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Descobertas mutações genéticas associadas ao cancro do pulmão

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Jan 14, 2008
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Cientistas franceses, islandeses e norte-americanos identificaram mutações genéticas associadas ao cancro do pulmão. Os resultados dos três estudos diferentes foram publicados no passado dia 2 nas revistas "Nature" e "Nature Genetics".

Os investigadores dizem ter identificado duas mutações numa região do cromossoma 15 que podem aumentar o risco de cancro em fumadores. Apesar de as mutações poderem estar ligadas ao receptor da nicotina não há provas da substância desencadear o cancro.

As três pesquisas foram feitas em populações de origem europeia e abarcaram vários milhares de pessoas. As conclusões são semelhantes: 50 por cento das pessoas têm pelo menos uma cópia do gene com a mutação, aumentando 30 por cento a possibilidade de cancro do pulmão.

nicotina_cerebro.jpg

http://www.qmc.ufsc.br

“O risco maior para se desenvolver cancro do pulmão é fumar”, disse Chris Amos, o primeiro autor do artigo publicado na "Nature Genetics". O estudo foi feito pela Anderson Cancer Center da Universidade do Texas e concluiu que se fumarem, os indivíduos com mutações nos dois cromossomas 15 vêem aumentado de 28 a 81 por cento o risco de desenvolverem cancro de pulmão.

Ainda não se associou a doença a nenhuma das substâncias cancerígenas presentes no tabaco. As três equipas tentaram perceber se a nicotina provoca o cancro, mas não encontraram indicações para isso. No entanto, um dos artigos revela que as mutações podem tornar a pessoa mais vulnerável ao vício, aumentando o consumo de cigarros que influenciará o risco do cancro.

O cancro do pulmão mata anualmente cinco milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo o estudo realizado entre 2000 e 2002 pela Comissão de Trabalho de Pneumologia Oncológica da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, é o terceiro cancro que mais ocorre em Portugal e é o que mais mata. O tabaco está na origem de 85 por cento dos casos e a população masculina é a mais afectada.

Jornal Público
 
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