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Nova versão morte Humberto Delgado em biografia a 7 de Maio
Humberto Delgado foi espancado até à morte e não morto a tiro como se tem sustentado até agora, defende Frederico Delgado Rosa na primeira biografia do general, que será lançada a 7 de Maio na Assembleia da República.
«Humberto Delgado - Biografia do General Sem Medo« é o título do livro, um trabalho de sete anos de Frederico Delgado Rosa, neto do general.
«A maneira como foi assassinado não fui eu que a inventei», afirmou à Lusa o autor, que disse basear-se na autópsia feita pelas autoridades franquistas apontando «sucessivas contusões cranianas» como a causa da morte de Humberto Delgado.
A morte do general que desafiou Salazar ao garantir que o demitiria da chefia do Governo caso fose eleito nas presidenciais de 1958 ocorreu a 13 de Fevereiro de 1963 perto da localidade espanhola de Villanueva del Fresno.
Segundo o autor, a ideia de que Delgado foi morto a tiro pela PIDE «foi uma mentira conveniente que permitiu ilibar muita gente».
Depois do 25 de Abril, a justiça portuguesa começou a trabalhar no caso sem ter acesso ao processo espanhol, apontou Frederico Delgado.
«O processo criminal ficou viciado à partida e quando chegaram tardiamente elementos do processo espanhol já estava construído um dogma em relação ao 'como' do crime», disse o investigador, acrescentando que para isso contribuiram depoimentos dos próprios elementos da PIDE que foram detidos.
A versão de que Humberto Delgado fora morto a tiro - «um tiro é rápido e repentino« - permitiu que Casimiro Monteiro fosse o único elemento da brigada da PIDE envolvida neste caso a ser condenado, à revelia, e todos os outros ilibados (incluindo o chefe da brigada Rosa Casaco), acrescentou.
Esta é uma das revelações desta obra, que vai da infância de Humberto Delgado no Ribatejo à cilada de Badajoz.
O livro, editado pela Esfera dos Livros, tem mais de 1300 páginas.
Frederico Delgado Rosa, filho de Iva Delgado, nasceu em Lisboa em 1969.
É doutorado em Etnologia e nos últimos anos tem-se dedicado à investigação da carreira militar e política do avô.
Diário Digital / Lusa
Humberto Delgado foi espancado até à morte e não morto a tiro como se tem sustentado até agora, defende Frederico Delgado Rosa na primeira biografia do general, que será lançada a 7 de Maio na Assembleia da República.
«Humberto Delgado - Biografia do General Sem Medo« é o título do livro, um trabalho de sete anos de Frederico Delgado Rosa, neto do general.
«A maneira como foi assassinado não fui eu que a inventei», afirmou à Lusa o autor, que disse basear-se na autópsia feita pelas autoridades franquistas apontando «sucessivas contusões cranianas» como a causa da morte de Humberto Delgado.
A morte do general que desafiou Salazar ao garantir que o demitiria da chefia do Governo caso fose eleito nas presidenciais de 1958 ocorreu a 13 de Fevereiro de 1963 perto da localidade espanhola de Villanueva del Fresno.
Segundo o autor, a ideia de que Delgado foi morto a tiro pela PIDE «foi uma mentira conveniente que permitiu ilibar muita gente».
Depois do 25 de Abril, a justiça portuguesa começou a trabalhar no caso sem ter acesso ao processo espanhol, apontou Frederico Delgado.
«O processo criminal ficou viciado à partida e quando chegaram tardiamente elementos do processo espanhol já estava construído um dogma em relação ao 'como' do crime», disse o investigador, acrescentando que para isso contribuiram depoimentos dos próprios elementos da PIDE que foram detidos.
A versão de que Humberto Delgado fora morto a tiro - «um tiro é rápido e repentino« - permitiu que Casimiro Monteiro fosse o único elemento da brigada da PIDE envolvida neste caso a ser condenado, à revelia, e todos os outros ilibados (incluindo o chefe da brigada Rosa Casaco), acrescentou.
Esta é uma das revelações desta obra, que vai da infância de Humberto Delgado no Ribatejo à cilada de Badajoz.
O livro, editado pela Esfera dos Livros, tem mais de 1300 páginas.
Frederico Delgado Rosa, filho de Iva Delgado, nasceu em Lisboa em 1969.
É doutorado em Etnologia e nos últimos anos tem-se dedicado à investigação da carreira militar e política do avô.
Diário Digital / Lusa