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Beja: Câmara e privados querem investir 9,6 milhões de euros na renovação do centro histórico

A Câmara e entidades privadas de Beja querem investir 9,6 milhões de euros para regenerar o centro histórico, através de um projecto que prevê requalificar casas, igrejas e edifícios públicos e criar um centro comercial ao ar livre.

A execução do Programa de Regeneração Urbanística do Centro Histórico de Beja, que deverá arrancar no próximo ano e terminar em 2011, deverá ser financiada por fundos comunitários (70 por cento), pela autarquia (20,6 por cento) e por parceiros privados (9,4 por cento).

Trata-se de um projecto "bastante ambicioso" que vai envolver a autarquia e vários parceiros locais para "regenerar e qualificar o centro histórico", um "valor incontornável da cidade", disse hoje à agência Lusa o presidente do município, Francisco Santos.

Além da "riqueza" do património edificado, a importância do núcleo de origem da cidade, deve-se ao seu "protagonismo" como "principal centro político-administrativo e fornecedor de bens e serviços do Baixo Alentejo", já que Beja é capital de distrito, frisou também o responsável pelo projecto, João Margalha.

Quase um terço do investimento total previsto no programa vai ser aplicado no Bairro da Mouraria, onde a autarquia prevê investir 3,1 milhões de euros na reabilitação de infra-estruturas urbanas, de várias casas devolutas ou abandonadas e do troço da muralha que atravessa a zona.

Algumas das casas a reabilitar, prevê João Margalha, poderão servir para alojar estudantes do programa Erasmus e investigadores em mobilidade ou ser transformadas em ateliês de trabalho para jovens artistas plásticos.

Em parceria com a CerciBeja, a autarquia prevê ainda transformar algumas das casas para que possam acolher residências autónomas para deficientes.

Num investimento de um milhão de euros e numa intervenção que Francisco Santos considerou "prioritária", está também previsto instalar uma cobertura na principal zona de comércio da cidade, conhecida como as Portas de Mértola, transformando-a num centro comercial ao ar livre.

A ideia, que "ainda vai ser trabalhada em termos de projecto", pretende "dinamizar o comércio" concentrado na zona central e uma das mais movimentadas da cidade, frisou João Margalha.

As reabilitações do antigo Paço Episcopal, para instalar a Cáritas Diocesana de Beja e várias valências de apoio social, dos Paços do Concelho e dos serviços da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo são as principais acções de recuperação de edifícios públicos.

O programa contempla também 1,5 milhões de euros para a Associação Portas do Território, recentemente criada pelo município em parceria com a Diocese de Beja, com vista a requalificar quatro igrejas históricas da cidade.

A reabilitação e adaptação da Escola Básica do Salvador, a desactivar após a construção de três novas escolas básicas integradas, é outra das acções, para que albergue as futuras instalações da delegação de Beja da Escola Profissional Bento de Jesus Caraça.

A realização de um encontro internacional de cidades com centros históricos, em 2009, e de várias iniciativas de promoção, animação e divulgação do centro histórico de Beja são também acções previstas no programa.

Para assegurar o financiamento comunitário de seis milhões e 720 mil euros para o projecto global, o município vai candidatar-se, até segunda-feira, ao Programa Operacional (PO) do Alentejo 2007/2013, através do regulamento específico "Política de Cidades - Parcerias para a Regeneração Urbana".

A comparticipação comunitária necessária corresponde a mais de metade dos 12 milhões de euros disponíveis no primeiro concurso do PO Alentejo para financiar projectos naquela área.

Francisco Santos espera que as várias acções sejam aprovadas "no primeiro ou nos próximos concursos do PO Alentejo para projectos de regeneração urbana".

Caso contrário, admitiu, a autarquia e os parceiros locais terão que "deixar cair algumas acções não aprovadas", porque "não dispõem de verbas suficientes para as financiar".

Em declarações à Lusa, o vereador do PSD na autarquia, João Paulo Ramôa, disse hoje que "apoia energicamente" o executivo na aplicação do programa, que considerou "muito importante para qualificar o centro histórico de Beja".

No entanto, frisou, "é utópico pensar que o co-financiamento comunitário previsto vai ser aprovado, para permitir fazer as obras no calendário proposto".

"Mesmo que não haja dinheiro para fazer as obras no prazo definido, o município, em vez de agir casuisticamente, já dispõe de um programa definido sobre o que é preciso fazer para requalificar as zonas mais críticas do centro histórico", salientou João Paulo Ramôa.

Contactado também pela Lusa, o líder da oposição socialista na Câmara de Beja, o vereador Carlos Figueiredo, escusou-se a apreciar o programa, referindo desconhecer o projecto em pormenor.





Fonte:Lusa
 
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