• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Renascimento flamengo

Satpa

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Set 24, 2006
Mensagens
9,473
Gostos Recebidos
1
Renascimento flamengo

350px-Pieter_Brueghel_de_Oude_-_De_val_van_Icarus.jpg

A Queda de Ícaro, de Pieter Brueghel

No norte da Europa, a Renascença se materializou em torno da visão do realismo intenso da obra de Albrecht Dürer. Nos Países Baixos, os pintores seguíram o impulso setentrional para a observação precisa e para o naturalismo, no âmbito das paisagens e retratos. Assim como na Itália Renascença setentrional terminou com o Maneirismo, que durou uma geração a mais que na Itália.

Dois pintores flamengos equilibraram-se na divisa entre o mundo gótico e o renascentista: Jan Gossaert e Joachim Patinir. Gossaert até trabalhou na Itália e inventou para si uma assinatura italianizada: Mabuse.

Se a França pode ser considerada setentrional, pelo menos no sentido de não ser italianizada, então Jean Clouet e a Escola de Fontainebleu são exemplos notáveis de uma Renascença pinturesca no norte da Europa. Rosso Fiorentino e Francesco Primaticio trouxeram sua refinada influência para Fontainebleu. A Escola de Fontainebleu baseava-se no refinamento italiano, mas em suas obras há um inegável realismo flamengo.

Joachim Wtewael, que nasceu nos Países Baixos mas viajou pela Itália e França, tornou-se destacado representante do estilo maneirista flamengo. Outro eminente pintor maneirista foi Bartholomeus Spranger. Tornou-se pintor da corte de Rodolfo II e exerceu muita influência na Escola de Haarlem.

A paisagem setentrional

300px-Joachim_Patinir_007.jpg

Caronte atravessando o Estige

A pintura de paisagens tornou-se uma das mais duradouras marcas da pintura norte-européia do século XVI. Antes, houvera as pequenas paisagens de camafeu, vislumbradas por janelas e portas de cenas de interiores. É Joachim Patinir quem fornece o ele entre o mundo gótico e o renascentista. Se Gossaert é um ele entre o norte e o sul, Patinir é o mediador entre o passado e o futuro. Há nele a influência de Albrecht Dürer, cujas gravuras já estavam disponíveis na época, e as iluminuras medievais.

O único rival de Dürer ao título de maior artista norte-europeu é Pieter Brueghel. Nascido em Breda, no Brabante holandês, foi ancestral de um clã de pintores. A influências mais fortes de sua obra foram de Bosch e Patinir. Em suas pinturas há uma continuidade flamenga, das fantásticas criações de Bosch e das paisagens de Patinir. Executou uma série sobre os meses do ano, que se assemelhava à obra dos Irmãos Limbourg, pintada para um rico cidadão de Antuérpia.

Lista de Artistas

* Adriaen Isenbrandt
* Anthonis Mor
* Bernard van Orley
* Catarina van Hemessen
* Corneille de Lyon
* Cornelis Cort
* Denis Calvaert
* Frans Floris
* Frans Pourbus the Elder
* Hans Eworth
* Hans Sebald Beham
* Hendrik Goltzius
* Herri met de Bles
* Hieronymus Bosch
* Hieronymus Cock
* Jacob van Utrecht
* Jan Brueghel
* Jan Mabuse van Gosaert
* Jan Mandyn
* Jan Matsys
* Jan Mostaert
* Jan Provoost
* Jan Sanders van Hemessen
* Jan van Dornicke
* Jan van Scorel
* Jan Wellens de Cock
* Joachim Beuckelaer
* Joachim Patinir
* Joos van Cleve
* Karel van Mander
* Lambert Lombard
* Levina Teerlinc
* Lucas Cranach
* Lucas van Leyden
* Maarten van Heemskerck
* Mabuse
* Marinus van Reymerswaele
* Pieter Aertsen
* Pieter Brueghel the Elder
* Pieter Brueghel the Younger
* Pieter Huys
* Pieter Pourbus
* Pieter Coecke van Aelst
* Quentin Matsys
* Simon Bening

Pintura flamenga

180px-Jan_van_Eyck_001.jpg

O Casal Arnolfini de Jan van Eyck.

A pintura flamenga floresceu no começo do século XV até o século XVII. A região de Flandres, no norte da Bélgica e nos Países Baixos, produziu os maiores pintores do norte da Europa e atraiu muitos outros de regiões vizinhas.

A Pintura flamenga surgiu igualmente através do desenvolvimento de uma mentalidade burguesa (comércio e banca; mercado da arte) e está ligado a uma evolução ideológica para novas formas menos trancendentais para com a Natureza: cultura visual fundamentada em tradições que privilegiam a observação atenta do mundo natural e valorizam a superfície material da imagem.

À visão sintética e unitária da perspectiva linear, contrapõe-se na pintura flamenga, uma análise meticulosa da realidade integrada numa concepção mais empírica do espaço. O elemento unificador é a luz que envolve todas as partes da representação, valorizando os mínimos pormenores.

O resultado é uma descrição extremamente precisa da riqueza do universo visivel, onde o espaço atribuido ao homem não é central nem exclusivo, pois cada elemento, quer seja um objecto do quotidiano ou uma parte da paisagem, merece ser representado e adquire um significado simbólico.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
Topo