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TV Cabo pretende adquirir operadora TVTEL do Porto
Aoperadora detida pela PT Multimédia inicia o ano estendendo tentáculos a outras empresas do sector. Depois do anúncio da operação de compra da Pluricanal e Bragatel, sucede-se a TVTEL. A TV Cabo pretende comprar 20% desta empresa que tem forte implantação no Grande Porto, com o direito de opção dos 80% restante. Resta agora saber se a Autoridade da Concorrência (AdC) autoriza a concretização dos dois negócios.
Sediada no Porto, e sendo a única que oferece canais à escala nacional via satélite, a TVTEL pode reforçar a posição hegemónica da TV Cabo (ver caixa).
Curiosamente, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) comunicou ontem que não se opõe à compra pela TV Cabo da Pluricanal e Bragatel, empresas de Joe Berardo, localizadas em Braga, Leiria e Santarém. Caso o parecer (enviado à AdC na última quarta-feira) fosse negativo, a ERC inviabilizava logo negócio. Pois o seu valor é vinculativo.
A Reguladora é obrigada a pronunciar-se sobre matéria de concentração envolvendo empresas de média e de dar disso conhecimento à AdC. Resta saber o que dirá sobre o novo negócio. A Autoridade da Concorrência recebeu também o parecer confidencial da Anacom, reguladora das comunicações, que não é vinculativo.
Para já, a TV Cabo anunciou à Comissão dos Mercados de Valores Mobiliários (CMVM) a celebração de um contrato de compra que começa pela participação de 20%, com intenção futura de aquisição dos 80% detidos pela Caixa Banco de Investimento. À AdC a PTM ainda não pediu autorização. "Tem um prazo de sete dias úteis para o fazer desde o momento em que assina o negócio", afirmou fonte oficial da AdC.
"É um activo interessante", justifica Paulo Camacho, director de Comunicação da TV Cabo, conhecido ex-pivô da SIC. "Trata-se de uma operação que vem na linha das anteriores compra da Pluricanal e Bragatel". Podem ser pequenas empresas, explica, mas "operam em zonas de grande poder de compra, com uma presença assinalável". Uma das vantagens da TVTEL é a sua distribuição com fibra óptica.
Paulo Camacho diz que o processo de compra da TV TEL é diferente do das outras operadoras. A seu ver, "uma operação como esta também não cria grande alteração no mercado, a TV Cabo já tem um milhão e meio de clientes, com a TVTel terá mais 74 mil".
Martins Sousa diz que a proposta de compra da TVTel foi "agradável". Rondou, em contas feitas por alto, segundo diz "100 milhões de euros". Sobre a questão de se estar a assistir a uma maior concentração do sector, desabafa: "Tenho alertado para isso. É o país que temos".
O empresário desfez-se da operadora mas mantém-se activo na área dos conteúdos, através do canal RNTV e de três novos projectos na calha. Anuncia que vai arrancar em breve um canal de música, vídeo e moda (MVM).
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Aoperadora detida pela PT Multimédia inicia o ano estendendo tentáculos a outras empresas do sector. Depois do anúncio da operação de compra da Pluricanal e Bragatel, sucede-se a TVTEL. A TV Cabo pretende comprar 20% desta empresa que tem forte implantação no Grande Porto, com o direito de opção dos 80% restante. Resta agora saber se a Autoridade da Concorrência (AdC) autoriza a concretização dos dois negócios.
Sediada no Porto, e sendo a única que oferece canais à escala nacional via satélite, a TVTEL pode reforçar a posição hegemónica da TV Cabo (ver caixa).
Curiosamente, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) comunicou ontem que não se opõe à compra pela TV Cabo da Pluricanal e Bragatel, empresas de Joe Berardo, localizadas em Braga, Leiria e Santarém. Caso o parecer (enviado à AdC na última quarta-feira) fosse negativo, a ERC inviabilizava logo negócio. Pois o seu valor é vinculativo.
A Reguladora é obrigada a pronunciar-se sobre matéria de concentração envolvendo empresas de média e de dar disso conhecimento à AdC. Resta saber o que dirá sobre o novo negócio. A Autoridade da Concorrência recebeu também o parecer confidencial da Anacom, reguladora das comunicações, que não é vinculativo.
Para já, a TV Cabo anunciou à Comissão dos Mercados de Valores Mobiliários (CMVM) a celebração de um contrato de compra que começa pela participação de 20%, com intenção futura de aquisição dos 80% detidos pela Caixa Banco de Investimento. À AdC a PTM ainda não pediu autorização. "Tem um prazo de sete dias úteis para o fazer desde o momento em que assina o negócio", afirmou fonte oficial da AdC.
"É um activo interessante", justifica Paulo Camacho, director de Comunicação da TV Cabo, conhecido ex-pivô da SIC. "Trata-se de uma operação que vem na linha das anteriores compra da Pluricanal e Bragatel". Podem ser pequenas empresas, explica, mas "operam em zonas de grande poder de compra, com uma presença assinalável". Uma das vantagens da TVTEL é a sua distribuição com fibra óptica.
Paulo Camacho diz que o processo de compra da TV TEL é diferente do das outras operadoras. A seu ver, "uma operação como esta também não cria grande alteração no mercado, a TV Cabo já tem um milhão e meio de clientes, com a TVTel terá mais 74 mil".
Martins Sousa diz que a proposta de compra da TVTel foi "agradável". Rondou, em contas feitas por alto, segundo diz "100 milhões de euros". Sobre a questão de se estar a assistir a uma maior concentração do sector, desabafa: "Tenho alertado para isso. É o país que temos".
O empresário desfez-se da operadora mas mantém-se activo na área dos conteúdos, através do canal RNTV e de três novos projectos na calha. Anuncia que vai arrancar em breve um canal de música, vídeo e moda (MVM).
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