• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Mussolini

Satpa

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Set 24, 2006
Mensagens
9,473
Gostos Recebidos
1
Benito Mussolini

250px-37518r.jpg

Benito Mussolini

Benito Amilcare Andrea Mussolini (Varano di Costa - Dovia di Predappio, 29 de Julho de 1883 — Giulino di Mezzegra, 28 de Abril de 1945) foi jornalista e político italiano. Governou com poderes ditatoriais a Itália, entre 1922 a 1943, auto denominando-se Il Duce, que significa em italiano "o condutor".


Origens

Mussolini viveu os seus primeiros anos de vida numa pequena vila na província, numa família humilde. Seu pai, Alessandro, era um ferreiro alcoólatra e um fervoroso socialista, e sua mãe, Rosa Maltoni, uma humilde professora primária, era a principal sustentadora da família. Foi-lhe dado o nome de Benito em honra do revolucionário mexicano Benito Juárez. Tal como o seu pai, Benito tornou-se um socialista e mais tarde um marxista. Foi influenciado por aquilo que leu de Friedrich Nietzsche, e uma outra doutrina muito corrente do tempo e que o influenciou foi a do "sindicalismo revolucionário", sustentada pelo escritor francês Georges Sorel (1847-1922).

Já mesmo na escola, com apenas 11 anos, Benito deu mostras de um carácter violento ao esfaquear um dos seus colegas e atirar tinta ao professor. Foi expulso da escola. Apesar disso continuou os estudos e teve mesmo boas notas, conseguindo qualificar-se como professor da escola primária em 1901.

Em 1902 emigrou para a Suíça para fugir ao serviço militar, mas, incapaz de encontrar um emprego permanente, tendo sido até mesmo preso por vagabundagem, ele foi expulso. Foi deportado para a Itália, onde foi forçado a cumprir o serviço militar. Depois de novos problemas com a polícia, ele conseguiu um emprego num jornal na cidade de Trento (à época sob domínio austro-húngaro) em 1908. Foi nesta altura que escreveu um romance, chamado "A amante do cardeal".

Mussolini tinha um irmão, Arnaldo, que se tornou um conhecido teórico do fascismo.

Uniu-se informalmente com Rachele Guidi e em 1910 nasceu a primeira filha, Edda. Contraiu matrimónio civil somente cinco anos mais tarde. Em 1916 nasce Vittorio, em 1918 Bruno, em 1927 Romano e em 1929, Anna Maria.


275px-Benito_Mussolini_and_Adolf_Hitler.jpg

Benito Mussolini, à direita de Adolf Hitler.

Carreira política

No início da sua carreira de jornalista e político foi um tenaz propagandista do socialismo italiano, em defesa do qual escreveu vários artigos no jornal esquerdista Avanti, de que era redactor-chefe. Em 1914, dirigiu o jornal Popolo d'Itália, onde defendeu a intervenção italiana em favor dos aliados e contra a Alemanha. Expulso do Partido Socialista Italiano, alistou-se no exército, quando a Itália entrou na Primeira Guerra Mundial e alcançou a patente de sargento, vindo a ser ferido em combate por uma granada.

Em 1919, fundou os Fasci Italiani di Combatimento, organização que originaria, mais tarde, o Partido Fascista. Baseando-se numa filosofia política teoricamente socialista, conseguiu a adesão dos militares descontentes e de grande parte da população, alargou os quadros e a dimensão do partido. Sua oratória era tão notável – possuía uma bela voz digna de um barítono – quanto seu uso eficaz de propaganda política. Após um período de grandes perturbações políticas e sociais, período em que alcançou grande popularidade, guindou-se a chefe do partido (Duce), e em 1922 organizou a famosa marcha sobre Roma, um golpe de propaganda. O próprio Mussolini nem sequer esteve presente, tendo chegado de comboio.

Usando as suas milícias (chamadas de "camicia nera", camisas negras) para instigar o terror e combater abertamente os socialistas, conseguiu que os poderes investidos o nomeassem para formar governo. Foi nomeado Primeiro Ministro pelo rei Vítor Manuel III, alcançando a maioria parlamentar e, consequentemente, poderes absolutos no governo do país.

