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Ambiente: Bruxelas quer mais uso das ferrovias em vez das estradas

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Ambiente: Bruxelas quer mais uso das ferrovias em vez das estradas - comissário europeu

Ljubljana, Eslovénia, 21 Abr (Lusa) - O comissário europeu para a Ciência e Investigação, Janez Potocnik, defendeu hoje na Eslovénia uma maior utilização das ferrovias como meio de transporte preferencial de mercadorias e uma maior aposta nos automóveis amigos do ambiente.

Na segunda Conferência Europeia em Investigação nos Transportes Rodoviários (European Road Transport Research - Arena TRA2008) que está a decorrer em Ljubljana, Janez Potocnik admitiu que a aposta do continente em veículos mais amigos do ambiente possa trazer custos adicionais para os consumidores.

"Temos de fazer as coisas mais próximas do mercado" de modo a que as novas soluções técnicas possam ser "usadas de forma mais massiva".

No entanto, se essa nova tecnologia for "mais cara", não existe "outro remédio" que não seja manter essa aposta, mesmo que mais dispendiosa para os consumidores europeus, sustentou o comissário, que reclama uma "solução integrada" para garantir menos danos dos transportes para o ambiente.

"Temos de preparar uma resposta mais complexa com uma aposta maior nas novas tecnologias" e será necessário "canalizar mais dinheiro para esta área", vaticinou.

Isto é um "objectivo-chave" da Europa: o "transporte rodoviário precisa de evoluir e adaptar-se ao contexto actual" dos problemas ambientais.

Além dos automóveis amigos do ambiente, o comissário considerou que os meios preferenciais para levar mercadorias devem ser as ferrovias e o transporte marítimo.

Posição semelhante manifestou Radovan Serjav, ministro dos Transportes da Eslovénia, país anfitrião deste encontro, que admitiu mesmo a possibilidade de os camiões serem proibidos de percorrer grandes distâncias pelas auto-estradas, impondo a utilização alternativa das vias férreas ou do transporte marítimo

Em 2006, morreram perto de 43 mil pessoas nas estradas europeias, em acidentes rodoviários, recordou o comissário.

Há sete anos, a União comprometeu-se a reduzir em metade (50 por cento) o número de mortos causados pela sinistralidade rodoviária mas esse esforço apenas atingiu os 20 pontos percentuais.

"Temos de fazer muito melhor", até porque já foi aprovado um programa europeu que prevê uma redução em 25 por cento das emissões de dióxido de carbono dos automóveis até 2012.

"Precisamos de carros mais verdes, seguros e inteligentes", afirmou Janez Potocnik.

Para isso, deve contribuir a indústria automóvel com investimentos massivos em investigação, nomeadamente em áreas como os "combustíveis alternativos, hidrogénio e células de energia".

A indústria investe já por anos 19 mil milhões de euros a que se somam mais quatro mil milhões dos estados-membros mas estes "orçamentos provavelmente continuarão a subir".

Para o comissário esloveno, país que preside este semestre à União Europeia, a aposta do continente deve ser num "sistema inteligente de transportes".

"Isto significa maximizar a capacidade de transporte da rede rodoviária existente, melhorar as ligações entre diferentes tipos de transportes, optimizar os fluxos de tráfico, integrar soluções seguras e desenvolver novos meios de mobilidade para as cidades", defendeu o comissário.

Na conferência participam mais de 200 pessoas de 57 países e são apresentadas as mais recentes inovações tecnológicos sobre transportes, com várias exposições de marcas e investigadores diversos.


PJA.
Lusa/Fim
 
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