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CPBC quer manter trabalho de qualidade

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CPBC quer manter trabalho de qualidade

A nova directora artística da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo (CPBC), Liliana Mendonça, quer «manter a qualidade» da entidade apesar das mudanças na direcção artística e da grave crise financeira que a companhia atravessa desde 2007.

Em declarações à Agência Lusa a propósito do Dia Mundial da Dança, que se assinala terça-feira, a nova responsável pela entidade indicou que, devido à actual conjuntura difícil, está ainda em curso uma «grande reestruturação» da CPBC, fundada em 1997 por Vasco Wellenkamp e Graça Barroso.

Em Abril de 1999, ano em que obteve o apoio do Ministério da Cultura (MC), da Câmara Municipal de Lisboa (CML) e da Câmara Municipal de Cascais (CMC), a companhia apresentou-se pela primeira vez no estrangeiro participando no Festival de Niterói, no Brasil, e integrando as Comemorações dos 500 anos dos Descobrimentos.

Paralelamente à programação regular de espectáculos em Portugal e no estrangeiro, a companhia desenvolve um programa pedagógico que inclui a criação de obras especialmente concebidas para crianças, a apresentação de espectáculos e colóquios nas escolas, e a realização de workshops de movimento.

Liliana Mendonça recordou que em 2004 o MC «deixou de apoiar a companhia, e nessa altura foi iniciado um protocolo com a Área Metropolitana de Lisboa (AML) para um projecto pedagógico», mas a situação veio a agravar-se com o fim do apoio da CML em 2007.

«Uma companhia com dez anos de existência, a atingir nesta altura a sua maturidade artística, com provas dadas e o seu valor reconhecido a nível nacional e internacional não pode acabar assim», sustenta a artista, de 37 anos, que fez parte do elenco fundador do grupo.

Liliana Mendonça formou-se como bailarina na Escola de Dança do Conservatório Nacional de Lisboa e depois ingressou na Escola Superior de Dança, onde concluiu os estudos.

Nos anos 90 dançou na Companhia de Dança Contemporânea de Évora, e a partir de 1998 ingressou na CPBC, trabalhando como bailarina e figurinista para peças de vários coreógrafos, incluindo a CNB, e em Fevereiro deste ano Vasco Wellenkamp - que é director da CNB, mas ainda preside à associação da companhia - convidou-a a substituir Pedro Goucha Gomes, que entretanto abandonou o projecto alegando falta de apoios.

«A dança parece ser o parente pobre das artes. Investe-se em formação, e, no entanto, não se asseguram as saídas profissionais», criticou.

Apesar das «grandes mudanças na direcção artística», e da «verdadeira crise financeira criada com o fim do apoio» da CML, no ano passado, Liliana Mendonça está convicta dos objectivos para o futuro: «Continuar a afirmar uma linguagem contemporânea, assegurar a diversidade no trabalho do repertório da companhia, e manter a qualidade com que fidelizámos o público».

Este ano, a CPBC vai repôr coreografias de Vasco Wellenkamp e Rui Lopes Graça, e apresentar novas criações de Henry Ougik e Cláudia Nóvoa.

A CPBC tem vindo a apresentar um reportório de outros coreógrafos convidados, nomeadamente Nils Christe, Gagik Ismailian, Nathalie Bard, Tíndaro Silvano, David Fielding, Rami Levi, Darshan Singh Buhller, Ronald Malzer, Jan Linkens, Benvindo Fonseca e Barbara Griggi.

Realiza habitualmente espectáculos na Área Metropolitana de Lisboa, mas também em digressão pelo país e em teatros internacionais, nomeadamente no Brasil, no Festival de Niterói (1999), no festival Internacional do Rio de Janeiro (2000), e no Teatro Guaíra em Curitiba (2002), bem como em vários festivais em Itália, Espanha, Áustria, Alemanha, Luxemburgo, Estados Unidos e Israel.





Fonte:Lusa
 
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