessada em investir neste projecto, desde que o Governo esteja disposto a atribuir as licenças para a instalação de uma potência que justifique a existência do cluster industrial, à semelhança do que fez para as eólicas. O mínimo será de 300 MW. Mas, de acordo com outras fontes do sector, o Executivo estará a aguardar pelos resultados das primeiras experiências na costa portuguesa para dar um novo impulso à energia das ondas.

Contactada pelo DN, fonte oficial da Efacec diz que a empresa está interessada em projectos de energia das ondas, em geral. Sobre o investimento concreto da Enersis, não confirma nem desmente o seu envolvimento futuro; a EDP, por seu lado, não respondeu ao DN até à hora de fecho desta edição.

Se o projecto avançar poderá gerar, no período de pico de construção dos parques e da unidade fabril, cerca de 2000 postos de trabalho. Depois, entre manutenção e gestão dos parques e da unidade fabril será responsável por mil empregos .

Para já, a Enersis tem atribuída a licença para a instalação de uma potência total de 20 MW, já se incluindo neste valor a capacidade a instalar na praia da Aguçadoura.

A empresa, que já opera há vários anos em Portugal no domínio das energias renováveis, faz parte do agrupamento Ventinveste, que ganhou a fase B do concurso para a atribuição de uma nova potência eólica de 400 MW.|


ANA TOMÁS RIBEIRO
DN Online
 
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