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Encontro fadista recorda Manuel de Almeida

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Encontro fadista recorda Manuel de Almeida

O fadista Manuel de Almeida, falecido há 13 anos, vai ser recordado domingo na Oficina das Artes, em Cascais, num «convívio despretensioso de fadistas».

«Manuel de Almeida distinguiu-se pela maneira peculiar de interpretar o fado corrido», disse à Lusa o investigador Vítor Duarte Marceneiro.

Opinião concordante tem Manuel Domingos que salientou também a sua vertente poética.

«Manuel de Almeida escreveu vários fados que interpretou, uma faceta que manteve até ao fim da sua carreira», disse.

Manuel de Almeida escreveu também alguns fados que interpretou, e segundo realçou Ana Maria Mendes, que em 2006 apresentou uma palestra sobre o fadista no Museu do Fado, «um dos seus poemas - Há muito quem cante o fado -, «chegou a ser utilizado por manuais didácticos espanhóis».

Ana Maria Mendes, da direcção da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado, referiu ainda que «Manuel de Almeida teve uma carreira internacional de êxito que tem passado despercebida», apesar de nao gostar muito de viajar.

Entre as actuaçoes no estrangeiro, Ana Maria Mendes destacou a participação, em 1995, em Les Blues de l´Europe, em Saint-Severe (França), «onde recebeu o Prémio de Interpretação».

«Manuel de Almeida e Rão Kyao foram os primeiros portugueses a actuarem na Coreia do Norte, no Festival da Primavera, da Amizade e da Arte, em 1986», disse.

Neste «encontro fadista» em Cascais participam entre outros, Fernanda Maria, Argentina Santas, ambas distinguidas com o Prémio Carreira Amália Rodrigues, Maria Armanda, Rodrigo, António Pinto Basto e Manuel Domingos, distinguido em 2006 com o Prémio Amália Rodrigues Fado Amador.

Outro participante é o músico Rão Kyao com quem Manuel de Almeida gravou o álbum «Eu fadista me Confesso» (1987).

Manuel de Almeida, nascido em 1922 em Lisboa, era desenhador de sapatos e começou a cantar fado com dez anos de idade, mas só se profissionalizou como cantor em 1951.

Gravou poucos discos, tendo feito a sua carreira essencialmente nas casas de fado.

«Curiosamente - sublinhou Ana Maria Mendes - os seus dois primeiros LP são gravados em Barcelona para a Belter».

Fez parte do cartaz da Casa Típica A Tipóia, durante 12 anos, esteve 11 no restaurante típico «Lisboa à Noite», e 16 anos no Forte D. Rodrigo, em Cascais.

Manuel de Almeida faleceu, vítima doença prolongada, em 1995, entre os seus fados de êxito, cite-se «Despedida», «Velho fado corrido», «Teus olhos», «Agradeço a Deus», «Toada do Alentejo», «Rapsódia» ou «Longe de ti».





Fonte:Lusa
 
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