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Declarado estado de emergência após ciclone que varreu Mianmar

Matapitosboss

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O Governo militar de Mianmar (antiga Birmânia) declarou estado de emergência no sul do país, incluindo Yangun, a antiga capital, depois que o ciclone Nagris causou pelo menos cinco mortos e deixou hoje rastros de destruição.


Os fortes ventos, de 190 a 240 km/h, causaram o corte da provisão de electricidade e telefone em todas os povoados do delta do rio Irrawaddy, segundo informou a televisão estatal birmanesa após retomar a emissão.


O estado de emergência em Yangun, Pegu, Irrawaddy e nos estados Mon e Karen, foi declarado pelo general Thira Thura Tin, primeiro-secretário da Junta Militar, que tenta avaliar os danos e, até o momento, não facilitou informação sobre vítimas.


Segundo a rádio "Mizzima", as vítimas morreram na antiga capital por causa da queda de árvores ou ao receber algum golpe dos objectos que o vento arrancava dos prédios.


Em Yangun, onde residem cerca de 5 milhões de pessoas, vários edifícios pequenos e próximos à universidade caíram parcialmente, e as ruas da cidade estavam hoje quase desertas e podiam ser vistos numerosos danos em quase todas as partes, de acordo com as declarações de diferentes moradores.


Os fortes ventos levantaram os telhados de centenas de casas, derrubaram antenas e arrancaram várias árvores das ruas de Yangun.


Segundo a televisão estatal, quase a metade dos prédios das cidades e povoados do delta do rio Irrawaddy e do litoral da baía de Bengala, foram danificados ou se desabaram.


Pelo menos quatro navios amarrados nos píeres de Yangun, naufragaram por causa das ondas de quase 3,5 metros de altura, disse a imprensa estatal birmanesa.


Enquanto em muitos lares geradores eram usados para atenuar a falta de electricidade, a companhia estatal de energia anunciou por meio da televisão que demorará várias semanas para restabelecer o serviço em Yangun.


Um helicóptero militar efectuou de manhã vários voos sobre o centro de Yangun para, segundo os habitantes, examinar os danos causados pelo ciclone de categoria 3, que atingiu o sul do país por volta do meio-dia de sábado, indo em direcção à vizinha Tailândia.


Em Bangcoc, a capital tailandesa, a representação regional das Nações Unidas disse que os chefes de suas agências humanitárias terão na próxima segunda-feira uma reunião em Yangun com a Cruz Vermelha Internacional com a finalidade de examinar a situação em Mianmar após a passagem do ciclone e preparar um plano de ajuda.


O estado de emergência foi declarado uma semana antes da realização, no dia 10 de maio, de um plebiscito para aprovar o texto constitucional redigido pelo regime militar sem contar com o apoio da oposição democrática.


As autoridades, que controlam todos os meios de comunicação do país, não disseram se a catástrofe afetará a realização do plebiscito nas regiões atingidas.


Na Tailândia, antes de o ciclone tropical atingir o território, o Governo declarou estado de alerta em 16 províncias do norte e do oeste do país nas quais são previstas inundações e deslizamentos de terra.


O departamento tailandês para a Prevenção e Combate de Desastres indicou que "até o próximo dia 5 de maio acontecerão intensas chuvas nas províncias do norte e do centro da Tailândia", incluindo as turísticas Chiang Mai, Chiang Rai, e Mae Hong San.


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Scorpion

GF Ouro
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Myanmar: 22,5 mil mortos por ciclone, 41.000 desaparecidos...

O violento ciclone no delta do Irrawaddy, em Myanmar, provocou uma onda gigantesca que deixou as pessoas sem hipótese de fuga, matando pelo menos 22,5 mil e deixando 41 mil desaparecidos, disseram ontem as autoridades. "Foram causadas mais mortes pelo maremoto do que pela tempestade propriamente dita", disse o ministro de Auxílio e Recolocação, Maung Maung Swe, em conferência de Imprensa na devastada Rangun, antiga capital do país, onde já começa a faltar água e comida.

