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Carros ecológicos sensibilizam para biocombustíveis em desfile

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Carros ecológicos sensibilizam para biocombustíveis em desfile

Duas dezenas de carros movidos por uma percentagem de biodiesel ou óleo vegetal participam este fim-de-semana num desfile de 300 quilómetros, entre Almeirim e Quarteira, para sensibilizar a comunidade para a utilização de biocombustíveis.

Fritadeiras ambulantes, viaturas vegetarianas, carros ecológicos ou veículos não poluentes são algumas das frases que identificam os automóveis em que circulam os participantes na segunda edição da iniciativa Portugal de Lés a Lés, organizada pela Associação NovaEnergia.

A travessia ecológica, que o ano passado partiu de Bragança, arranca sábado de Almeirim, depois de uma concentração junto à Câmara Municipal, às 08:00, rumo ao Parque de Exposições de Vila Franca de Xira.

Alcácer do Sal é o próximo destino, escolhido este ano para a pernoita dos 30 a 35 participantes. Segue-se, no domingo, a partida para Quarteira e a participação num evento organizado pela Algarve Renovável.

A passagem da caravana 'amiga do ambiente' está a "encantar" a autarquia alentejana de Alcácer do Sal, que o ano passado adquiriu um veículo com um motor híbrido, a pensar já na limitação da emissão de CO2 para a atmosfera.

"É um ligeiro de passageiros, que nas pequenas deslocações desliga o motor de explosão, funcionando apenas com o eléctrico, e que pára quando está em ralenti para minimizar a produção de gases", explicou à Lusa Pedro Paredes, presidente do município.

Todos os carros do desfile, cerca de 20, vão "rolar com óleo vegetal ou biodiesel, recorrendo mesmo alguns 100 por cento a este segundo combustível", atesta José Maximiano, presidente da NovaEnergia.

A Associação é apologista da utilização destas fontes de energia alternativa e quer 'espalhar' o conceito pelo país, através de um desfile em que todas as viaturas estarão identificadas com autocolantes alusivos à temática.

"Queremos sensibilizar as pessoas para estas questões: em vez de jogarem o óleo alimentar usado pelo esgoto, porque não juntá-lo e gastá-lo no seu carro ou dá-lo a alguém que faça essa reciclagem?!".

José Maximiano defende o consumo do óleo usado, na sua opinião mais benéfico do que "ir buscar o óleo alimentar às prateleiras dos supermercados, onde, aliás, os preços já estão acima do custo do gasóleo".

"O óleo usado sai mais barato e, fazendo a sua reciclagem, já se está a ajudar o ambiente", realça.

Apesar de considerar que o aumento do preço do óleo alimentar está ligado ao maior consumo de biocombustíveis, José Maximiano recusa-se porém a acreditar que a utilização deste recurso esteja relacionada com a crise mundial dos alimentos.

"O que se passa aqui tem a ver com outras causas e com a necessidade de incentivar os agricultores a produzir, apostando na plantação de cereais e oleaginosas", argumenta.

Na sua opinião, a procura crescente de cereais para a produção de biocombustíveis "até traz vantagens desse ponto de vista, porque constitui uma oportunidade para gerar produtividade, já que a actividade do agricultor foi um bocado menosprezada no passado no que respeita a estas culturas".

A Associação critica o aparecimento de "uma fileira de defensores" que apontam para os biocombustíveis como "culpados" da crise alimentar, quando a utilização deste recurso "contribui para que estejamos menos dependentes das energias fósseis".

"Esquecem-se que o uso do petróleo está a provocar problemas muito mais graves, como as alterações do clima e as guerras provocadas por essa dependência", aponta o presidente da organização.


Diário Digital / Lusa
 
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