• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Ambiente: Saúde prejudicada com perda de biodivesidade

Satpa

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Set 24, 2006
Mensagens
9,473
Gostos Recebidos
1
Ambiente: Saúde prejudicada com perda de biodivesidade - Nações Unidas


Singapura, 23 Abr (Lusa) - O risco de perder novos tratamentos médicos para o cancro, osteoporose e outras doenças por causa da perda de biodiversidade no planeta foi hoje motivo de um alerta das Nações Unidas.

Achim Steiner, director executivo do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP), afirmou hoje que é necessário "actuar rapidamente" para travar essa perda de biodiversidade, explicando que muitos organismos que os cientistas podem usar para tratamentos estão ameaçados de extinção.

"Temos de fazer alguma coisa acerca do que está a acontecer com a perda da biodiversidade", afirmou Achim Steiner, salientando a necessidade de ajudar a sociedade a entender a dependência que as economias e a vida humana têm sobre a diversidade de espécies.

O alerta lançado por Achim Steiner é uma das conclusões de um novo livro de medicina à margem da conferência da UNEP em Singapura, que acolheu cerca de 600 homens de negócios e especialistas da área do ambiente.

O livro "Sustentando a Vida" baseia-se num trabalho de mais de uma centena de especialistas, alguns dos quais de Universidade de Harvard, e é apoiado por várias organizações, incluindo a UNEP.

Um exemplo ilustrativo das consequências da perda da biodiversidade para a medicina, mencionado pelos autores do livro, é a de uma rã descoberta nos anos 80 em florestas virgens da Austrália.

Essa rã transporta a cria no estômago, o que causou espanto na comunidade científica, uma vez que, em outros animais, a cria seria destruída pelas enzimas e ácidos do estômago.

Os estudos preliminares indicaram que as rãs bebés produziam substâncias que as protegem daquela destruição, o que se tornou uma pista para tratamentos de úlceras gástricas.

Mas, segundo o livro, a rã foi declarada extinta antes de concluírem os estudos.

No ano passado, a lista vermelha de espécies ameaçadas de extinção da União Internacional para a Conservação da Natureza revelou estarem nessa situação mais de 16 mil espécies.

Achim Steiner adiantou que o livro, hoje divulgado, retrata vários grupos de organismos ameaçados com grande potencial para a evolução de tratamentos médicos, entre os quais os anfíbios, os ursos, as cobras, os tubarões e macacos.

VP.
Lusa/Fim
 
Topo