• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Astúrias

Freundlich

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Abr 13, 2007
Mensagens
14,804
Gostos Recebidos
1
O Principado das Astúrias (castelhano Principado de Asturias e asturiano Principáu d'Asturies) é uma comunidade autónoma e uma província de Espanha. Príncipe de Astúrias é o título atribuído ao herdeiro do trono de Espanha. É apelidada de "Paraíso Natural".


Situa-se junto ao Mar Cantábrico, na vertente norte da cordilheira Cantábrica. É limitada a Oeste pela Galiza, a Sul por Castela e Leão, a Este pela Cantábria e a Norte pelo Mar Cantábrico.

A sua costa é muito escarpada e recortada, formando praias, rias e cabos. Os rios são pouco extensos, mas de águas rápidas. Uma das áreas mais elevadas desta região corresponde aos Picos da Europa, que atingem os 2600 metros de altitude, e onde existe um parque natural. As suas principais cidades são Oviedo, capital da província, Gijón, Avilés, Langreo e Mieres onde se concentra a maior parte da população, contrastando com as áreas de "vazio humano" que correspondem às regiões montanhosas.

Ocupada por grupos humanos desde o Paleolítico Inferior, durante o Superior Astúrias caracterizou-se pelas pinturas rupestres do oriente da Comunidade. No mesolítico desenvolveu-se uma cultura original, o Asturiense; a seguir introduziu-se a Idade de Bronze, caracterizada pelos megalitos e túmulos.

Na Idade de Ferro, o território esteve submetido à influência cultural celta. O povo celta dos ástures compreendia tribos como os lugones, pésicos, etc., que povoaram todo o território ástur de castros, antigos povoados celtas. A influência celta ainda perdura hoje com os toponimios de rios e montanhas, como nomes de populações. A conquista romana entre 29 e 19 d.C. fez que as Astúrias entrassem na História.

Depois de vários séculos sem presença estrangeira, os suevos e os visigodos tentaram ocupar o território no século VI, que terminaria a princípios do século VIII com a invasão muçulmana. O território, como tinha sucedido com Roma e Toledo, não foi fácil de submeter, estabelecendo-se em 722 uma independência de facto como Reino das Astúrias. A monarquia asturiana daria passo no século X ao Reino de Leão.

Durante os séculos medievais, o isolamento propiciado pela cordilheira cantábrica faz que as referências históricas sejam escassas. Depois da rebelião do filho de Enrique II de Trastámara, estabelece-se o Principado de Astúrias. Se teve várias tentativas de independência, os mais conhecidos foram o conde Gonzalu Pelaiz ou a rainha Urraca (a asturiana), que ainda conseguindo importantes vitórias ao final foram derrotados pelas tropas castelhanas.

No século XVI o território atingiu pela primeira vez os cem mil habitantes, número que se duplicou com a chegada do milho americano no século seguinte.

A 8 de Maio de 1808, a Junta Geral do Principado das Astúrias declara a guerra a França e proclama-se soberana, criando exército próprio e enviando embaixadores ao estrangeiro, sendo o primeiro organismo oficial de Espanha em dar esse passo. A 1 de Janeiro de 1820, o oficial Rafael de Riego subleva-se em Cádiz proclamando a Constituição de 1812.

A partir de 1830 começa a exploração do carvão, iniciando a revolução industrial na comunidade. Mais tarde estabelecer-se-iam as indústrias siderúrgica e naval.

O 6 de outubro de 1934 começou uma rebelião na bacia mineira (cuenca) provocada porque os revolucionários não admitiram a entrada da CEDA na governação. A Revolução de 1934 teve as Astúrias por palco principal.

Durante essa revolução, protagonizada pelos mineiros das Cuencas (especialmente em La Felguera e Sama), a zona fica assolada em boa parte: resultam incendiados, entre outros edifícios, o da Universidade, cuja biblioteca guardava fundos bibliográficos de extraordinário valor que não se puderam recuperar, ou o teatro Campoamor. A Câmara Santa na Catedral, por sua vez, foi dinamitada.

A Guerra Civil produziu a divisão das Astúrias em dois bandos, ao somar-se Oviedo ao levantamento, a 18 de Julho. A 25 de Agosto de 1937 proclama-se em Gijón o Conselho Soberano de Astúrias e León presidido pelo dirigente sindical e socialista Belarmino Tomás, terminando o conflito o 20 de outubro de 1937. Depois de vinte anos de estagnação económica, produziu-se a definitiva industrialização de Astúrias.

Fortemente afectado pela reconversão industrial da década de 1990, o Principado tenta actualmente potenciar a sua paisagem e recursos naturais com vistas ao turismo.

Fonte:wikipédia
 
Topo