Logo após a sua subida ao poder, iniciou uma campanha de fanatização que culminaria com o aumento do seu poder, devido à interdição dos restantes partidos políticos e sindicatos. Nessa campanha foi apoiado pela burguesia e pela Igreja. Em 1929, necessitando de apoio desta e dos católicos, pôs fim à Questão Romana (conflito entre os Papas e o Estado italiano) assinando a Concordata de São João Latrão com Pio XI. Por esse tratado, firmou-se um acordo pelo qual se criava o Estado do Vaticano, o Sumo Pontífice recebia indemnização monetária pelas perdas territoriais, o ensino religioso era obrigatório nas escolas italianas, o catolicismo virava a religião oficial da Itália e se proibia a admissão em cargos públicos dos sacerdotes que abandonassem a batina.


Mussoliniposter.jpg

Mussolini.

Invasão de outros países e Segunda Guerra

Em 1935, invadiu a Abissínia (actual Etiópia), perdendo assim o apoio da França e da Inglaterra, até então seus aliados políticos. Esta campanha militar fez mais de meio milhão de mortos entre os africanos, face a cerca de 5.000 baixas do lado italiano. Foram usadas armas químicas contra a população local, um facto que não foi noticiado na imprensa italiana, controlada por Mussolini.

Somente então aliou-se de fato a Adolf Hitler, com quem firmaria vários tratados. Em 1936, assinou com o Führer e com o Japão o Pacto Tripartite, pelo qual Alemanha, Itália e Japão formavam uma aliança político-militar que levaria o mundo à Segunda Guerra Mundial.

Em 1938 ocupou a Albânia e enviou vários destacamentos que lutaram ao lado dos falangistas de Franco durante a Guerra Civil de Espanha. Em seguida, fez os exércitos italianos atacarem a Grécia – apenas para serem expulsos em oito dias. Com o início da Segunda Guerra Mundial combateu os aliados e, após várias e quase consecutivas derrotas, apesar do apoio militar alemão e sobretudo depois do desembarque aliado na Sicília, caiu em desgraça, vindo a ser derrubado e preso em 1943.

Morte

Foi libertado pelos pára-quedistas SS alemães do Hotel/prisão de Gran Sasso em 12 de Setembro de 1943 em ação de resgate liderada por Otto Skorzeny, conhecida como Operação Eiche (OAK).

Fundou a República Social Italiana, no Norte do país, mas pouco depois viria a ser novamente preso por guerrilheiros da Resistência italiana, que o fuzilaram a 28 de Abril de 1945, juntamente com a sua companheira, Clara Petacci – que embora pudesse fugir, preferiu permanecer ao lado do Duce até o fim. As últimas palavras de Mussolini – em óbvia deferência à sua personalidade egocêntrica – foram: "Atirem aqui" (disse ele apontando o peito). "Não destruam meu perfil". O seu corpo e o de Clara ficaram expostos à execração pública durante vários dias, numa praça de Milão.

Investigação sobre sua morte

As últimas horas de vida de Mussolini foram vasculhadas por um tribunal do júri de Pádua, em maio de 1957. Mas o processo não esclareceu as circunstâncias da execução. Até hoje não se sabe, de fato, quem disparou os tiros mortais. O pesquisador Renzo de Felice suspeita que o serviço secreto britânico tenha tramado a captura junto com os partigiani.

Michele Moretti, último sobrevivente do grupo de guerrilheiros antifascistas que matou o ditador, morreu em 1995, aos 86 anos em Como (norte da Itália). Moretti, que na época da guerrilha usava o codinome "Pietro", levou para o túmulo o segredo sobre quem realmente disparou contra Mussolini e sua amante.

Alguns historiadores italianos afirmam que o próprio Moretti matou os dois. Para outros, o autor dos disparos, feitos com a metralhadora de "Pietro", foi outro partigiano, chamado Walter Audisio. É certo, porém, que a ação foi obra da Resistência italiana.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
Topo