"A onda tinha até 3,5 metros de altura e inundou metade das casas em aldeias baixas", disse ele, ao dar uma primeira descrição promenorizada do ciclone do fim de semana. "(Os moradores) não tinham para onde fugir", disse.

Este foi o pior ciclone na Ásia desde 1991, quando 143 mil pessoas morreram no Bangladesh.

O ministro da Informação, Kyew Hsan, afirmou que as Forças Armadas estão "a fazer o seu melhor".

"As Nações Unidas farão tudo o que puderem para fornecer uma assistência de urgência à Birmânia" (Myanmar), assegurou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Segundo a ONU, centenas de milhares de pessoas ficaram sem casa devido à passagem do ciclone. A Junta Militar birmanesa aceitou as propostas de ajuda, mas com condições. "As equipas de peritos estrangeiros deverão negociar com o Ministério dos Negócios Estrangeiros e as mais altas instâncias" do país, declarou Maung Maung Swe, ministro da Protecção Social birmanês, em declarações a partir de Rangun, antiga capital birmanesa.

Em Genebra, os porta-vozes das várias agências humanitárias da ONU indicaram ontem que as equipas ainda estão à espera de vistos para avançar. A China, aliada do regime birmanês, anunciou uma ajuda de urgência de um milhão de dólares (cerca de 645 mil euros) em "dinheiro e material".

Entretanto, na sequência do desastre, a Junta Militar decidiu adiar para o próximo dia 24 um referendo constitucional nas áreas mais atingidas de Rangum e do vasto delta do Irrawady. De acordo com a TV estatal, no resto do país o referendo mantém-se para dia 10. O objectivo é aprovar um "mapa para a democracia", muito criticado nos países ocidentais, especialmente depois da sangrenta repressão a uma rebelião liderada por monges budistas em Setembro passado.


DD
 

sneto2000

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Ciclone em Mianmar já matou 80 mil, aponta balanço do Exército

O ciclone Nargis matou cerca de 80 mil pessoas em sua passagem pela localidade de Labutta, sudoeste de Mianmar, disse uma autoridade militar nesta quinta-feira (8) à agência de notícias France Presse.



"Agora, nosso balanço estima que já temos 80 mil mortos na região", disse Tin Win, chefe militar do distrito de Labutta, que está na região do delta, arrasada pelo ciclone no último fim de semana.

Nesta quarta-feira (7), autoridades norte-americanos disseram que pode haver mais de 100 mil mortos na área. "A informação que recebemos indica que pode haver mais de 100 mil mortos na área do delta", disse Shari Villarosa, da embaixada dos Estados Unidos em Mianmar. Ela falou com os repórteres em uma teleconferência, em Rangoon.

De acordo com a agência de notícias France Presse, a diplomata acrescentou que segundo uma fonte do governo de Mianmar, que não identificou, "95% dos edifícios desapareceram" na área do delta.

O ciclone Nargis deixou cerca de 1 milhão de desabrigados, segundo informou nesta quarta-feira (7) as Nações Unidas.

Richard Horsey, do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU, disse em Bangcoc que o número de vítimas fatais ainda deve subir.

"Com a maioria desses mortos boiando na água, dá para ter uma idéia das condições que as equipes enfrentam no terreno. É um enorme desafio logístico", disse Horsey. "Estimamos que haja até 1 milhão de pessoas atualmente precisando de abrigo e assistência para salvar suas vidas", completou ele, acrescentando que há 5.000 quilômetros quadrados submersos no delta.

Já a ONG internacional ‘Save The Children’ (Salvem as crianças, em livre tradução), 40% dos mortos e desaparecidos são crianças.

A ONG, situada em Londres, disse que o balanço deve ser “muito maior” que o saldo oficial, segundo seus funcionários que trabalham em Mianmar.

(Com informações da Reuters e da France Presse)
 
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