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Bragança só terá condições para exploração do vento dentro de um ano

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Energia eólica: Bragança só terá condições para exploração do vento dentro de um ano

Bragança, 29 Abr Lusa) - A produção de energia eólica em grande escala no distrito de Bragança ainda terá de esperar, pelo menos, mais um ano, apesar de existirem já dois projectos para parques eólicos, de acordo com informações divulgadas hoje.

O potencial de energia do vento existente no Nordeste Transmontano ainda não está a ser explorado por falta de uma rede de transporte e distribuição da energia.

A Rede Eléctrica Nacional (REN) já iniciou os trabalhos de construção da sub-estação de Macedo de Cavaleiros, que vai ajudar a resolver o problema, mas só estará operacional em 2009.

O projecto que se encontra em fase mais avançada é o do parque eólico da serra da Nogueira (Bragança), com capitais da empresa francesa PENOG, ligada ao ex-secretário de Estado do Ambiente e especialista em energias renováveis, Carlos Pimenta.

Há seis anos que o projecto está a ser trabalhado e Carlos Pimenta espera que ainda durante este ano, o Governo abra concurso para novas explorações.

Outras empresas do sector podem vir a concorrer a esta concessão, mas Carlos Pimenta está confiante de que "a PENOG na linha da frente" para ganhar a concessão.

A convicção foi manifestada hoje depois de uma assembleia geral da sociedade promotora do projecto, em que participam as seis juntas de freguesia da zona.

Da sociedade fazem também parte um conselho directivo de baldios e as três câmaras (Bragança, Macedo de Cavaleiros e Vinhais) dos concelhos por onde se estende a serra da Nogueira, que guarda a maior mancha de carvalho negral da Europa.

A sensibilidade ambiental da zona não faz o ex-governante recear por eventual contestação dos ambientalistas.

O maior motivo de preocupação para Carlos Pimenta é a criação de condições para "desencravar" Bragança neste sector da energia e aproveitar o seu potencial.

Além da sub-estação de Macedo de Cavaleiros será ainda necessário construir na região uma linha de alta tensão já projectada, entre Chaves e Bragança.

O processo só ficará concluído, na opinião de Carlos Pimenta, com a ligação da rede eléctrica e de Bragança a Espanha.

É uma ambição também do autarca local, Jorge Nunes, mas ainda sem datas, apesar de considerado fundamental "até para acabar com a falta de qualidade do serviço, nomeadamente cortes e falta de potência frequentemente sentidos nesta região".

Segundo explicou, isto acontece porque Bragança fica no "fim da linha" da rede nacional, o que seria solucionado com a continuidade para Espanha.

Carlos Pimenta escusou-se a avançar mais pormenores técnicos sobre o parque eólico, alegando que dependerá das condições que o Governo impuser em concurso.

Assegurou, no entanto tratar-se "de um dos maiores parque eólicos do país" que pode ser executado de forma faseada.

Esta sociedade tem também participação num outro projetco já apresentada há um ano para o Parque Natural de montesinho, a cargo da empresa de capitais irlandeses Airtricity.

Os parceiros locais, nomeadamente as autarquias, recebem compensações pela instalação das torres, que não impedirão a manutenção das actividades tradicionais, como a agricultura de subsistência e pastoreio.

Em contraste com a abundância de parques eólicos no lado espanhol da fronteira, no Nordeste Transmontano avistam-se apenas um ou outro gerador nas serras da região, com pequenas experiências em Macedo de Cavaleiros, Mogadouro e Torre de Moncorvo.

HFI.
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