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Destroços ao largo da Namíbia são de navio português

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História: Destroços ao largo da Namíbia são de navio português mas não de Bartolomeu Dias- arqueólogo Francisco Alves

Os destroços encontrados esta semana ao largo da Namíbia, e que se calculam que sejam do século XVI, pertencem a um navio português mas não à caravela de Bartolomeu Dias, disse hoje à Lusa o arqueólogo Francisco Alves.

"Como arqueólogo penso que é uma grande descoberta. E tenho um palpite, muito alicerçado e com base em tudo o que veio ao de cima na Internet, de que efectivamente é um navio português", salientou Francisco Alves.

"Mas não é a caravela do Bartolomeu Dias. Isso é perfeita especulação", vincou.

Segundo as poucas notícias disponíveis, entre as quais uma fotografia de algumas moedas que fazem parte do espólio descoberto na passada semana ao largo da Namíbia, está a prova da nacionalidade dos proprietários do navio.

"A moeda que mostram, embora seja o reverso, foi identificada por um colega meu, Paulo Alexandre Monteiro. É indiscutivelmente uma moeda de Dom João III, que foi cunhada a partir de Outubro de 1525", destacou Francisco Alves.

"Essa moeda de ouro chama-se `português` e era uma das mais prestigiantes moedas da época. A moeda mostrada são os 10 cruzados de ouro", acrescentou.

A descoberta foi divulgada em comunicado de imprensa na passada quarta-feira, mas ocorreu no passado dia 01 de Abril, no decorrer de uma expedição de geólogos, envolvidos na prospecção de diamantes, e que pertencem à empresa sul-africana De Beers.

Lynette Gould, do gabinete de imprensa da De Beers em Londres, disse à Agência Lusa que a empresa e o governo namibiano realizarão na próxima semana uma conferência de imprensa para fornecer mais pormenores sobre a descoberta.

"Arqueólogos, em conjunto com o Conselho da Herança Nacional [da Namíbia], estão a efectuar um inventário do achado, e irão posteriormente contactar os governos de Portugal e Espanha", acrescentou.

A Lusa contactou o Ministério da Cultura, tendo Rui Peças, do gabinete do ministro José António Pinto Ribeiro, garantido que não foram ainda feitos nenhuns contactos.

"Ainda não fomos contactados oficialmente, nem através do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE). O que vamos fazer, em articulação com o MNE, mas tomando nós a iniciativa, é fazer todas as diligências junto da De Beers e do Governo namibiano para saber o que se passa e o que está em causa", disse à Lusa.

Os achados subaquáticos estão protegidos pela Convenção da UNESCO sobre a Protecção do Património Cultural Subaquático, de 02 de Novembro de 2001, que Portugal, ao contrário da Namíbia, ratificou.


EL.

Lusa/Fim
 
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