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Sócrates: «Visita à Venezuela não terá custo político»

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Primeiro-ministro sublinha os traços democráticos do país

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O primeiro-ministro português, José Sócrates, desdramatizou em Caracas a existência de um eventual custo político da sua visita à Venezuela e dos vários acordos assinados pelos governos dos dois países, informa a agência Lusa.

«A Venezuela tem tido eleições frequentes, todos os anos, com observadores internacionais que dizem que os resultados são justos», começou por explicar José Sócrates que vincou que, «quando houve eleições e o presidente Chávez perdeu, ele aceitou».

O primeiro-ministro falava quarta-feira com representantes de várias empresas portuguesas, durante um encontro promovido pelo Diário Económico. Por outro lado, o chefe do Governo instou os participantes no encontro a observarem a imprensa da Venezuela, país onde «há três grandes jornais, dois contra e um a favor do Governo».

Para José Sócrates, «é lamentável» que se fale de um «custo político», porque considera estar apenas a cumprir o seu dever, nada tendo a ver com as decisões do povo venezuelano.

O primeiro-ministro português vincou ainda que «seria irresponsável, para Portugal» não estreitar as relações bilaterais «quando há aqui uma comunidade de 600 mil portugueses», que «esteve durante muitos anos abandonada» porque, «de certa forma, não a apoiámos nem acompanhámos como devíamos».

Por isso, insistiu em transmitir que «o Estado português estará sempre por detrás dela, inclusive se tiver problemas com o governo», sem precisar se se referia ao governo português ou ao venezuelano.

Sublinhou que, há mais de 30 anos, que a Venezuela é considerada como um país amigo de Portugal, pelo que a visita «não tem custos políticos».

«Cegueira» no investimento

O primeiro-ministro português questionou uma alegada cegueira que impediu Portugal de ver as oportunidades e os influentes homens de negócios que a Venezuela tem, numa alusão directa à importância da comunidade lusa naquele país.

«Como é possível? Portugal foi durante anos cego relativamente às oportunidades que existem neste país. É por isso que aqui estamos», adiantou o primeiro-ministro português.

«Portugal, no ano passado, exportou para a Venezuela 17 milhões de euros. Compramos muita coisa à Venezuela, principalmente petróleo, mas a balança está desequilibrada porque Portugal nunca olhou para a Venezuela e nunca considerou que tem aqui um instrumento de promoção que são todos vocês», disse.

A melhor forma de ajudar a comunidade luso-venezuelana «é ter uma presença maior da economia portuguesa aqui na Venezuela (...) e é isso que conseguimos», adiantou enquanto alguns empresários o aplaudiam entusiasmadamente.

«Vim aqui para que os portugueses soubessem, em primeiro lugar, que nós, os portugueses que vivem em Portugal, temos orgulho em vós, em tudo o que fizeram aqui na Venezuela, no vosso trabalho, naquilo que construíram», disse sublinhando que o trabalho desses portugueses «aumenta o prestígio de Portugal».

«Fiquei esmagado quando visitei o Centro Português, uma obra que pela sua dimensão representa também um esforço hercúleo de tantos portugueses que há décadas construiriam um prestígio para a comunidade. É no vosso convívio que me sinto mais português que antes», disse.


iol
 
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