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Deficientes de guerra não aceitam perda de direitos

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Set 24, 2006
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Deficientes de guerra não aceitam perda de direitos

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Ex-militares disseram "Não estamos aqui para defender privilégios, mas direitos que nos têm sido tirados" Mais de mil pessoas, a maioria deficientes das Forças Armadas, concentraram-se ontem em frente da Assembleia da República (AR) para reclamar a reposição dos direitos que afirmam ter sido retirados por este Governo.

Em suma, pretendem que os apoios sociais do Estado voltem a estar indexados ao salário mínimo nacional, que a assistência medicamentosa paga a 100% seja para todos os fármacos e não em exclusivo para os da deficiência, e que a pensão de invalidez - sempre considerada compensação indemnizatória - não seja alvo de tributação.

"Luta, Zé, luta!" ouviu-se uma voz gritar quando José Arruda, presidente da Associação de Deficientes das Forças Armadas (ADFA) subiu as escadas exteriores do Palácio de S. Bento, para levar em mãos, a moção de protesto aos dois socialistas - presidente da AR, Jaime Gama, e da Comissão Parlamentar de Defesa, Miranda Calha - e aos líderes dos grupos parlamentares.

"Este homem era o melhor basquetebolista de Moçambique e está cego e amputado. Luta, Zé", continuou António Damas Silva, 66 anos, de Lisboa que combateu em Angola, contando depois a ida ao Hospital Militar onde lhe foi dito que não tinha direito a levar os medicamentos. Reformado em 1982, não calou a sua indignação por ter agora uma pensão de invalidez de 291 euros.

"A geração da guerra colonial não suporta a indiferença" dizia uma das faixas seguradas por associados, tendo sido uma das palavras de ordem gritadas, após um aguaceiro de alguns minutos. "Chuva civil não molha militar", retorquiu o porta-megafone, sem alguém arredasse pé. Nem os 15 ex-militares que estavam sentados na primeira fila. cada qual na sua cadeira de rodas.

Aos que partiram

"Ficaram-nos com os braços, pernas, mãos, pés e olhos/ puseram-nos em cadeiras de rodas/ para no fim nos mandarem para o lixo", era a frase estampada na t-shirt branca de Carlos Noivo, 65 anos, natural de Caldas da Rainha e que ficou sem uma perna em 1965, na Guiné. Como Homero Sena, 62 anos, do Luso, ferido nesse território, em 1968 e que referiu ao JN ter "uma perna de pau" ocultada pelas calças.

Após um minuto de silêncio pelos "que tombaram em África e aqueles que morreram cá, já depois do 25 de Abril e que serviram Portugal para que ninguém esqueça", ouviu-se "Viva Portugal" e dezenas de homens choravam.

A dado momento, um militar reformado dizia que o genro era da PSP e também já não tinha direito a ir ao Hospital Militar. Sem se poder pronunciar, o polícia destacado para o local, acenou com a cabeça em concordância.

Passado um tempo, dos 230 deputados da AR, quatro saíram do edifício e dirigiram-se até aos manifestantes primeiro Jorge Machado e António Filipe, do PCP, a seguir João Rebelo do CDS-PP, e depois o bloquista Francisco Louçã.

A ADFA tenciona também pedir uma reunião ao presidente da República. Quanto ao Parlamento, só se maioria socialista for sensível a estes argumentos e convencer o Governo a recuar.

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Fonte:Jornal de Notícias

 
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