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Teatro: Companhia de Évora estreia hoje monólogo "Memórias de Branca Dias"
Évora, 10 Abr (Lusa) - O Centro Dramático de Évora (CENDREV) estreia hoje à noite, no Teatro Garcia de Resende, o espectáculo "Memórias de Branca Dias", um monólogo com interpretação da actriz Rosário Gonzaga.
Baseado num romance de Miguel Real, o espectáculo vai ficar em cena até 04 de Maio na principal sala de espectáculos de Évora, contando com adaptação, dramaturgia e encenação de Filomena Oliveira.
De acordo com a companhia profissional de teatro, "Memórias de Branca Dias" é um monólogo, onde Branca Dias retrata "o povo português no Novo Mundo (Pernambuco/Brasil), no século XVI".
"Mulher universal, uma matriarca", Branca Dias revela-se uma "personagem sábia, possuindo uma simbiose das culturas judaica, cristã, portuguesa e brasileira".
Uma acção inicial, como pôr a mesa para a refeição de sábado, é interrompida, segundo a companhia, pelas memórias que irão suceder-se como flashes, obedecendo não a uma lógica cronológica, mas sim a uma lógica emocional e afectiva.
Assim, ao longo do espectáculo, Branca Dias transfigura-se, não só nas diferentes personagens com quem imaginariamente contracena, como se transfigura em si mesma.
Pensamentos, emoções e sensações remetem Branca Dias para o passado: a água que escorre pelo seu peito acorda-lhe a memória do corpo quando foi amada pela primeira vez e as roupas que arruma na arca despertam-lhe a memória da cama em que morreu o seu marido.
MLM.
Lusa/Fim
© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
Évora, 10 Abr (Lusa) - O Centro Dramático de Évora (CENDREV) estreia hoje à noite, no Teatro Garcia de Resende, o espectáculo "Memórias de Branca Dias", um monólogo com interpretação da actriz Rosário Gonzaga.
Baseado num romance de Miguel Real, o espectáculo vai ficar em cena até 04 de Maio na principal sala de espectáculos de Évora, contando com adaptação, dramaturgia e encenação de Filomena Oliveira.
De acordo com a companhia profissional de teatro, "Memórias de Branca Dias" é um monólogo, onde Branca Dias retrata "o povo português no Novo Mundo (Pernambuco/Brasil), no século XVI".
"Mulher universal, uma matriarca", Branca Dias revela-se uma "personagem sábia, possuindo uma simbiose das culturas judaica, cristã, portuguesa e brasileira".
Uma acção inicial, como pôr a mesa para a refeição de sábado, é interrompida, segundo a companhia, pelas memórias que irão suceder-se como flashes, obedecendo não a uma lógica cronológica, mas sim a uma lógica emocional e afectiva.
Assim, ao longo do espectáculo, Branca Dias transfigura-se, não só nas diferentes personagens com quem imaginariamente contracena, como se transfigura em si mesma.
Pensamentos, emoções e sensações remetem Branca Dias para o passado: a água que escorre pelo seu peito acorda-lhe a memória do corpo quando foi amada pela primeira vez e as roupas que arruma na arca despertam-lhe a memória da cama em que morreu o seu marido.
MLM.
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