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Qual o segredo do sucesso do Google?

ferny

GF Prata
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Out 12, 2007
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Qual o segredo do sucesso do Google?






“Educadores costumavam observar a indústria de automóveis porque era lá que estavam todas as lições”, disse Bala Iyer. Depois passaram a prestar atenção na Microsoft. Hoje, o queridinho é o Google.

Na Harvard Business Review de abril, Ilyer, professor de operações tecnológicas e gerenciamento de informação da Universidade de Babson, analisou detalhadamente o DNA do Google para discernir o que faz dele uma máquina de inovação.

<ComputerWorld> Vamos falar sobre as causas a que você atribui o sucesso do Google. A primeira é a “paciência estratégica”. O que isso quer dizer?

<Bala Iyer> Veja a missão deles: “organizar a informação mundial e torná-la acessível e útil”. Esse objetivo implica um longo período de trabalho, e eles não estão brincando. Segundo o CEO da empresa, Eric Schmidt, o processo deve estar completo em 300 anos. Só o fato de a empresa ter uma missão firme e paciente já a diferencia. Eles estão cientes de que têm muito a fazer.

<ComputerWorld> Hoje, os resultados trimestrais são talvez a informação mais importante sobre uma empresa. Como outras companhias podem usar isso?

<Bala Iyer> O Google não segue essas regras. Ele muda as regras de acordo com a sua missão. Eles têm atitudes que consideram positivas no longo prazo.

Essa é uma instrução básica para os negócios: você precisa ter certeza de que tem uma missão poderosa. Você pode dar liberdade às pessoas para fazerem o que quiserem, serem produtivas e criativas quando tem uma missão atraente e bem definida. As empresas tentam fazer isso, mas às vezes os objetivos parecem alheios a elas.

<ComputerWorld> Como a infra-estrutura do Google suporta inovações?

<Bala Iyer> Todos pensam que quando uma empresa é baseada na internet ela tem caminho livre na infra-estrutura da rede. Mas o Google gasta bilhões de dólares desenvolvendo produtos que chegam ao topo deste setor. Ele tem seu próprio sistema operacional de destaque que é baseado em Linux. Ou seja, ele transforma a internet para seu próprio benefício.

Por exemplo, o Google lida com enormes quantidades de informações. Por isso os centros de dados são muito importantes para a empresa. Quando o Google adiciona um novo centro de dados, eles podem fazê-lo funcionar em oito horas, o que é quase um milagre. Mas eles conseguem porque investiram nisso. Quando apresentam novos produtos e serviços, ninguém pergunta se a infra-estrutura disponível irá suportá-los.

<ComputerWorld> Imagino que isso seja quase impossível de ser copiado.

<Bala Iyer> A lição não é copiá-lo e construir outra infra-estrutura bilionária, mas sim o que e quanto é possível criar para seu próprio benefício. Você poderia basear seu sistema na infra-estrutura pública em destaque. Não é isso o que a Salesforce.com está fazendo?O serviço de cloud computing da Amazon, a infra-estrutura do eBay: a idéia é essa. A plataforma deve ser desenvolvida sobre a internet. A idéia é colocar sua fonte de segredos em destaque para sustentar seu ecossistema.

Esse tipo de plataforma suporta até o desenvolvimento de produtos do Google, porque eles podem testá-los na sua própria infra-estrutura e permitir que terceiros também criem produtos – o que costumamos chamar de mashups.

<ComputerWorld> Vamos falar mais sobre isso.

<Bala Iyer> Associações sempre tiveram papel importante nessa indústria. E o valor delas está aumentando. As pessoas por trás disso estão criando valores mais fortes. Um exemplo é a Housingmaps.com. Alguém pensou que seria um bom negócio combinar a Craiglist e o Google Maps para procurar terrenos para alugar. Você pede permissão ao Google e então surge mais um mashup.

Quando você desenvolve, precisa escolher uma plataforma, e cada uma tem sua própria linguagem. Quais linguagens um desenvolvedor de software deve aprender? A do Google, da Amazon, do eBay e da Salesforce.com. Deveria prestar atenção no número de mashups em desenvolvimento nessas plataformas e então criar sua própria mashup baseada nessas linguagens. Esse é um bom plano de carreira. Você tem que pensar na evolução dessas empresas de plataformas e descobrir qual será o próximo sistema operacional em destaque.

<ComputerWorld> Você disse que “inovação” é uma das exigências das vagas no Google. Por quê?

<Bala Iyer> Gerentes devem gastar cerca de 70% do seu tempo com core business, 20% em projetos relacionados e 10% em quaisquer outras atividades. (Funcionários da área técnica gastam 80% do seu tempo com core business e 20% com projetos que eles mesmos escolhem).

Esse método parece ótimo e fácil. Mas se não o levarmos a sério, pode tornar-se sem sentido. Mas o Google se empenha nisso. Esse 20% de tempo livre gerou produtos fenomenais, como o Gmail, o AdSense e o Google News. Quando você tem pessoas criativas e sabe incentivá-las, o sucesso será mais fácil.

<ComputerWorld> Parece que qualquer empresa pode fazer isso; e que elas realmente deveriam fazê-lo.

<Bala Iyer> Você pode pensar que isso vai contra o rendimento da empresa, mas são nessas horas em que você senta e reflete que surgem as melhores idéias. As pessoas estão tão preocupadas em cumprir suas tarefas que não refletem. Todos que querem agregar valor sabem que o tempo livre é fundamental.

<ComputerWorld> O Google também é conhecido por gostar de falhas e caos.

<Bala Iyer> As falhas não são vistas como algo negativo. Elas encorajam as pessoas a errarem mais vezes. Se as pessoas não se sentem desafiadas é porque elas não estão se dedicando tanto quanto poderiam.

Nessa área em que a inovação tem que fazer parte da rotina, se você não estimular a criatividade, nunca ocupará a liderança. Existe uma história sobre uma executivo sênior do Google que cometeu um grande erro e fez a empresa perder milhões de dólares. Mas Larry Page (co-fundador do Google) disse a ela que não havia problema e que ele estava satisfeito com o erro. Porque se eles não cometerem erros, significa que não estão se arriscando o suficiente. Eles preferem tentar e falhar em vez de se sentarem e ficarem elucubrando “E se...”.

<ComputerWorld> Ao avaliar idéias novas, o Google não demonstra um afastamento da postura de “sim às falhas e ao caos”?

<Bala Iyer> Não quero que os leitores pensem que o Google é um lugar caótico. Na verdade, eles são muito organizados. Eles estão abertos a novas idéias. Idéias são analisadas em discussões do conselho. Uma vez que a ela é aceita, você deverá apresentá-la para um time de executivos seniores – cada idéia tem 15 minutos. E eles querem saber o que a sustenta. Portanto, primeiro você testa um produto, recolhe informações sobre o que os consumidores acharam dele e então o apresenta. Eles são muito agressivos internamente, e muitas idéias não obtêm espaço, inclusive. Mas as boas sempre ganham apoio.



fonte: htmlstaf
 
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